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sábado, 12 de junho de 2021

Motociata de Bolsonaro custou R$ 1,2 milhão aos cofres públicos, diz governo de SP


Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que foram gastos mais de R$ 1,2 milhão com o reforço no policiamento para a motociata com o presidente Jair Bolsonaro realizada neste sábado, 12, na capital paulista e região de Jundiaí. Policiais das três forças de segurança estaduais foram convocados para garantir a segurança do presidente e a fluidez no trânsito.


© Alex Silva/Estadão O presidente Jair Bolsonaro participou de motociata em São Paulo neste sábado, 12
 

Dos mais de 6,3 mil policiais escalados, 1.433 atuaram exclusivamente nas medidas relacionadas ao deslocamento dos manifestantes ao longo dos 129 km do trajeto. Foram empregados policiais de batalhões territoriais e especializados, como Baep, Choque, Trânsito, Rodoviária e Comando de Aviação da PM, Canil, além de equipes do Corpo de Bombeiros e do Resgate.

A operação contou ainda com dedicação exclusiva de 5 aeronaves, 10 drones e aproximadamente 600 viaturas, entre motos, carros, bases comunitárias móveis e unidades especiais. Todo ato foi monitorado pelo sistema Olho de Águia, por meio de câmeras fixas, móveis, motolink e bodycams.

A manifestação custou ainda R$ 75,2 mil à Prefeitura de São Paulo, que contratou a empresa SPTuris para arcar com custos de organização do evento. O recurso foi desembolsado a pedido do secretário de Esportes, Thiago Milhim, que ocupa cota do Podemos no governo montado no começo do ano pela gestão Covas. Planilha de custos obtida pelo Estadão mostra que os recursos públicos pagaram a instalação de banheiros químicos, gradis para separação de público, geradores elétricos e som, além de seguranças.

O governo paulista autuou o presidente Bolsonaro, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o deputado Coronel Tadeu e o ministro Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia, por não terem usado máscara na manifestação.

Fonte: Estadão


UOL

A multa de R$ 552,71 que, acertadamente, o Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo deu a Jair Bolsonaro, neste sábado (12), por ignorar o uso de máscara, foi um ato civilizatório. Mas o arrecadado com a infração não faz nem cócegas considerando os R$ 1,2 milhão que os contribuintes do estado tiveram que desembolsar para garantir policiamento extra para que o presidente da República pudesse fazer seu passeio de moto com milhares de apoiadores.

Assista ao VÍDEO


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segunda-feira, 27 de julho de 2020

Forças Armadas pagaram R$ 2,6 milhões a empresas de militares da ativa




Por: Metrópoles

Cruzamento mostra que ao menos 14 militares da ativa fecharam negócios com o governo. Em três casos, no mesmo batalhão onde atuavam

Pelo menos 14 empresas que têm como sócios militares da ativa fecharam contratos para serem fornecedores das Forças Armadas. Em negociações acertadas desde 2014 que constam no Portal da Transparência, esses empreendimentos receberam pelo menos R$ 2,6 milhões dos cofres públicos.

Em alguns dos exemplos, os contratos foram fechados com unidades militares das mesmas regiões ou de iguais comandos. Em três situações, as empresas com militares no quadro de sócios venderam bens e serviços para os exatos batalhões onde eles estavam lotados na época da negociação ou em um período próximo.

É o caso da MM Autopeças, de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que faturou R$ 1,6 milhão entre 2014 e 2015 vendendo peças e serviços para o Parque Regional de Manutenção da 3ª Região Militar, que também fica em Santa Maria. A empresa tem dois sócios, e um deles é o primeiro-sargento Luciano de Mello Villa, que está lotado nessa unidade desde 2010.

(M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles, conseguiu esses elementos ao cruzar a base de dados dos militares da ativa, que pode ser acessada no Portal da Transparência, com os nomes de pessoas que são sócias de empresas, disponível no Brasil.Io, iniciativa que libera informações públicas.

