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domingo, 24 de dezembro de 2023

O número quatro é representado pelo número 4 e é o número natural que segue três e precede cinco


O número 4 é um número "sagrado" associado ao terreno. São 4 estações , 4 pontos cardeais , 4 evangelistas , 4 elementos , etc. O número 4 também simboliza a Virgem Maria




Em matemática 


  • Um quadrilátero é uma figura geométrica que consiste em quatro lados e quatro ângulos.
  • O número 4 é o menor número composto (2 × 2).
  • Quatro é o dobro de dois, o que implica 4 = 2 × 2, mas também 4 = 2 + 2.
  • Além disso, o número 4 é o hiperfator de 2 , porque é uma forma de1122.
  • O número 4 é um número de Smith e um número da sequência de Lucas e da sequência de Padovan .
  • Existem cinco poliedros regulares ; um deles é um tetraedro regular: o tetraedro .
  • Assim como 2 pontos determinam uma linha reta no espaço, 3 pontos determinam um plano ou um círculo, então 4 pontos determinam uma esfera.

Nas ciências naturais 


 

Em numerologia 


  • Uma propriedade estranha do número quatro é a seguinte: se você pegar uma palavra aleatória e contar o número de letras dessa palavra, obterá um número. Conte as letras da palavra que representa o número e faça isso recursivamente , para que você sempre termine com 4. Isso é fácil de entender considerando que 'quatro' é a única palavra numérica na língua holandesa que tem tantas letras quanto faz. significa'. Este também é o caso da língua inglesa, alemã, sueca, norueguesa e hebraica.

helicóptero: 19 letras → dezenove: 9 letras → nove: 5 letras → cinco: 4 letras → quatro: 4 letras

literatura: 11 letras → onze: 3 letras → três: 4 letras → quatro: 4 letras


No Japão e na China 


Nas culturas japonesa e chinesa , quatro é o número da morte: o número 4 é pronunciado da mesma forma ('shi') que o sinal da morte. Por esta razão, a série 4 é frequentemente evitada em itens comerciais. Além disso, no Japão você nunca encontrará presentes que venham em pacotes de 4: geralmente em três.


Na vida humana


  • The Big Four é um termo usado para designar vários quartetos líderes.
  • A chamada “ família ideal ” é composta por quatro pessoas: pai , mãe e dois filhos, um menino e uma menina .

Em holandês 



No Judaísmo 


  • O homem é composto de quatro corpos: neshama, ruach, nefesh e guf.

Evolução da forma 



Veja também



Da Wikipédia, a enciclopédia livre: 4 (número)


 

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Israel admite 'possuir munições' contendo fósforo branco


A declaração israelita veio depois de a Casa Branca ter expressado preocupação com um relatório que sugeria que Israel utilizou fósforo branco fornecido pelos EUA num ataque no sul do Líbano.


Na publicação, as violações dos direitos humanos de Israel em Gaza são apresentadas de forma vívida com fotos. / Foto: Arquivo AA

 
O exército israelense afirmou possuir munições com fósforo branco para outros fins, e não para ataques.

“Temos bombas de fumaça contendo fósforo branco, destinadas à camuflagem, e não ao propósito de atacar ou iniciar incêndios”, disse a rádio oficial do Exército israelense.

A declaração israelita veio depois de a Casa Branca ter manifestado preocupação na segunda-feira com um relatório que sugeria que Israel utilizou fósforo branco fornecido pelos EUA num ataque no sul do Líbano.

“Como muitos exércitos ocidentais, o exército israelense também possui bombas de fumaça contendo fósforo branco, o que é legal de acordo com o direito internacional”, disse a Rádio do Exército Israelense.

Acrescentou que as munições “não são legalmente definidas como armas incendiárias”.

O Washington Post noticiou o ataque israelita de 16 de Outubro em Dheira, uma cidade libanesa perto da fronteira com Israel, no qual, como afirma o relatório, Israel utilizou munições de fósforo branco fornecidas pelos EUA e pelo menos nove civis ficaram feridos.


CONSULTE MAIS INFORMAÇÃO

ONU 'preocupada' com o uso de fósforo branco fornecido pelos EUA no Líbano por Israel



‘Potencial crime de guerra’

O grupo de direitos humanos Amnistia Internacional apelou a uma investigação ao ataque, rotulando-o como um potencial crime de guerra.

Entre os nove feridos no ataque, pelo menos três foram hospitalizados, um deles por dias, segundo o relatório.

A Anadolu também tirou algumas fotografias que mostram o uso de bombas de fósforo branco contra civis em Gaza, enquanto vários advogados disseram que elas podem ser usadas como prova numa queixa contra Israel.

