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sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Vereadores se dizem enganados, retiram apoio e CPI que mira padre Júlio pode não sair do papel


Parlamentares se dizem surpresos com foco da investigação e abandonam proposta; autor do pedido, Rubinho Nunes (União) não se manifestou


Padre Júlio Lancellotti é conhecido nacionalmente pelo trabalho que realiza com a população em situação de rua na capital paulista
Foto: Reprodução/ Instagram: padrejulio.lancellotti / Estadão

O pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretendia investigar o padre Júlio Lancelotti na Câmara Municipal de São Paulo sofreu um revés nesta quinta-feira, 4, com a divulgação do nome dos vereadores que assinaram o documento. Ao menos quatro já anunciaram a intenção de retirar o apoio ao requerimento do vereador Rubinho Nunes (UniãoBrasil), o que coloca em dúvida a viabilidade da proposta.

A CPI precisa ser pautada pelos líderes e aprovada pela maioria em plenário para sair do papel. O autor do pedido não atendeu a reportagem para comentar o caso.

Os parlamentares se dizem enganados e surpresos com o direcionamento da CPI que mira em organizações não governamentais (ONGs) que recebem financiamento público para atuar na Cracolândia. "Assinei uma CPI que em momento algum falava em investigar os trabalhos sérios do padre Júlio Lancelotti. Fui surpreendido ontem com essa enxurrada de notícias. Desvirtuou o objeto. Retiro minha assinatura e sinalizo que se a proposta for ao plenário eu votarei contra", afirmou o vereador Sidney Cruz (Solidariedade).

O vereador Xexéu Tripoli (PSDB) disse ser "absolutamente revoltante" a abertura de investigação contra o padre. "Não defendo a perseguição política a líderes religiosos. Ainda mais nesses tempos de ódio e rancor nas redes sociais. A investigação de casos suspeitos de mau uso de recursos públicos não pode servir de pretexto para perseguição política", alegou em nota.

Outro a fazer elogios ao padre depois de sinalizar apoio à CPI foi o vereador Thammy Miranda (PL). "A comissão que assinei tem como intuito proteger os moradores do centro que enfrentam desafios relacionados à saúde e segurança pública na região da Cracolândia. Em nenhum momento o nome do padre Júlio Lancellotti foi mencionado, direta ou indiretamente, nesse apoio à CPI. Se o intuito desse projeto é atacá-lo, não tem meu apoio."

Além deles, a vereadora Sandra Tadeu (União Brasil), esta do mesmo partido de Rubinho Nunes, também está no time dos arrependidos. Ela disse não ser a favor de uma CPI "personalizada" com o nome do padre Júlio Lancelotti. "Sou a favor de uma CPI ampla que ouça as ONGs e o poder público municipal, estadual e federal, para que possamos entender onde estamos falhando", declarou ela.

Os políticos acionaram a equipe jurídica para tornar sem efeito as assinaturas, mas a situação pode gerar questionamentos na medida que o pedido já foi protocolado. De qualquer modo, a debandada sinaliza perda de apoio para uma eventual votação em plenário, condição necessária para a aprovação da CPI na Câmara Municipal de São Paulo.

 

Requerimento não cita o nome do padre


O requerimento do vereador Rubinho Nunes (União Brasil), de fato, não cita diretamente o nome do padre Júlio Lancelotti, nem das ONGs que seriam objeto de investigação. Em entrevistas, no entanto, o político acusou organizações como a Craco Resiste e o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecido como Bompar, de executarem uma política de redução de danos com dinheiro público que "explora os dependentes químicos do centro da capital". Ele também declarou que o padre seria um dos principais alvos.

O sacerdote disse não ter relação hoje com as entidades, e sim com a Paróquia São Miguel Arcanjo, e recebeu o apoio da Arquidiocese de São Paulo. Partidos de esquerda, como o PT e PSOL, apontam que ele sofre perseguição política. As duas entidades citadas atuam junto à população em situação de rua e dependentes químicos no centro de São Paulo, assim como o padre, que já foi conselheiro do Bompar. Nas redes sociais, a Craco Resiste chamou a ação de "ataque desonesto" contra o seu trabalho. O Bompar não se manifestou até o momento.

