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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Haddad: “desemprego em 14,4% e o assunto do Bolsonaro é a cor de um guaraná”



247 - O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) criticou comentário homofóbico de Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) sobre o Guaraná Jesus, cor-de-rosa e muito popular no Maranhão. "Desemprego em 14,4% e o assunto do Bolsonaro é a cor de um guaraná", escreveu Haddad no Twitter.

Ao visitar o Maranhão, nessa quinta-feira (29), Bolsonaro tomou o refrigerante e questionou se teria virado "boiola", devido à cor da bebida. "Agora, eu virei boiola igual maranhense, é isso? Olha o guaraná cor-de-rosa do Maranhão ai ó. Quem toma esse guaraná vira maranhense", afirmou.

Depois, Bolsonaro pediu desculpas. "Pessoal, fiz uma brincadeira. Se alguém se ofendeu, me desculpa aí, tá certo. O Guaraná Jesus, devido à cor dela, cor-de-rosa", afirmou em transmissão ao vivo nas redes sociais, enquanto bebia o produto.

A taxa de desemprego no Brasil foi de 14,4%, no trimestre de junho a agosto deste ano, a maior taxa desde que teve início a série histórica de acompanhamento no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Atualmente 13,8 milhões de pessoas estão desempregadas. 

 

Poder360

O presidente Jair Bolsonaro disse, em visita ao Maranhão, nesta 5ª feira (29.out.2020), que quer “comemorar a erradicação no comunismo”, no Brasil. A fala foi uma indireta ao governador do Estado, Flávio Dino (PCdoB), que se irritou e ameaçou processar o presidente.

Em evento em Imperatriz (MA) nesta 5ª, o presidente disse que os brasileiros não aceitam se submeter a 1 regime ditatorial, em que o povo não tem vez. “Nós vamos, num curto espaço de tempo, mandar embora o comunismo do Brasil”, declarou. Depois, disse: “Nossa bandeira sagrada jamais será turvada de vermelho”. Apoiadores do presidente gritaram várias vezes “Fora Flávio Dino” durante a cerimônia.

Além da provocação a Dino, Bolsonaro fez uma piada que também desagradou o governador maranhense, depois de beber o tradicional Guaraná Jesus, de coloração rosa. “Agora eu virei boiola igual maranhense, é isso? Olha o guaraná cor de rosa do Maranhão. Quem toma esse guaraná vira maranhense”, afirmou o presidente.

Depois disso, o presidente voltou a falar sobre a cor do refrigerante. “Guaraná cor de rosa do Maranhão, fodeu. Fodeu. É ‘boiolagem’ isso aqui”. As declarações foram feitas em vídeo publicado nas redes sociais.

Assista ao VÍDEO


terça-feira, 27 de outubro de 2020

Parabéns Lula pelos 75 anos!!!!


Twitter

 Lula: 

Muito emocionado com as homenagens que recebi hoje. Com as mensagens dos meus companheiros de partido, dos amigos do PSOL, PCDOB, PDT, PSB, de tantos amigos da luta internacional, sindical, artistas, personalidades, cada um de vocês que mandou uma mensagem carinhosa.


Lula

Reflexões de Lula aos 75 anos

Assista ao vídeo




No Twitter 


 

 

 

 

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Partidos, entidades e educadores comemoram aprovação do Fundeb: ‘vitória da educação’


Foto: Alex Ferreira / Câmara dos Deputados

UNE e oposição destacam que governo Bolsonaro atuou para prejudicar a proposta e resolveu ‘contar vitória’ na última hora

Deputados de praticamente todos os partidos, entidades estudantis e educadores comemoraram na noite desta terça-feira (21) a aprovação do relatório do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), em primeiro turno, na Câmara.

Todas as bancadas acabaram encaminhando voto pelo sim e apenas 7 parlamentares votaram contra, ante 499 a favor. Até a liderança do governo Bolsonaro, que chegou a boicotar a proposta, recomendou a aprovação do texto da deputada federal Professora Dorinha Seabra (DEM-TO).

O relatório final foi construído em processo de longa discussão e parceria com o setor da educação, recebendo o apoio de professores, sindicatos e das entidades de representação dos estudantes.

