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sábado, 26 de junho de 2021

Com medo, Carla Zambelli apagou todos os seus tweets sobre a Covaxin


Apoiadora convicta de Jair Bolsonaro (sem partido), a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) decidiu apagar cinco tweets em que mencionava a vacina Covaxin, cujo processo de importação é investigado pela CPI da Covid por suspeitas de irregularidades e superfaturamento.


 

Quem trouxe à tona a informação foi o projeto 7c0, que monitora mensagens apagadas de políticos com cargos públicos. Em uma publicação do dia 3 de março, Zambelli anunciava que o governo Bolsonaro havia comprado “20 milhões de doses da Covaxin”.

Bolsonaro arranca máscara de criança à força durante evento no RN

“URGENTE: Vacina indiana Covaxin tem 81% de eficácia, afirma a fabricante @BharatBiotech. O Governo Bolsonaro comprou 20 milhões de doses da Covaxin, além de ter garantido 42 milhões via consórcio…”, dizia o tweet.



 Em outra postagem, a deputada bolsonarista destacava a autorização da Anvisa dada para importação excepcional da Covaxin, além da russa Sputnik V. Ou seja, Carla Zambelli tinha informações de todos os trâmites que envolveram a compra da vacina indiana.

Em depoimento à CPI da Covid na sexta-feira, o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, afirmaram que denunciaram pessoalmente a Bolsonaro suspeitas de irregularidades na compra da Covaxin.

Caso isso seja confirmado, Bolsonaro pode ter cometido crime de prevaricação. Saiba o que é.


Cena ridícula

Na última segunda-feira, 21, Bolsonaro esteve em Guaratinguetá, São Paulo, e uma cena fez com que Carla Zambelli passasse a maior vergonha na web.

Ao ver Bolsonaro retirar a máscara e mandar uma repórter “calar a boca”, a deputada seguiu o presidente e também retirou o equipamento de proteção contra a covid-19, em claro sinal de subserviência a ele. Zambelli virou meme nas redes sociais. Assista aqui.

Veja também: Bolsonaro ataca repórter da CNN e grita: ‘Para de fazer pergunta idiota’


Fonte: Catraca Livre 


sábado, 12 de junho de 2021

Motociata de Bolsonaro custou R$ 1,2 milhão aos cofres públicos, diz governo de SP


Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que foram gastos mais de R$ 1,2 milhão com o reforço no policiamento para a motociata com o presidente Jair Bolsonaro realizada neste sábado, 12, na capital paulista e região de Jundiaí. Policiais das três forças de segurança estaduais foram convocados para garantir a segurança do presidente e a fluidez no trânsito.


© Alex Silva/Estadão O presidente Jair Bolsonaro participou de motociata em São Paulo neste sábado, 12
 

Dos mais de 6,3 mil policiais escalados, 1.433 atuaram exclusivamente nas medidas relacionadas ao deslocamento dos manifestantes ao longo dos 129 km do trajeto. Foram empregados policiais de batalhões territoriais e especializados, como Baep, Choque, Trânsito, Rodoviária e Comando de Aviação da PM, Canil, além de equipes do Corpo de Bombeiros e do Resgate.

A operação contou ainda com dedicação exclusiva de 5 aeronaves, 10 drones e aproximadamente 600 viaturas, entre motos, carros, bases comunitárias móveis e unidades especiais. Todo ato foi monitorado pelo sistema Olho de Águia, por meio de câmeras fixas, móveis, motolink e bodycams.

A manifestação custou ainda R$ 75,2 mil à Prefeitura de São Paulo, que contratou a empresa SPTuris para arcar com custos de organização do evento. O recurso foi desembolsado a pedido do secretário de Esportes, Thiago Milhim, que ocupa cota do Podemos no governo montado no começo do ano pela gestão Covas. Planilha de custos obtida pelo Estadão mostra que os recursos públicos pagaram a instalação de banheiros químicos, gradis para separação de público, geradores elétricos e som, além de seguranças.

O governo paulista autuou o presidente Bolsonaro, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o deputado Coronel Tadeu e o ministro Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia, por não terem usado máscara na manifestação.

Fonte: Estadão


UOL

A multa de R$ 552,71 que, acertadamente, o Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo deu a Jair Bolsonaro, neste sábado (12), por ignorar o uso de máscara, foi um ato civilizatório. Mas o arrecadado com a infração não faz nem cócegas considerando os R$ 1,2 milhão que os contribuintes do estado tiveram que desembolsar para garantir policiamento extra para que o presidente da República pudesse fazer seu passeio de moto com milhares de apoiadores.