 

Abertura da CPI depende de líderes e aprovação em plenário


O pedido de abertura da CPI não é suficiente para garantir a sua instalação na Câmara Municipal de São Paulo. Mesmo obtendo as assinaturas necessárias para protocolar o requerimento, a proposta de CPI das ONGs precisa ser incluída na ordem do dia e passar por duas votações distintas antes de ser aprovada. A oposição promete atuar contra e tenta sensibilizar o presidente da Casa a não pautar o pedido.

Segundo a assessoria de comunicação da Câmara, o requerimento de abertura da CPI exige 19 assinaturas, o equivalente a um terço dos parlamentares, que somam 55 na capital. Essa etapa já foi cumprida no dia 6 de dezembro, conforme consta nos registros eletrônicos da Câmara. O documento recebeu 22 assinaturas; o Estadão identificou 19 parlamentares, de nove partidos diferentes, incluindo o líder do governo Ricardo Nunes, Fábio Riva (PSDB). Procurado, ele não esclareceu se o apoio representa uma opção individual ou uma posição de governo.

Já a instalação da CPI das ONGs dependerá de duas votações em plenário — a primeira para autorizar a abertura de uma nova CPI na legislatura e a segunda para decidir efetivamente pela criação da CPI das ONGs. Nas duas votações, é necessário maioria absoluta, ou seja, 28 votos, para a aprovação. O fato de o procedimento passar pelo plenário sugere que a ação depende ainda de articulação no Colégio de Líderes, responsável por definir a pauta das sessões. Outras 44 CPIs propostas nesta legislatura aguardam a vez.

Antes da debandada de assinaturas, o vereador Rubinho Nunes antecipou um suposto acordo entre as lideranças para dar prioridade ao seu pedido e disse que o pedido contava com cerca de 30 apoios para instalar a CPI das ONGs na volta do recesso, em fevereiro. Esse acordo não está confirmado. O presidente da Câmara, Milton Leite (União Brasil), limitou-se a dizer por meio de nota que o tema ainda será tratado pelas lideranças. Membros da oposição, por outro lado, negam qualquer discussão ou acerto prévio nesse sentido e prometem obstruir o requerimento.

"Se de fato forem tocar isso para frente, nós vamos obstruir em todos os sentidos. Não achamos justo. Estão querendo fazer uma CPI das ONGs com o único objetivo de prejudicar o padre Júlio Lancelotti, que presta um serviço de grande qualidade há mais de 30, 40 anos e que tem conduta ilibada. Querem manchar a imagem do padre mais uma vez", disse o líder do PT, Senival Moura.

A exigência de voto em plenário ocorre quando mais de duas CPIs estão em andamento ao mesmo tempo. O regimento interno da Câmara Municipal de São Paulo permite o funcionamento simultâneo de até cinco investigações, desde que haja consenso entre a maioria dos parlamentares a partir da terceira. Atualmente, três estão em andamento na capital paulista: a CPI da Enel, que investiga o apagão de energia elétrica, a CPI do Furto de Fios e Cabos, que tenta mapear o furto e o comércio ilegal de cobre, e a CPI da Violência e do Assédio Sexual contra Mulheres.