O uso de armas de fósforo branco para gerar uma cortina de fumaça e cobrir movimentos de tropas é legalmente aceito, mas a Convenção de Genebra de 1980 proíbe seu uso em áreas densamente povoadas./Foto AA

Desde 7 de outubro, as tensões aumentaram ao longo da fronteira entre o Líbano e Israel, em meio a trocas intermitentes de tiros entre as forças israelenses e o Hezbollah, nos confrontos mais mortíferos desde que os dois lados travaram uma guerra em grande escala em 2006.

A tensão fronteiriça ocorre em meio a um bombardeio brutal israelense em Gaza, após um ataque transfronteiriço do grupo palestino Hamas.


CONSULTE MAIS INFORMAÇÃO

Verificado o uso de fósforo branco por Israel em Gaza: Amnistia Internacional


O que são bombas de fósforo branco?

A Palestina acusou Israel de usar armas incendiárias ilegais de fósforo enquanto bombardeava áreas povoadas em Gaza, na Palestina.

Aqui está o que você deve saber sobre as bombas de fósforo branco:


Fonte: TRT World


Quds News Network 2 de nov de 2023


O regime ocupante israelita bombardeia uma escola da ONU no campo de refugiados de Shati, onde milhares de pessoas procuram refúgio, com fósforo branco proibido.

  #GazaGenocide


 

 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Internautas desejam feliz aniversário para a ex-presidente Dilma Rousseff




Henrique Brito

O Brasil lutou muito para se tornar um país democrático. E também está lutando muito para se tornar um país mais justo. Não foi fácil chegar onde chegamos, como também não é fácil chegar onde desejam muitos dos que foram às ruas. Só tornaremos isso realidade se fortalecermos a democracia – o poder cidadão e os poderes da República. Dilma Rousseff 

Assista ao VÍDEO


Nesta segunda-feira (14), Dilma Rousseff completa 73 anos.

Nas redes sociais, internautas desejam feliz aniversário a ex-presidente.

Dilma nasceu em Belo Horizonte, capital mineira.

“Presidenta” e “Dilma Rousseff” chegaram aos assuntos mais comentados do Twitter.

Confira a repercussão abaixo:


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: DCM

 

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Parabéns Lula pelos 75 anos!!!!


Twitter

 Lula: 

Muito emocionado com as homenagens que recebi hoje. Com as mensagens dos meus companheiros de partido, dos amigos do PSOL, PCDOB, PDT, PSB, de tantos amigos da luta internacional, sindical, artistas, personalidades, cada um de vocês que mandou uma mensagem carinhosa.


Lula

Reflexões de Lula aos 75 anos

Assista ao vídeo




No Twitter 


 

 

 

 

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Palocci contou mentiras e embolsou R$ 30 milhões para incriminar Lula, mas ele não agiu sozinho. Por Joaquim de Carvalho




Antonio Palocci não vale nada, já se sabia, mas é preciso também verificar a responsabilidade dos policiais federais e do desembargador João Pedro Gebran Neto, do TRF-4, na fraude que foi a delação do ex-ministro.

Durante mais de dois anos, Palocci se ofereceu a Moro para delatar. Ameaçou entregar a Globo e bancos, em depoimento que tratou de outro assunto.

Até a força-tarefa de Curitiba rejeitou, talvez em uma estratégia que só se compreenderia mais tarde: terceirizar a responsabilidade.

Na época, em chat privado, a procuradora Laura Tessler chegou a comentou sobre a farsa, como se saberia pela Vaza Jato.

“Não só é difícil provar, como é impossível extrair algo da delação dele”, afirmou.

“O melhor é que (Palocci) fala até daquilo que ele acha que pode ser que talvez seja”, acrescentou Antônio Carlos Welter.

Moro também achava a delação fraca, segundo as conversas do chat que se tornariam públicas.

Mesmo assim, divulgou um dos anexos da delação quando faltava uma semana para o primeiro turno das eleições de 2018.

Quem negociou delação e tomou os depoimentos foi a  Polícia Federal em Curitiba — braço da Lava Jato. E quem homologou foi o amigo de Moro no TRF-4, João Pedro Gebran Neto.

Com o acordo, Palocci deixou a cadeia, com 30 milhões de reais lavados pela Justiça, já que esse dinheiro se encontrava bloqueado por ser resultado dos crimes que o próprio ex-ministro cometeu.

Em reportagem publicada hoje, com base no relatório da PF para investigar denúncias apresentadas na delação sobre vazamento de informação privilegiada do Banco Central, o Conjur informa os únicos delitos comprovados até agora “foram praticados pelo próprio Palocci”.

Ele “falsificou agendas de compromissos e contratos para dar ares de veracidade ao que disse”, registra.

O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, não tem dúvida de que a delação atendeu a interesse político.

