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sexta-feira, 19 de março de 2021

Militares do GSI estavam envolvidos em tráfico de drogas em avião da FAB, diz Justiça


O Ministério Público Militar revelou verdadeiro esquema de organização criminosa nas forças armadas para traficar drogas para o exterior. Dois de quatro militares presos eram membros do Gabinete de Segurança Institucional na época do tráfico de cocaína para a Espanha


Avião da FAB e o Segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues (Foto: Reprodução)

247 - Operação da Justiça Militar desta quinta-feira, 18, indicou participação direta de militares ligados ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, chefiado pelo general Augusto Heleno, no esquema de tráfico de drogas para o exterior usando aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

Dentre quatro militares presos pela Justiça, dois estavam no GSI quando traficantes usarem aeronaves oficiais para transportar drogas, aproveitando-se de “brechas” no controle de bagagens e as permissões privilegiadas dos militares para transitar em aeroportos pelo mundo, segundo reportagem do G1.


Organização criminosa e enriquecimento ilícito

A prisão dos militares foi efetuado após pedido do promotor Enilson Pires, do Ministério Público Militar (MPM), que acusou o sargento Márcio Gonçalves da Silva, então funcionário da GSI, de ser “responsável pela escala dos comissários na ‘Presidência’” - o que era fundamental para colocar homens de confiança nos vôos para transportar entorpecentes.

Segundo a reportagem, a investigação mostrou que o sargento Manoel Silva Rodrigues, apoiador de Jair Bolsonaro que está preso na Espanha, “tinha uma preocupação constante em saber para quais datas e destinos estava escalado, supostamente como forma de organizar as viagens com os fornecedores e recebedores da droga”.

Pires afirmou que Gonçalves da Silva, o possível líder do esquema, “começou a apresentar uma situação financeira diferenciada”. O sargento tinha remuneração de R$ 4 mil, mas contra-cheques apreendidos na investigação mostraram que ele comprou dois carros de luxo. Em depoimentos ao promotor, colegas militares disseram que ele “chegou na lona, com carro velho, e hoje está com carrão”.

Outro preso foi o tenente-coronel Alexandre Piovesan, que ingressou, em 2013, no Grupo de Transporte Especial (GTE) da FAB, “unidade responsável pelo transporte aéreo do Presidente da República, Ministros de Estado, Secretários da Presidência da República, e autoridades dos Poderes Legislativo e Judiciário, bem como o Alto-Comando da Aeronáutica, sendo o segundo mais antigo da unidade”.

Piovesan e Gonçalves da Silva foram exonerados do GSI logo após o flagrante na Espanha.

Segundo reportagem do G1, após a prisão de Manoel na Espanha, Piovesan encontrou a ex-mulher do militar logo após a apreensão na Espanha e “era tido como amigo próximo do sargento preso e, de acordo com outros militares ouvidos, dava benefícios para o sargento durante o trabalho”. Ele ainda é acusado pelo MPM de dificultar investigação ao apagar conversas suspeitas em seu telefone.


Avião da FAB apreendido com cocaína na Espanha

Em junho de 2019, Manoel foi preso após ser encontrado mais de 30 kg de cocaína em sua bagagem num avião da Aeronáutica no aeroporto de Sevilha, na Espanha. 

No Brasil, o militar é réu por tráfico de drogas com valor estimado em R$ 6,3 milhões de acordo com o Ministério Público Militar. Na Espanha, ele aceitou cumprir uma pena de seis anos de prisão e pagar uma multa de dois milhões de euros.

Em agosto de 2020, um ano e dois meses após a prisão do militar, Manoel ainda não havia sido demitido, seguindo na ativa e recebendo salário em dia. Na época, constou no Portal da Transparência que, mesmo sem trabalhar desde junho de 2019, ele recebeu R$ 8,1 mil brutos mensais, incluindo até verbas indenizatórias. Em novembro, o valor bruto ultrapassou R$ 14,5 mil, devido à gratificação natalina.

Confira comentários de Alex Solnik sobre o tema, se inscreva na TV 247 e se torne membro:

Tráfico de cocaína no avião presidencial de Bolsonaro - 26 de jun. de 2019

Assista ao VÍDEO




Plantão Brasil

INVESTIGAÇÃ0 DOS 39KG DE C0CAÍNA AVANÇA!! B0LSONARO E GENERAL HELEN0 QUEREM ABAFAR!!

