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domingo, 17 de março de 2024

Comandante do Exército poderia prender Bolsonaro por minuta do golpe citada em depoimentos? Entenda


Voz de prisão pode ser dada por qualquer cidadão, incluindo militares, contra crimes cometidos em flagrante; tentativa de apresentar minuta do golpe de Jair Bolsonaro ao general provocou a reação, segundo ex-comandante da Aeronáutica


Bolsonaro apresentou hipóteses de GLO, Estado de Defesa e de sítio, diz ex-comandante do ExércitoFoto: Reprodução/Reuters


Ex-comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro do ar Carlos Almeida Baptista Júnior relatou em depoimento à Polícia Federal (PF) que o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-chefe do Exército, falou em prender Jair Bolsonaro (PL) caso o então presidente tentasse um golpe de Estado.

Segundo o artigo 301 do Código Penal brasileiro, a voz de prisão poderia ter sido dada pelo militar, uma vez que há a previsão legal de que qualquer cidadão - incluindo militares - tem o poder de anunciar a prisão de uma pessoa que cometa flagrante delito.

Segundo afirmou Baptista Júnior em depoimento, a declaração ameaçando a prisão foi feita no encontro convocado pelo general Paulo Sérgio de Oliveira, então ministro da Defesa, que ocorreu em 14 de dezembro de 2022. Na reunião, em seu gabinete, quando a hipótese do golpe de Estado - por meio de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), estado de defesa ou estado de sítio - foi aventada, Freire Gomes afirmou que "caso tentasse tal ato teria que prender o Presidente da República".

Na época, Bolsonaro já tinha perdido a eleição para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas permanecia no cargo, uma vez que a posse presidencial ocorre no dia 1º de janeiro seguinte ao pleito.

A Constituição Federal prevê a responsabilização do presidente tanto em crimes de responsabilidade quanto em crimes comuns. Como a suposta ameaça de golpe de Estado dada por Bolsonaro não entra na categoria de infrações político-administrativas, mas sim em crime contra o Estado de Direito, cometido em flagrante, ela não esbarraria no artigo 86, que versa sobre como os julgamentos de um presidente devem ocorrer.

Nos casos de crimes de responsabilidade, é o Senado Federal que julga a denúncia, enquanto infrações penais comuns eventualmente cometidas pelo chefe do Executivo devem ser submetidas ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF). Porém, enquanto não houver sentença condenatória nas infrações comuns sem flagrante, o presidente não poderá ser preso.

Miguel Reale Júnior, ex-professor titular de direito penal da Universidade de São Paulo (USP) e ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso, explica que a voz de prisão, por se tratar de flagrante, poderia ter sido dada pelo general. "Qualquer ato como editar o estado de defesa seria tentativa de golpe e poderia o presidente ser preso por crime contra o Estado de Direito", explicou.

Para o advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, não há dúvida de que o que fez o comandante foi o correto, ao comunicar que se a trama golpista continuasse, a voz de prisão seria dada, sob pena de prevaricação. "A dificuldade prática de dar uma voz de prisão no presidente da República é enorme, você tem que cumprir essa voz de prisão. Evidentemente, Bolsonaro ia dizer que não aceitava prisão e ia chamar oficiais fiéis a ele. A dificuldade prática é absolutamente gigantesca", observou o advogado.

 

Procurado pelo Estadão para comentar sobre o caso, Jair Bolsonaro não respondeu.

 

Na manhã desta sexta-feira, 15, o ministro do STF Alexandre de Moraes retirou o sigilo do depoimento de 27 investigados na Operação Tempus Veritatis, por tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito após as eleições de 2022. Mais da metade dos suspeitos, 14 deles, preferiu ficar em silêncio. Estão incluídos os registros dos depoimentos à PF de Bolsonaro e de ex-ministros, como Anderson Torres e os generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto.

Conforme o depoimento prestado por Baptista Júnior à PF, no bojo das investigações que apuram uma suposta tentativa de golpe de Estado tramada pela cúpula do governo Jair Bolsonaro, o então ministro da Defesa teria declarado a intenção de apresentar a minuta golpista, para "conhecimento e revisão". Nesse momento, Baptista disse ter questionado: "Esse documento prevê a não assunção do cargo pelo novo presidente eleito?". Oliveira se calou e, em seguida, o brigadeiro disse que não admitira receber o papel.

Baptista Júnior e Freire Gomes contaram aos investigadores que se colocaram contra a investida antidemocrática de Bolsonaro. Já o almirante Almir Garnier Santos, então comandante da Marinha, mais alinhado ao ex-presidente, colocou tropas à disposição do ex-chefe do Executivo. Em seu depoimento à PF, o almirante escolheu ficar em silêncio. Veja a íntegra da minuta de golpe que Bolsonaro apresentou às Forças Armadas, segundo ex-comandante.


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Fonte: Terra


Meme:

 

segunda-feira, 3 de maio de 2021

Pazuello irá à CPI na quarta sem apoio dos militares


Isolado e na mira da CPI da Covid-19, o ex-ministro Eduardo Pazuello perdeu boa parte do apoio e solidariedade que tinha dos militares



 

247Na mira da CPI da Covid-19 instaurada no Senado, o ex-ministro Eduardo Pazuello perdeu boa parte do apoio e solidariedade que tinha da caserna no período em que estava no comando da Saúde. A informação é da coluna Radar, do portal Veja. 

Quando virou alvo do STF e da Polícia Federal por incompetência na condução do combate à pandemia, o general chegou a receber suporte da cúpula militar, a partir da gestão de Fernando Azevedo, então ministro da Defesa.

No entanto, o avanço de Bolsonaro contra Azevedo e os chefes das Forças Armadas fez com que Pazuello, o pivô da crise, conquistasse o isolamento na caserna. 


CPI 

A CPI da Covid dará início nesta semana à fase de tomada de depoimentos de ex-integrantes do governo Jair Bolsonaro. Nesta terça-feira (3) serão ouvidos os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Na quarta, o general Eduardo Pazuello, que ficou à frente da pasta por dez meses. Na quinta-feira serão ouvidos o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres. Para o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), “essa semana será decisiva porque vamos ter depoimentos dos principais atores sobre os bastidores da pandemia”.