“Sempre dissemos que a delação de Palocci era um instrumento da Lava Jato para praticar lawfare contra o ex-presidente Lula. Na semana passada o Supremo Tribunal Federal acolheu um dos recursos que levamos à Corte para reconhecer que Moro agiu de forma ilegal e com viés político ao anexar, de ofício, essa delação ao processo de Lula seis dias antes do primeiro turno das eleições presidenciais de 2018. Agora a Polícia Federal concluiu que a mesma delação é um nada. Isso reforça que sempre estivemos na direção certa e que Moro e a Lava Jato praticaram intenso lawfare para tentar aniquilar Lula e para isso colocaram o país numa situação terrível”, afirmou.

Com fortuna legalizada, Palocci aplicou um golpe, mas se engana quem imagina que a Justiça foi vítima.

Como mostram os diálogos da Vaza Jato, só acreditou nele quem quis ou quem também viu algum benefício nas mentiras que Palocci contava.

Benefícios não para o sistema de justiça, mas para se encaixar em jogo político ou algo ainda mais imoral do que isso.

Se não forem responsabilizados — e é difícil que seja, já que a delação é como um contrato e, portanto, se caracteriza como ato jurídico perfeito –, os responsáveis pela delação de Palocci devem ser expostos à execração pública.

São cúmplices.

Fonte: DCM



Lula diz a Moro que Palocci mentiu - 13 de set. de 2017

O depoimento de Lula ocorre uma semana depois que seu ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci, afirmou que ele recebeu mais de 300 milhões de reais da Odebrecht em vantagens indevidas, na época em que era presidente. Lula negou as acusações e chamou Palocci de "simulador, frio e calculista".



No Twitter






 Henrique Brito

Lula é vitima de "Lawfare" - 15 de dez. de 2016

A palavra "lawfare" é uma combinação (portmanteau) das palavras "law" (lei) e "warfare" (guerra). Uma tradução literal aproximada para "lawfare" seria "guerra jurídica". Trata-se do uso da lei (law) como instrumento de guerra e destruição do outro (warfare), onde não se respeita os procedimentos legais e os direitos do indivíduo que se pretende eliminar. Tal prática é planejada de forma a ter toda uma aparência de legalidade, com a ajuda da mídia, além dos agentes perpetradores.


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sexta-feira, 5 de junho de 2020

Hoje é o Dia Mundial do Meio Ambiente e sobre esse assunto que quero falar com você





Olá Henrique, espero que você esteja bem. Agradeço por seu constante apoio e comprometimento com o Greenpeace e com a vida. Hoje é o Dia Mundial do Meio Ambiente e sobre esse assunto que quero falar com você.

Jovens que tomaram as ruas para exigir um futuro seguro frente à crise do clima, o fogo na Amazônia, que queima com o desmonte dos órgãos de fiscalização pelo governo, uma doença que impede que o mundo respire, vidas vulneráveis ceifadas diariamente, brasileiros que não puderam parar por fome e a ameaça da escalada autoritária, que faz com que tenhamos que urrar por mudanças: cenas de um país do “e daí?”.

Falar de meio ambiente e de crise climática é discutir igualdade e justiça. São os mais vulneráveis que sofrem as piores consequências de um sistema econômico e político criado por uma minoria privilegiada que custa dividir de maneira justa a riqueza. Se não houver mudança de sistema, baseada no tratamento justo e igualitário, e respeito democrático, com proteção da liberdade e dos direitos individuais e coletivos, não haverá equilíbrio no meio ambiente que garanta nossa saúde e nossas vidas.


A quem interessa o sangue derramado e as árvores derrubadas?

Em meio à pandemia, o menino João Pedro foi assassinado pela polícia no Brasil enquanto brincava em sua casa. A comoção com as vidas negras perdidas todos os dias no país somou-se à cena do assassinato de George Floyd nos Estados Unidos, que trouxe a população de volta à ruas para dizer o mínimo e básico em nossa sociedade: vidas negras importam e o estado tem o dever de protegê-las, ao invés de ser mais uma ameaça. A matemática traz a triste realidade de vidas transformadas em número: No Brasil, pessoas negras são as vítimas em 75% dos homicídios.
Na região da floresta Amazônica, sabemos que junto à ilegalidade e o roubo de terras públicas vêm os diversos crimes e assassinatos. O Brasil é o país onde mais ativistas e lideranças comunitárias e indígenas são mortas por defender a floresta e sua biodiversidade. Em novembro do ano passado, Paulino Guajajara foi uma jovem alma entre muitas, que tombou junto com as árvores que protegia.
Perante todas as injustiças diárias, uma reunião interministerial feita durante a pandemia, na qual se deveria discutir planos de ajuda aos mais vulneráveis e como assegurar a vida de milhares de brasileiros, foi uma conversa vazia de tudo que o país necessita. Em especial, a fala do ministro Ricardo Salles chamou a atenção de ambientalistas: ele sugeriu que se aproveitasse a situação para “passar a boiada” em regulamentações e mudanças de normas. O que ele disse foi uma alusão para permitir o desmatamento ilegal. Mais uma vez enfatizamos: o estado e, neste caso, o Ministério do Meio Ambiente devem garantir a segurança da população onde quer que ela esteja, nas cidades ou nas florestas.
Portanto, falar de meio ambiente no dia de hoje é lembrar que quando defendemos um ecossistema, defendemos nossos direitos, a natureza e todas as vidas que a habitam. E que não há como discutir o fim da crise climática sem antes garantir justiça para todas e todos. Perante todas as injustiças e em meio a perdas de vidas ocasionadas pela pandemia, a sociedade se levanta e luta para demandar um mundo melhor, em que a homenagem à vida seja justa, diária, e um direito de todos.