Cruzamos então o CNPJ das empresas que têm militares como sócios com a lista de fornecedores do Executivo federal e encontramos 14 situações em que as empresas vendem bens e serviços para as Forças Armadas. Para saber onde e em que período os militares donos de empresas estiveram lotados, fizemos pedidos via Lei de Acesso à Informação.

Além do caso já citado, encontramos também contratos da empresa Brasileirinho, um restaurante de Várzea Grande, no Mato Grosso, que vendeu produtos no valor de R$ 28,7 mil para a 13ª Brigada de Infantaria Motorizada entre 2014 e 2015. Um de seus três sócios, o subtenente Edilio Neres da Silva, trabalhou no comando da mesma brigada entre novembro de 2013 e fevereiro deste ano.

E o quadro societário da empresa, aparentemente, guarda relação com as regras públicas de contratação de bens e serviços.

Veja uma imagem retirada do Portal da Transparência:

Quadro societário do restaurante Brasileirinho, fornecedor das Forças Armadas

Dos três sócios, incluindo um com o mesmo sobrenome de Edilio, o subtenente é o único que não figura como “sócio-administrador”.

Questionado pelo Metrópoles sobre os militares da ativa que têm empresas, o Ministério da Defesa diz que a lei “veda ao militar da ativa comerciar ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou quotista, em sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada”.

Não houve esse cuidado, porém, no contrato entre a Drogaria Econômica, que tem sede em Cruzeiro do Sul, no Acre, e as Forças Armadas. A empresa vendeu produtos no valor total de R$ 10,2 mil para o 61º Batalhão de Infantaria de Selva, que fica na mesma cidade.

O único sócio, e portanto dono da empresa, é o terceiro-sargento Wellington Batista de Farias, que deixou de trabalhar no batalhão em março de 2014 e passou a vender para lá em 2015.

Militares em patrulha

Outro lado

No comunicado enviado ao Metrópoles, o Ministério da Defesa informou ainda que é crime militar desrespeitar as regras. Veja a nota completa:

O regramento para essas atividades está embasado no Art. 29 da Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980 (Estatuto dos Militares), que veda ao militar da ativa comerciar ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou quotista, em sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.

No mesmo sentido, o Código Penal Militar (Decreto-Lei nº 1001, de 21 de outubro de 1969) considera crime, em seu Art. 204, o exercício de comércio por oficial, à exceção da participação como acionista ou cotista em sociedade anônima, ou por cotas de responsabilidade limitada.

O Metrópoles tentou entrar em contato com todas as empresas citadas por meio dos telefones informados por elas ao contratar com o governo federal, mas não conseguiu falar com os responsáveis. O espaço segue aberto.




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sexta-feira, 12 de junho de 2020

Farra do cartão corporativo de Bolsonaro será investigada pelo TCU




247 - O TCU irá investigar os gastos com o cartão corporativo da presidência da República. O pedido foi feito pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES) e analisado pelo relator Vital do Rêgo, que sugeriu uma auditoria sobre as despesas do cartão presidencial. 

A decisão do plenário a favor de seu pedido foi unânime.

A reportagem do portal Uol destaca que “por enquanto o tribunal decidiu instaurar uma auditoria para apurar a legalidade dos gastos. O relator preferiu adiar a decisão sobre a publicidade deles, outro pedido feito pelo senador. A probabilidade é que o TCU só decida sobre a publicidade dos gastos se os auditores concluírem que houve dano aos cofres públicos. Os fiscais terão acesso a todas as despesas em um processo que correrá sob sigilo.”

A matéria ainda acrescenta que “no final, o tribunal pode arquivar a ação ou determinar a aplicação de multa e devolução do dinheiro, caso tenha ocorrido qualquer irregularidade.

Os gastos na atual gestão ficaram, em média, em R$ 709,6 mil por mês, alta de 60% em relação ao governo do emedebista e de 3% em comparação com a administração da petista.”


No Twitter:





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