Irresponsabilidade de Pazuello  reflete na vacinação 

Neste domingo (2), a aplicação da segunda dose da CoronaVac está suspensa em oito capitais brasileiras. De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a interrupção é resultado da conduta de seu antecessor no comando da pasta, Eduardo Pazuello.

"[O atraso] decorre da aplicação da segunda dose como primeira dose", afirmou. "Logo que houver entrega da CoronaVac, [o problema] será solucionado."


Rádio BandNews FM

Mônica Bergamo: Militares entram na mira da CPI da Covid para explicar produção de cloroquina - 29 de abr. de 202

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sexta-feira, 19 de março de 2021

Militares do GSI estavam envolvidos em tráfico de drogas em avião da FAB, diz Justiça


O Ministério Público Militar revelou verdadeiro esquema de organização criminosa nas forças armadas para traficar drogas para o exterior. Dois de quatro militares presos eram membros do Gabinete de Segurança Institucional na época do tráfico de cocaína para a Espanha


Avião da FAB e o Segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues (Foto: Reprodução)

247 - Operação da Justiça Militar desta quinta-feira, 18, indicou participação direta de militares ligados ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, chefiado pelo general Augusto Heleno, no esquema de tráfico de drogas para o exterior usando aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

Dentre quatro militares presos pela Justiça, dois estavam no GSI quando traficantes usarem aeronaves oficiais para transportar drogas, aproveitando-se de “brechas” no controle de bagagens e as permissões privilegiadas dos militares para transitar em aeroportos pelo mundo, segundo reportagem do G1.


Organização criminosa e enriquecimento ilícito

A prisão dos militares foi efetuado após pedido do promotor Enilson Pires, do Ministério Público Militar (MPM), que acusou o sargento Márcio Gonçalves da Silva, então funcionário da GSI, de ser “responsável pela escala dos comissários na ‘Presidência’” - o que era fundamental para colocar homens de confiança nos vôos para transportar entorpecentes.

Segundo a reportagem, a investigação mostrou que o sargento Manoel Silva Rodrigues, apoiador de Jair Bolsonaro que está preso na Espanha, “tinha uma preocupação constante em saber para quais datas e destinos estava escalado, supostamente como forma de organizar as viagens com os fornecedores e recebedores da droga”.

Pires afirmou que Gonçalves da Silva, o possível líder do esquema, “começou a apresentar uma situação financeira diferenciada”. O sargento tinha remuneração de R$ 4 mil, mas contra-cheques apreendidos na investigação mostraram que ele comprou dois carros de luxo. Em depoimentos ao promotor, colegas militares disseram que ele “chegou na lona, com carro velho, e hoje está com carrão”.

Outro preso foi o tenente-coronel Alexandre Piovesan, que ingressou, em 2013, no Grupo de Transporte Especial (GTE) da FAB, “unidade responsável pelo transporte aéreo do Presidente da República, Ministros de Estado, Secretários da Presidência da República, e autoridades dos Poderes Legislativo e Judiciário, bem como o Alto-Comando da Aeronáutica, sendo o segundo mais antigo da unidade”.

Piovesan e Gonçalves da Silva foram exonerados do GSI logo após o flagrante na Espanha.

Segundo reportagem do G1, após a prisão de Manoel na Espanha, Piovesan encontrou a ex-mulher do militar logo após a apreensão na Espanha e “era tido como amigo próximo do sargento preso e, de acordo com outros militares ouvidos, dava benefícios para o sargento durante o trabalho”. Ele ainda é acusado pelo MPM de dificultar investigação ao apagar conversas suspeitas em seu telefone.


Avião da FAB apreendido com cocaína na Espanha

Em junho de 2019, Manoel foi preso após ser encontrado mais de 30 kg de cocaína em sua bagagem num avião da Aeronáutica no aeroporto de Sevilha, na Espanha. 

No Brasil, o militar é réu por tráfico de drogas com valor estimado em R$ 6,3 milhões de acordo com o Ministério Público Militar. Na Espanha, ele aceitou cumprir uma pena de seis anos de prisão e pagar uma multa de dois milhões de euros.

Em agosto de 2020, um ano e dois meses após a prisão do militar, Manoel ainda não havia sido demitido, seguindo na ativa e recebendo salário em dia. Na época, constou no Portal da Transparência que, mesmo sem trabalhar desde junho de 2019, ele recebeu R$ 8,1 mil brutos mensais, incluindo até verbas indenizatórias. Em novembro, o valor bruto ultrapassou R$ 14,5 mil, devido à gratificação natalina.

Confira comentários de Alex Solnik sobre o tema, se inscreva na TV 247 e se torne membro:

Tráfico de cocaína no avião presidencial de Bolsonaro - 26 de jun. de 2019

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Plantão Brasil

INVESTIGAÇÃ0 DOS 39KG DE C0CAÍNA AVANÇA!! B0LSONARO E GENERAL HELEN0 QUEREM ABAFAR!!

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 Musique-se

 Bezerra da Silva Overdose de Cocada COCADA BOA

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sábado, 6 de março de 2021

Valor do auxílio emergencial vai de R$ 150 para quem mora sozinho a R$ 375 para mulher chefe de família; entenda


Não terão direito ao auxílio pessoas que recebem benefício do governo, como aposentadoria, pensão, BPC, seguro desemprego, trabalhadores com carteira assinada, servidores públicos e militares



 

As regras para o auxílio emergencial mudaram. A partir de agora, o benefício será distribuído de forma escalonada, considerando a composição familiar. O valor do novo auxílio será de R$ 250; para quem mora sozinho, R$ 150; e mulheres com filhos receberão R$ 375.

Os valores deverão ser pagos em quatro parcelas a somente um integrante da família e não poderão ser acumulados. Serão mantidos os critérios de renda para acessar o benefício: meio salário mínimo por pessoa da família (R$ 550) e até três salários mínimos (R$ 3,3 mil). 

Os fatores serão aplicados conjuntamente, o que quer dizer que uma família de três pessoas com renda de até três pisos não poderá ser beneficiada.

Também não terão direito ao auxílio, pessoas que recebem algum tipo de benefício do governo, como aposentadoria, pensão, benefício de prestação continuada (BPC), seguro desemprego, trabalhadores com carteira assinada, servidores públicos e militares.