Assista ao VÍDEO


No Twitter


 

segunda-feira, 3 de maio de 2021

Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santarém é invadido por madeireiros no PA


Fato se deu em virtude de disputa judicial pela interrupção de ações de exploração de madeira dentro de terras indígenas


Madeireiros invadem sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém, no oeste do Pará. - Ascom/STTR

A sede do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém (STTR), localizada no oeste do estado do Pará, foi invadida por madeireiros da região na manhã desta segunda-feira (3).

Segundo informações de uma fonte ouvida pelo Brasil de Fato, a invasão ocorreu em virtude de uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) de 30 de abril, que suspendeu a decisão liminar da Justiça Federal de Santarém que autorizava a retomada dos processos de Plano de Manejo dentro da Reserva Extrativista (Resex) Tapajós Arapiuns, localizada entre os municípios de Santarém e Aveiro, no Pará. 

::Ex-chefe da PF no AM trocado por Bolsonaro era "alvo a ser abatido" de madeireiros::

A decisão faz parte de uma Ação Civil Pública (ACP) movida pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares de Santarém (STTR) e pelo Conselho Indígena Tapajós Arapiuns (CITA), com assessoria jurídica da Terra de Direitos.

As entidades pediram a suspensão dos procedimentos de aprovação dos planos de manejo florestal dentro da Resex até que fosse realizada a consulta prévia, livre e informada das 78 comunidades tradicionais e aldeias que vivem na Reserva.

Fonte: Brasil de Fato


No Twitter


 

sexta-feira, 19 de março de 2021

Bancada ruralista divulga informações falsas em defesa da “regularização fundiária”


Para o MPF, objetivo é anistiar crimes de grilagem, invasões de terras públicas e desmatamentos



 FPA retoma campanha para aprovar projeto prioritário do governo

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), nome oficial da bancada ruralista, retomou neste mês uma campanha em redes sociais com informações falsas para defender o projeto de “regularização” fundiária do governo Bolsonaro.

O Projeto de Lei 2633/2020 foi apontado como prioritário em uma lista apresentada em fevereiro aos novos presidentes da Câmara e do Senado.

Para o Ministério Público Federal, o objetivo do governo – inicialmente com a MP 910, barrada em 2020 – é anistiar crimes de grilagem, invasões de terras públicas e desmatamentos, favorecendo organizações criminosas.

Estudo da pesquisadora Brenda Brito, do Imazon, estima que a proposta de mudança nas regras fundiárias ameaça pelo menos 19,6 milhões de hectares de áreas federais não destinadas na Amazônia, que podem ser ocupados e desmatados na expectativa de regularização.

Reprodução Twitter @fpagropecuaria

Em postagem no dia 11/03, a FPA afirma que “sem regularização fundiária não há responsáveis por crimes ambientais”, o que é falso. Cerca de dois terços das áreas desmatadas têm ocupante reconhecido ou declarado. Ou seja, ao contrário do que afirma a FPA, em grande parte dos casos o governo sabe quem é o dono ou quem está reivindicando a posse de uma área.

Segundo dados do Mapbiomas, 77% da área desmatada no Brasil em 2019 – 83% do desmatamento está na Amazônia – ocorre em áreas que se sobrepõem a pelo menos um Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Bastaria aplicar as punições. No entanto, isso não tem ocorrido. As multas do Ibama por infrações contra a flora na Amazônia caíram pela metade (50,2%) em 2020 na comparação com 2018, último ano do governo Temer, apesar da alta recorde do desmatamento no período. Isso ocorreu mesmo com a informação disponível de quem são os responsáveis pelas áreas onde foi registrada a maior parte do desmatamento.

Além disso, a legislação atual já permite titular terra pública ocupada até 2011.

No dia 13/03, a FPA voltou a afirmar que é “impossível” responsabilizar infratores por crimes ambientais em terra não regularizada, sob o argumento de que “terra sem destinação gera grilagem”. Em resposta ao post, o professor da UFMG Raoni Rajão alertou que “mudar a lei para legalizar invasões até então criminosas só piora o problema”. Ele lembrou que o CAR já possui nome e CPF de 7 milhões de imóveis, inclusive os sem título, mas governo não usa esse dado.

