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domingo, 13 de junho de 2021

O Brasil receberá a vacina Janssen que expirará em 15 de junho

 

Essas doses são adquiridas com desconto de 25%, o que gerará uma economia de cerca de R $ 480 milhões.



RIO DE JANEIRO, 13 de junho. / TASS /. As primeiras 3 milhões de doses da vacina contra o Janssen contra o coronavírus chegarão ao Brasil no dia 15 de junho, ao final do prazo de validade do medicamento. O anúncio foi feito no sábado pelo Ministério da Saúde da república.

“Essas doses estão sendo compradas com um desconto de 25%, o que vai economizar cerca de R $ 480 milhões (cerca de US $ 94 milhões). Eles têm uma vida útil mais curta, mas o FDA permitiu que fosse prorrogado”, - disse o chefe da da Ministra da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista coletiva.

Segundo o ministro, o governo brasileiro terá que pagar apenas as doses que serão utilizadas. Por questões logísticas, o Janssen só será utilizado nos centros administrativos dos estados da república sul-americana, explicou Queiroga.

A vacina expira no dia 27 de junho, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), seguindo o FDA, pode autorizar a prorrogação de seu prazo de validade por mais 6 semanas, até o dia 8 de agosto. A reunião do regulador farmacêutico brasileiro deve ocorrer na próxima semana, disse o ministério.

A vacinação contra o coronavírus começou no Brasil em 18 de janeiro. No momento, os medicamentos são usados pela empresa sueco-britânica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, a empresa chinesa Sinovac Biotech e a americana Pfizer. Mais de 23,6 milhões de pessoas já foram vacinadas com duas doses da vacina e mais de 54,2 milhões receberam uma vacina. Em setembro, está prevista a conclusão da primeira etapa da campanha de vacinação e a vacinação de grupos prioritários da população (mais de 78 milhões de pessoas), entre médicos, idosos e portadores de doenças crônicas.



Fonte: TACC

 

sexta-feira, 4 de junho de 2021

BRASIL TORNA-SE O 67º PAÍS A APROVAR A VACINA “SPUTNIK V”


Brasil é o país mais populoso da América do Sul em que o uso do medicamento é aprovado



ANVISA aprovou a licença para importação e uso da vacina com base em laudo técnico do Ministério da Saúde da Federação Russa

Moscou, 5 de junho de 2021 – O Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF, fundo soberano da Federação Russa) anuncia a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) de aprovar a licença para importação e uso da vacina russa contra o coronavírus Sputnik V em vários estados do país.

Assim, o Brasil torna-se o 67º país onde o uso da “Sputnik V” foi aprovado. A população total desses países ultrapassa 3,4 bilhões de pessoas. Em termos de número de aprovações recebidas por reguladores governamentais, a “Sputnik V” ocupa o segundo lugar no mundo.

A autorização para importação e uso da vacina pelos estados brasileiros foi aceita após análise de laudo técnico encaminhado à ANVISA pelo Ministério da Saúde da Federação Russa. Além disso, anteriormente, o lado russo forneceu ao regulador dados adicionais confirmando a ausência de vetores adenovirais replicantes (RCA). Dados de vários países que usam a “Sputnik V” confirmam a alta segurança e eficácia da vacina russa.

Kirill Dmitriev, CEO do Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF), afirmou:

“A decisão da Anvisa de aprovar o uso da vacina ‘Sputnik V’ em diversos estados brasileiros abrirá o acesso a um dos melhores medicamentos contra o coronavírus do mundo. Todos os documentos necessários foram inicialmente fornecidos à ANVISA, e posteriormente nenhuma das questões levantadas pelo regulador ficou sem resposta após a decisão de adiar a aprovação da ‘Sputnik V’. O Brasil se tornará o país mais populoso da América do Sul, no qual o uso da vacina russa é aprovado. Estamos prontos para mais cooperação com parceiros no país para salvar vidas e superar a pandemia.”

A vacina “Sputnik V” tem vantagens importantes:

·       A eficácia da vacina é de 97,6% com base na análise de dados de incidência de coronavírus entre russos vacinados com os dois componentes da droga no período de 5 de dezembro de 2020 a 31 de março de 2021.

·       A vacina “Sputnik V” é baseada em uma plataforma comprovada e bem estudada de vetores adenovirais humanos que causam o resfriado comum e aos quais a humanidade foi exposta por milênios.

·       A vacina “Sputnik V” usa dois vetores diferentes para duas injeções durante o processo de vacinação, o que cria uma imunidade mais forte em comparação com vacinas que usam o mesmo mecanismo de aplicação para ambas as injeções.

·       A segurança, eficácia e ausência de efeitos adversos de longo prazo das vacinas de adenovírus foram comprovadas em mais de 250 estudos clínicos ao longo de duas décadas.

·       A “Sputnik V” não causa alergias graves.

·       A temperatura de armazenamento da “Sputnik V” de + 2 a + 8 graus Celsius permite que seja armazenada em um refrigerador convencional sem a necessidade de investir em infraestrutura adicional de cadeia de frio.

·       A “Sputnik V” custa menos de US$ 10 por injeção, o que o torna disponível em todo o mundo.