“Desconfie de quem chega de última hora só pra atrapalhar e depois quer contar vitória. Foram meses e meses de luta e discussão ampla, sem participação do governo! Que só entrou pra prejudicar o texto”, alertou Iago Moltovão, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Para o deputado José Guimarães (PT-CE), líder da minoria, a aprovação do novo Fundeb, é uma “grande vitória da educação pública brasileira. “Agora ele é permanente. E Bolsonaro não poderá vetar, pois é uma Emenda Constitucional que será promulgada pelo presidente do congresso nacional. Viva o novo Fundeb!”, disse.




A líder do PSOL, Fernanda Melchionna (RS), também avalia que a aprovação é uma derrota do governo Bolsonaro, “que sempre queria adiar a votação”. “Vitória da mobilização e da educação”, completou a parlamentar, alertando ainda para destaque do partido Novo para eliminar dispositivo do no o Fundeb que obriga um investimento mínimo de 70% dos recursos em remuneração dos professores.

Jandira Feghali (PCdoB-RJ) destacou que seis dos sete votos contrários são deputados do PSL, criticando a posição dos parlamentares. “Entre eles Bia Kicis, o ‘Príncipe’, Marcio Labre, Filipe Barros, Chris Tonietto e Junio Amaral”, afirmou a deputada.





 Canal Sempre na Luta - Rogério Correia

Vitória da educação, vitória do Brasil. A Câmara dos Deputados aprovou o novo Fundeb, o fundo que financia a educação pública no país. Não foi fácil, pois a pressão dos bolsonaristas, aliados ao Partido Novo, era grande. Mas tivemos mais uma prova de que, com mobilização, é possível. Neste vídeo de menos de 1min o deputado Rogério Correia, membro da comissão especial que analisou o Fundeb, comenta e dá os parabéns às trabalhadoras e trabalhadores da educação.

Amanhã, não perca a live com o deputado, quando ele explicará com mais detalhes o novo Fundeb e os próximos desafios pela frente.



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domingo, 27 de novembro de 2016

Temer sobre caso Geddel, 'eu não estava patrocinando interesse privado',

Temer se pronunciou pela primeira sobre o chamado "Calerogate"


Mariana Schreiber
Da BBC Brasil em Brasília

O presidente Michel Temer negou neste domingo que tenha interferido para arbitrar um conflito de natureza privada do ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.

No entanto, Temer admitiu que o pedido de Geddel para que fosse liberada a construção de um prédio de 30 andares em área histórica de salvador foi "muito inadequado".

Segundo o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, o político baiano o pressionou para que conseguisse autorização para a obra junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Calero levou o caso a Temer e disse que o presidente o "enquadrou" a encontrar uma solução para a questão, remetendo o caso à Advocacia Geral da União (AGU).

Segundo Temer, uma das conversas com Calero teria sido gravada pelo então titular da pasta. Ele nega que tenha "enquadrado" o então ministro.



"Eu não estava patrocinando nenhum interesse privado, data venia, né? Não há razão para isso. Se você me disser, 'não foi útil, não foi conveniente', eu digo, de fato", reconheceu Temer.

"Eu disse até ao ministro, 'olha, foi uma inadequação, uma coisa muito inadequada, não pode ser feita'", disse também o presidente.

Temer deu a declaração ao ser questionado pela BBC Brasil sobre qual "conflito institucional" ele estava arbitrando ao sugerir que o caso fosse remetido a AGU, ou se estava interferindo em uma questão particular.

O presidente disse que o conflito institucional era entre o Iphan da Bahia, que havia autorizado a obra, e o Iphan federal, que havia barrado o empreendimento.
"Estava arbitrando um conflito de natureza administrativa, entre órgãos da administração pública, o Iphan da Bahia tinha uma posição e o Iphan nacional tinha outra posição", argumentou Temer.

"Quando ele (Calero) disse que não queria, não iria despachar (tomar decisão no caso), eu disse 'então faça o seguinte, mande para a AGU, e ela arbitra essa questão'", continuou o presidente.


Calero pode ter gravado conversa com o presidente

Juristas ouvidos pela BBC Brasil, porém, dizem que não há conflito entre diferentes órgãos nesse caso, já que o Iphan da Bahia estáhierarquicamente subordinado ao Iphan federal.



A própria AGU manifestou-se na quinta-feira, por meio de nota, informando que "a presidência do Iphan é competente para a anulação de ato da Superintendência estadual e que poderia decidir o caso concreto".