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No Twitter



 Musique-se

 Bezerra da Silva Overdose de Cocada COCADA BOA

Ouça a MÚSICA


terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Polícia Federal deflagra operação contra tráfico de drogas em aviões da FAB no DF


Polícia Federal cumpre 15 mandados de busca e apreensão. Em 2019, sargento brasileiro foi preso com cocaína em voo da Força Aérea Brasileira (FAB), na Espanha.




A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (2), a Operação Quinta Coluna, para aprofundar as investigações sobre uma associação criminosa que usou aeronaves da FAB enviar drogas para a Espanha. A operação também investiga lavagem de ativos obtidos em razão dos crimes, relata o jornal Estadão.

Estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e dois mandados que restringem a comunicação dos investigados, contra 10 investigados. Militares da FAB também participam do cumprimento das medidas.

Por determinação judicial, os alvos da operação foram impedidos de deixar o Distrito Federal. Os agentes da PF encontraram drogas na casa de um dos suspeitos. Os endereços não foram informados, nem a identidade dos envolvidos ou se houve prisões em flagrante.


Voo da FAB com cocaína

Em junho de 20149, o sargento da FAB Manoel Silva Rodrigues foi preso em Sevilha, na Espanha, com 39 quilos de cocaína quando viajava como parte da tripulação de apoio do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo a investigação, outras pessoas se associaram ao militar para a prática do crime de tráfico de drogas, tendo sido apresentado à Justiça elementos que indicam pelo menos mais uma remessa de entorpecentes para a Espanha.

Além de investigar os outros supostos integrantes da associação criminosa, a PF mira crimes de lavagem de dinheiro. A PF frisou que as investigações não se confundem com os processos por tráfico internacional de drogas que tramitam na Justiça Militar. Os crimes de associação para o tráfico e lavagem de dinheiro têm penas que vão de três a dez anos de prisão.

Fonte: Sputnik Brasil



RedeTV - 5 de jul. de 2019


A Polícia da Espanha divulgou novas fotos da mala com 39 quilos de cocaína, apreendida com um sargento da Força Aérea Brasileira, durante uma imagem oficial da comitiva de Bolsonaro ao Japão, onde o Brasil participou da cúpula do G-20. O militar está preso em Sevilha desde o início da semana passada

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segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Filho de ex-senador morre em desastre aéreo; avião tinha 300 quilos de cocaína


Filho de Deca do Atacadão morre em desastre aéreo. Avião carregava 300 quilos de cocaína (Imagem: Divulgação/Polícia


Filho de famoso empresário paraibano e ex-senador pilotava avião que caiu neste sábado em São Paulo. Avião carregava 300 quilos de cocaína

Marcelo Gonzaga pilotava um avião de pequeno porte que caiu neste sábado (14), em São Pedro, interior do Estado de São Paulo. Ele estava sozinho na aeronave e morreu na tragédia.

Marcelo é filho do empresário e ex-senador Deca do Atacadão (PSDB). Na aeronave, a polícia encontrou cerca de 300 quilos de cocaína. Dois irmãos de Marcelo já saíram da Paraíba e foram para São Paulo fazer a identificação do corpo.

O avião caiu em uma área próxima a Rodovia Geraldo de Barros (SP-304). O caso está sendo registrado na Delegacia de São Pedro, mas a investigação tem o apoio da 2ª Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais).


Deca do Atacadão

José Gonzaga Sobrinho, mais conhecido como Deca do Atacadão ou simplesmente Deca, é um empresário e político Brasileiro filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Proprietário do Grupo Atacadão do Rio do Peixe, Deca é um dos homens mais ricos da Paraíba.

Deca foi eleito em 2010 como primeiro-suplente do senador Cássio Cunha Lima (PSDB). Em setembro de 2016, o empresário tomou posse no Senado Federal após o pedido de licença de Cássio até o final do ano para tratamento de saúde.

Posse de Deca do Atacadão no Senado:

Assista ao VÍDEO

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Venezuela abate avião dos EUA usado pelo narcotráfico (FOTOS)



O ministro venezuelano do Interior assegurou que o país está em "alerta permanente" para evitar o tráfico de drogas a partir da Colômbia.

O ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela, Néstor Reverol, informou que uma aeronave usada por traficantes com matrícula norte-americana foi "inutilizada" após entrar ilegalmente no espaço aéreo venezuelano, na fronteira com a Colômbia.