Uma Medida Provisória (MP), que será editada nos próximos dias, vai mostrar os detalhes para que os pagamentos sejam efetuados ainda em março.

Com informações de O Globo

Fonte: Revista Fórum


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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Militares estão no governo para garantir o entreguismo, revela Mourão


O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou, na manhã desta quarta-feira (24/2), que a privatização da Eletrobras sempre esteve no “radar do governo”. Na prática, o general revelou que os militares estão no governo para garantir o entreguismo.



 

presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apresentou ao Congresso Nacional, na terça-feira (23/2), a Medida Provisória da Privatização da empresa (MP de nº 1.031).

“Na política, assim como na competição de orientação, a linha reta reta nem sempre é a distância mais curta entre dois pontos. Então, você tem que fazer várias curvas até conseguir chegar no objetivo”, comparou o general, usando uma atividade comum no militarismo.

Segundo ele, a desestatização da Eletrobras é um assunto que vem sendo discutido desde o governo anterior. “Agora está se tentando, pouco a pouco, fazer uma aproximação que permita que se chegue ao objetivo da privatização”, disse Mourão.

Questionado se achava que a privatização seria o melhor caminho para a estatal, o vice-presidente se esquivou: “O nosso governo sempre pensou dessa forma, nunca escondemos isso aí”.

Ao entregar a MP, Bolsonaro ressaltou que as agendas de privatizações do governo estão a todo vapor.

“Estou tendo a grata satisfação de retornar a esta casa trazendo uma medida provisória que visa à capitalização do sistema da Eletrobras. Então, a Câmara e o Senado vão dar a devida atenção à matéria, até por ser uma MP”, disse o chefe do Executivo durante a cerimônia, que também reuniu os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).


Desvinculação de verbas

O general Mourão também comentou sobre a proposta prevista para ser votada ainda nessa semana, a desvinculação de receitas da saúde e educação prevista na PEC Emergencial.

“Esse é um assunto que é recorrente. Algo que nós julgamos que seria interessante. É óbvio que tem uma série de opiniões contrárias. Onde é o local para se discutir isso? O Congresso! O Congresso vai discutir e aquilo que se decidir será o melhor pra nação como um todo”, declarou o vice-presidente.

A proposta, relatada pelo senador Márcio Bittar (MDB-AC), tem votação marcada para a próxima quinta-feira (25/2). A pauta consiste na desobrigação dos estados e municípios de aplicaram os percentuais na destinação de recursos para as áreas duas áreas e é uma das prioridades do governo na Congresso.

Com informações do Metrópoles, parceiro do Blog do Esmael.


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terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Fusão entre Ibama e ICMBio pode paralisar as atividades de ambas entidades, denunciam especialistas da área ambiental


Na última sexta-feira (8), o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles ampliou o prazo para que os militares que ocupam cargos na área ambiental apresentem estudos sobre a extinção do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).


Iniciativa de militares e Ministério do Meio Ambiente enfraquecerão a proteção de unidades de conservação e de comunidades tradicionais, segundo especialistas - Sílvio de Andrade
 

Agora, o grupo de trabalho que discute a extinção do órgão tem até o mês de junho para dar resposta à pasta comandada por Salles. A proposta do governo federal é fundir o ICMBio com o Ibama, o que na prática significa acabar com a autarquia.

Especialistas da área ambiental são críticos da proposta e apontam que a fusão pode paralisar as atividades de ambas as entidades, além de enfraquecer a proteção de unidades de conservação e de comunidades tradicionais.

Suely Araújo, especialista em políticas públicas do Observatório do Clima e ex-presidente do IBAMA, reforçou que o ICMBio é responsável por quase 10% do território nacional e realiza um trabalho complexo, diferente do que é feito no Ibama. Por isso, a fusão pode atrapalhar as atividades de ambas as autarquias.

Ainda segundo ela, a extinção do ICMBio é uma forma de desmonte do Ministério do Meio Ambiente, iniciado logo após a posse de Jair Bolsonaro.

O ICMBio foi criado em 2007 a partir de atribuições que estavam designadas ao Ibama. A autarquia também é responsável por implementar políticas de preservação da fauna, da flora, dos recursos hídricos em harmonia com as populações tradicionais que vivem nos territórios sobrepostos a essas unidades.

Para Carlos Bocuhy, presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, a extinção do órgão representa mais um retrocesso na política de proteção ambiental brasileira. 

Após a criação do ICMBio, o Brasil alcançou a marca de 170 milhões de hectares de área protegida, sendo 88 milhões de hectares no ambiente terrestre e 92 milhões em ambiente marinho.

Além disso, o Ibama passou a se concentrar apenas no licenciamento e na fiscalização. Isso possibilitou os menores índices de desmatamento da série histórica medidos pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Entre 2004 e 2012, houve redução de 80% nas áreas desmatadas.

Confira todos os destaques e o jornal completo desta segunda-feira (8) no áudio acima.

*Com informações de Danilo Reenlsober.

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O Jornal Brasil Atual Edição da Tarde é uma produção conjunta das rádios Brasil de Fato e Brasil Atual. O programa vai ao ar de segunda a sexta das 17h às 18h30, na frequência da Rádio Brasil Atual na Grande São Paulo (98.9 MHz) e pela Rádio Brasil de Fato (online). Também é possível ouvir pelos aplicativos das emissoras: Brasil de Fato e Rádio Brasil Atual.

Edição: Mauro Ramos

Fonte: Brasil de Fato


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terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Polícia Federal deflagra operação contra tráfico de drogas em aviões da FAB no DF


Polícia Federal cumpre 15 mandados de busca e apreensão. Em 2019, sargento brasileiro foi preso com cocaína em voo da Força Aérea Brasileira (FAB), na Espanha.




A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (2), a Operação Quinta Coluna, para aprofundar as investigações sobre uma associação criminosa que usou aeronaves da FAB enviar drogas para a Espanha. A operação também investiga lavagem de ativos obtidos em razão dos crimes, relata o jornal Estadão.

Estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e dois mandados que restringem a comunicação dos investigados, contra 10 investigados. Militares da FAB também participam do cumprimento das medidas.