 

Confira a lista de nomes que assinaram o requerimento para criação da CPI das ONGs


  • Adilson Amadeu (União Brasil)
  • Beto do Social (PSDB)
  • Fábio Riva (PSDB)
  • Fernando Holiday (PL)
  • Gilson Barreto (PSDB)
  • Isac Félix (PL)
  • João Jorge (PSDB)
  • Jorge Wilson Filho (Republicanos)
  • Major Palumbo (Progressistas)
  • Milton Ferreira (Podemos)
  • Nunes Peixeiro (MDB)
  • Rodrigo Goulart (PSD)
  • Rubinho Nunes (União Brasil), autor da proposta
  • Rute Costa (PSDB)
  • Sansão Pereira (Republicanos)
  • Vereadores que anunciaram a retirada do apoio
  • Sandra Tadeu (União Brasil)
  • Sidney Cruz (Solidariedade)
  • Thammy Miranda (PL)
  • Xexéu Tripoli (PSDB)



Fonte: Terra

Porque vou apagar as postagens sobre o Thamy, que assinou o apoio a CPI que ataca o padre Júlio na questão da Cracolândia

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quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Bolsonaro mente e distorce dados em discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU


Em Nova Iorque, presidente brasileiro falou por 13 minutos sobre temas como meio ambiente, indígenas e pandemia



O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) distorceu dados e mentiu durante discurso na 76ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, nesta terça-feira (21).

Após chamar atenção ao circular por Nova Iorque sem estar vacinado, o chefe de Estado brasileiro declarou oficialmente na abertura do evento que "os recursos para fiscalização, nos órgãos ambientais, foram dobrados. E os resultados já começam a aparecer.”

Em abril, o governo aprovou corte de 24% no orçamento do meio ambiente para 2021 em relação ao ano passado.

Leia também: Oito mentiras e uma verdade contadas por Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU

Bolsonaro também mentiu sobre dados de desmatamento na Amazônia em agosto. Ele falou em 32% de redução em relação ao mesmo mês de 2020. Segundo o Imazon, houve aumento de 7%, um recorde desde 2012.

“Nenhum país do mundo possui uma legislação ambiental tão completa quanto a nossa. Nossa agricultura é sustentável e de baixo carbono", afirmou o presidente brasileiro. Bolsonaro acrescentou que “indígenas desejam utilizar suas terras para agricultura e outras atividades.”

O discurso reforçou a polarização política interna, mentindo que as manifestações pró-governo do último dia 7 foram "as maiores da história do país."

“Estávamos à beira do socialismo. Apresento agora um novo Brasil, com credibilidade reconhecida em todo o mundo”, disse o presidente. Em seguida, mentiu mais uma vez, dizendo que não houve nenhum caso de corrupção em seu governo – apesar de todos os indícios levantados pela CPI da Covid.

Sobre a pandemia, ele disse que sempre defendeu "combater o vírus e o desemprego com a mesma responsabilidade."

Para o capitão reformado, “as medidas de lockdown deixaram um legado de inflação”, e as pessoas foram "obrigadas a ficar em casa" por prefeitos e governadores.

Bolsonaro foi obrigado a usar máscara nas dependências do prédio / John Minchillo / POOL / AFP

O discurso durou, ao todo, 13 minutos.

Jair Bolsonaro valorizou os números da vacinação no Brasil, embora nunca tenha feito um pronunciamento incentivando os cidadãos a se imunizarem. 

"Fiz tratamento inicial [contra a covid]. Nosso governo é contra a vacinação obrigatória", ressaltou.

“Meu governo recuperou a credibilidade, e hoje o Brasil se apresenta como um dos melhores destinos para investimentos”, disse ainda o capitão reformado, citando os programas de concessão e privatização no setor de infraestrutura.

Edição: Anelize Moreira

Fonte: Brasil de Fato


Brasil de Fato

7 mentiras de Jair Bolsonaro na ONU

A reportagem do Brasil de Fato selecionou as principais informações falsas do pronunciamento do presidente brasileiro na manhã desta terça (21) em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.

