Deputado diz que, após assistir ao documentário
"Bolsonaro e Adélio – uma fakeada no coração do Brasil", que desmonta
a farsa sobre a "facada de Juiz de Fora", do jornalista Joaquim de
Carvalho, não tem dúvidas de que Carlos Bolsonaro “está por trás de tudo”
Alexandre Frota, Bolsonaro levando facada e Carlos Bolsonaro
(Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados | Eduardo Barreto/CMRJ | Reprodução)
247 - O deputado Alexandre Frota declarou em
suas redes sociais nesta terça-feira (14) que, após assistir ao documentário
documentário "Bolsonaro e Adélio – uma fakeada no coração do
Brasil", que desmonta a farsa sobre a "facada de Juiz de
Fora", do jornalista Joaquim de Carvalho, não tem dúvidas de que Carlos
Bolsonaro “está por trás de tudo” .
"Sim, isso foi armado e tem o Carlos Bolsonaro por trás
de tudo . Assistam ao documentário. Minha parte foi feita, mas não vou ficar
ligando para deputado (a) pedindo assinatura. O caminho está aberto se quiserem
caminhar vamos juntos”, disse Frota.
Sim isso foi armado e tem o Carlos Bolsonaro por trás de tudo . Assistam ao documentario. Minha parte foi feita, mas não vou ficar ligando p Deputado (a) pedindo assinatura.O caminho está aberto se quiserem caminhar vamos juntos . https://t.co/JMoL0p6AxL
Carlos Bolsonaro, que é um dos investigados no inquérito sobre fake news conduzido
pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, reagiu ao
documentário.
Bolsonaro e Adélio - Uma fakeada no coração do Brasil
O episódio em Juiz de Fora que decidiu a eleição em 2018
ainda tem muitas lacunas, mentiras e uma versão oficial que só interessa a
Bolsonaro, não ao país. Carlos Bolsonaro precisa ser investigado. É o que o
repórter investigativo Joaquim de Carvalho conta neste documentário.
Primeiro presidente da História do Brasil que tem
pronunciamento confundido com fake news por seus próprios apoiadores, Jair
Bolsonaro virou uma piada pronta que Marcelo Adnet não deixou passar.
Foto: Instagram/Marcelo Adnet / Pipoca Moderna
Vale lembrar que, podendo usar as redes de TV e rádio para
um pronunciamento oficial, Bolsonaro preferiu gravar um áudio de Whatsapp na
noite de quarta (8/9) para pedir aos caminhoneiros que, após interditarem
estradas do país em nome dele, encerrassem o movimento. Ironia suprema, o
foragido conhecido como Zé Trovão duvidou da veracidade do pedido. Num vídeo
curioso, ele pediu que o presidente ouvido no "zap" fizesse um
pronunciamento oficial, sugerindo que o meio de comunicação favorito do grande
líder é o aplicativo número um das fake news.
Divertindo-se com a situação, o humorista Marcelo Adnet,
conhecido por suas imitações, publicou em suas redes sociais um áudio simulando
a voz de Jair Bolsonaro, afirmando que o primeiro áudio era fake. O pedido real
era para os caminhoneiros que estão bloqueando as estradas deixarem a
"boleia" e começarem a "dançar Macarena".
"Gostaria até de pedir aí que encaminhe esse áudio aí a
todos os caminhoneiros que estão aí com a gente nessa questão. O que eu tenho a
dizer aí que o áudio que circulou ai é falso, tá ok? Esse sim que é o
verdadeiro, e para vocês permanecerem aí, e começarem a dançar maracarena, agora,
3h15 da manhã, e não pararem mais. Quero ver ninguém na boleia! Todos pra fora
dançando macarena até aquele outro lá pedir pra sair', disse Adnet, imitando
voz e arrotos de Bolsonaro.
O site bolsonarista Terça Livre usou em uma nota online
publicada na manhã desta terça-feira uma foto de 2016, de um ato na avenida
Paulista, em São Paulo, para mostrar que "milhares de brasileiros lotam
Brasília para o 7 de setembro".
A constatação é do Sleeping Giants Brasil, que mostrou que a
foto original foi feita em um ato contra a ex-presidente Dilma Rousseff, em
março de 2016.