Ao contrário do que afirma a FPA, não é preciso saber quem é o proprietário da terra para conter o dano ambiental. Sem alterar a legislação fundiária, o Brasil reduziu o desmatamento na Amazônia em 73% entre 2004 e 2009.

Em post no dia 10/03, a FPA afirma que “queimadas ilegais acontecem com muito mais frequência em terras sem regularização fundiária”. “Uma área pública ocupada, mas não regularizada, não tem ninguém para ser legalmente responsabilizado”, alega a entidade, atribuindo as informações ao Incra: “134% mais queimadas em áreas sem regularização fundiária”.

No entanto, estudo de Benedict Probst (Universidade de Cambridge) e outros pesquisadores publicado em 2020 na Nature aponta que proprietários de áreas tituladas tendem a continuar desmatando. O estudo analisou 10 mil imóveis titulados na Amazônia entre 2011 e 2016 e mostrou que pequenos e médios proprietários tendem a desmatar mais as suas áreas nos anos seguintes à titulação, em comparação a imóveis ainda não titulados.

De modo similar, Gerd Sparovek, da USP, e colaboradores mostraram que, enquanto as áreas não destinadas apresentavam uma cobertura florestal de 77% em 2018, as áreas tituladas como imóveis particulares sofreram um rápido processo de desmatamento, reduzindo a área florestal de 68% para 55%, entre 1999 e 2018. “Auditorias realizadas pelo Tribunal de Contas da União em 2020 sugerem que esse resultado é consequência das falhas na fiscalização do Incra”, aponta Rajão, da UFMG. Segundo ele, “pode-se inferir que a ênfase do atual governo na titulação de terras, sem os devidos controles ambientais, juntamente com a paralisação do processo de criação de unidades de conservação e demarcação de terras indígenas, têm agido como importantes vetores do desmatamento na Amazônia”.

Em outra Nota Técnica, pesquisadores da USP e da UFMG mostram que as áreas não destinadas e as áreas públicas destinadas (como Unidades de Conservação e Terras Indígenas) possuem taxas de desmatamento mais baixas, mantendo mais de 80% da cobertura vegetal. “Por outro lado, nos imóveis rurais autodeclarados (inscritos no CAR) e áreas privadas destinadas (beneficiadas pela regularização) observam-se taxas de desmatamento altas, chegando a perder até 3% da área de vegetação nativa em um ano. Além disso, essas áreas possuem menos de 60% de sua área como vegetação nativa, valor bem inferior à reserva legal, que deve ser de 80% nos imóveis rurais no bioma Amazônia.”

O estudo aponta que, entre os imóveis que são alvo da proposta de regularização fundiária apresentada pelo governo Bolsonaro, predomina entre os pequenos o padrão de nenhum déficit de Área de Preservação Permanente e/ou Reserva Legal, o que ocorre em 63% dos 107.466 imóveis em glebas federais.

Já nos médios e grandes imóveis o padrão se inverte, e a existência de algum déficit, isso é, o não cumprimento do Código Florestal, passa a ser o padrão predominante, atingindo 74% dos imóveis, mostram os pesquisadores. “Esses resultados, juntamente com a análise da taxa de desmatamento, indicam que o processo de regularização fundiária não garante o cumprimento da legislação florestal, principalmente entre os médios e grandes proprietários.”

Em outro post, no dia 12/03, a FPA afirma que “com o sensoriamento remoto será possível comprovar se há desmatamento ilegal, queimadas e até a confirmação do cultivo efetivo por parte do proprietário da terra”.

O monitoramento já é feito hoje, seja por órgãos do governo, como o Inpe, seja por iniciativas da sociedade civil, como o projeto MapBiomas, que já produziu mapas de toda a mudança de cobertura do solo no Brasil de 1985 até 2019.

A campanha da FPA repete desinformação difundida pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em vídeo de outubro de 2020, que desmentimos aqui.

Fonte: Fakebook.eco


Mídia NINJA

Amazônia na mira dos desmatadores! Querem legalizar o roubo de terras públicas - 29 de abr. de 2020

Lembra, no ano passado, quando o dia virou noite na cidade de São Paulo? Este acontecimento tem uma ligação direta com a grilagem de terras e as queimadas em toda a Amazônia Legal. A qualquer momento, deputados e senadores podem aprovar a MP 910. A atriz @dirapaes ajuda a lembrar os riscos que essa medida representa.