Por determinação judicial, os alvos da operação foram impedidos de deixar o Distrito Federal. Os agentes da PF encontraram drogas na casa de um dos suspeitos. Os endereços não foram informados, nem a identidade dos envolvidos ou se houve prisões em flagrante.


Voo da FAB com cocaína

Em junho de 20149, o sargento da FAB Manoel Silva Rodrigues foi preso em Sevilha, na Espanha, com 39 quilos de cocaína quando viajava como parte da tripulação de apoio do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo a investigação, outras pessoas se associaram ao militar para a prática do crime de tráfico de drogas, tendo sido apresentado à Justiça elementos que indicam pelo menos mais uma remessa de entorpecentes para a Espanha.

Além de investigar os outros supostos integrantes da associação criminosa, a PF mira crimes de lavagem de dinheiro. A PF frisou que as investigações não se confundem com os processos por tráfico internacional de drogas que tramitam na Justiça Militar. Os crimes de associação para o tráfico e lavagem de dinheiro têm penas que vão de três a dez anos de prisão.

Fonte: Sputnik Brasil



RedeTV - 5 de jul. de 2019


A Polícia da Espanha divulgou novas fotos da mala com 39 quilos de cocaína, apreendida com um sargento da Força Aérea Brasileira, durante uma imagem oficial da comitiva de Bolsonaro ao Japão, onde o Brasil participou da cúpula do G-20. O militar está preso em Sevilha desde o início da semana passada

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terça-feira, 3 de novembro de 2020

Os militares que conspiraram com Temer foram recompensados com cargos e mamatas após o golpe em Dilma


Villas Bôas e Temer. Foto: Reprodução/Twitter

O livro de Temer recém-lançado é uma tentativa de lavar sua biografia de golpista.

A coisa se chama “A Escolha: Como um Presidente Conseguiu Superar Grave Crise e Apresentar Uma Agenda Para o Brasil”.

Se Judas tivesse escrito as memórias dele, seria mais ou menos nessa linha (“Como Salvei o Mundo Entregando o Nazareno”).

O professor de filosofia Denis Lerrer Rosenfield colecionou o depoimento do sujeito a quente, enquanto ele conspirava.

Uma das revelações é o contato mantido com os chefes militares desde 2015.

Havia um desgaste com o PT por causa da Comissão Nacional da Verdade, do receio de que Dilma tentasse mudar a Lei da Anistia e de outros temas que constavam do Programa Nacional de Direitos Humanos-3, de 2009.

Temer, o canalha, soube retribuir.

Após o impeachment, Villas Boas foi mantido no cargo e Sérgio Etchegoyen nomeado ministro do novo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), recriado para acomodar os cúmplices.

Desde a redemocratização, o governo dele foi o primeiro a colocar um militar, o general Joaquim Silva e Luna, no comando do Ministério da Defesa, criado em 1999.

Foi também o primeiro a colocar um estado, o Rio de Janeiro, sob intervenção federal.

Também era um militar o Secretário Nacional de Segurança Pública, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, e a Funai chegou a ser chefiada por outro, o general Franklimberg Ribeiro Freitas.

Temer assentou o terreno para o capitão Bolsonaro invadir a democracia com tudo.

É uma figura desprezível, cujo maior temor hoje é o de voltar para a prisão.

A obra ainda vem com uma piada de Delfim Netto de brinde.

“Não tenho a menor dúvida de que, quando chegar o julgamento – sem ideologia e sem oportunismo -, Temer será classificado como um presidente inovador e reformista”, escreve o signatário do AI-5 no prefácio.

Delfim e Temer estão no lixo da história, e não serão os militares que os tirarão de lá.

Fonte: DCM


Leonardo Stoppa

Temer e militares, ao assumirem complô contra a presidenta da república, em um "#estado #democrático de #direito", estariam assumindo um crime, mas a finalidade vai muito além

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segunda-feira, 27 de julho de 2020

Forças Armadas pagaram R$ 2,6 milhões a empresas de militares da ativa




Por: Metrópoles

Cruzamento mostra que ao menos 14 militares da ativa fecharam negócios com o governo. Em três casos, no mesmo batalhão onde atuavam

Pelo menos 14 empresas que têm como sócios militares da ativa fecharam contratos para serem fornecedores das Forças Armadas. Em negociações acertadas desde 2014 que constam no Portal da Transparência, esses empreendimentos receberam pelo menos R$ 2,6 milhões dos cofres públicos.

Em alguns dos exemplos, os contratos foram fechados com unidades militares das mesmas regiões ou de iguais comandos. Em três situações, as empresas com militares no quadro de sócios venderam bens e serviços para os exatos batalhões onde eles estavam lotados na época da negociação ou em um período próximo.

É o caso da MM Autopeças, de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que faturou R$ 1,6 milhão entre 2014 e 2015 vendendo peças e serviços para o Parque Regional de Manutenção da 3ª Região Militar, que também fica em Santa Maria. A empresa tem dois sócios, e um deles é o primeiro-sargento Luciano de Mello Villa, que está lotado nessa unidade desde 2010.

(M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles, conseguiu esses elementos ao cruzar a base de dados dos militares da ativa, que pode ser acessada no Portal da Transparência, com os nomes de pessoas que são sócias de empresas, disponível no Brasil.Io, iniciativa que libera informações públicas.

Cruzamos então o CNPJ das empresas que têm militares como sócios com a lista de fornecedores do Executivo federal e encontramos 14 situações em que as empresas vendem bens e serviços para as Forças Armadas. Para saber onde e em que período os militares donos de empresas estiveram lotados, fizemos pedidos via Lei de Acesso à Informação.

Além do caso já citado, encontramos também contratos da empresa Brasileirinho, um restaurante de Várzea Grande, no Mato Grosso, que vendeu produtos no valor de R$ 28,7 mil para a 13ª Brigada de Infantaria Motorizada entre 2014 e 2015. Um de seus três sócios, o subtenente Edilio Neres da Silva, trabalhou no comando da mesma brigada entre novembro de 2013 e fevereiro deste ano.

E o quadro societário da empresa, aparentemente, guarda relação com as regras públicas de contratação de bens e serviços.