 Inutilizada aeronave do narcotráfico com matrícula norte-americana, que ingressou ilegalmente ao espaço aéreo venezuelano pelo estado de Zulia.

"Os agentes do Exército bolivariano, após detectar a unidade aérea ilegal por meio dos radares do Comando de Defesa Aeroespacial Integral, ativaram todos os protocolos estabelecidos na Lei de Controle para a defesa Integral do Espaço Aéreo", explicou o ministro.

O ministro especificou ainda que "a inutilização ocorreu próximo de uma pista clandestina, no município de Machiques de Perijá".


 

 A inutilização ocorreu próximo de uma pista clandestina, no município de Machiques de Perijá.

"Estamos em alerta permanente, vigiando nosso espaço aéreo para evitar que seja utilizado para o tráfico de drogas a partir da Colômbia", ressaltou.



 Mantemo-nos em alerta permanente, vigiando nosso espaço aéreo para evitar que seja utilizado pelo tráfico ilícito de drogas a parte da Colômbia, como maior produtor de cocaína do mundo.

Desde julho de 2019, a Venezuela apreendeu 44 toneladas de drogas. O país compartilha mais de 2.000 quilômetros de fronteira com a Colômbia, país que produz 70% da cocaína consumida no mundo, segundo a ONU.

Fonte: Sputnik Brasil


Cibele Laura : 26 de jun. de 2019

Em palestra, no ano de 1988, o agente da CIA e fuzileiro naval dos EUA relata a guerra contra o terceiro mundo praticada pela CIA

";nós estávamos atacando pessoas no 3º mundo e eu irei rapidamente, para poupar tempo, dar a vocês um pequeno sentido do que significa essa guerra contra o 3º mundo".



RedeTV!Jornalismo 2 de mai. de 2019

  • Na década de 1930, durante a grande depressão econômica, a Skid Row, rua localizada em Los Angeles, nos Estados Unidos, já era um reduto de pessoas sem emprego, desabrigadas e alcoólatras. Nos anos 70, a situação piorou e a região passou a aglomerar milhares de sem-teto. Hoje em dia, o local deixa de atrair turistas por sua situação de violência e degradação. Cerca de 4 mil dependentes químicos vivem no local, muito frequentado por traficantes. #RedeTVNews


domingo, 2 de agosto de 2020

Sargento preso com 37 kg de cocaína em comitiva de Bolsonaro ainda recebe salário da FAB, diz site



O sargento da Força Aérea Brasileira (FAB), Manoel Silva Rodrigues, preso desde junho de 2019 na Espanha, continua como um quadro da ativa na instituição e segue recebendo salário.


Por: Sputnik Brasil

A informação foi publicada neste domingo (2) pelo site UOL, que revelou a situação através de levantamento junto ao Portal da Transparência. Segundo o site, o sargento recebe R$ 8,1 mil por mês e desde a prisão na Espanha recebeu R$ 97,5 mil reais em salários, verbas indenizatórias e gratificações.

Rodrigues é réu no Brasil por tráfico de drogas de R$ 6,3 milhões, conforme aponta o site com informações do Ministério Público Militar. O site mostra ainda que não houve pedido de bloqueio na Justiça Militar e que o processo de exclusão do sargento da FAB já foi aberto, mas demanda o trânsito em julgado das acusações para ser concluído.

Pacote de cocaína


O sargento foi preso em junho de 2019 em meio à comitiva que acompanhava o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, durante viagem à cúpula do G20. Rodrigues viajava em uma aeronave de apoio e não estava junto com o presidente. A cocaína foi encontrada pela Guarda Civil da Espanha na bagagem do sargento da FAB durante uma vistoria no aeroporto de Sevilha. À época os espanhóis disseram ter encontrado 39 kg, mas a investigação no Brasil apontou que eram 37 kg, valor considerado na denúncia brasileira.

Rodrigues foi condenado na Espanha a seis anos de prisão com multa fixada de dois milhões de euros (cerca de R$ 12 milhões). No Brasil, a promotoria, através de Lei de Drogas, pede pena de 15 anos de prisão para o sargento por tráfico de drogas. O período pode aumentar em dois terços em função do delito internacional e pelo fato de Rodrigues ter tirado vantagem de seu cargo. Ainda segundo o site, dentro do código penal militar, a pena máxima é de cinco anos para o crime.



O Bolsonaro até tenta ser honesto mas é azarado, coitado!