Conhecida como MP da Grilagem, a proposta do governo Bolsonaro vai premiar grileiros (ladrões de terras públicas) que desmatam e tocam fogo na Amazônia e no Cerrado. Segundo organizações ambientalistas e especialistas na área, a proposta vai contra os interesse da sociedade brasileira e beneficia criminosos que invadiram e desmataram terras públicas, deixando de fora o trabalhador honesto que há anos produz sem destruir a Amazônia.

Assista ao VÍDEO



No Twitter


 

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Após mentir sobre covid, Zambelli diz que caso pegue a doença irá se tratar com cloroquina




Após mentir que teve Covid-19 e foi curada usando cloroquina, Carla Zambelli comentou o ocorrido em uma post nas redes sociais neste domingo (30).

‘Mas é óbvio que eu apaguei o post na qual digo q fui curada da COVID! Mas fiquem tranquilos, jornalistas de fofoca, se e qdo eu pegar COVID, me tratarei NOVAMENTE de forma PRECOCE e com Cloroquina. E em sobrevivendo (sei q muitos torcem contra), postarei novamente a mesma foto!’, escreveu Zambelli.

A deputada alega que tratou-se de “falso positivo”. 


Fonte: DCM 


 Henry Bugalho

Carla Zambelli mentiu sobre ter contraído coronavírus? Entenda!


sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Carla Zambelli manda recado para ela mesma: “força e muita força! Você é nossa representante”



A deputada, que está com Covid-19, se esqueceu de trocar o perfil e mandou recado de solidariedade para ela mesma


A deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP) se esqueceu de sair de sua conta e mandou recado solidário para ela mesma, nesta sexta-feira (21), pelo Twitter.

Zambelli, que está com a Covid-19, escreveu para Zambelli: ‘Força e muita força! Você é nossa representante’.




No Twitter



 Social Democracia Brasileira

BAIXARIA TOTAL! "Bolsonarou me perguntou se você era prostituta" Joice Hasselmann VS Carla Zambelli


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terça-feira, 23 de junho de 2020

Canais bolsonaristas retiraram mais de 2 mil vídeos do Youtube desde o início de junho, indica levantamento



Allan dos Santos, do Terça Livre, na CPI das Fake News | Jorge William


Por: O GLOBO

João Paulo Saconi

Um levantamento feito pela empresa de análise de dados Novelo Data constatou que 2.015 vídeos publicados por canais bolsonaristas no Youtube desapareceram da plataforma desde o início de junho. Dos 81 produtores de conteúdos observados pela equipe da Novelo, pelo menos 37 tiveram vídeos apagados este mês. O recordista em exclusões foi o canal Gigante Patriota, com menos 1.300 vídeos disponíveis para os usuários da rede — 94% deles foram removidos no último fim de semana. Há motivos diversos que podem ter levado ao sumiço das publicações.


Desde o fim de maio, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vem autorizando diligências contra blogueiros, empresários e parlamentares que compõem a base de apoio do presidente Jair Bolsonaro na internet. Há uma suspeita de que ataques à Corte tenham tido alcance turbinado com a ajuda dessas pessoas. O mesmo pode ter acontecido com a realização de manifestações antidemocráticas. A exclusão de vídeos pode estar relacionada com uma tentativa dos canais de não serem enquadrados nas apurações que tramitam no tribunal, no caso dos ataques virtuais, e na Procuradoria-Geral da República (PGR), no caso dos protestos.
Um dos personagens mais conhecidos entre os alvosdas decisões de Moraes, o blogueiro Allan dos Santos, do canal Terça Livre, teve 272 vídeos apagados neste mês, até o último sábado. Santos foi alvo de buscas e apreensões duas vezes.


Outros canais também tiveram números expressivos de vídeos apagados até o último sábado. Foram os casos, por exemplo, do Foco do Brasil (66 vídeos a menos); Notícias News N. N. (45 vídeos a menos); Notícias Políticas (43 vídeos a menos); Ficha Social (40 vídeos a menos); Seu Tube (33 vídeos a menos) e Folha Política (24 vídeos a menos).