***

O Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF) foi fundado em 2011 para investir no capital de empresas principalmente na Rússia, juntamente com os principais investidores financeiros e estratégicos estrangeiros. O fundo atua como um catalisador para o investimento direto na economia russa. No momento, o RDIF tem um histórico de sucesso na implementação conjunta de mais de 80 projetos com parceiros estrangeiros com um volume total de mais de 1,9 trilhão de rublos, cobrindo 95% das regiões russas. As empresas do portfólio do RDIF empregam mais de 800.000 funcionários e sua receita anual é de 6% do PIB da Rússia. O RDIF estabeleceu parcerias estratégicas conjuntas com os principais co-investidores internacionais de 18 países, totalizando mais de US$ 40 bilhões. Mais informações podem ser encontradas no site: rdif.ru

Contato para informações adicionais:

Alexey Urazov

Fundo de Investimento Direto Russo

Diretor de Comunicações Externas

Celular: +7 915 312 76 65

E-mail: Alexey.Urazov@rdif.ru

Fonte: Sputnik V


RT en Español

La Agencia Sanitaria de Brasil aprueba la importación de la vacuna rusa Sputnik V contra el covid-19

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Sputnik V e Covaxin: 1º voto da Anvisa é a favor da importação

 

Após apresentação de análises técnicas, membros da diretoria colegiada votam de forma favorável ou contrária à importação das vacinas



Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decide, nesta sexta-feira (4/6), se aprova os pedidos de autorização excepcional e temporária para a importação das vacinas Covaxin e Sputnik V contra a Covid-19. O primeiro voto foi do relator do caso, Alex Machado Campos, da 5ª Diretoria do órgão. E ele se colocou a favor da importação das vacinas.

Segundo o relator, os laboratórios ainda demonstraram incertezas em relação à segurança, eficácia e qualidade das vacinas. Porém, devido ao cenário “sem precedentes” que o país enfrenta, Campos defendeu que a possibilidade de ter mais vacinas disponíveis no Brasil é algo positivo.

“Em situação de guerra devemos lançar mão de todos os instrumentos. Sabemos que ainda existem lacunas, mas, mesmo diante das incertezas, é preciso enfrentar o dramático quadro sanitário em que estamos inseridos”, apontou.

Campos ressaltou que as condições pontuadas pelas áreas técnicas para a administração das vacinas devem ser seguidas. E exigiu, em seu voto, que as autoridades de saúde brasileiras “restrinjam o público vacinado, limitem a importação inicial a um volume pequeno e imponham testes laboratoriais”. O limite seria de 1% da população brasileira.


  • A posição dele veio da apresentação dos técnicos da Anvisa. Primeiro, foi apresentada a análise da Sputnik feita pela Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos, coordenada por Gustavo Mendes. Ele disse que, apesar de trazer algumas informações positivas sobre a vacina, os documentos russos não apresentam dados suficientes sobre a qualidade, eficácia e segurança da vacina.

Por isso, Gustavo recomendou que a agência estabeleça uma série de regras para o uso do imunizante. “São condicionantes que buscam minimizar a exposição e risco das pessoas que irão tomar essa vacina”, concluiu.

No caso da Covaxin, o gerente-geral também afirmou que faltam dados atestar a eficácia do fármaco. A Anvisa espera que a fabricante Bharat BioTech envie informações complementares sobre resultados de imunogenicidade e segurança nos dias 15 e 30 de junho. Gustavo também apresentou condicionantes para o uso da vacina, caso a importação seja aprovada pela diretoria.

Acompanhe a reunião ao vivo:

Agência Nacional de Vigilância Sanitária

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Inspeções in loco

Na segunda apresentação, a gerente-geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária, Ana Carolina Moreira Marino, constatou, com base na documentação russa e nas inspeções que a Anvisa fez a dois laboratórios no país (em abril deste ano), que alguns parâmetros exigidos pela agência para a fabricação da Sputnik V não foram atendidos.

Ana Carolina Araújo sugeriu que o Instituto Gamaleya apresente uma série de documentos para atestar o controle de qualidade da vacina Sputnik V, e que os laboratórios inspecionados adequem suas práticas às exigências da Anvisa.


  • No caso da Covaxin, a área atestou que empresa cumpriu com todos os itens pendentes relacionados ao último pedido de certificação de Boas Práticas de Fabricação. A doutora Ana Carolina sugeriu que a agência autorize a importação excepcional do imunizante.

Já a gerente-geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária, Suzie Marie Teixeira Gomes, pontuou que os dois imunizantes apresentaram incertezas em relação aos eventos adversos. Ela recomendou que, caso tenham importação autorizada pela diretoria, ambas as empresas sigam condicionantes.

Segundo Suzie, as empresas serão obrigadas a apresentar relatórios sobre a ocorrência de eventos adversos e a informar os pacientes de que os imunizantes não possuem autorização de uso emergencial emitido pela Anvisa.



Como funciona

A reunião começou às 14h, e as três áreas técnicas da agência apresentaram análises sobre os dois imunizantes. Depois das apresentações, os cinco membros da diretoria iniciaram a votação.

A decisão é feita por maioria simples. Ou seja, dos cinco votos, ao menos três devem ser favoráveis para permitir a importação. Caso três votos sejam contrários, a autorização será negada.

O presidente da agência, Antonio Barra Torres, iniciou a reunião prestando homenagem às vítimas da Covid-19. Ele pontuou que alguns países, que estão com campanhas de vacinação avançadas, já tiveram uma “retomada do dia a dia”, e desejou que a imunização no Brasil chegue ao mesmo patamar em breve.


  • “Hoje mesmo o noticiário internacional mostrou países que alcançaram um nível de vacinação que, a mercê de Deus, vamos alcançar no menor prazo possível”, disse. Ele também reiterou a importância do uso de máscara e do respeito às medidas não farmacológicas.

Os processos de importação da Sputnik V analisados hoje são dos seguintes estados: Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco, Piauí. Já o pedido da Covaxin veio do Ministério da Saúde.

Caso a importação seja aprovada, os estados, os municípios e o Distrito Federal ficam autorizados a adquirir, distribuir e aplicar doses das vacinas. O pedido de importação da Covaxin foi feito pelo Ministério da Saúde.

O relator do pedido de importação é Alex Machado Campos. Ele também foi responsável pela relatoria dos primeiros pedidos de autorização de ambas as vacinas, negados pela agência entre janeiro e abril deste ano.


  • Além de Campos, os outros membros da diretoria colegiada são: Antonio Barra Torres (diretor-presidente), Meiruze Freitas (2ª diretoria), Cristiane Jourdan Gomes (3ª diretoria) e Romison Mota (4ª diretoria).