Agradecemos mais uma vez a você por acreditar em nosso trabalho. Neste Dia do Meio Ambiente, honramos os mortos do Brasil e do mundo. Pedimos e declaramos que iremos lutar pela vida todos os dias, hoje e cada dia, mais do que nunca.

Um grande abraço,


Fabiana Alves
Greenpeace Brasil
Se puder, #FiqueEmCasa













ONU Brasil


Para o Dia Mundial do Meio Ambiente 2020, todos e todas estão convidados a compartilhar porque é hora da natureza. O meio ambiente está à beira de um colapso. Um milhão de espécies animais e vegetais devem desaparecer – e logo! Faça parte da solução e junte-se a nós nesse apelo global #PelaNatureza.


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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Em homenagem aos 100 anos da Revolução, 'Blocos soviéticos' se espalham pelo Brasil



Via: Sputnik


Em comemoração ao centenário da Revolução Russa, a história entra no samba e vai ser contada em ritmo de carnaval no Brasil por alguns blocos soviéticos que a cada ano crescem pelo país.


Em 1917, a Rússia implementou o primeiro governo socialista da história, gerando a maior revolução do século XX, pois promoveu políticas de redução da miséria e da desigualdade social, mudando a realidade dos trabalhadores não só da antiga União Soviética, como refletindo essa política social em todo o mundo.

Neste carnaval, uma das agremiações brasileiras que está celebrando o centenário da Revolução Russa é o Bloco Soviético Vermelhim, que saiu nesta sexta-feira (17) pelas ruas da cidade de Belo Horizonte. O bloco criado no ano passado pela Associação Cultural José Martí promete repetir a folia fazendo uma revolução político-social-cultural todo dia 17 (Dia da Solidariedade Internacionalista), durante o ano inteiro, na praça Sete, na capital mineira.

Em entrevista para a Sputnik Brasil, José Guilherme Castro, um dos precursores do Vermelhim disse que a ideia de um bloco soviético permanente surgiu dentro do projeto da Associação Circuito Revolução reunindo diversas atividades político-culturais em comemoração ao centenário da Revolução Russa. Segundo José Guilherme a ideia é cada vez mais politizar o carnaval de Belo Horizonte. "Nós formamos aqui a Associação Cultural JoséMartí (MG), em solidariedade à Cuba. Temos uma ação internacionalista há cinco anos na Praça Sete, que quando os heróis cubanos foram presos e depois com a libertação deles passou a ser o dia 17, Dia da Solidariedade Internacional, e aí construímos a proposta do Circuito Revolução, que é tentar agregar várias atividades político-culturais para comemorarmos os 100 anos da Revolução Russa e daí surge a ideia do Bloco Soviético para contribuir com a politização do carnaval de Belo Horizonte, trazer bandeiras de lutas. Carnavalizar a política e politizar as ruas."

O folião classifica o bloco como uma resistência ofensiva.

"É uma resistência, mas ofensiva, com coragem de ser feliz. Os símbolos e nossos valores e referências queremos colocar nas ruas em alto e bom som, porque foram grandes contribuições dada pela Revolução Russa. É o maior acontecimento social de interesse dos trabalhadores do mundo. Nós temos mais que comemorar e anunciar."

Em relação ao perfil dos seguidores da folia do Vermelhim, José Guilherme diz que é um encontro de todas as gerações. "O que está sendo interessante é que é bem variado. Tem o entusiamo dos jovens, mas tem também o momento da reflexão e da nossa contribuição, que já temos cabelos brancos. É um momento de encontro de gerações e de  troca de esperanças e de energia, principalmente em um momento tão difícil que o Brasil está passando. É o que nós falamos é uma resistência."

Luanna Grammont, intérprete do Bloco Soviético, o Vermelhim, cantando a Internacional com seu filho Fidel no colo

Para animar os foliões, no repertório não pode faltar o hino da Internacional Comunista, em ritmo de samba: "Senhores, patrões, chefes supremos / Nada esperamos de nenhum (…) Façamos nós por nossas mãos / Tudo que a nós nos diz respeito", e o tradicional "Unidos Venceremos", além de canções famosas como "Coração Vermelho", da cantora Fafá de Belém.

