De baixo de um genocídio que já dura 6 meses, a empresa
israelense Elbit Systems, com seu modelo Atmos, foi a vencedora da licitação de
compra de obuseiro autopropulsados sobre rodas pelo Exército Brasileiro.
Dinheiro virá de projeto do governo Lula
Dentro do programa Obtenção da Capacidade Operacional Plena
(OCOP), do Exército, a compra será financiada com recursos do Novo PAC e terá
um valor estimado em US$ 180 milhões (R$ 900 milhões), mais uma margem de 15% a
20% para treinamento de pessoal.
A empresa fornecerá 36 veículos blindados. Um obuseiro é um
tipo de boca de fogo de artilharia que se caracteriza tradicionalmente por
dispor de um tubo relativamente curto e por disparar projéteis explosivos em
trajetórias curvas.
O acordo também inclui compra de equipamentos, manutenção,
fiscalização e treinamento de pessoal. Espera-se que os 2 primeiros veículos
cheguem até 2025 para testes. Caso sejam aprovados, um contrato será assinado
para fornecimento do resto dos veículos até 2034.
É esperado que a Elbit Systems assine o contrato para
entrega do lote de amostra em 7 de maio, no salão de honra da Chefia de
Material do Comando Logístico, em Brasília.
O militarismo israelense desenvolve a alta tecnologia bélica
que é testada em corpos palestinos, e que ao mesmo tempo fornece novos produtos
de exportação. A aproximação entre Brasil e Israel, é um projeto de governo que
atravessa o século XXI, passando pelos governos petistas e pelo bolsonarismo,
sendo uma mostra do fortalecimento da extrema direita no país.
Entrevista com o presidente da Federação Árabe Palestina
(Fepal), Ualid Rabah. Ele fala sobre esse que está sendo um dos maiores
massacres de um povo e observa que o genocídio promovido por Israel é
programado. A intenção é exterminar mulheres e crianças. 27 de nov. de 2023
O Ministério Público Militar revelou verdadeiro esquema de
organização criminosa nas forças armadas para traficar drogas para o exterior.
Dois de quatro militares presos eram membros do Gabinete de Segurança
Institucional na época do tráfico de cocaína para a Espanha
Avião da FAB e o Segundo-sargento da Aeronáutica Manoel
Silva Rodrigues (Foto: Reprodução)
Dentre quatro militares presos pela Justiça, dois estavam no
GSI quando traficantes usarem aeronaves oficiais para transportar drogas,
aproveitando-se de “brechas” no controle de bagagens e as permissões
privilegiadas dos militares para transitar em aeroportos pelo mundo, segundo
reportagem do G1.
Organização criminosa e enriquecimento ilícito
A prisão dos militares foi efetuado após pedido do promotor
Enilson Pires, do Ministério Público Militar (MPM), que acusou o sargento
Márcio Gonçalves da Silva, então funcionário da GSI, de ser “responsável pela
escala dos comissários na ‘Presidência’” - o que era fundamental para colocar
homens de confiança nos vôos para transportar entorpecentes.
Pires afirmou que Gonçalves da Silva, o possível líder do
esquema, “começou a apresentar uma situação financeira diferenciada”. O
sargento tinha remuneração de R$ 4 mil, mas contra-cheques apreendidos na
investigação mostraram que ele comprou dois carros de luxo. Em depoimentos ao
promotor, colegas militares disseram que ele “chegou na lona, com carro velho,
e hoje está com carrão”.
Outro preso foi o tenente-coronel Alexandre Piovesan, que
ingressou, em 2013, no Grupo de Transporte Especial (GTE) da FAB, “unidade responsável
pelo transporte aéreo do Presidente da República, Ministros de Estado,
Secretários da Presidência da República, e autoridades dos Poderes Legislativo
e Judiciário, bem como o Alto-Comando da Aeronáutica, sendo o segundo mais
antigo da unidade”.
Piovesan e Gonçalves da Silva foram exonerados do GSI logo
após o flagrante na Espanha.
Segundo reportagem do G1, após a prisão de Manoel na
Espanha, Piovesan encontrou a ex-mulher do militar logo após a apreensão na
Espanha e “era tido como amigo próximo do sargento preso e, de acordo com
outros militares ouvidos, dava benefícios para o sargento durante o trabalho”.
Ele ainda é acusado pelo MPM de dificultar investigação ao apagar conversas
suspeitas em seu telefone.
Avião da FAB apreendido com cocaína na Espanha
Em junho de 2019, Manoel foi preso após ser encontrado mais
de 30 kg de cocaína em sua bagagem num avião da Aeronáutica no aeroporto de
Sevilha, na Espanha.