Veja uma imagem retirada do Portal da Transparência:

Quadro societário do restaurante Brasileirinho, fornecedor das Forças Armadas

Dos três sócios, incluindo um com o mesmo sobrenome de Edilio, o subtenente é o único que não figura como “sócio-administrador”.

Questionado pelo Metrópoles sobre os militares da ativa que têm empresas, o Ministério da Defesa diz que a lei “veda ao militar da ativa comerciar ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou quotista, em sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada”.

Não houve esse cuidado, porém, no contrato entre a Drogaria Econômica, que tem sede em Cruzeiro do Sul, no Acre, e as Forças Armadas. A empresa vendeu produtos no valor total de R$ 10,2 mil para o 61º Batalhão de Infantaria de Selva, que fica na mesma cidade.

O único sócio, e portanto dono da empresa, é o terceiro-sargento Wellington Batista de Farias, que deixou de trabalhar no batalhão em março de 2014 e passou a vender para lá em 2015.

Militares em patrulha

Outro lado

No comunicado enviado ao Metrópoles, o Ministério da Defesa informou ainda que é crime militar desrespeitar as regras. Veja a nota completa:

O regramento para essas atividades está embasado no Art. 29 da Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980 (Estatuto dos Militares), que veda ao militar da ativa comerciar ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou quotista, em sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.

No mesmo sentido, o Código Penal Militar (Decreto-Lei nº 1001, de 21 de outubro de 1969) considera crime, em seu Art. 204, o exercício de comércio por oficial, à exceção da participação como acionista ou cotista em sociedade anônima, ou por cotas de responsabilidade limitada.

O Metrópoles tentou entrar em contato com todas as empresas citadas por meio dos telefones informados por elas ao contratar com o governo federal, mas não conseguiu falar com os responsáveis. O espaço segue aberto.




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segunda-feira, 29 de junho de 2020

Após fraudes no currículo, militares deixam de apoiar novo ministro da Educação




Por: Sputnik Brasil

O novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, não tem mais o apoio dos militares que integram o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

De acordo com o jornal O Globo, o apoio foi retirado após serem encontradas inconsistências nas informações que Decotelli informa em seu currículo. 

O reitor da Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, onde o novo ministro afirma ter feito doutorado, afirmou que Decotelli cursou disciplinas na instituição, mas não é doutor porque sua tese foi reprovada. A universidade alemã Universidade de Wüppertal negou que Decotelli tenha feito pós-doutorado na instituição. Reportagem do UOL também indicou que o mestrado do novo ministro da Educação tem indícios de plágio. 

De acordo com O Globo, o ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, e o secretário de Assuntos Estratégicos, almirante Flávio Rocha, estiveram entre os "principais fiadores" de Decotelli. A publicação afirma que o apoio ao ministro pode retornar caso exista uma "justificativa plausível" para as informações contraditórias do currículo.

Nomeado no dia 25 de junho para chefiar o Ministério da Educação após a saída de Abraham Weintraub, a posse de Decotelli estava prevista para a terça-feira, 30 de junho, mas foi adiada. Não há nova data. 



As revelações de que o novo ministro da Educação (MEC), Carlos Decotelli, fraudou seu currículo, com doutorado e pós-doutorados inexistentes é o motivo do adiamento da sua posse. O professor e jurista Pedro Serrano comenta o caso, respondendo se é crime fraudar o currículo.

O programa vai abordar também o caso de investigação de rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro, envolvendo o seu ex-assessor Fabrício Queiroz.




No Twitter:



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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

EXCLUSIVO: os áudios que desmentem o presidente



Via: Veja

Nos bastidores da crise que resultou na demissão de Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência da República, houve uma intensa troca de mensagens escritas e de áudio, todas via WhatsApp, entre o presidente Jair Bolsonaro e o agora ex-ministro. Nelas, os dois trocam farpas, acusações e se desentendem sobre quase tudo. Desde o início da conversa, o estado de ânimo de cada um é diferente: Bolsonaro mostra-se irritado e impaciente, enquanto Bebianno tenta pacificar as coisas.

A relação entre eles estava estremecida desde que o jornal Folha de S. Paulo revelou um esquema de candidaturas laranjas do PSL, partido de Bolsonaro que foi presidido por Bebianno no ano passado. Mas o filho do presidente, Carlos, nunca teve simpatia por Bebianno, a quem atribui o fato de não ter conseguido controlar a área de comunicação do governo. Sabe-se que Carlos não fazia nenhuma questão de esconder do pai sua animosidade com o ministro.

A crise agravou-se na quarta-feira 13, quando o jornal O Globo trouxe uma declaração de Bebianno negando qualquer crise no governo e dizendo que, no dia anterior, havia falado com o presidente “três vezes”.

Carlos aproveitou a oportunidade para detonar Bebianno. Postou um tuíte dizendo que era “mentira absoluta” que Bebianno tivesse falado com seu pai.

O tuíte de Carlos foi compartilhado pelo presidente. Na noite da mesma quarta-feira, Bolsonaro deu entrevista à TV Record em que afirmou que era mesmo mentira que Bebianno tivesse falado com ele.

Os áudios a que VEJA teve acesso provam que, se alguém mentiu no episódio, foram o presidente e o filho. Bebianno, como se pode constatar nas gravações a seguir, falou com o presidente por meio de mensagens escritas e pelo menos treze mensagens de áudio. Confira:

A GLOBO É “INIMIGA”


Na terça-feira 12, o presidente Bolsonaro encaminhou a Bebianno uma mensagem contendo a agenda do ministro. Nela, constava que Bebianno receberia na terça-feira, às 16h, o vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, Paulo Tonet Camargo. Ao receber mensagem do presidente, a quem trata apenas por “capitão”, Bebianno respondeu de imediato: “Algo contra, capitão?”.