Fonte: Metrópoles


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domingo, 23 de maio de 2021

Vídeos indicam que Arthur Weintraub pode ter coordenado o “ministério paralelo”


Levantamento revela estrutura do grupo que aconselhava o presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia



Ex-assessor da presidência da República, o advogado Arthur Weintraub deu indicações em discurso no Palácio do Planalto e em lives nas redes sociais que coordenou um grupo de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia. Segundo Weintraub, esse grupo teria defendido a eficácia da cloroquina para tratar a Covid-19 — o medicamento não tem comprovação científica para esse fim.

Em 14 de agosto de 2020, Weintraub discursou em um evento no Palácio do Planalto e disse: “Eu, a partir de fevereiro [de 2020], como assessor do presidente, então é uma oportunidade que me foi dada pelo presidente, eu comecei a entrar em contato com os médicos. Os médicos que tenho referência, como o doutor Luciano Azevedo, a doutora Nise [Yamagushi], o Paulo Zanotto”. Os três nomes citados se notabilizaram pela defesa do tratamento precoce contra a Covid-19.

No mesmo evento, o anestesiologista Luciano Dias Azevedo agradeceu: “Gostaria de agradecer ao Arthur Weintraub porque desde o início de fevereiro ele nos procurou, começou unir os grupos de médicos para estudar a doença e pesquisar soluções. Senhor Arthur abriu portas”.

Em live veiculada em 12 de abril de 2020, Weintraub também falou sobre o assunto com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP): “Seu pai virou pra mim e disse: ô magrelo, você que é porra louca, vai lá e estuda isso daí. Ai comecei a ler artigo científico, artigo que o pessoal começa a soltar. Esses caras me mandando, o Luciano Dias Azevedo, Paulo Zanotto, e falei pra ele [Bolsonaro]: cloroquina tá funcionando, já tem resultado. Passei pra ele os estudos, ele lê. Eu passo no zap e depois ta impresso na mesa dele”.



Em abril do mesmo ano, respondendo às críticas por seu envolvimento em assuntos médicos, Arthur disse considerar que poderia “dirigir a OMS”. Arthur é o irmão mais novo do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub e hoje atua como um dos representantes do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA).

Fonte: Metrópoles


terça-feira, 11 de maio de 2021

STF dá 48 horas para Anvisa explicar o que falta para análise da Sputnik V


Na última sexta-feira (7), o Maranhão pediu para que, em até sete dias, a diretoria colegiada da agência se reúna novamente e dê um parecer sobre a vacina russa



 O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta segunda-feira (10) que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informe, em 48 horas, e de maneira pormenorizada, quais os documentos faltantes para uma análise definitiva do pedido de autorização excepcional e temporária de importação e distribuição da vacina Sputnik V.

Na última sexta-feira (7), o estado do Maranhão pediu para que, em até sete dias, a diretoria colegiada da agência se reúna novamente e dê um parecer sobre a análise dos novos documentos entregues pelos governadores em defesa da vacina russa. 


Leia também



A ação apresentada alega o descumprimento, pela União, do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, o que teria levado o estado a adquirir lotes da vacina Sputnik V, produzida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia.

No dia 26 de abril, o ministro Ricardo Lewandowski negou o pedido formulado pela Anvisa para suspender o prazo de 30 dias - fixado pelo próprio magistrado - para que o órgão analise e decida se estados e municípios estão autorizados a importar doses da vacina Sputnik V.

Ao STF, a Anvisa argumentou que os dados sobre qualidade, eficácia e segurança precisam ser juntados ao processo de pedido de compra para decidir sobre "importação excepcional e temporária" de doses da vacina desenvolvida pela Rússia.

Fonte: CNN Brasil


CNN Brasil

STF dá 48h para Anvisa dar explicações sobre Sputnik V | CNN 360º

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quarta-feira, 5 de maio de 2021

Presidência avaliou decreto para incluir covid na bula de cloroquina, diz Mandetta


BRASÍLIA – Primeiro a ser interrogado pela CPI da Covid, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta disse nesta terça-feira, 4, ter sido chamado no Palácio do Planalto para tratar sobre incluir na bula da cloroquina a recomendação para tratar covid-19. O medicamento, propagandeado pelo presidente Jair Bolsonaro como solução para a doença, é usado para contra malária, artrite reumatoide e lúpus, mas não há comprovação científica de que tenha efeito contra o novo coronavírus.


© JEFFERSON RUDY / AGÊNCIA SENADO O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta durante depoimento na CPI da Covid

O ex-ministro, demitido em 16 de abril de 2020, narrou ter sido chamado às pressas para uma reunião no terceiro andar do Palácio do Planalto, onde fica o gabinete presidencial, na qual outros integrantes da equipe e médicos convidados discutiam mudar a bula por meio de decreto. Na versão de Mandetta, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, teria barrado a ideia.

“Era para eu subir para o terceiro andar porque tinha lá uma reunião de vários ministros e médicos que iam propor esse negócio de cloroquina que eu nunca havia conhecido. Ele (Bolsonaro) tinha um assessoramento paralelo. Nesse dia, havia sobre a mesa, por exemplo, um papel não timbrado de decreto presidencial para que fosse sugerido naquela reunião que se mudasse a bula da cloroquina na Anvisa, colocando na bula a indicação da para coronavírus”, afirmou. “O presidente da Anvisa disse que não. Jorge Ramos (na verdade Jorge Oliveira, então ministro da Secretaria-Geral da Presidência) disse que era uma sugestão. Uma sugestão de alguém que se deu trabalho de colocar aquilo em formato de decreto.”

Em outro momento, Mandetta afirmou não ter dado qualquer orientação sobre aumentar a produção de cloroquina nos laboratórios do Exército. A medida foi tomada pelo governo no ano passado, quando alguns médicos passaram a recomendar o medicamento para tratar a doença com base em alguns casos, mas sem embasamento em estudos científicos.