Os motivos para que os vídeos desapareçam do Youtube são diversos. Eles podem ser apagados por quem os publicou; retirados da listagem pública (e, portanto, seguem disponíveis para determinados usuários) e apagados pela própria plataforma por violarem condições de uso — neste último caso, um aviso sobre ocorrências deste tipo é exibido no lugar do conteúdo. Essas possibilidades foram esclarecidas pela Google, administradora da plataforma, ao Sonar (leia a nota na íntegra no fim da reportagem). A empresa, no entanto, não comenta casos específicos. 


Comportamento expressivo no intervalo de um ano

O programador Guilherme Felitti, fundador da Novelo, explica que o levantamento não encontrou avisos de violação das normas do Youtube. Essa é uma das evidências que o leva a crer que são os próprios youtubers que estão efetuando as retiradas de seus vídeos do site. O monitoramento em questão é feito há um ano, mas só agora as exclusões de conteúdos foram tão expressivas. Em março, por exemplo, os canais deletaram 695 vídeos. Em abril, 247. Em maio, foram 1.112 — número já ultrapassado antes do fim de junho.


— A maioria dos vídeos foram deletados uma semana após a operação de busca e apreensão dentro do inquérito de fake news. Existe um  comportamento parecido desses youtubers entre maio e junho — explica Felitti, complementando: — Não é possível identificar uma estratégia clara, no entanto. Em alguns desses canais que deletaram vídeos ou esconderam vídeos, ainda há vídeos que atacam o STF. Não é como se eles tivessem apagado todos os vídeos mencionando a Corte. Não encontramos um fio condutor dessa estratégia. 

Para Felitti, o Youtube deveria ser objeto de mais atenção no Brasil. Ele classifica a plataforma como um "mamute", dada a sua relevância. No entanto, ainda de acordo com o programador, há poucas iniciativas que compilem dados e façam o trabalho de registro da memória desta rede. No caso da Novelo, esse processo acontece por meio da aplicação de uma Application Programming Interface (API) (ou Interface de Programação de Aplicativos, em português).

— O Brasil sempre tem uma cultura muito calcada em televisão. O brasileiro sempre adorou a TV e não é à toa que o Youtube faz um sucesso tremendo por aqui. Há uma força cultural na plataforma: a gente usa muito, vê muito, estamos sempre lá. E é  inevitável que essa cultura derrame na política —justifica Felitti, que afirma: — A gente precisa se organizar para entender como esses movimentos sociais se estruturaram no Youtube. Quem são as pessoas, as práticas e o que elas fazem. 

A Novelo já havia feito levantamento sobre o Youtube observando os conteúdos que a plataforma selecionou aqueles que estavam mais "em alta" para os usuários brasileiros nas eleições de 2018. A empresa de análise de dados constatou que a maior parte dos conteúdos exibidos como os mais populares eram desfavoráveis ao Partido dos Trabalhadores (PT), adversário de Bolsonaro no segundo turno do pleito naquele ano.

Nos próximos dias, canais de Youtube posicionados à esquerda do espectro político também estarão em foco a partir de novos estudos divulgados pela Novelo.

Em nota sobre o caso, o Youtube informou: "Não comentamos casos específicos. O YouTube é uma plataforma de vídeo aberta e qualquer pessoa pode compartilhar conteúdo, que está sujeito a revisão de acordo com as nossas diretrizes da comunidade. Além disso, o próprio responsável pelo canal pode escolher não compartilhar mais determinado conteúdo ou deixá-lo em modo privado. Em casos assim, a plataforma costuma exibir a mensagem ‘Vídeo indisponível’."

  • A primeira versão desta reportagem, publicada às 20h do dia 22 de junho de 2020, afirmava que 2.100 vídeos foram apagados em junho. A segunda, às 20h45m, atualizou esse número para 2.015, a pedido da Novelo Data.



ódio na mira da justiça, movimentos antirracistas e antifascistas, em Washington DC, Estados Unidos  tentam derrubar estátua de ex-presidente genocida e escravagista, Alexandre Moraes derruba sigilo em operação da PF, Wassef planejava sequestro de jornalista, Bolsonaro se aproxima de seu favorito para o Ministério da Educação, batalhão de choque faz operação na casa de familiares de Queiroz em Minas Gerais.