Depois de insistir com algumas mensagens por escrito, Bebianno recebeu o seguinte áudio do presidente em que ele declara que a Globo é uma inimiga do governo e que, ao fazer contatos com a emissora, o colocaria em posição delicada com “as outras emissoras”:



Bolsonaro – “Gustavo, o que eu acho desse cara da Globo dentro do Palácio do Planalto: eu não quero ele aí dentro. Qual a mensagem que vai dar para as outras emissoras? Que nós estamos se aproximando da Globo. Então não dá para ter esse tipo de relacionamento. Agora… Inimigo passivo, sim. Agora… Trazer o inimigo para dentro de casa é outra história. Pô, cê tem que ter essa visão, pelo amor de Deus, cara. Fica complicado a gente ter um relacionamento legal dessa forma porque cê tá trazendo o maior cara que me ferrou – antes, durante, agora e após a campanha – para dentro de casa. Me desculpa. Como presidente da República: cancela, não quero esse cara aí dentro, ponto final. Um abraço aí.”

OS MINISTROS ESTÃO CHATEADOS


Em outro momento da troca de mensagens, Bebianno envia ao presidente uma nota publicada pelo site O Antagonista. A nota informa que Bebianno e mais dois ministros – Ricardo Salles, do Meio Ambiente, e Damares Alves, da Mulher, Família e Direitos Humanos – viajariam para o Pará para discutir projetos para a Amazônia com líderes locais. Bolsonaro, ainda convalescendo no hospital, não gosta da ideia e reclama com o ministro:



Bolsonaro – “Gustavo, uma pergunta: “Jair Bolsonaro decidiu enviar para a Amazônia”? Não tô entendendo. Quem tá patrocinando essa ida para a Amazônia? Quem tá sendo o cabeça dessa viagem à Amazônia? Um abraço aí, Gustavo, até mais.”

Depois desse áudio, o presidente, aparentemente, conversa com os outros dois ministros, Salles e Damares, e os dois se mostraram incomodados com a tal viagem. Bolsonaro, por sua vez, mostra seu receio de vir a ser cobrado por obras na região amazônica e decide então cancelar a programação toda:



Bolsonaro – “Ô, Bebianno. Essa missão não vai ser realizada. Conversei com o Ricardo Salles. Ele tava chateado que tinha muita coisa para fazer e está entendendo como missão minha. Conversei com a Damares. A mesma coisa. Agora: eu não quero que vocês viajem porque… Vocês criam a expectativa de uma obra. Daí vai ficar o povo todo me cobrando. Isso pode ser feito quando nós acharmos que vai ter recurso, o orçamento é nosso, vai ser aprovado etc. Então essa viagem não se realizará, tá OK? Um abraço aí, Gustavo!”

Os áudios acima mostram que Bolsonaro, de fato, falou “três vezes” com Bebianno, exatamente como o ministro declarara ao jornal O Globo. Querendo dar ares de normalidade à rotina do governo e assim minimizar o impacto da crise do laranjal do PSL, Bebianno declarara o seguinte ao jornal: “Não existe crise nenhuma. Só hoje (terça-feira) falei três vezes com o presidente”. Era verdade. Mas o filho Carlos postou o tuíte dizendo que ficara “24 horas do dia” ao lado do pai e não registrara qualquer conversa com Bebianno. E ainda postou um áudio em que o presidente garante que não tinha falado com o ministro – aparentemente, pai e filho consideram que troca de áudio não configura uma “conversa”.

Nos áudios seguintes, há trocas de mágoas e uma discussão bizarra sobre o que significa “falar” com alguém. Confira:

 


“VOCÊ NÃO FALOU COMIGO”


Neste áudio, Bolsonaro diz que Carlos não está “incitando a saída” de Bebianno. Antes, Bebianno recebera — e encaminhara cópia a Bolsonaro — uma mensagem de um jornalista (que não é identificado) dizendo que Carlos vinha conversando com deputados para derrubar o ministro.


Bolsonaro – “O caso incitando a saída é mais uma mentira. Você conhece muito bem a imprensa, melhor do que eu. Agora: você não falou comigo nenhuma vez no dia de ontem. Ele esteve comigo 24 horas por dia. Então não está mentindo, nada, nem está perseguindo ninguém.”


“ISSO ESTÁ ERRADO”



Bebianno – “Capitão, há várias formas de se falar. Nós trocamos mensagens ontem três vezes ao longo do dia, capitão. Falamos da questão do institucional do Globo. Falamos da questão da viagem. Falamos por escrito, capitão. Qual a relevância disso, capitão? Capitão, as coisas precisam ser analisadas de outra forma. Tira isso do lado pessoal. Ele não pode atacar um ministro dessa forma. Nem a mim nem a ninguém, capitão. Isso está errado. Por que esse ódio? Qual a relevância disso? Vir a público me chamar de mentiroso? Eu só fiz o bem, capitão. Eu só fiz o bem até aqui. Eu só estive do seu lado, o senhor sabe disso. Será que o senhor vai permitir que eu seja agredido dessa forma? Isso não está certo, não, capitão. Desculpe.”

“POR QUE ESSE ÓDIO?”


Em outro áudio enviado ao presidente, Bebianno lembra que é um pacificador, em contraste com a personalidade espinhosa de Carlos, e chegou a ser aceito no convívio com os militares que antes lhe rejeitavam – e volta a garantir que não faltou com a verdade. “Ontem eu falei com o senhor três vezes, sim”.


Bebianno – “Capitão, eu só prego a paz, o tempo inteiro. O tempo inteiro eu peço para a gente parar de bater nas pessoas. O tempo inteiro eu tento estabelecer uma boa relação com todo mundo. Minha relação é maravilhosa com todos os generais. O senhor se lembra que, no início, eu não podia participar daquelas reuniões de quartas-feiras, porque os generais teriam restrições contra mim? Eu não entendia que restrições eram aquelas, se eles nem me conheciam. O senhor hoje pergunte para eles qual o conceito que eles têm a meu respeito, sabe, capitão? Eu sou uma pessoa limpa, correta. Infelizmente não sou eu que faço esse rebuliço, que crio essa crise. Eu não falo nada em público. Muito menos agrido ninguém em público, sabe, capitão? Então quando eu recebo esse tipo de coisa, depois de um post desse, é realmente muito desagradável. Inverta, capitão. Imagine se eu chamasse alguém de mentiroso em público. Eu não sou mentiroso. Ontem eu falei com o senhor três vezes, sim. Falamos pelo WhatsApp. O que é que tem demais? Não falamos nada demais. A relevância disso… Tanto assunto grave para a gente tratar. Tantos problemas. Eu tento proteger o senhor o tempo inteiro. Por esse tipo de ataque? Por que esse ódio? O que é que eu fiz de errado, meu Deus?”