“A única orientação sobre cloroquina que partiu do Ministério foi sobre o uso compassivo, ou seja, quando não há outro recurso, para pacientes graves em ambiente hospitalar. A cloroquina tem margem de segurança estreita. Ela tem uma série de reações adversas e cuidados que devem ser feitos. Poderia ser perigoso para as pessoas”, afirmou.

No depoimento, o ex-ministro afirmou que filhos políticos de Bolsonaro acompanhavam reuniões ministeriais que tratavam do enfrentamento ao vírus e atrapalharam a relação com a China, principal fornecedora de insumos. Segundo o ex-ministro, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) participava de reuniões ministeriais tomando notas. E os demais, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), chegaram a barrar uma reunião presencial com o embaixador da China no Planalto.

© NILTON FUKUDA/ESTADAO  O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente

“O outro filho do presidente, Eduardo (Bolsonaro), tinha rotas de colisão com a China. Um dia estavam os três filhos do presidente (no Palácio do Planalto). E disse a eles que precisava conversar com o embaixador da China. E ele disse que ‘aqui não’. Acabei fazendo por telefone. Havia dificuldade de superar essas questões”, relatou.

Aos senadores, Mandetta afirmou que a postura de Bolsonaro na pandemia contribuiu para o agravamento da crise e para o aumento do número de mortes.“Se a postura teve um impacto? Sim. Em tempos de pandemia, tem que ter unidade, fala única. O raciocínio não é individual, o vírus ataca a sociedade como um todo. Ataca a economia, o esporte, o lazer”, disse, em resposta ao senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Ainda no começo de seu depoimento, Mandetta descreveu o comportamento errático de Bolsonaro: durante algumas reuniões, o presidente dizia concordar com as orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS). Mas, em seguida, fazia declarações públicas defendendo tratamentos e estratégias que não foram corroboradas pela evidência científica, como o uso da cloroquina e o chamado “isolamento vertical”. Este último é a ideia de manter em isolamento apenas pessoas idosas ou com comorbidades, liberando as demais para transitar normalmente.

“Eu imagino que ele (Bolsonaro) construiu, fora do Ministério da Saúde, alguns aconselhamentos que o levaram para estas tomadas de decisões que ele as teve. Mas não saberia lhe nominar cada uma delas”, completou Mandetta.

Fonte: Estadão


Estadão

Mandetta na CPI da Covid: Presidência avaliou decreto para incluir covid-19 na bula da cloroquina

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segunda-feira, 3 de maio de 2021

Pazuello irá à CPI na quarta sem apoio dos militares


Isolado e na mira da CPI da Covid-19, o ex-ministro Eduardo Pazuello perdeu boa parte do apoio e solidariedade que tinha dos militares



 

247Na mira da CPI da Covid-19 instaurada no Senado, o ex-ministro Eduardo Pazuello perdeu boa parte do apoio e solidariedade que tinha da caserna no período em que estava no comando da Saúde. A informação é da coluna Radar, do portal Veja. 

Quando virou alvo do STF e da Polícia Federal por incompetência na condução do combate à pandemia, o general chegou a receber suporte da cúpula militar, a partir da gestão de Fernando Azevedo, então ministro da Defesa.

No entanto, o avanço de Bolsonaro contra Azevedo e os chefes das Forças Armadas fez com que Pazuello, o pivô da crise, conquistasse o isolamento na caserna. 


CPI 

A CPI da Covid dará início nesta semana à fase de tomada de depoimentos de ex-integrantes do governo Jair Bolsonaro. Nesta terça-feira (3) serão ouvidos os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Na quarta, o general Eduardo Pazuello, que ficou à frente da pasta por dez meses. Na quinta-feira serão ouvidos o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres. Para o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), “essa semana será decisiva porque vamos ter depoimentos dos principais atores sobre os bastidores da pandemia”.


Irresponsabilidade de Pazuello  reflete na vacinação 

Neste domingo (2), a aplicação da segunda dose da CoronaVac está suspensa em oito capitais brasileiras. De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a interrupção é resultado da conduta de seu antecessor no comando da pasta, Eduardo Pazuello.

"[O atraso] decorre da aplicação da segunda dose como primeira dose", afirmou. "Logo que houver entrega da CoronaVac, [o problema] será solucionado."


Rádio BandNews FM

Mônica Bergamo: Militares entram na mira da CPI da Covid para explicar produção de cloroquina - 29 de abr. de 202

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domingo, 2 de maio de 2021

Governadores recorrerão ao STF contra decisão da Anvisa que vetou uso da Sputnik V


Primeira medida será uma contestação técnica. Se Anvisa não recuar, o caso será levado à corte suprema



247 - Governadores decidiram contestar no STF o veto da Anvisa à importação da Sputink V .

É o que informa a CNN (vídeo abaixo).

O primeiro movimento deve ser uma contestação científica, que pode evoluir para uma ação na corte suprema.

Sessenta e três países aprovaram o uso emergencial, incluindo a Argentina, Chile e México.

No Brasil, pelo menos 14 governadores e dos prefeitos solicitaram à Anvisa a aprovação do imunizante.

"Fizemos uma agenda com a Rússia, uma agenda com técnicos e cientistas da Gamaleia e também com a agência reguladora da Rússia e com o Ministério da Saúde da Rússia. Eles afirmaram com muita segurança que é uma vacina segura e precisamos saber quem está com a verdade", disse o governador do Piauí, Wellington Dias, presidente do Consórcio Nordeste.

A Anvisa diz que seguiu critérios técnicos, mas mesmo especialistas como o médico Mário Kato entende que houve pressão política.

A Rússia acusou os EUA a pressionarem o Brasil para vetar a Sputnik V, uma pressão que atende a disputas geopolíticas e não ao interesse da população brasileira.