"São pessoas de todos os lugares do Brasil" afirma
o texto do Terça Livre, que disse ter enviado uma equipe para a Esplanada para acompanhar
a movimentação.
📢Terça Livre usa foto de 6 anos atrás em matéria dizendo que as ruas estão cheias no 7 de setembro pic.twitter.com/rrbPzehFb6
O site bolsonarista Terça Livre usou em uma nota online
publicada na manhã desta terça-feira uma foto de 2016, de um ato na avenida
Paulista, em São Paulo, para mostrar que "milhares de brasileiros lotam
Brasília para o 7 de setembro".
Bots são usados para disseminar notícias e fake news nas
redes sociais
Os “Robôs de Bolsonaro” voltam ao centro das atenções na
véspera dos atos antidemocráticos de 7 de
setembro a favor do presidente. As manifestações em defesa de Jair Bolsonaro foram
impulsionadas por perfis com alta chance de serem “bots”.
Para afirmar a possibilidade dos bots estarem auxiliando
Bolsonaro, dois relatórios produzidos pelo Pegabot, projeto desenvolvido pelo
ITS Rio (Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio), indicam o uso contínuo
dessa ferramenta para impulsionar os protestos antidemocráticos, o que vai
contra as regras do Twitter.
Há também informações que revelam o número de bots
publicando hashtags em apoio às manifestações com crescimento exponencial de
14% conforme a data dos protestos se aproximava.
Perfis automatizados defenderam as manifestações do dia 7
publicando 81 mil posts sobre esse tema, o que representa 23% de todo o
conteúdo analisado pelo Pegabot nesse período. Isso dá cerca de um a cada
quatro tweets. Foi identificado também que, em 78,3% dos casos, o tuíte era um
compartilhamento, conhecido como RT no Twitter, feito por outra pessoa ou bot.
Os bots estão compartilhando tanto notícias quanto fake
news, instigando os bolsonaristas a darem RT sem distinção do que é realidade e
do que falso.
“A existência de contas automatizadas não significa que não exista um movimento orgânico de apoio a essa hashtag. Mas as contas automatizadas, pelo movimento coordenado de postar repetidamente milhares de mensagens, fazem com que a rede seja mergulhada nesse tema, incentivando o movimento orgânico”, explica Thayane Guimarães, pesquisadora em Democracia e Tecnologia do ITS Rio.
“Os bots dão a fagulha e mantêm a energia para a roda girar.”
Assuntos mais comentados no Twiter na véspera do atos de 7 de setembro
Estão entre os assuntos mais comentados no Twitter cinco temas em prol do bolsonarismo neste momento:
•Em quarto lugar está #quemmandoumatarbolsonaro com número total de tweets oculto
•Em nono está #CarecaFDP em referência ao ministro do STF, Alexandre de Moraes com mais de 21 mil tweets
•Em 10° está #Dia07vaiserGIGANTESCO, em convocação aos atos antidemocráticos, com mais de 38 mil tweets
•Em 15° está Alexandre de Moraes com mais de 60 mil tweets, sendo os mais recentes com críticas e xingamentos ao ministro
•24° está Gestapo, comparando o STF a polícia secreta do nazismo
Metodologia de estudo
Os relatórios do Pegabot analisaram mais de 508 mil posts publicados no Twitter que mencionaram ao menos uma das seguintes hashtags:
•#Dia07VaiSerGigante
•#Dia7VaiSerGigante
•#Dia07VaiSerMaior
•#Dia7VaiSerMaior
Foram verificados 29 mil perfis no primeiro levantamento e 48,5 mil, no segundo.
Essas informações servem como base para que o Pegabot classifique as contas usando quatro critérios:
Temporal, usuário, rede e sentimento. Tais elementos indicam a probabilidade de comportamento automatizado de uma conta, dentro de uma pontuação de 0 a 100.
Em nota, o Twitter fez um pronunciamento sobre o tema: “não teve acesso ao levantamento e tampouco teve tempo de investigar o assunto de forma apropriada”, e, portanto, não iria comentar. “Ainda assim, nosso time está analisando as conversas em torno das hashtags e, caso encontremos alguma conta em violação às regras, tomaremos as medidas cabíveis”.