“NÃO VOU MAIS RESPONDER A VOCÊ”


Bolsonaro, aqui, deixa claro que trocar mensagens de áudio não configura “falar” com alguém. E abre uma nova frente de conflito. Acusa seu ministro de ter plantado uma nota em O Antagonista para envolvê-lo com o laranjal do PSL em Pernambuco. Segue-se uma discussão bizantina entre um presidente e um ministro.   


Bolsonaro – “Ô, Gustavo, usar da… Que usou do Whatsapp para falar três vezes comigo, aí é demais da tua parte, aí é demais, e eu não vou mais responder a você. Outra coisa, eu sei que você manda lá no Antagonista, a nota (sobre Bolsonaro não atender Bebianno) foi pregada lá. Dias antes, você pregou uma nota que tentou falar comigo e não conseguiu no domingo. Eu sabia qual era a intenção, era exatamente dizer que conversou comigo e que está tudo muito bem, então faz o favor, ou você restabelece a verdade ou não tem conversa a partir daqui pra frente.”

“É DESONESTIDADE E FALTA DE CARÁTER”



Bolsonaro – “Querer empurrar essa batata quente desse dinheiro lá pra candidata em Pernambuco pro meu colo, aí não vai dar certo. Aí é desonestidade e falta de caráter. Agora, todas as notas pregadas nesse sentido foram nesse sentido exatamente, então a Polícia Federal vai entrar no circuito, já entrou no circuito, pra apurar a verdade. Tudo bem, vamos ver daí… Quem deve paga, tá certo? Eu sei que você é dessa linha minha aí. Um abraço.”

“NÃO PLANTEI NADA”



Bebianno – “Capitão, a nota do Antagonista que o senhor tá me acusando de ter plantado… Se o senhor olhar bem, eu localizei aqui e mandei pro senhor. Eu não plantei nada. Ela replica o que a Folha falou. Está escrito aqui: “segundo a Folha, segundo a Folha, o ministro Gustavo Bebianno tentou ligar para Jair Bolsonaro neste domingo para explicar o caso, mas o presidente não atendeu”. Quem mencionou isso não foi o Antagonista, foi a Folha. O Antagonista simplesmente replicou. Então, capitão, eu não plantei nada em lugar nenhum, tá? Abraço.

“QUEM VAZOU FOI VOCÊ”



Bolsonaro – “Bebianno, olha como você entra em contradição. Que seja a Folha. Se foi uma tentativa tua pra mim e eu não atendi… Eu não liguei pra Folha, eu não ligo pra imprensa nenhuma. Quem ligou foi você, quem vazou foi você. Dá pra você entender o caminho que você está indo? E você tem que fazer uma reflexão para voltar à normalidade. Deu pra entender? Vou repetir: se você tentou falar comigo, um pra um, se alguém vazou pra Folha, não fui eu, só pode ser você. Tá ok?”

“NÃO VAZEI NADA”



Bebianno – “Não, capitão, não é isso, não. Eu não tentei ligar pro senhor, eu não falei, não vazei nada pra ninguém. Eu nem tentei ligar pro senhor. O senhor mandou um recado que era pra eu não ir ao hospital. Não fui e não liguei pro senhor nenhuma vez. Deixei o senhor em paz. É… Se eu tentei ligar uma ou duas vezes, também não me lembro pelo motivo que foi, é… Não é isso, não, capitão, tá? Eu não vazei nada pra lugar nenhum, muito menos pra Folha, com quem eu praticamente não falo. Abraço, capitão.”

“O SENHOR ESTÁ ENVENENADO”


Neste áudio, Bebianno explica seu papel nas verbas do PSL remetidas para Pernambuco, reafirma que é inocente no caso das candidaturas-laranja – e diz que o presidente está “bem envenenado”, deixando implícito que o envenenador é seu filho Carlos:


Bebianno – “Em relação a isso, capitão, também acho que a coisa está… Não está clara. A minha tarefa como presidente interino nacional foi cuidar da sua campanha. A prestação de contas que me competia foi aprovada com louvor, é… Agora, cada Estado fez a sua chapa. Em nenhum partido, capitão, a nacional é responsável pelas chapas estaduais. O senhor sabe disso melhor do que eu. E, no nosso caso, quando eu assumi o PSL, houve uma grande dificuldade na escolha dos presidentes de cada Estado, porque nós não sabíamos quem era quem. É… Cada chapa foi montada pela sua estadual. No caso de Pernambuco, pelo Bivar, logicamente. Se o Bivar escolheu candidata laranja, é um problema dele, político. E é um problema legal dela explicar o que ela fez com o dinheiro. Da minha parte, eu só repassei o dinheiro que me foi solicitado por escrito. Eu tenho tudo registrado por escrito. Então é ótimo que a Polícia Federal esteja, é ótimo que investigue, é ótimo que apure, é ótimo que puna os responsáveis. Eu não tenho nada a ver com isso.  É… Depois a gente conversa pessoalmente, capitão, tá? Eu tô vendo que o senhor está bem envenenado. Mas tudo bem, a minha consciência está tranquila, o meu papel foi limpo, continua sendo. E tomara que a polícia chegue mesmo à constatação do que foi feito, mas eu não tenho nada a ver com isso. O Luciano Bivar que é responsável lá pela chapa dele. Abraço, capitão.”













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domingo, 10 de fevereiro de 2019

Planalto vê Igreja Católica como potencial opositora



Abin e comandos militares relataram articulação de cardeais para o Sínodo sobre Amazônia, reunião no Vaticano que governo trata como parte da ‘agenda da esquerda



BRASÍLIA - O Palácio do Planalto quer conter o que considera um avanço da Igreja Católica na liderança da oposição ao governo JairBolsonaro, no vácuo da derrota e perda de protagonismo dos partidos de esquerda. Na avaliação da equipe do presidente, a Igreja é uma tradicional aliada do PT e está se articulando para influenciar debates antes protagonizados pelo partido no interior do País e nas periferias.




Durante 23 dias, o Vaticano vai discutir a situação da Amazônia e tratar de temas considerados pelo governo brasileiro como uma “agenda da esquerda”.