 TV 247

Sputnik processa Anvisa por espalhar fake news - 29 de abr. de 2021

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Cientistas brasileiros apresentam ao Parlamento pedido de impeachment de Bolsonaro


RÍO DE JANEIRO (Sputnik) - Um grupo de médicos e cientistas apresentou à Câmara dos Deputados do Brasil uma nova petição para abrir um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro por sua gestão da nova pandemia do coronavírus.



  • Os peticionários afirmam que o Bolsonaro arrastou o Brasil "sobre um precipício de negação que envolveu [e continua envolvendo] a perda de vidas e um preconceito incalculável, da saúde à economia".

Para embasar a petição, os cientistas reuniram uma série de depoimentos e ações do Bolsonaro desde março de 2020, quando foram detectados os primeiros casos de COVID-19 no Brasil , até 20 de janeiro deste ano.


Seis pérolas de Jair Bolsonaro no coronavírus

Entre os signatários estão algumas das mais prestigiosas personalidades da área científica brasileira, como o ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gonzalo Vecina Neto, e o ex-chefe de Farmacologia da Fundação Oswaldo Cruz, Eloan dos Santos Pinheiro.

Bolsonaro acumulou mais de 60 pedidos de impeachment desde que iniciou seu mandato, a maioria relacionada ao seu papel na pandemia , mas é improvável que algum desses processos avance.

A decisão de colocar qualquer um desses pedidos em votação depende do presidente da Câmara dos Deputados, que por alguns dias é Arthur Lira, aliado do líder de extrema direita.

Fonte: Sputnik Mundo


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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Brasil decide na sexta-feira sobre compra de 30 milhões de doses da Sputnik V e da Covaxin


O Ministério da Saúde anunciou na tarde desta quarta-feira (3) que negocia a aquisição de 30 milhões de doses de vacinas: dez milhões da russa Sputnik V e 20 milhões da indiana Covaxin.



A divulgação acontece horas depois de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciar um novo protocolo para a aprovação de vacinas, com a simplificação do processo de concessão de uso emergencial.

A decisão sobre a compra dos 30 milhões de vacinas deve ser tomada nesta sexta-feira (5), quando o Ministério da Saúde se reunirá com o Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, da Rússia, e com o laboratório Bharat Biotech, da Índia.


  • "A farmacêutica russa, que instalou uma linha de produção no Distrito Federal, adiantou à pasta que se houver acordo, entre fevereiro e março poderá entregar um total de dez milhões de sua vacina, que serão importadas da Rússia. E que a partir de abril passará a produzir mensalmente IFA [Insumo Farmacêutico Ativo] e 8 milhões de doses no Brasil", diz em comunicado divulgado nesta sexta-feira (5) o Ministério da Saúde, conforme publicado pelo UOL.

O comunicado se refere à farmacêutica União Química, que será a responsável pela produção da Sputnik V no país. A empresa ainda não tem a autorização para a produção da vacina no Brasil.

O Ministério também se pronunciou sobre a Covaxin: oito milhões de doses da vacina indiana podem ser entregues ao Brasil em fevereiro. O laboratório Bharat Biotech afirmou ter condições de entregar mais 12 milhões em março, de acordo com o Ministério da Saúde.

Com a mudança anunciada nesta quarta-feira (3) pela Anvisa, os pedidos de uso emergencial de vacinas contra a COVID-19 não precisarão mais cumprir com a exigência de que testes na fase três sejam realizados no Brasil.


Logo da vacina russa contra COVID-19, Sputnik V, em laboratório da União Química que produz o imunizante em Brasília, 25 de janeiro de 2021

Na última terça-feira (2) foi publicado um estudo pela revista científica The Lancet mostrando que a eficácia da vacina Sputnik V é de 91,6% em um regime de duas doses. A eficácia e segurança do imunizante russo foram comprovadas durante o ensaio clínico de fase três da vacina.

Em nota, a Anvisa declarou que a publicação do estudo clínico sobre a Sputnik V em uma revista científica de referência é "uma boa notícia". No entanto, a agência destacou que, para decidir sobre a eficácia e segurança, a "autoridade reguladora precisa ter acesso aos dados completos gerados nos estudos clínicos".


Band Jornalismo

A vacina russa Sputnik V contra a Covid-19 apresentou eficácia geral de 91,6%. O resultado do estudo de fase 3 foi publicada na revista científica The Lancet.

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sábado, 30 de janeiro de 2021

'Expectativa favorável': STF pode aprovar uso da vacina Sputnik V no Brasil


Ação do estado da Bahia no Supremo Tribunal Federal para adquirir vacina russa contra COVID-19 Sputnik V obtém apoio de outros estados. Decisão do ministro Lewandowski deve ser favorável, diz secretário do Consórcio do Nordeste.



Nesta quinta-feira (28), o governo de Pernambuco se juntou aos estados do Piauí e Maranhão, e integrou em ação promovida pelo estado da Bahia no Supremo Tribunal Federal (STF) que possibilitará a obtenção de pelo menos 50 milhões de doses da vacina Sputnik V.

Além das unidades da federação, o Colégio Nacional de Procuradorias-Gerais dos Estados (CONPEG), Defensorias Públicas de todo o país e a seção baiana da Ordem dos Advogados do Brasil expressaram apoio e devem participar da ação.


A ação

O governo da Bahia pede que o STF aprove o uso emergencial de vacinas contra a COVID-19 que tenham sido liberadas por agências internacionais que integrem a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

Atualmente, o Brasil só reconhece a liberação feita por agências de países como EUA, Japão e União Europeia.

Agente da Saúde quilombola, de 70 anos, é inoculada com CoronaVac em Cachoeira do Piriá (PA), 19 de janeiro de 2021

A medida permitiria o uso da vacina Sputnik V no Brasil, uma vez que o imunizante russo foi aprovado para uso emergencial em países americanos como Argentina, Bolívia, Paraguai e México.