Assista ao VÍDEO



No Twitter


 

terça-feira, 14 de setembro de 2021

Frota: facada foi armada e tem Carlos Bolsonaro por trás de tudo


Deputado diz que, após assistir ao documentário "Bolsonaro e Adélio – uma fakeada no coração do Brasil", que desmonta a farsa sobre a "facada de Juiz de Fora", do jornalista Joaquim de Carvalho, não tem dúvidas de que Carlos Bolsonaro “está por trás de tudo”


Alexandre Frota, Bolsonaro levando facada e Carlos Bolsonaro (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados | Eduardo Barreto/CMRJ | Reprodução)

 
247 - O deputado Alexandre Frota declarou em suas redes sociais nesta terça-feira (14) que, após assistir ao documentário documentário "Bolsonaro e Adélio – uma fakeada no coração do Brasil", que desmonta a farsa sobre a "facada de Juiz de Fora", do jornalista Joaquim de Carvalho, não tem dúvidas de que Carlos Bolsonaro “está por trás de tudo” .

"Sim, isso foi armado e tem o Carlos Bolsonaro por trás de tudo . Assistam ao documentário. Minha parte foi feita, mas não vou ficar ligando para deputado (a) pedindo assinatura. O caminho está aberto se quiserem caminhar vamos juntos”, disse Frota. 



 Frota se refere ao pedido de abertura de CPI que ele protocolou nesta segunda-feira, para investigar a ligação do clã com a facada. 

Carlos Bolsonaro, que é um dos investigados no inquérito sobre fake news conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, reagiu ao documentário. 

“Teremos inquéritos ou algo na linha que qualquer um tem visto?”, questionou em seu twitter, insinuando que o documentário do repórter investigativo Joaquim de Carvalho contenha fake news.


TV 247

Bolsonaro e Adélio - Uma fakeada no coração do Brasil

O episódio em Juiz de Fora que decidiu a eleição em 2018 ainda tem muitas lacunas, mentiras e uma versão oficial que só interessa a Bolsonaro, não ao país. Carlos Bolsonaro precisa ser investigado. É o que o repórter investigativo Joaquim de Carvalho conta neste documentário.

Assista ao VÍDEO


Veja mais detalhes no Twitter


 

 

 

quarta-feira, 30 de junho de 2021

Nova denúncia: governo Bolsonaro teria pedido propina para compra de AstraZenca


"Dariam 200 milhões de doses de propina que eles queriam, com R$ 1 bilhão", afirmou representante de vendas à Folha


Mais letal que o vírus, Bolsonaro contribuiu ativamente para a disseminação da Covid-19 - Sergio LIMA© / AFP

Uma nova denúncia de desvio de verbas para a compra da vacinas atinge o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na noite desta terça-feira (29), desta vez envolvendo a aquisição do imunizante da AstraZeneca.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresentou como representante da Davati Medial Supply afirmou ter recebido pedido de propina de US$ 1 por dose de cada vacina vendida em troca de fechar o contrato com o ministério, quando a empresa tentava negociar a venda de 400 milhões de doses da vacina.

"Dariam 200 milhões de doses de propina que eles queriam, com R$ 1 bilhão", afirmou Pereira ao jornal.

A cobrança da propina teria sido feita por Roberto Ferreira Dias, diretor de logística da pasta indicado ao cargo por Ricardo Barros (PP-RR), líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados.

"Pensa direitinho, se você quiser vender vacina no ministério tem que ser dessa forma", teria dito ele, segundo 


Caso Covaxin

O deputado federal Luis Claudio Fernandes Miranda (DEM-DF) e o irmão Luis Ricardo Fernandes Miranda, chefe da divisão de importação do ministério da Saúde, trouxeram um ingrediente explosivo para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que investiga os responsáveis pelos números exorbitantes de casos e óbitos durante a pandemia no país. 

Em depoimento aos senadores, os irmãos apontam para um suposto esquema de fraude na negociação para a compra de 20 milhões de doses do imunizante Covaxin, envolvendo o Ministério da Saúde e a empresa brasileira Precisa Medicamentos, que seria a responsável pela venda da vacina no Brasil, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech. 

Edição: Leandro Melito

Fonte: Brasil de Fato


CNN Brasil

A farmacêutica brasileira Precisa Medicamentos, que intermediava as negociações da vacina indiana Covaxin com o governo federal, previa faturar até US$ 200 milhões - ou R$ 1 bilhão no câmbio atual - revendendo o imunizante para clínicas privadas.