Acho que o eleitor bolsonarista está diante de uma escolha difícil. Como são misóginos e homofóbicos parecem não saber o que fazer. Os robôs, idem. #Bolsonaropic.twitter.com/JSFPPeuOl5
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) viralizaram ao errar o nome do chefe do executivo em uma tag levantada no Twitter nesta sexta-feira (27). A #TôContigoBoldonado tornou-se meme e alvo de críticas de internautas, que citam robôs, fakenews e disparo de correntes virtuais em grupos.
O erro no nome de Jair foi ironizado por muitos internautas.
“Os eleitores do Bolsonaro são tão idiotas que nem conferem uma tag”, escreveu
um usuário do Twitter. Uma segunda pessoa aproveitou a ocasião para cutucar o
segundo filho do presidente, Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro. “O
Carluxo programou o boot errado?”, questionou.
As críticas sobre o possível uso de robôs são baseadas na
hipótese de que o governo Bolsonaro utilizaria esse mecanismo para disparo de
notícias falsas contra opositores e de valorização da atual gestão.
Confira algumas reações:
Cara, eleitores do Bolsonaro são tão idiotas que nem conferem uma tag. #ToContigoBoldonaro
Canais de TV aberta dos EUA cortaram o sinal e desmentiram o
presidente; assista
O discurso de Donald Trump, atual presidente dos Estados
Unidos e candidato à reeleição pelo Partido Republicano, feito durante coletiva
de imprensa realizada na noite desta quinta-feira (5) foi tirado do ar por
canais de televisão aberta dos EUA antes de ser encerrado. Nessa fala, o
candidato propagou teses falsas de que houve fraude nas eleições daquele país e
proclamou sua suposta vitória.
“Tivemos que interromper o presidente porque ele fez uma
série de falsas acusações que davam a entender que houve uma fraude nas
eleições e não há nenhuma evidência disso”, disse Lester Holt, âncora do NBC
Nightly News logo após a emissora cortar a fala do presidente.
A CBS e a ABC também cortaram a transmissão e desmentiram
informações apresentadas pelo presidente logo após o discurso. “Simplesmente
não há nenhuma evidência apresentada em qualquer um desses estados de que haja
votos ilegais”, afirmou o jornalista Jonathan Karl, correspondente da ABC na
Casa Branca.
Durante o discurso, o mandatário voltou a autoproclamar sua
suposta vitória eleitoral e disse que os democratas estariam tentando roubar
sua vitória. “Na contagem dos votos legais, a minha vitória é clara. Nos votos
ilegais, eles podem tentar roubar a eleição”, declarou”.
Donald Trump: "Ganhei com muitos votos na Pensilvânia. Na Geórgia, ganhei por muitos votos."
Isso é falso. Nenhum veículo projetou vitória de um candidato nesses estados porque os votos ainda estão sendo contados e, matematicamente, ainda não há nenhum vencedor.
Num país onde a “justissa” libera bandido pela porta da frente da cadeia, não é de se admirar que o genocida mentiroso na presidência ainda não esteja na cadeia. Brasil, um país de tolos. #BolsonaroCharlataopic.twitter.com/e8X7BW7isx
Revelações acirram preparação para debate com Biden;
republicano chamou acusações de ‘fake news’
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi acusado
no domingo 27 pelo jornal New York Times de pagar apenas 750
dólares em impostos federais em 2016, ano em que ganhou as eleições
presidenciais, uma informação que aumenta a polêmica sobre suas declarações
fiscais antes do primeiro debate contra o democrata Joe Biden, na terça-feira.
A investigação do NYT publicada no domingo
inclui dados de mais de 20 anos de declarações fiscais do presidente.
“Ele não pagou qualquer imposto sobre a renda em dez dos
quinze anos anteriores, em grande parte porque declarou mais perdas do que
receitas”, escreveu o jornal americano.
Trump classificou as informações divulgadas pelo NYT de
“fake news, totalmente inventadas”.
“Paguei muito, e também paguei muitos impostos de renda a
nível estadual, o estado de Nova York cobra muitos impostos”, declarou em uma
entrevista coletiva na Casa Branca.
As declarações de imposto de renda do ex-magnata imobiliário
estão no centro de uma batalha jurídica, já que Trump sempre se negou a
publicá-las, indo contra a tradição criada por seus antecessores na presidência
dos Estados Unidos.