"Primeiro é a Internacional, que nós estamos ensaiando em ritmo de samba. Como no Circuito Revolução nós dividimos a Revolução Russa, com os 50 anos do assassinato de Chê Guevara, nós estamos lançando hoje (17) o Comandante Chê Guevara também, e várias músicas do repertório brasileiro, que estão ligadas de certa forma à resistência, à luta, ao momento específico, muito Paulinho da Viola, Chico Buarque", explicou José Guilherme.



Sobre o crescimento dos blocos soviéticos no carnaval brasileiro, José Guilherme acredita  que a tendência é aumentar ainda mais o número de agremiações, pois para o folião a Revolução Russa é a síntese das lutas dos trabalhadores, e ressalta o importante papel dos artistas para retomar a cultura do protesto pelos blocos.

"Eu acho que a tendência é aumentar. A política no Brasil, principalmente a esquerda, esteve muito distante da arte, da cultura. Essa participação dos artistas na vida política e na elaboração das defesas, é uma tendência que está voltando no Brasil. Era uma tradição que nós tínhamos, os artistas participavam efetivamente das lutas não só dos palcos mas na elaboração. É esse o palco que nós queremos fazer."

De acordo com o militante do carnaval politizado, o desfile desta sexta-feira (17) foi o pontapé inicial para um ano de diversos eventos promovidos pela Associação José Martí em homenagem ao centenário da Revolução Russa, mas com foco para as lutas internas do Brasil. Entre as ações terá a ida de uma delegação brasileira para os festejos em outubro na Rússia, de onde dois jornalistas vão fazer a cobertura e o material será apresentado em novembro em Belo Horizonte. "Tem uma delegação brasileira, que já tem quase 200 pessoas que vão passar o aniversário da Revolução Russa, lá na Rússia e tem dois jornalistas que vão fazer a cobertura, e no dia 17 de novembro devemos apresentar na Praça Sete um apanhado dessa cobertura. Tem também em março, o mês da luta das mulheres. Nosso bloco vai refletir e passar um filme com a temática das mulheres ao som de samba. Tem o abril vermelho da questão agrária. Em maio tem a luta dos trabalhadores do sistema manicomial. Estamos pegando essas temas para fazer e refletir sobre as nossas revoluções, que o Brasil precisa."



Além do Vermelhim, em Belo Horizonte, o centenário da Revolução Russa também será homenageado neste sábado (18), pelo Bloco Soviéticoem São Paulo, a partir das 14h, saindo do Tubaína Bar, Bela Cintra. O Bloco que vai para sua 5.ª edição, surgiu em 2013, após uma brincadeira nas redes sociais incluindo a cantora Vange Leonel, que morreu em 2014, e sua então companheira, a jornalista Cilmara Bedaque. Em 2013, o bloco reuniu 200 pessoas, no ano passado esse número subiu para quase 5 mil foliões. Este ano, o bloco conta com um carro de 13 metros de comprimento, com 20 instrumentistas para fazer a alegria dos foliões tocando as tradicionais marchinhas de carnaval adaptadas num tom de revolução pelos organizadores.



Já em Brasília, a Revolução Russa vai ser celebrada pelo KGBloco Soviético, que estreia no Parque da Cidade no dia 4 de março. A agremiação foi criada por um grupo de estudantes da área de Humanas da UNB (Universidade de Brasília) em resposta contra o bloco de direita Aliança Pela Liberdade, que também é de estudantes da universidade. Na página do evento no Facebook, o KGBLoco Soviético chama os foliões: “ALÔ, CAMARADAS! Peguem seus confetes, foice, martelo, glitter, peruca, catuaba, sua во́дка e vamos comemorar os 100 anos da REVOLUÇÃO RUSSA. Porque é carnaval e já que a esquerda está festiva VAMOS FESTEJAR! Senhores, patrões, chefes supremos, Nada esperamos de nenhum! Sejamos nós que conquistemos. Um carnaval livre e comum.

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Advogado do diabo cotado para assumir o Ministério da Justiça



Por: O TEMPO


Em delação premiada, Delcídio acusa o tucano de atuar para maquiar dados do Banco Rural na CPMI dos Correios, e também de receber propinas em esquema de corrupção de Furnas


AGÊNCIA ESTADO


Cotado para assumir o Ministério da Justiça, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Velloso é amigo e atua como advogado do presidente do PSDB, senador Aécio Neves, de quem não cobra honorários, nos dois inquéritos que o tucano responde perante o Supremo Tribunal Federal como desdobramento da operação Lava Jato.