O debate irá abordar a situação de povos indígenas, mudanças climáticas provocadas por desmatamento e quilombolas. “Estamos preocupados e queremos neutralizar isso aí”, disse o ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, que comanda a contraofensiva.


Com base em documentos que circularam no Planalto, militares do GSI avaliaram que os setores da Igreja aliados a movimentos sociais e partidos de esquerda, integrantes do chamado “clero progressista”, pretenderiam aproveitar o Sínodo para criticar o governo Bolsonaro e obter impacto internacional. “Achamos que isso é interferência em assunto interno do Brasil”, disse Heleno.

Escritórios da Abin em Manaus, Belém, Marabá, no sudoeste paraense (epicentro de conflitos agrários), e Boa Vista (que monitoram a presença de estrangeiros nas terras indígenas ianomâmi e Raposa Serra do Sol) estão sendo mobilizados para acompanhar reuniões preparatórias para o Sínodo em paróquias e dioceses.

O GSI também obteve informações do Comando Militar da Amazônia, com sede em Manaus, e do Comando Militar do Norte, em Belém. Com base nos relatórios de inteligência, o governo federal vai procurar governadores, prefeitos e até autoridades eclesiásticas que mantêm boas relações com os quartéis, especialmente nas regiões de fronteira, para reforçar sua tentativa de neutralizar o Sínodo.

O Estado apurou que o GSI planeja envolver ainda o Itamaraty, para monitorar discussões no exterior, e o Ministério do MeioAmbiente, para detectar a eventual participação de ONGs e ambientalistas. Com pedido de reserva, outro militar da equipe de Bolsonaro afirmou que o Sínodo é contra “toda” a política do governo para a Amazônia – que prega a defesa da “soberania” da região. “O encontro vai servir para recrudescer o discurso ideológico da esquerda”, avaliou ele.

Conexão. Assim que os primeiros comunicados da Abin chegaram ao Planalto, os generais logo fizeram uma conexão com as críticas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) a Bolsonaro durante a campanha eleitoral. Órgãos ligados à CNBB, como o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT), não economizaram ataques, que continuaram após a eleição e a posse de Bolsonaro na Presidência. Todos eles são aliados históricos do PT. A Pastoral Carcerária, por exemplo, distribuiu nota na semana passada em que critica o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro, que, como juiz, condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato.

Na campanha, a Pastoral da Terra divulgou relato do bispo André de Witte, da Bahia, que apontou Bolsonaro como um “perigo real”. As redes de apoio a Bolsonaro contra-atacaram espalhando na internet que o papa Francisco era “comunista”. Como resultado, Bolsonaro desistiu de vez da CNBB e investiu incessantemente no apoio dos evangélicos. A princípio, ele queria que o ex-senador e cantor gospel Magno Malta (PR-ES) fosse seu candidato a vice. Eleito, nomeou a pastora Damares Alves, assessora de Malta, para o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Histórico. A relação tensa entre militares e Igreja Católica começou ainda em 1964 e se manteve mesmo nos governos de “distensão” dos generais Ernesto Geisel e João Figueiredo, último presidente do ciclo da ditadura. A CNBB manteve relações amistosas com governos democráticos, mas foi classificada pela gestão Fernando Henrique Cardoso como um braço do PT. A entidade criticou a política agrária do governo FHC e a decisão dos tucanos de acabar com o ensino religioso nas escolas públicas.

O governo do ex-presidente Lula, que era próximo de d. Cláudio Hummes, ex-cardeal de São Paulo, foi surpreendido, em 2005, pela greve de fome do bispo de Barra (BA), dom Luiz Cappio. O religioso se opôs à transposição do Rio São Francisco.

Com a chegada de Dilma Rousseff, a relação entre a CNBB e o PT sofreu abalos. A entidade fez uma série de eventos para criticar a presidente, especialmente por questões como aborto e reforma agrária. A CNBB, porém, se opôs ao processo de impeachment, alegando que “enfraqueceria” as instituições.

'Vamos entrar a fundo nisso', afirma Heleno


O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno Ribeiro, afirmou que há uma “preocupação” do Planalto com as reuniões e os encontros preparatórios do Sínodo sobre a Amazônia, que ocorrem nos Estados. “Há muito tempo existe influência da Igreja e ONGs na floresta”, disse.

Mais próximo conselheiro do presidente Jair Bolsonaro, Heleno criticou a atuação da Igreja, mas relativizou sua capacidade de causar problemas para o governo. “Não vai trazer problema. O trabalho do governo de neutralizar impactos do encontro vai apenas fortalecer a soberania brasileira e impedir que interesses estranhos acabem prevalecendo na Amazônia”, afirmou. “A questão vai ser objeto de estudo cuidadoso pelo GSI. Vamos entrar a fundo nisso.”

Tanto o ministro Augusto Heleno quanto o ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas, hoje na assessoria do GSI e no comando do monitoramento do Sínodo, foram comandantes militares em Manaus. O vice-presidente Hamilton Mourão também atuou na região, à frente da 2.ª Brigada de Infantaria de Selva, em São Gabriel da Cachoeira.

SÍNODO

O que é?

É o encontro global de bispos no Vaticano para discutir a realidade de índios, ribeirinhos e demais povos da Amazônia, políticas de desenvolvimento dos governos da região, mudanças climáticas e conflitos de terra.

Participantes

Participam 250 bispos.

Cronograma do Sínodo

19 de janeiro de 2019: início simbólico com a visita do papa Francisco a Puerto Maldonado, na selva peruana;

7 a 9 de março: seminário preparatório na Arquidiocese de Manaus;

6 a 29 de outubro: fase final no Vaticano, com missas na Basílica de São Pedro celebradas por Francisco.

Tema do encontro

Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral.

As três diretrizes do evento

“Ver” o clamor dos povos amazônicos;

“Discernir” o Evangelho na floresta. O grito dos índios é semelhante ao grito do povo de Deus no Egito;


“Agir” para a defesa de uma Igreja com “rosto amazônico”



"MANIPULAÇÃO DAS OVELHAS" 




PASTORES MAÇONS REVELADOS




Illuminati - THE ETERNAL OATH 👁




Roger Waters - "Pigs (Three Different Ones)"



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