“O New York Times obteve informações fiscais dos últimos 20
anos do senhor Trump e das centenas de empresas que compõe seu grupo, incluindo
informações detalhadas sobre seus primeiros dois anos no cargo. Isto não inclui
suas declarações de imposto de renda pessoais de 2018 e 2019”, explicou o
jornal, que promete novas revelações nos próximos dias.
Ao contrário de todos os antecessores na presidência desde a
década de 1970, Trump, cujo conglomerado familiar não tem ações na Bolsa e que
fez da fortuna um argumento de campanha, se nega a publicar as declarações de
imposto de renda, travando há anos uma batalha judicial para que estas não
sejam divulgadas.
Esta falta de transparência dá margem para especulações
sobre o verdadeiro volume de sua riqueza e possíveis conflitos de interesses.
Algumas horas antes da revelação do NYT, Trump voltou a
criticar a agilidade mental de seu adversário democrata na disputa pela Casa
Branca, Joe Biden, exigindo que o ex-vice-presidente de Barack Obama faça um
teste de drogas antes ou depois do primeiro debate entre ambos na terça-feira.
“Pedirei insistentemente um teste de drogas para Joe ‘o
Dorminhoco’ antes ou depois do debate de terça-feira à noite”, escreveu o
presidente no Twitter. “Naturalmente aceitarei fazer um também”.
O debate de terça-feira em Cleveland – o primeiro de três de
90 minutos de duração – representa a primeira vez que eleitores terão a chance
de ver os candidatos se enfrentando diretamente, a pouco mais de um mês das
eleições de 3 de novembro, que prometem ser tensas e acirradas.
Biden chegará ao debate com uma ligeira vantagem nas
pesquisas, mas com uma famosa propensão a cometer gafes e uma falta de
agilidade nas palavras que o fez reconhecer no sábado que o embate com Trump
será “difícil”.
No centro do choque televisionado estará a gestão da crise
da covid-19, responsável por mais de 204.000 mortos nos Estados Unidos e pela
alta do desemprego no país, que atingiu duramente as minorias afro-americana e
latina.
O político democrata, que devido à pandemia realiza uma
campanha discreta, com poucos eventos e exposição, estará sob forte pressão.
Este primeiro debate será moderado pelo jornalista Chris
Wallace, da emissora conservadora Fox News.
Trump não para de criticar seu adversário de 77 anos,
afirmando que Biden sofre de algum tipo de deterioração cognitiva por conta da
idade.
“Suas atuações nos debates foram DESIGUAIS a níveis
recordes, para dizê-lo suavemente. Somente as drogas poderiam causar esta
discrepância???”, escreveu nas redes sociais o presidente, sem dar qualquer
tipo de prova ou exemplo.
Trump também afirma que Biden, um político de longa
trajetória na ala moderada do Partido Democrata, é uma “marionete” da esquerda
radical.
Exclusive: The Times has obtained tax-return data for President Trump extending over more than two decades. It shows his finances under stress, beset by losses that he aggressively employs to avoid paying taxes and hundreds of millions in debt coming due. https://t.co/gstfYLEe5V
Cada família teria de ter recebido em média R$ 5.420 do
governo para se ter o valor que Bolsonaro afirmou ter concedido
Logo após o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ)
afirmar no discurso
que fez na abertura da Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (22), que
“concedeu auxílio emergencial em parcelas que somam aproximadamente
1.000 dólares para 65 milhões de pessoas”, o termo “mil dólares” virou meme e
passou a ser repetido nas redes.
O blog
do Rovai lembra em artigo desta terça-feira que “o valor de hoje do dólar
é de R$ 5,42. Ou seja, cada família teria de ter recebido em média R$ 5.420 do
governo para se ter o valor que Bolsonaro afirmou ter concedido. De maneira
marota, o presidente do Brasil não disse se esse valor era mensal ou total.
Mesmo sendo um valor total do auxílio, até o momento foram pagas 4 parcelas de
600 ou 1.200. Mesmo que todos os beneficiários tivessem recebido os R$ 1.200 (e
só aproximadamente 20% receberam isso) o valor total seria de R$ 4.800. A
verdade é que a média total dos pagamentos não chega sequer a 500 dólares”.