Velloso afirma que os casos em que atua para Aécio não têm relação com a Lava Jato. "Fui amigo de Tancredo Neves, avô de Aécio, e de Aécio Cunha, pai de Aécio. E sou amigo de Aécio desde os seus 22 anos, quando o conheci, em Belo Horizonte. Sou seu advogado nesses dois casos, em razão dessa amizade. Mais até como conselheiro", afirmou Velloso, por e-mail, à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Ele admitiu ainda atuar para o tucano sem cobrar nada.

As duas investigações contra Aécio tem origem na delação premiada do ex-senador Delcídio Amaral (ex-PT e ex-PSDB, atualmente sem partido) que foi preso em novembro de 2015 acusado de tramar contra a Lava Jato. Para se livrar da cadeia, Delcídio fez delação premiada.

O ex-senador acusou Aécio de atuar para maquiar dados do Banco Rural na CPMI dos Correios (presidida por Delcídio) que poderiam atingir membros do PSDB e também de receber propinas em um esquema de corrupção em Furnas.

Os dois inquéritos estão sob relatoria do ministro Gilmar Mendes Em dezembro do ano passado o tucano prestou depoimento à Polícia Federal no inquérito sobre a CPI dos Correios - na época, Aécio era governador de Minas.

Também são investigados neste inquérito Clésio Andrade, que era vice-governador do tucano, e o ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), que era filiado ao PSDB. No caso de Furnas, o tucano é investigado por suposto recebimento de propina de empresas terceirizadas que mantinham contrato com a estatal.

As vantagens indevidas seriam pagas pelas empresas ao ex-diretor da companhia, Dimas Toledo, que as repassava para o tucano. O senador e os demais investigados nos inquéritos rechaçam as acusações de Delcídio.

Lava Jato


Além de Aécio, Velloso tem um cliente deputado que é investigado no âmbito da operação Zelotes. Em relação à Lava Jato, contudo, o ex-presidente do STF diz que nunca atuou para os investigados da operação.

Ele conta que chegou a ser procurado por outro advogado que atua no caso para emitir um parecer. "Cheguei a ser procurado, logo no início, por mais de um advogado, a fim de estudar a possibilidade de emitir parecer. Em razão do sigilo profissional, só posso dizer-lhe que não emiti nenhum parecer em caso da Lava Jato", disse.

Caso assuma o Ministério da Justiça, Velloso terá que deixar de atuar como advogado, seguindo o Estatuto da Advocacia. "Sou advogado, na companhia de outros advogados, de um advogado, que é deputado, num caso da denominada Operação Zelotes, em curso no Supremo Tribunal Federal, ora distribuído ao ministro Ricardo Lewandowski. Aceitando assumir o Ministério da Justiça, me afastarei do caso, na forma do Estatuto da OAB."

Via:




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Ampliação de Bolsa Família para "conter novos pobres", recomenda Banco Mundial


Nos últimos dois anos, a demanda pelo Bolsa Família cresceu 33% / Jefferson Rudy/Agência Senado


ECONOMIA


Instituição estima orçamento de R$ 30,4 bilhões no programa para evitar rebaixamento de brasileiros na linha da pobreza


O Banco Mundial estima que o Brasil poderá ter 3,6 milhões "novos pobres" em 2017. Para conter o aumento do número de pessoas que vivem com renda de até R$ 140 mensais, a instituição recomenda que o governo brasileiro amplie o orçamento previsto do Programa Bolsa Família para R$ 30,41 bilhões.

O valor estipulado representa um aumento de mais de R$ 700 milhões na verba de R$ 29,7 bilhões prevista no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para o programa de transferência de renda. O estudo da instituição financeira ligada à Organização das Nações Unidas (ONU) foi divulgado no início desta semana.

A entidade aponta que a recessão econômica e o aumento do desemprego no Brasil a partir de 2015 são os principais fatores para que país aumente a proporção de pobres, no cenário mais pessimista, para 10,3%. Em um otimista, este índice é de 9,8%. Atualmente, a proporção pobres na população brasileira é de 8,7%.

O estudo de microssimulação foi feito considerando a população economicamente ativa no país com a suposição de que não haverá mudanças no Bolsa Família e, em seguida, considerando um aumento do seu orçamento e cobertura.

Repercussão
Marcio Pochmann, economista e professor da Universidade de Campinas (Unicamp), afirmou que a crise econômica e a dificuldade de os sindicatos para barganhar aumentos salariais acima do índice da inflação comprometeram a possibilidade do Brasil "continuar retirando pessoas da pobreza". Mais 28,6 milhões de brasileiros saíram desta zona entre 2004 e 2014.

"A recessão levou a uma redução do nível de atividade e, por conta disso, uma destruição de empregos e um maior número de desempregados. A consequência direta foi a queda da massa de rendimento dos trabalhadores", explicou.