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quinta-feira, 27 de junho de 2019

Militar que levava 39 quilos de cocaína em mala de mão dentro avião da FAB será investigado na Espanha



País investiga qual destino final da droga, descoberta em mala de mão durante escala do avião reserva da Presidência em Sevilha

A Guarda Civil espanhola deteve nesta terça-feira no aeroporto de Sevilha o militar brasileiro Manoel Silva Rodrigues, de 38 anos, que havia transportado 39 quilos de cocaína em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) integrado à comitiva do presidente Jair Bolsonaro, segundo confirmaram fontes da corporação policial ao EL PAÍS.

A prisão do sargento da FAB ocorreu durante uma escala do avião reserva da presidência em Sevilha, no sul da Espanha, rumo a Osaka, onde Bolsonaro participará da reunião do G-20. O ministério brasileiro de Defesa emitiu nota confirmando a detenção do militar por tráfico de entorpecentes, e anunciou a abertura de um inquérito para apurar o ocorrido. Bolsonaro também escreveu um tuíte sobre o fato.

Fontes da Guarda Civil disseram que a detecção da droga e a posterior detenção do militar ocorreram quando os membros da tripulação e suas bagagens passaram pelo controle alfandegário obrigatório após a chegada a Sevilha. Ao abrir a mala de mão os agentes encontraram 37 tijolos de pouco mais de um quilo cada. "Não estava nem mesmo escondido entre as roupas", disseram fontes da Guarda. As autoridades da Espanha agora querem saber qual era o destino final da droga.

O militar foi levado para o comando da Guarda Civil na capital andaluza. Nesta quarta-feira, o Tribunal de Instrução número 11 de Sevilha ordenou nesta quarta-feira a prisão provisória do militar, sem fiança. Inicialmente, ele está sendo investigado por um suposto crime contra a saúde pública.

O Ministério da Defesa disse em seu comunicado que “repudia” os atos do militar e que colaborará com as autoridades espanholas na investigação. No Twitter, Bolsonaro disse que pediu ao ministro da Defesa que preste "imediata colaboração" à polícia espanhola.


 Após o incidente em Sevilha, a Presidência alterou a rota da viagem de Bolsonaro ao Japão, segundo o portal UOL. Após decolar de Brasília, Bolsonaro fará escala em Lisboa em vez de Sevilha, segundo constava na sua agenda no final da noite de terça. O gabinete de imprensa do presidente não explicou o motivo da mudança.

Não é a primeira vez que membros da Aeronáutica usam sua condição de militares para traficar drogas. Em abril, o Tribunal Superior Militar decretou a expulsão da corporação de um comandante pelo transporte de 33 quilos de cocaína numa aeronave militar que se dirigia à França com escala nas ilhas Canárias. Outros dois colegas do comandante já tinham perdido o posto por sua participação no caso, ocorrido em 1999. O comandante foi condenado a 16 anos da prisão por integrar “uma rede especializada no tráfico internacional de cocaína" com a ajuda de aviões da FAB.





️ O QUE SERÁ QUE O LÍDER DOGOVERNO #BOZO USOU? 🤫




Doleiro Alberto Youssef é absolvido da acusação de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas




Cocaína ao vivo no Senado!



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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Coca-cola veneno na mesa verdade oculta

"Coca-Cola é isso aí."





Conheça a real “Felicidade” da Coca-Cola | Sequestros, torturas e desvio de água (São Paulo)



“Obrigado por compartilhar a felicidade”, diz-se no último anúncio da Coca-Cola (em espanhol), mas olhando de perto parece que a Coca-Cola de felicidade compartilha bem pouco. Se pensam que não, perguntem aos trabalhadores das fábricas que a multinacional pretende fechar agora no Estado Espanhol ou aos sindicalistas perseguidos, e alguns, até sequestrados e torturados na Colômbia, na Turquia, no Paquistão, na Rússia, na Nicarágua ou às comunidades da Índia que ficaram sem água após a saída da companhia. Isso para não falar da péssima qualidade dos seus ingredientes e do impacto na nossa saúde.