Além das piadas com o discurso de Bolsonaro, internautas
subiram também a hashtag #Mentiroso, com referência ao discurso.
Veja abaixo algumas reações aos mil dólares de Bolsonaro:
Esse lance dos mil dólares é real mesmo. Conheço gente que recebeu 89 mil reais.
Sério, que utilidade tem uma imprensa incapaz de denunciar que um presidente mentiu quando disse ter pago auxílio de mil dólares aos brasileiros na pandemia? A projeção de Bolsonaro é reflexo direto da mediocridade dessa mídia hegemônica incompetente e covarde do país. pic.twitter.com/H3qJMbMKkq
Bolsonaro não errou no discurso, somos um país cristão e conservador sim! Chega de cristofobia! Chega de índios colocando fogo na Amazônia e no pantanal! e pode chegar os mil dólares de auxílio na minha conta 😋 https://t.co/Dr5b3FizZz
MIL DÓLARES convertido em Real equivale a R$ 5.400,00. Bolsonaro acabou de dizer em seu discurso na ONU que o Brasil concedeu Auxílio Emergencial de U$ 1.000,00. Esse homem é um mal caráter, dissimulado, mentiroso.
Biroliro: o povo brasileiro quer saber quem ficou com o restante dos mil dólares do auxilio emergencial pq o povo só recebeu 600 e nem juntando todas as parcelas dá mil dólares!!! pic.twitter.com/WMb9lltkBF
Uma cientista de dados fez uma série de acusações contra o
Facebook, onde trabalhava, apontando que a empresa de Mark Zuckerberg ignorou
ou demorou a agir diante de evidências de que processos eleitorais em vários
países estavam sendo influenciados por perfis falsos.
Em um relatório que teve trechos divulgados pelo site
Buzzfeed News, Sophie Zhang cita vários exemplos de como contas falsas, robôs e
campanhas coordenadas foram utilizados na maior rede social do mundo para
interferir em resultados políticos.
“Nos três anos que passei no Facebook, descobri várias
tentativas flagrantes de governos estrangeiros de abusar de nossa plataforma em
grande escala para enganar seus próprios cidadãos”, afirma a ex-funcionária.
O Brasil está entre os mencionados no documento. Segundo
Zhang, ela e seus colegas removeram 10,5 milhões de reações falsas e perfis de
seguidores de políticos de destaque no Brasil e nos Estados Unidos nas eleições
de 2018.
Naquele ano, os americanos escolheram congressistas, e o
Brasil elegeu o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A cientista afirma que
as operações de influência e manipulação na rede envolveram “políticos
importantes de todas as convicções no Brasil”.
Embora o Facebook tenha criado uma “sala de guerra” com o
objetivo declarado de identificar essas operações nas eleições de 2018, Zhang
diz que nem todos os detalhes chegaram ao conhecimento público.
‘Mas é óbvio que eu apaguei o post na qual digo q fui curada
da COVID! Mas fiquem tranquilos, jornalistas de fofoca, se e qdo eu pegar
COVID, me tratarei NOVAMENTE de forma PRECOCE e com Cloroquina. E em
sobrevivendo (sei q muitos torcem contra), postarei novamente a mesma foto!’,
escreveu Zambelli.
O número de mortes por COVID-19 registrou um aumento de
892 óbitos nas últimas 24 horas. Com isso, o total de óbitos pelo novo
coronavírus no Brasil subiu para 114.250.
De acordo com o ministério, a taxa de letalidade
(número de mortes pelo total de casos) está em 3,2%, e a de mortalidade
(quantidade de óbitos por 100 mil habitantes) em 54,4. Já a incidência dos
casos de COVID-19 por 100 mil habitantes está em 1.704,7.
Os estados que registraram mais mortes são: São Paulo (28.392), Rio de Janeiro (15.267), Ceará (8.268),
Pernambuco (7.364) e Pará (6.047). Já Tocantis lidera entre as unidades da
federação com menos óbitos, com 573 mortes. Em seguida vem Roraima (579), Acre
(598), Amapá (630) e Mato Grosso do Sul (722).
São Paulo também lidera entre os estados com mais casos confirmados de COVID-19, com
749.244. Depois vem Bahia (234.204), Rio de Janeiro (210.464), Ceará (204.587)
e Pará (188.644). Já os estados com menor número de casos são: Acre (23.665),
Mato Grosso do Sul (41.888), Tocantins (42.839), Amapá (41.031) e Roraima
(41.527).