Uma vez aprovada, o estado da Bahia poderá seguir adiante com acordo para importação de pelo menos 50 milhões de doses do imunizante, que seriam distribuídos pelo Consórcio de governadores do Nordeste.


  • "A discussão está sendo travada basicamente em torno de um elemento: a decisão [da Anvisa] que, para a autorização do uso emergencial, exige a realização de testes clínicos de fase três em território nacional", disse o secretário do Consórcio de governadores do Nordeste, Thiago Campos, à Sputnik Brasil.

Para a Anvisa, essa exigência garantiria "mais segurança", uma vez que "ela acompanharia os processos desses exames clínicos aqui em território nacional", explicou Campos.

Agente da Saúde mostra cartão de vacinação, após receber dose do imunizante contra a COVID-19, Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 2021

A ação impetrada no STF debate "se a autorização em outras agências para uso emergencial e o número de pessoas já vacinadas em outros países já não seriam o suficiente para assegurar em certa medida a segurança sanitária que a Anvisa pretende exigir", disse o secretário.


  • "Estamos entre uma exigência técnico-sanitária e a proteção da vida, dado o risco de morte decorrente da COVID-19. Qual desses princípios constitucionais deveriam ser priorizados? Esse é o cerne da questão", resumiu Campos.

Nesta segunda-feira (25), a Anvisa respondeu a solicitação do ministro do STF, Ricardo Lewandowski, afirmando que não vai liberar o uso emergencial do imunizante russo sem a avaliação técnica da agência.

Ministro Ricardo Lewandowski durante sessão no plenário do STF (Supremo Tribunal Federal)

Para o órgão, autorizar o uso de vacinas baseado em parecer de agências internacionais seria abrir mão da soberania nacional.

Por outro lado, documento apresentado pelo Colégio Nacional de Defensores Públicos-Gerais (CONDEGE) argumenta ser necessário ampliar a oferta de imunizantes no Brasil.


  • "A cada dia que passa vai ficando claro que o governo federal fracassou na obtenção inicial de um volume suficiente de imunizantes, assim como na montagem de um plano eficaz de vacinação rápida", alegaram as defensorias.

De acordo com Campos, há "um detalhe" a ser avaliado: "para registro de medicamentos, de fármacos, de qualquer insumo junto à Anvisa, essa exigência de que os exames clínicos sejam realizados em território nacional não existe".

"Por que não existe para registro de medicamento, fármacos e até de vacinas, e teria que existir para a aprovação de uso emergencial? Essa é uma questão que a gente tem colocado no debate", disse o secretário.

Primeiro lote da vacina contra COVID-19 russa Sputnik V chega ao aeroporto de La Paz, Bolívia, 28 de janeiro de 2021

"Temos defendido que o Brasil precisa incorporar todos os imunizantes que estejam disponíveis e que precisamos conceder autorização àqueles que tem o nível de segurança sanitária, seja aqui [no Brasil] ou em outras agências, o quanto antes", declarou o secretário do Consórcio.

A vacina contra a COVID-19 Sputnik V foi desenvolvida pelo Instituto Gamaleya e já está sendo administrada em todas as pessoas maiores de 18 anos na Rússia. O imunizante foi adotado de forma emergencial em países como Emirados Árabes Unidos (EAU), Venezuela, Argélia e Hungria.

Expectativa favorável

De acordo com Campos, a perspectiva de uma decisão favorável no STF para o uso da Sputnik V no Brasil é "favorável".


  • "Nós temos conversado bastante tanto com técnicos da Anvisa, quanto com [...] ex-ministros da Saúde e a expectativa é a de que sim, que a decisão do ministro Ricardo Levandowski será favorável", declarou Campos.

O presidente-executivo do laboratório União Química, que tem a licença para fabricar a Sputnik V no Brasil, Fernando Marques, disse à Reuters que tem dúvidas de que a Sputnik V será aprovada. "É apenas uma questão de tempo e de atender a todas as exigências da Anvisa", disse.

Logo da vacina russa contra COVID-19, Sputnik V, em laboratório da União Química que produz o imunizante em Brasília, 25 de janeiro de 2021

No entanto, Campos alerta para a possibilidade de que a Anvisa, caso contrariada, insista em colocar um lacre diferenciado nas doses de vacinas aprovadas por agências internacionais.


  • "Temos uma preocupação, porque no passado isso já ocorreu, de que a Anvisa com essa decisão [...] coloque um lacre [na vacina] dizendo 'não autorizada pela Anvisa' ou 'aplicada por decisão judicial'", disse Campos.

Ele teme que isso possa "inibir a vontade da população de se vacinar". "Isso não contribui, porque precisamos que as pessoas passem a aderir à vacinação."

Com lacre ou sem lacre, caso a decisão no STF prospere "o Brasil terá mais uma vacina, o que aumentará a nossa capacidade de imunização".


  • "Assim a gente pode começar a trabalhar para superarmos pelo menos as consequências mais agudas da COVID-19. A gente pode até ainda não eliminar [a doença], mas se diminuirmos o número de óbitos, já é um grande avanço", concluiu Campos.

Atualmente, o Brasil administra duas vacinas contra a COVID-19: a CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceira com o laboratório chinês Sinovac, e a vacina da Oxford/AstraZeneca, que será produzida pela Fundação Oswaldo Cruz.

Agentes da Saúde são vacinados com a vacina russa contra COVID-19, Sputnik V, em Buenos Aires, Argentina, 29 de dezembro de 2020

As vacinas das farmacêuticas Pfizer e Johnson & Johnson conduziram testes clínicos em território brasileiro, mas não solicitaram autorização para uso emergencial junto à Anvisa.

Em setembro, o governo do Estado da Bahia selou acordo com o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo) para a compra de 50 milhões de doses da vacina Sputnik V. Sem autorização da Anvisa, o estado não pode importar e administrar os imunizantes.