Em cada segundo consomem-se 18,5 mil latas ou garrafas de Coca-Cola em todo o mundo, segundo os dados da própria empresa. O império Coca-Cola vende as suas 500 marcas em mais de 200 países. Quem garantiria isso a John S. Pemberton, quando em 1886, elaborou tão exitosa poção numa pequena farmácia de Atlanta. Hoje, pelo contrário, a multinacional já não vende apenas uma só bebida mas muito mais. Através de campanhas multimilionárias de marketing, a Coca-Cola vende-nos algo tão desejado como “a felicidade”, “a faísca da vida” ou “um sorriso”. Todavia, nem o seu Instituto de la Felicidad [ou a Fábrica da Felicidade, em português]é capaz de esconder toda a dor que a empresa provoca. O seu currículo de abusos sociais e laborais corre, tal como os seus refrigerantes, todo o planeta.

Agora, chegou a vez do Estado Espanhol. A Companhia acaba de anunciar uma reorganização que implica o encerramento de quatro das suas onze fábricas, o despedimento de 1.250 trabalhadores e a recolocação de outros 500. Uma medida que, segundo a multinacional, é tomada “por causas organizativas e produtivas”. Pelo contrário, um comunicado da central sindical CCOO desmente esta informação e assinala que a empresa tem enormes lucros de cerca de 900 milhões de euros e um faturamento de mais de 3 bilhões de euros.

As más práticas da empresa são tão globais como a sua marca. Na Colômbia, desde 1990, oito trabalhadores da Coca-Cola foram assassinados por paramilitares e outros 65 receberam ameaças de morte, segundo “El informe alternativo de Coca-Cola” da organização War on Want. O sindicato colombiano Sinaltrainal denunciou a multinacional por detrás destas ações. Em 2001, o Sinaltrainal, através da International Labor Rights Fund e da United Steel Workers Union, conseguiu interpor nos Estados Unidos um processo contra a empresa por estes casos. Em 2003, o tribunal indeferiu a petição alegando que os assassinatos ocorreram fora dos Estados Unidos. A campanha do Sinaltrainal, de qualquer maneira, tinha já conseguido numerosos apoios.


O rastro de abusos da Coca-Cola se encontra praticamente em cada canto do planeta onde ela está presente
 

Encontramos o rastro de abusos da Coca-Cola praticamente em cada canto do planeta onde ela está presente. No Paquistão, em 2001, vários trabalhadores da fábrica do Punjab foram despedidos por protestar e as tentativas de sindicalização dos seus trabalhadores em Lahore, Faisal e Gujranwala se chocaram com a oposição da multinacional e da administração. Na Turquia, os seus empregados, em 2005, denunciaram a Coca-Cola por intimidação e torturas e por utilizar um setor especial da polícia para estes fins. Na Nicarágua, no mesmo ano, o Sindicato Único de Trabalhadores (Sutec) acusou a multinacional de não permitir a organização sindical e ameaçar com despedimentos. E encontramos casos semelhantes em Guatemala, Rússia, Perú, Chile, México, Brasil, Panamá. Uma das principais tentativas para coordenar uma campanha de denúncia internacional contra a Coca-Cola foi em 2002 quando sindicatos da Colômbia, da Venezuela, do Zimbábue e das Filipinas denunciaram conjuntamente a repressão sofrida pelos seus sindicalistas na Coca-Cola e as ameaças de sequestros e assassinatos que receberam.

Cabe destacar ainda que a companhia não é unicamente conhecida pelos seus abusos laborais mas também pelo impacto social e ecológico das suas práticas. Como a própria empresa reconhece: “A Coca-Cola é a empresa da hidratação. Sem água, não há negócio”. E onde se instala, ela suga a água até à última gota. De fato, para produzir um litro de Coca-Cola, são precisos três litros de água. E não só para a bebida mas também para lavar garrafas, máquinas… Água que a posteriori é descartada como água contaminada, com o consequente prejuízo do meio ambiente. Para saciar a sua sede uma engarrafadora da Coca-Cola pode chegar a consumir até um milhão de litros de água por dia, a empresa toma unilateralmente o controle de aquíferos que abastecem as comunidades locais deixando-as sem um bem essencial como a água.

Na Índia, vários Estados (Rajastán, Uttar Pradesh, Kerala, Maharastra) encontram-se em pé de guerra contra a multinacional. Vários documentos oficiais assinalam a diminuição drástica dos recursos hídricos onde a empresa está instalada, acabando com a água para o consumo, a higiene pessoal e a agricultura, sustento de muitas famílias. Em Kerala, em 2004, a fábrica de Plachimada da Coca-Cola foi obrigada a fechar depois do município ter negado a renovação da sua licença acusando a Companhia de esgotar e contaminar a sua água. Meses antes, o Tribunal Supremo de Kerala sentenciou que a extração massiva de água por parte da Coca-Cola era ilegal. O seu encerramento foi uma grande vitória para a comunidade.