O número de mortes causadas pela covid-19 está sendo
questionados através de notícias falsas na internet. Posts circulam afirmando
que óbitos decorrentes de pneumonia e insuficiência respiratória estariam sendo
registrados como coronavírus. Outro, destaca que governadores baixaram decretos
solicitando que todas as mortes fossem atribuídas a covid-19. Uma pesquisa
publicada nos Estados Unidos colocou o Brasil como um dos seis países com mais
casos de fakenews.
A deputada, que está com Covid-19, se esqueceu de trocar o
perfil e mandou recado de solidariedade para ela mesma
A deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP) se esqueceu
de sair de sua conta e mandou recado solidário para ela mesma, nesta
sexta-feira (21), pelo Twitter.
Zambelli, que está com a Covid-19, escreveu para Zambelli:
‘Força e muita força! Você é nossa representante’.
Steave Bannon, Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters
| PR)
Ideólogo da extrema-direita, Steve Bannon foi preso sob a
acusação de fraudes eleitorais. Bannon se tornou um dos personagens de maior
influência sobre o governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro no Brasil
247 - Steve Bannon, o principal guru da extrema-direita no
mundo e também do clã Bolsonaro, foi preso na manhã desta sexta-feira, após uma
investigação sobre fraudes em arrecadação de recursos eleitorais, segundo
anunciou o Departamento de Justiça.
A campanha, "Nós Construímos o Muro", teria
arrecadado mais de US$ 25 milhões ao todo e depois desviado recursos.
"Como alegado, os réus fraudaram centenas de milhares de doadores",
disse a procuradora dos Estados Unidos Audrey Strauss.
Bannon se tornou um dos personagens de maior influência
sobre o governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro no Brasil.
A Verdade na Rede é uma iniciativa de combate à
desinformação voltada para a denúncia, monitoramento e desconstrução de mentiras, ou fake news, que envolvem o Partido dos Trabalhadores e o
ex-presidente Lula.
O que andam falando por aí sobre determinado assunto? Em que
estados uma mentira pode estar circulando com mais força? Desde quando? E com
que intensidade? O Google Trends, site gratuito, apresenta as últimas
tendências de pesquisa no Google e pode ajudar você a caçar fake news.
Recebeu alguma foto suspeita, que parece ter sido tirada de
contexto ou manipulada? O Google tem um recurso que pode ajudar você a
desmentir fake news. O Google Images permite que você faça uma espécie de
pesquisa reversa: em vez de digitar algo para encontrar imagens, você pode
jogar uma imagem e encontrar páginas em que ela ou imagens semelhantes
apareçam.
Siga a gente nas redes (@verdadenarede) e acompanhe a
Verdade na Rede para mais dicas sobre como checar informações!Verdade Na Rede
↪ Iniciada por @dilmabr , ponte entre Acre e Rondônia estava 85% pronta quando Bolsonaro assumiu. Flávio e Carlos Bolsonaro compartilharam desinformação. https://t.co/PLkCCskCAM
↪ Na realidade, no primeiro ano de Bolsonaro na presidência, o orçamento da Saúde perdeu R$ 20 bilhões, graças a Emenda do Teto de Gastos (EC 95) aprovada por Temer – com voto de Bolsonaro – e mantida por ele. https://t.co/EFnnwiC3Dp
Ajustes do sistema de anúncios online permitem irrigar sites
bolsonaristas sem despertar a atenção dos órgãos de controle.
O GOVERNO Jair Bolsonaro entregou mais de R$ 11
milhões ao Google, entre maio de 2019 e julho de 2020, para que o gigante da
internet distribua anúncios do governo de extrema direita pela internet. Parte
considerável desse dinheiro – até
68%, segundo o próprio Google – vai parar no bolso dos editores dos
sites que os veiculam pelo sistema AdSense.
Mesmo antes de chegar a essa conclusão, a comissão
já havia convidado, em 2019, executivos do Google a prestar
esclarecimentos – o que ainda não ocorreu, porque os trabalhos estão parados
por causa da pandemia de coronavírus.