Fonte: Sputnik Brasil


CNN Brasil

Pedimos que Anvisa se debruce sobre os estudos da Sputnik V, diz governador da BA | EXPRESSO CNN

O governo da Bahia recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a liberação do uso das vacinas Sputnik V sem aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que alega a falta de documentos considerados essenciais para que o medicamento seja aprovado para uso emergencial. Em entrevista à CNN, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), classificou as exigências da Anvisa como "burocráticas e "protelatórias". #CNNBrasil Leia mais: http://cnnbr.tv/2Yfpuhh

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Sputnik V: 'podemos produzir 8 milhões de doses mensais', diz União Química



Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (21), Fernando de Castro Marques, presidente da farmacêutica União Química, responsável pela produção da Sputnik V – vacina russa contra a Covid-19 – na América Latina, afirmou que, após autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é possível produzir oito milhões de doses por mês do imunizante no Brasil. 


“Nós temos uma fábrica de biotecnologia que foi montada em Brasília. Então, o IFA [Insumo Farmacêutico Ativo] vai ser produzido nessa unidade. Temos a capacidade de fazer 8 milhões de unidades mensais da Sputnik”, disse.

“Também passamos a semana passada na Rússia para esclarecer pontos importantes referentes ao registro e detalhes técnicos. Tivemos uma grande posição do governo russo de arrumar, em fase emergencial, 10 milhões de unidades para serem embarcadas em janeiro, fevereiro e março. E, a partir de abril, entraria a nossa produção e a produção russa, o que poderíamos assumir o compromisso de 150 milhões de unidades em 2021”, explicou.

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agência reguladora reuniu-se hoje com representantes da farmacêutica para discutir o pedido de uso emergencial da vacina russa no país. Segundo Marques, a reunião ocorreu "muito bem".

“No dia 15 [de janeiro] entramos com pedido de autorização emergencial da Sputnik V. Recebemos no dia 16 um ofício da Anvisa fazendo a suspensão temporária do pedido de registro, pedindo informações complementares e também determinando que a gente não apresentasse as informações antes de fazer uma reunião prévia na Anvisa”, contou. 

Segundo Marques, nesta sexta-feira (22), a União Química enviará os documentos faltantes para o registro emergencial da Sputnik V. 

“A vacina hoje já está registrada em diversos países, inclusive na América do Sul, sendo utilizada na Argentina, Paraguai, e o México deve liberar o registro nos próximos dias.”

(Publicado por Sinara Peixoto)


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segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Disputa pela ‘vacina do Butantan’ expõe desmonte da ciência pelo governo Doria


Já em plena campanha à Presidência, Doria quer colar sua imagem ao do Butantan, da vacina CoronaVac

Em disputa política com Bolsonaro, governador paulista se promove com a vacina do Butantan, ao mesmo tempo que aprofunda a política de desmonte e sucateamento do instituto iniciada pelos governos tucanos que o antecederam


São Paulo – A negativa de autoridades da Índia, nesta sexta-feira (15) de entregar ao governo brasileiro 2 milhões de doses da vacina fabricada no instituto indiano Serum, parceiro da Universidade de Oxford e da farmacêutica AstraZeneca, acirrou ainda mais a disputa política em torno da CoronaVac. De um lado o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de outro, o governador João Doria (PSDB), ambos obcecados pela eleição presidencial de 2022. No centro, a vacina desenvolvida e produzida pelo instituto Butantan, em parceria com a Sinovac.

Segundo o Ministério do Exterior da Índia, o Brasil se precipitou ao mandar um avião buscar o lote de imunizantes, já que os prazos de produção e entrega ainda estão sendo avaliados. Diante do fracasso na empreitada de começar – ao menos simbolicamente – a vacinação antes de Doria, que prometeu iniciar a campanha no estado para o próximo dia 25, o governo Bolsonaro enviou requerimento ao Butantan solicitando entrega imediata das 6 milhões de doses que o instituto já tem prontas para uso.

Num delírio ideológico, a parceria entre o laboratório chinês e a instituição vinculada ao governo do estado de São Paulo, fez a Coronavac virar alvo de críticas e desmoralização por parte de Bolsonaro e seus seguidores desde que foi anunciada, no ano passado. Para desprestigiar a vacina e seu adversário, o presidente chegou a desautorizar publicamente o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que anunciou que o imunizante seria comprado pelo governo federal.

Porém, a explosão de novos casos e mortes por covid-19 a partir de dezembro levou o ministério a encomendar 46 milhões de doses da CoronaVac no começo de janeiro. A vacina aguarda liberação emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que deverá ocorrer neste domingo (17).


Dependência externa


O fracasso de Bolsonaro em tentar conseguir vacina para iniciar a imunização antes de Doria, serviu também para escancarar mais uma vez o quanto o Brasil depende de outros países para obter vacinas, medicamentos e insumos, como respiradores para doente de covid-19, oxigênio hospitalar e equipamentos de proteção individual para profissionais da área de saúde para enfrentar a pandemia.

E essa dependência é alimentada por governos cujas políticas priorizam o corte de investimentos em áreas estratégicas como a ciência e a tecnologia. São ações que consistem na redução sistemática do orçamento de institutos de pesquisa. Com ela, vêm também a desvalorização dos recursos humanos, que levam à fuga de cérebros para outros países e na falta de concursos para manter o corpo de pesquisadores. É o caso do Butantan.

Para fortalecer a imagem do instituto participante da produção da vacina da covid-19 com o governo paulista, Doria mandou produzir propaganda que foi ao ar há um mês, no horário nobre da TV. Nela, feitos históricos do Butantan, fundado em fevereiro de 1901 são enaltecidos. Foi vital em 1918 no surto da gripe espanhola; em 1948, desenvolveu a vacina contra influenza; e atualmente produz vacinas que salvam milhões de vidas no Brasil, como a da raiva, hepatite B, tríplice e 100% das vacinas contra a gripe. Maior fornecedor do Ministério da Saúde, responsável por 65% das vacinas do SUS, o Butantan é um dos institutos mais importantes do mundo. 