Casos similares aconteceram também em El Salvador e Chiapas, entre outros. Em El Salvador, as fábricas de engarrafamento da Coca-Cola esgotaram os recursos hídricos após décadas de extração e contaminaram aquíferos ao desfazer-se da água não tratada procedente das fábricas da empresa. A multinacional sempre se recusou a responsabilizar-se pelo impacto das suas práticas. No México, a Companhia privatizou inúmeros aquíferos, deixando as comunidades locais sem acesso aos mesmos, graças ao apoio incondicional do Governo de Vicente Fox (2000-2006), antigo presidente da Coca-Cola do México.

O impacto da sua fórmula secreta sobre a nossa saúde está também extensamente documentado. As suas altas doses de açúcar não nos beneficiam e convertem-nos em “viciados” da sua poção. E o uso do aspartame, edulcorante não calórico substitutivo do açúcar, colocado na Coca-Cola Zero, está demonstrado que consumido em altas doses pode ser cancerígeno, como assinalou a jornalista Marie Monique Robin no seu documentário “O nosso veneno cotidiano”. Em 2004, a Coca-Cola da Grã-Bretanha viu-se obrigada a retirar, após o seu lançamento, a água engarrafada Desani, depois de se ter descoberto no seu conteúdo níveis ilegais de brometo, substância que aumenta o risco de cancro. A empresa teve que separar meio milhão de garrafas, do que havia anunciado como “uma das águas mais puras do mercado”, apesar de um artigo na revista The Grocer assinalar que a sua fonte era água tratada das torneiras de Londres.

Os tentáculos da Coca-Cola, assim mesmo, são tão grandes que, em 2012, uma das suas diretoras, Àngela López de Sá, chegou à direção da Agência Espanhola de Segurança Alimentar. Que posição vai ter, por exemplo, a Agência face ao uso do aspartame quando a empresa, que até poucos dias lhe pagava o salário como sua atual diretora, o usa sistematicamente? Conflito de interesses? Já o assinalamos antes com o caso de Vicente Fox.

A marca que nos diz vender felicidade, reparte antes pesadelos. A Coca-Cola é assim diz o anúncio. Assim é e assim a descrevemos.”


Em Jundiaí – SP, está situada a MAIOR fábrica da Coca-Cola do mundo


Foto: Alexandre Machado
A localização privilegiada e a boa infraestrutura de Jundiaí foram determinantes para que o município paulista se tornasse a sede da maior fábrica da Coca-Cola no mundo em volume de produção. A unidade tem quase 180 000 metros quadrados de área, emprega mais de 1.000 funcionários e produziu 1,7 bilhão de litros de bebidas em 2013. Os produtos que saem de lá abastecem a maior parte do Estado de São Paulo, inclusive a capital, e parte de Minas Gerais. Recentemente, a fábrica montou um gigantesco armazém vertical com 23 metros de altura, 100 de largura e 75 de profundidade. A estrutura é capaz de armazenar a produção de quatro dias da fábrica, o que simplifica a logística e encurta os prazos de distribuição. (Gabriel Castro, de Jundiaí)


Suspeita de desvio de rio para abastecimento de indústria daCoca-Cola


Existe uma investigação da Promotoria de São Paulo que apura o desvio de um rio para atender a fábrica. Isso mesmo, um rio. A capacidade desse desvio é de 500 litros por segundo. Fazendo um cálculo rápido chega-se a quantia de 30.000 litros por minuto, 1.800.000 por hora e 43.200.000 litros por dia de água roubada.
O MP indica que, em caso de seca, esse volume de água desviado causaria sério risco de escassez de água na região.
Ora, temos a maior fábrica da bebida mais vendida do mundo que utiliza 3 litros de água para cada 1 litro do veneno preto. Acredito que essa fonte de água da empresa está sobrecarregada e a seca está prejudicando as reservas mais abaixo. Eu não sou geógrafo, mas racionando sobre o rumo das águas que desembocam no mar, acredito que isso pode afetar o sistema da cantareira.
Na própria apuração do MP, indica que “em tempo de estiagem mais de 1 milhão de pessoas podem ficar sem abastecimento de água em Campinas”. ( Verdade Mundial )


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