Agora, fica claro que o bolsonarismo foi ainda mais
generoso. Numa conta simplista, o Planalto colocou R$ 7,5 milhões (já excluída
do montante a fatia abocanhada pelo próprio Google) à disposição de todo tipo
de site, inclusive propagadores de mentiras como o Jornal da Cidade Online e o
Conexão Política, primeiros alvos do movimento Sleeping Giants Brasil.
Os dados foram compilados pelo Intercept a
partir de um pacote de contratos, termos aditivos e relatórios de despesas com
publicidade oficial enviado pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, em
resposta a requerimento feito pelo deputado federal David Miranda, do Psol
fluminense.
Com os mais de R$ 11 milhões que recebeu, o Google só fica
atrás de dois outros veículos de comunicação, a Record e o SBT, aliados de
primeira hora do bolsonarismo, e de uma empresa que fornece mídia out
of home, jargão do mercado publicitário para todo tipo de anúncio em
ambiente externo, de painéis eletrônicos em grandes avenidas a anúncios em
pontos de ônibus.
A rede de televisão da Igreja Universal do Reino de Deus
embolsou mais de R$ 17,3 milhões para propagandear o governo Bolsonaro. O canal
de Sílvio Santos, segundo colocado, outros R$ 15,4 milhões. Em seguida, está
uma fornecedora de mídia outdoor a quem o bolsonarismo entregou quase R$ 11,2
milhões, R$ 70 mil a mais do que recebeu o Google.
Fabio Wajngarten, responsável pela comunicação do governo
Bolsonaro: ele prometeu ajudar sites de fakes news a manterem anúncios e está
na mira do Ministério Público Federal. Foto: Anderson Riedel/PR
Driblando a lei
Em maio, o Sleeping Giants Brasil alertou que o Banco do
Brasil era um dos anunciantes que usava o Google AdSense para patrocinar sites
de fake news. “É realmente triste assistir o aparelho governamental interferir
e fazer uso do dinheiro do povo para empregá-lo em discursos odiosos e na
disseminação de notícia falsas”, disse à revista Veja o criador do movimento, que prefere
permanecer anônimo por temer represálias.
O relatório de despesas de publicidade oficial permite ver
quanto dinheiro o bolsonarismo colocou à disposição dos sites de fake news. Os
R$ 11 milhões pagos ao Google representam 6,5% do total gasto no período
coberto pelo relatório – R$ 168,5 milhões, pulverizados entre mais de
1.600 fornecedores de todo tipo, de grandes emissoras de televisão e redes
sociais a jornais e emissoras de rádio dos rincões do país.
Mas o Google alega sigilo comercial para não revelar os
destinatários finais do dinheiro. Num leilão, a empresa distribui os anúncios
com base no público que acessa os sites. A remuneração é por cliques: se o
usuário clicar no anúncio, o Google e o site dividem a grana. A audiência é uma
das variáveis que torna sites mais lucrativos, assim como a afinidade do
público com os anúncios.
O Google não revela quais são os anunciantes de sites
específicos. Mas nós já mostramos que, desde 2016, a extrema direita criou uma
rede de sites lucrativa para receber esse dinheiro, e recebeu inclusive treinamento do próprio Google para
bombar a audiência e lucrar mais com anúncios.
É uma corrida, portanto: quem atrair mais gente ganha mais
dinheiro. E, para atrair a audiência da extrema direita, vale mentir e inventar
– e falar bem de Bolsonaro, claro. Afinal, é bastante provável que um fã do
presidente que chegou a um site de fake news atrás de matérias que confirmem
sua fé no presidente clique num anúncio que fala bem de seu governo. É uma
relação em que todos saem ganhando – a não ser os fatos e a democracia.
Concentrando parte considerável de sua verba publicitária
nesse sistema, o governo escapa das críticas (e possíveis processos por
improbidade) de que seria alvo se escolhesse entregar diretamente dinheiro
público a sites que defendem o presidente, a cura da covid-19 pela cloroquina
(descartada pela ciência), culpam adversários de Bolsonaro pelas mortes
causadas pelo coronavírus ou simplesmente negam que ele seja a causa.