Segundo a assessoria da AGU, essa decisão já havia sido dada pela procuradoria do Iphan, órgão ligado à AGU, antes do Iphan federal barrar a obra.

Foi a primeira vez que Temer comentou o caso publicamente. O presidente disse também que seu perfil "não é autoritário" e que sempre atua para resolver conflitos.

"Sempre que houver conflitos entre quem quer que seja, mesmo ministros, eu vou arbitrá-los, foi o que eu fiz, ao longo da vida", afirmou.

Geddel tem um apartamento no prédio que aguardava autorização para ser construído. Ao apresentar sua carta de demissão na sexta-feira, ele deixou clara sua relação de amizade com Temer, ao se referir ao presidente como "meu fraterno amigo" e "meu querido amigo".

Geddel (à esquerda) é dono de um apartamento em empreendimento embargado pelo Iphan

Ao deixar a coletiva, Temer foi questionado se sabia que Geddel era dono do imóvel no empreendimento que tentava liberar. O presidente desconversou e disse que "soube nesse episódio".

Diante da insistência sobre quando teve conhecimento, ele afirmou que foi "na quinta-feira", aparentemente se referindo a conversa com Calero antes da demissão do ministro, no último dia 18.

Neste, domingo, Temer criticou Calero, dizendo ser "indigno" e "gravíssimo" que um ministro gravasse uma conversa com o presidente.



"Espero que essas gravações venham a público", disse Temer, que disse ainda cogitar fazer gravações oficiais das audiências na Presidência da República.

A líder da minoria (oposição) na Câmara, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), disse após a coletiva de Temer que o presidente "tenta montar uma versão amena para um fato absolutamente grave e contundente".

Segundo ela, há um "conluio de interesses privados comandando a República".

Feghali sustenta que Temer cometeu "crime de responsabilidade" e disse que a oposição tomará "medidas concretas a partir da segunda-feira contra o governo".

O líder da minoria no Senado, Lindberg Farias (PT-RJ), e o PSOL já disseram que pretendem apresentar um pedido de impeachment contra o presidente.

O andamento dessa denúncia, porém, dependeria de uma decisão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que é aliado de Temer.

"Com os fatos que nós temos e conhecendo o presidente Michel Temer, apesar de não ter ouvido ainda a tal gravação que o ex-ministro Calero fez com o presidente da República, um fato grave, não vejo nenhum motivo para a gente pensar em impedimento do presidente Temer de forma algumas", afirmou Maia na sexta-feira, em entrevista ao canal Globonews.

Na entrevista, que contou com a presença de Maia e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Temer anunciou o que chamou de "ajustamento institucional" para impedir a tramitação de qualquer proposta de anistia a políticos que tenham praticado o caixa 2 - movimentação irregular de recursos de campanha eleitoral.

Na coletiva com Calheiros (à esquerda) e Maia, Temer prometeu barrar qualquer tentativa de anistia ao caixa 2

Na quinta-feira , a votação de um projeto com medidas anticorrupção acabou adiada depois de vir à tona uma articulação em prol de uma emenda para anistiar quem tivesse feito uso de caixa 2 em eleições passadas - nos bastidores da Câmara, chegou a circular um texto de uma emenda que previa livrar, em todas as esferas (cível, criminal e eleitoral).

"Estamos aqui para revelar que, há uma unanimidade daqueles dos poderes Legislativo e Executivo", afirmou o presidente.

"Não há a menor condição de se patrocinar, de se levar adiante essa proposta", declarou Temer, que disse ser preciso "ouvir a voz das ruas" em relação à anistia.



Maia voltou a dizer que nunca tinha sido a intenção do Legislativo de anistiar crimes e culpou uma "confusão de comunicação" pela polêmica. "Estamos discutindo algo que não existe", afirmou. Calheiros disse que uma eventual proposta de anistia não terá chances no Congresso.

A entrevista foi convocada no sábado por Temer e representou um rara aparição de mídia conjunta dos principais líderes dos Poderes Executivo e Legislativo, o que pareceu indicar a preocupação do Planalto com a repercussão da crise política detonada tanto pela renúncia de Geddel - a sexta de um ministro nos seis meses de governo do pemedebista - e a polêmica causada pela possibilidade de anistia do caixa 2.


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