Segundo ele, o cenário recessivo levou ao mercado de trabalho parte da população economicamente inativa, como estudantes que antes se dedicavam exclusivamente à Academia. Por isso, de acordo com o economista, a ampliação generalizada do desemprego não derivaria exclusivamente do fechamento ou da não abertura de postos de trabalho.

"Temos um aumento da pobreza, de um lado, por aqueles que estão desempregado e eram inativos mas que, em função da queda da renda da família, vão procurar trabalho e entram na pobreza; e outro fenômeno que é a queda das remunerações generalizadas que fazem com que, mesmo ocupada, a pessoa não tenha renda suficiente para sair da pobreza", disse.

No estudo, o Banco Mundial sugere que o Bolsa Família passe de um "programa redistributivo eficaz" para "programa de rede de proteção flexível" para expandir a cobertura aos domicílios de “novos pobres” gerados pela crise.

A professora do departamento de Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Raquel Raichelis, que pesquisa políticas públicas para a Assistência Social, afirma que investimentos crescentes no programa foram centrais para reverter os níveis de extrema pobreza. Mas ela pondera que, por ser focalizado e pontual, o programa não vai englobar os "novos pobres" que serão atingidos pelas medidas de ajuste fiscal, cortes orçamentários, reforma da Previdência e privatizações do governo de Michel Temer (PMDB).

"A incidência deste conjunto de medidas vai ter um impacto profundo nas condições de vida e de trabalho da classe trabalhadora no Brasil. O Programa Bolsa Família, sozinho, não dá conta destes processos que estão em curso e que vão se aprofundar", analisou.

É o que confirma Pochmann. Segundo ele, o eixo fundamental de enfrentamento da pobreza no Brasil foi a melhora no mercado de trabalho, elevação do salário mínimo e a ampliação de postos de trabalho que se aproximou de uma condição de pleno emprego. "O Bolsa Família tem importância justamente no segmento dos miseráveis, que são pessoas que não conseguem chegar no mercado de trabalho, inclusive, por razões de ordem estrutural, familiar e outras situações localizadas", pontuou.

Perfil
Segundo a agência da ONU, os "novos pobres" residem, principalmente, em áreas urbanas, e com menos impacto em áreas rurais – onde essas taxas já são mais altas.

O documento aponta ainda que os afetados serão, provavelmente, adultos jovens, de áreas urbanas, principalmente do Sudeste, brancos, qualificados e que tinham ocupação no setor de serviços. "O grande gerador de empregos nos ciclos dos governos petistas foi o setor de serviços. E esse setor contraiu o nível de emprego", lembrou Pochmann.

O economista pondera que situação de corte nos gastos públicos pode gerar um novo ciclo de pobreza entre a população inativa – que depende de benefícios e programas de enfrentamento à pobreza.

O documento do Banco Mundial conclui que "o ajuste fiscal que vem sendo implementado no Brasil pode ser alcançado praticamente sem onerar ou onerando muito pouco a população pobre". Para a instituição, os ganhos sociais na última década não podem correr risco de reversão.

"Em vez de cortar gastos e despesas, o governo deveria aumentar a receita tributando os segmentos de maior renda no Brasil. Não há uma política que se volte ao igualitarismo no ajuste fiscal. Estamos vendo, fundamentalmente, uma política fiscal que amplia as desigualdades que já são tradicionais e estruturais no país", disse Pochmann.

Já Raichelis afirma que, além de uma ampliação do programa, como o Banco Mundial sugere, o Bolsa Família deve ser articulado com um sistema de proteção social mais amplo e robusto. "Precisamos de políticas econômicas que tenham a perspectiva da ampliação do emprego e da renda para inserir os grupos mais vulneráveis no mercado de trabalho hoje, que são as mulheres e os jovens", afirmou a professora.

Reajuste
Nos últimos dois anos, a demanda pelo Bolsa Família cresceu 33%. Em 2015,1,2 milhão de famílias receberam o benefício por atender aos requisitos de baixa renda, ou 105 mil famílias por mês. Em 2016, a média mensal bateu 141 mil, totalizando 1,6 milhão de famílias cadastradas ao longo do ano.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), em julho, o governo pretende anunciar o reajuste aos beneficiados pelo Bolsa Família. A previsão é que o valor seja reajustado em 5,5%. Em 2016, a alteração foi de 12,5%, depois de dois anos com o valor congelado.

Veja também:


Educação é gasto que brasileiro mais quer preservar https://t.co/Ki3yOvl90S

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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Marisa Letícia nunca foi servidora do Congresso nem recebia R$ 68 mil. Depois que ela morre o reconhecimento




O UOL ainda se deu ao trabalho de investigar o que era, claro, uma montagem óbvia, feita por gente canalha, de um suposto “documento” do “Congresso Nacional” pelo qual algum grupo de vagabundos pretendia mostrar que Marisa Letícia, mulher de Lula morta há dias, seria servidora do parlamento e que seu viúvo pretendia receber “proventos e resíduos”.