Em português claro, Bolsonaro encontrou no sistema de
anúncios do Google uma maneira de entregar dinheiro público a seu exército de
difusores de mentiras e teorias da conspiração sem ser alvo dos órgãos que
controlam os gastos do governo. Já admitiu isso publicamente e passou recibo quando sua tropa de choque esperneou em reação ao surgimento do
Sleeping Giants Brasil.
O movimento, que conseguiu retirar os anúncios do Google de
dois dos principais sites de fake news, foi alvo de ataques do secretário-executivo do Ministério
das Comunicações, Fabio Wajngarten, e dos filhos 02 e 03 do presidente, Carlos
e Eduardo Bolsonaro.
Wajngarten falou, inclusive, que iria “contornar a
situação”. Em seguida, o Banco do Brasil, um dos grandes anunciantes do
governo, retomou a veiculação de propaganda via Google AdSense em um dos sites
de fake news – até ser proibido de fazê-lo por decisão do Tribunal de Contas da União.
Para se defender, o governo tenta jogar a culpa no Google.
“Não há, nem é possível, qualquer direcionamento para sites ou blogs impróprios
porque a Secom não compra, não investe. Não existe nem blacklist nem
whitelist”, tentou se esquivar o secretário de Publicidade de Bolsonaro, Glen
Valente, numa entrevista à imprensa concedida em junho.
Só que não é assim. O sistema de anúncios do Google permite
que o cliente (no caso, o próprio governo, representado pelas agências de
publicidade que contrata) direcione seus anúncios a partir de um cardápio de
180 filtros disponíveis diretamente no sistema. Por eles, o anunciante pode
escolher o perfil do público (incluir ou não crianças, aparecer ou não em sites
que veiculam conteúdos violentos), segundo uma fonte que conhece profundamente
o sistema e que conversou com o Intercept sob sigilo.
Além dessas opções, ainda há inúmeras possibilidades de
ajustes finos, a partir do que se chama, no jargão do mercado, de listas de
positivação e de exclusão – em que se pode incluir de endereços de sites a
palavras-chave. Por exemplo: é possível pedir ao sistema para não exibir os
anúncios em sites em que apareça a expressão “direito ao aborto” e privilegiar
os que falam em “proteção à família tradicional” e “defesa da vida”. “Isso
sinaliza ao algoritmo que estou disposto a pagar mais para veicular meu anúncio
nesse tipo de site”, disse a fonte.
Em português claro, quem sabe usar esses ajustes pode
multiplicar as chances de um anúncio do governo Bolsonaro ser exibido num site
de fake news e eliminar as de que ele vá parar no de um jornal que critica o
presidente de extrema direita. Tudo isso, claro, deixa rastros, ou logs, nome
de registros de históricos de alterações feitas em sistemas de tecnologia da
informação. O próprio Google confirma a existência dessas opções.
“Nossas plataformas oferecem aos anunciantes e agências
controles robustos que permitem o bloqueio de categorias, palavras-chave e
sites específicos, além de gerarem relatórios em tempo real sobre onde os
anúncios foram exibidos. Isso é importante, pois entendemos que os anunciantes
podem não desejar seus anúncios atrelados a determinados conteúdos, mesmo
quando estes não violam nossas políticas”, disse, em nota enviada como resposta
a perguntas sobre os destinatários finais da verba de publicidade e o controle
exercido pelos anunciantes.
Esses logs podem ser pedidos ao comprador dos anúncios
– o governo – pela CPMI e pelos órgãos de controle – o Tribunal
de Contas da União ou o Ministério Público Federal, por exemplo.
O MPF já está na história. Em maio, foi aberto inquérito para investigar Fabio Wajngarten pela
suspeita de direcionar verba do governo a sites de fake news que apoiam o
governo Bolsonaro. Os procuradores veem “impacto na liberdade de expressão e de
imprensa de uma forma geral, pela potencialidade de inibição de reportagens
investigativas e críticas sobre a atual administração, o que significa censura,
ainda que por outros métodos”.
Correção: 14 de agosto, 11h20
Uma versão anterior desse texto afirmava que executivos
do Google haviam sido convidados a prestar esclarecimentos para a CPMI das fake
news após a descoberta de que R$ 2 milhões de propaganda oficial foram parar em
sites de “conteúdo inadequado”. Na verdade, o convite já havia sido feito antes
disso. O texto foi corrigido.