No Twitter



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domingo, 21 de junho de 2020

APÓS ZAMBELLI INCITAR ATAQUES, DEPUTADO RECEBE AMEAÇA DE MORTE E RECORRE AO STF; VEJA PRINT




Por: ÉPOCA

'Não tenho culpa. Ele foi querer mexer com assuntos que não lhe cabem', afirmou Zambelli

O deputado Rogério Correia, do PT de Minas Gerais, recebeu nesta sexta-feira ameaças de morte horas após a deputada Carla Zambelli, do PSL de São Paulo, prometer um "tsunami bolsonarista em suas redes".

O deputado afirmou que levará as ameaças à polícia e ao Supremo Tribunal Federal.

Tudo começou após Correia divulgar, na sexta 19, que enviara a Alexandre de Moraes um pedido de retenção do passaporte de Abraham Weintraub, investigado no inquérito das fake news, por ameaças à democracia e crime de racismo, dizendo haver indícios de que Weintraub queira deixar o país.

Na tarde desta sexta-feira, Carla Zambelli respondeu a uma publicação de Correia nas redes sociais falando sobre o “tsunami”:

"Hoje vc vai sentir o tsunami Bolsonarista em suas redes. Seu ato é uma afronta ao povo brasileiro que votou em Bolsonaro e Vc não respeita o PROCESSO DEMOCRÁTICO! DITADORZINHO!".
Correia começou então a receber uma série de ameaças.

A que considerou mais grave teve 40 mensagens de um mesmo usuário do Facebook. O usuário tentou ligar, pelo chat, várias vezes para o deputado.

Nas mensagens, o responsável pelo ataque cita uma bomba no carro do deputado, tiros e tortura, além de palavrões.

"Não é possível. A deputada faz uma ameaça dessas e depois chegam até ameaças de morte. Recebi ameaças de morte horas depois. Vou pedir uma investigação à polícia e ao STF, para o gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Percebi muitos robôs, muitas mensagens, com muitos xingamentos e ódios. Isso só comprova como os bolsonaristas agem de fato", criticou o petista.

Zambelli é investigada pelo STF no inquérito das fake news e em outro que apura atos antidemocráticos, no qual teve seu sigilo bancário quebrado. No inquérito das fake news, a parlamentar ficou em silêncio ao depor à PF, no começo do mês.

Procurada, a deputada minimizou o fato e disse também ser alvo. Disse que o deputado “quis mexer com assuntos que não lhe cabem”.

"Eu também recebo todo dia um monte de ameaças de petistas. Ninguém mandou ele... Não vou responder isso a essa hora. Mas todos nós estamos sujeitos a isso na profissão que a gente exerce. Não tenho culpa se uma pessoa isoladamente vem ameaçá-lo por uma atitude dele, não minha. Ele que originou. Ele foi querer mexer com assuntos que não lhe cabem. Não cabe a um deputado o que a polícia vai fazer com um passaporte de um ministro".




Deputada Carla zambelli ameaça deputado Rogério Correia hoje você vai sentir o tsunami bolsonarista.  deputada federal Carla Zambelli  PSL-SP uma das defensoras mais ferrenhas de Jair Bolsonaro, ameaçou o deputado Rogério Correia (PT-MG) com um ataque virtual da rede bolsonarista.



No Twitter:





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quarta-feira, 17 de junho de 2020

VIDEO: Alvo da PF, youtuber bolsonarista afirma que divulgou “mentira” que lhe foi passada por Carla Zambelli




Por: DCM

O blogueiro bolsonarista Beto Louco disse que a deputada federal Carla Zambelli foi a fonte de uma informação sobre o Doria, que posteriormente foi desmentida. O apoiador afirmou que ela ‘mentiu’.

Alberto Junio Silva é acusado de operar uma rede de fake news conhecida como Pensa Brasil, ele foi alvo da operação da Polícia Federal que investiga os atos antidemocráticos, na última terça (16).



 Canal Sempre na Luta - Rogério Correia

Este vídeo tem apenas pouco mais de 1min, mas sua importância é enorme. Ele demonstra para quem insiste em negar o enorme mal que as fake news trazem para a democracia e para o Brasil. A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) “denuncia” que as Lojas Havan pertencem à “Paulinha, filha da Dilma”. Dez entre dez pessoas inteligentes sabem que a Havan é do empresário sonegador Luciano Hang, também conhecido como o maior bolsonarista do mundo. Sem um pingo de vergonha na cara, a deputada do PSL gravou o vídeo, compartilhou em suas redes e fez estrago. Depois, a receita de sempre: deleta, culpa um assessor e diz que “foi sem querer”...


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