É evidente que tudo é uma farsa perversa de gente que foi se servir da morte de uma pessoa para espalhar mentiras na rede. Mais, é um crime, um vilipêndio à memória e uma pessoa que não tem contra si, salvo os delírios de Deltan Dallagnol e Sérgio Moro, nada que a desabone.

Enquanto este tipo de perversão não der cadeia, vão continuar se repetindo estas monstruosidades nas redes sociais, que se tornaram uma espécie de cocho onde gente doente bem se abeberar do ódio.

Mas a nossa polícia está mais interessada em perseguir pedalinhos barcosw de lata, não tem tempo para cuidar da defesa da verdade.


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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

"você é um juiz de merda”, disse Saulo Ramos a Celso de Mello


“Aí o papagaio falou: e a isonomia da Justiça? Hahahaha”


A história está relatada no livro “Código da Vida”, de Saulo Ramos, ex-ministro da Justiça responsável pela nomeação de Celso de Mello para o STF no governo Sarney.


“Terminado seu mandato na Presidência da República, Sarney resolveu candidatar-se a Senador. O PMDB — Partido do Movimento Democrático Brasileiro — negou-lhe a legenda no Maranhão. Candidatou-se pelo Amapá. Houve impugnações fundadas em questão de domicílio, e o caso acabou no Supremo Tribunal Federal.

Naquele momento, não sei por que, a Suprema Corte estava em meio recesso, e o Ministro Celso de Mello, meu ex-secretário na Consultoria Geral da República, me telefonou:

— O processo do Presidente será distribuído amanhã. Em Brasília, somente estão por aqui dois ministros: o Marco Aurélio de Mello e eu. Tenho receio de que caia com ele, primo do Presidente Collor. Não sei como vai considerar a questão.

— O Presidente tem muita fé em Deus. Tudo vai sair bem, mesmo porque a tese jurídica da defesa do Sarney está absolutamente correta.

Celso de Mello concordou plenamente com a observação, acrescentando ser indiscutível a matéria de fato, isto é, a transferência do domicílio eleitoral no prazo da lei.

O advogado de Sarney era o Dr. José Guilherme Vilela, ótimo profissional. Fez excelente trabalho e demonstrou a simplicidade da questão: Sarney havia transferido seu domicílio eleitoral no prazo da lei. Simples. O que há para discutir? É público e notório que ele é do Maranhão! Ora, também era público e notório que ele morava em Brasília, onde exercera o cargo de Senador e, nos últimos cinco anos, o de Presidente da República. Desde a faculdade de Direito, a gente aprende que não se pode confundir o domicílio civil com o domicílio eleitoral. E a Constituição de 88, ainda grande desconhecida (como até hoje), não estabelecia nenhum prazo para mudança de domicílio.

O sistema de sorteio do Supremo fez o processo cair com o Ministro Marco Aurélio, que, no mesmo dia, concedeu medida liminar, mantendo a candidatura de Sarney pelo Amapá.

Veio o dia do julgamento do mérito pelo plenário. Sarney ganhou, mas o último a votar foi o Ministro Celso de Mello, que votou pela cassação da candidatura do Sarney.

Deus do céu! O que deu no garoto? Estava preocupado com a distribuição do processo para a apreciação da liminar, afirmando que a concederia em favor da tese de Sarney, e, agora, no mérito, vota contra e fica vencido no plenário. O que aconteceu? Não teve sequer a gentileza, ou habilidade, de dar-se por impedido. Votou contra o Presidente que o nomeara, depois de ter demonstrado grande preocupação com a hipótese de Marco Aurélio ser o relator.

Apressou-se ele próprio a me telefonar, explicando:

— Doutor Saulo, o senhor deve ter estranhado o meu voto no caso do Presidente.

— Claro! O que deu em você?

— É que a Folha de S. Paulo, na véspera da votação, noticiou a afirmação de que o Presidente Sarney tinha os votos certos dos ministros que enumerou e citou meu nome como um deles. Quando chegou minha vez de votar, o Presidente já estava vitorioso pelo número de votos a seu favor. Não precisava mais do meu. Votei contra para desmentir a Folha de S. Paulo. Mas fique tranqüilo. Se meu voto fosse decisivo, eu teria votado a favor do Presidente.

Não acreditei no que estava ouvindo. Recusei-me a engolir e perguntei:

— Espere um pouco. Deixe-me ver se compreendi bem. Você votou contra o Sarney porque a Folha de S. Paulo noticiou que você votaria a favor?

— Sim.

— E se o Sarney já não houvesse ganhado, quando chegou sua vez de votar, você, nesse caso, votaria a favor dele?

— Exatamente. O senhor entendeu?

— Entendi. Entendi que você é um juiz de merda! Bati o telefone e nunca mais falei com ele.”

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