Asfixia do orçamento


Mas apesar da propaganda que mandou fazer para alavancar seus objetivos políticos, o instituto não recebe o devido tratamento pelo governo Doria. Dos recursos recebidos, mais de 60% vêm do governo federal. O Ministério da Saúde é o maior comprador de imunizantes e soros, além de manter outros convênios. “Os repasses do estado vêm se reduzindo ao longo dos governos do PSDB em São Paulo. É uma política de asfixia do desenvolvimento tecnológico. O governo Dilma Rousseff, enquanto o governo estadual (então de Geraldo Alckmin) asfixiava o orçamento do Butantan, aumentava a participação da União. Não sei a atual proporção, mas acredito que a União continue a manter a maior parte, enquanto continua a asfixia pelo governo do PSDB”, diz o ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP).

O governo tucano de São Paulo é omisso também quanto aos recursos humanos. Antigos pesquisadores disseram à reportagem que temem pela perda de todo o seu trabalho de anos de pesquisa com a aposentadoria, uma vez que o estado não realiza concursos para atualizar o corpo de pesquisadores. O que dirá então para ampliar grupos de pesquisa em busca de soluções para as demandas por novas vacinas, soros e outras respostas à saúde pública. O esvaziamento da pesquisa é tamanho, segundo os cientistas ouvidos, que nunca há presença de um pesquisador em comunicados sobre a CoronaVac, por exemplo.


Ciência e democracia


O golpe parlamentar, jurídico e midiático que derrubou o governo de Dilma Rousseff em 2016 teve efeitos também sobre o instituto. A vacina contra o HPV, última incorporada ao SUS por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), já deveria estar sendo fabricada em seus laboratórios.

No 100º aniversário, Butantan recebeu abraço de servidores em protesto contra o sucateamento da infraestrutura científica. (Foto: Gregório Nakomotome/Jornal do Campus )

Um acordo de transferência de tecnologia da farmacêutica de origem alemã Merck, Sharp & Dohme para o Butantan, assinado em 2013 pelo Ministério da Saúde e o BNDES, tinha cinco anos para a conclusão. Mas o governo de Michel Temer reduziu o ritmo desse e de outros acordos, que agora foram totalmente paralisados no governo de Jair Bolsonaro.

Padilha denuncia e lamenta a desconfiguração do papel do BNDES na oferta de crédito, pilar importante da transferência de tecnologia. Era o banco que proporcionava ao Butantan a capacidade de construir plantas para a produção dos imunizantes e soros. Além disso, o governo federal desmontou o comitê de acompanhamento das parcerias público-privadas de desenvolvimento produtivo.


Soberania na produção


“As políticas em Ciência e Tecnologia são muito importantes para acelerar o desenvolvimento tecnológico e para transferir tecnologias de empresas privadas nacionais ou internacionais para instituições públicas nacionais. Isso traz benefícios para o SUS e garante a soberania do Brasil na produção. No caso da vacina, há redução de preços ao longo do tempo, o que é muito importante. Além disso, a tecnologia é incorporada, fica no país, garantindo a disponibilidade daquele medicamento”, diz Padilha.

Não há informações sobre os prazos para a conclusão da transferência de tecnologia ao Butantan pela farmacêutica chinesa em relação à CoronaVac. Para se ter uma ideia, acordos semelhantes assinados pelo Ministério da Saúde nos governos Lula e Dilma variavam de dois a cinco anos, conforme parâmetros definidos internacionalmente.

Por exemplo, a adaptação da vacina da gripe comum para a H1N1 começou em 2010 e encerrou em 2012, quando o Brasil passou a ter soberania na produção do imunizante. A simplicidade do projeto permitiu a execução em um curto período. Já no caso da covid-19, um prazo razoável é de cinco anos até a conclusão da transferência de tecnologia.


Falta transparência


A integrantes da comissão externa da Câmara destinada a acompanhar o enfrentamento da covid-19, representantes do instituto afirmaram que o acordo assinado com a Sinovac prevê transferência de tecnologia completa. Com isso, a instituição centenária deveria cumprir etapas que vão da pesquisa clínica, envasamento, rotulagem e distribuição até a produção do princípio ativo.

Procurado, o Butantan não respondeu os questionamentos da RBA sobre o andamento das ações que estão sendo tomadas do ponto de vista de infraestrutura e recursos humanos para respaldar o processo de transferência tecnológica da vacina desenvolvida pelo laboratório chinês.

Faltam informações também sobre os termos do acordo firmado com a Sinovac, inclusive sobre valores. A CNN teve acesso ao documento que, em suas 21 páginas, não menciona preços e quantidade das vacinas que devem ser produzidas.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP) questiona pelos menos duas ações do governo Doria em relação ao enfrentamento da covid-19. Entre elas, o acordo com a Sinovac – questionado também pelo Ministério Público estadual. Também analisa a compra sem licitação de 1,5 mil respiradores da empresa turca Shayra Medikal Saglik Kozmetik Ticaret. O custo é superior a R$ 176 milhões.


De quem é a vacina?


Pela regra, a vacina é de quem obtém o registro na Anvisa. Com a aprovação, mesmo que emergencial, o Butantan terá mais uma vacina em seu portfólio. Com isso, estaria legitimado o termo “vacina do Butantan” cravado por João Doria em sua propaganda.

Mas os termos assinados com a Sinovac, segundo a CNN, garantem ao laboratório chinês todos os direitos de propriedade intelectual, o que pressupõe cobrança de royalties.

Se o Butantan recebesse os devidos investimentos, poderia estar fabricando a vacina de fato, e não só envasando e distribuindo. (Foto: Butantan)

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Fonte: RBA


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