Documentos enviados à CPI da Pandemia, aos quais a CNN teve acesso, revelam as condições pelas quais a empresa intermediaria a venda de cinco milhões de doses para essas clínicas.

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No Twitter


 

 

sábado, 26 de junho de 2021

Com medo, Carla Zambelli apagou todos os seus tweets sobre a Covaxin


Apoiadora convicta de Jair Bolsonaro (sem partido), a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) decidiu apagar cinco tweets em que mencionava a vacina Covaxin, cujo processo de importação é investigado pela CPI da Covid por suspeitas de irregularidades e superfaturamento.


 

Quem trouxe à tona a informação foi o projeto 7c0, que monitora mensagens apagadas de políticos com cargos públicos. Em uma publicação do dia 3 de março, Zambelli anunciava que o governo Bolsonaro havia comprado “20 milhões de doses da Covaxin”.

Bolsonaro arranca máscara de criança à força durante evento no RN

“URGENTE: Vacina indiana Covaxin tem 81% de eficácia, afirma a fabricante @BharatBiotech. O Governo Bolsonaro comprou 20 milhões de doses da Covaxin, além de ter garantido 42 milhões via consórcio…”, dizia o tweet.



 Em outra postagem, a deputada bolsonarista destacava a autorização da Anvisa dada para importação excepcional da Covaxin, além da russa Sputnik V. Ou seja, Carla Zambelli tinha informações de todos os trâmites que envolveram a compra da vacina indiana.

Em depoimento à CPI da Covid na sexta-feira, o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, afirmaram que denunciaram pessoalmente a Bolsonaro suspeitas de irregularidades na compra da Covaxin.

Caso isso seja confirmado, Bolsonaro pode ter cometido crime de prevaricação. Saiba o que é.


Cena ridícula

Na última segunda-feira, 21, Bolsonaro esteve em Guaratinguetá, São Paulo, e uma cena fez com que Carla Zambelli passasse a maior vergonha na web.

Ao ver Bolsonaro retirar a máscara e mandar uma repórter “calar a boca”, a deputada seguiu o presidente e também retirou o equipamento de proteção contra a covid-19, em claro sinal de subserviência a ele. Zambelli virou meme nas redes sociais. Assista aqui.

Veja também: Bolsonaro ataca repórter da CNN e grita: ‘Para de fazer pergunta idiota’


Fonte: Catraca Livre 


terça-feira, 15 de junho de 2021

Randolfe entra na live do empresário Carlos Wizard para lembrá-lo da convocação à CPI


Apontado como integrante do "gabinete paralelo" que abastecia Bolsonaro com orientações negacionistas, empresário não respondeu à notificação de convocação e pode ser alvo de condução coercitiva


Reprodução/Twitter

O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura as omissões do governo Bolsonaro no combate à pandemia, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), diante do silêncio do bolsonarista Carlos Wizard, resolveu entrar em uma live do empresário para lembrá-lo da convocação para prestar depoimento ao colegiado.

“Olá, Sr. Carlos Wizard. Vim lembrar vc do seu compromisso na próxima quinta (17), na CPI da Covid. P/ facilitar: a CPI está sendo realizada no Senado, no Anexo II, ala Sen. Alexandre Costa, Plenário 3”, escreveu Randolfe no espaço de comentários da transmissão ao vivo que contou com a participação de Wizard, na noite desta segunda-feira (14).

Apontado como um dos integrantes do chamado “gabinete paralelo” que abasteceu Jair Bolsonaro com orientações anticientíficas, Wizard, além de ter sido convocado pela CPI, teve seus sigilos quebrados a pedido da comissão. O empresário, que teria fugido para os Estados Unidos com o objetivo não prestar depoimento, no entanto, não respondeu às notificações.

Por conta de seu silêncio e provável negativa em comparecer, a CPI pediu sua condução coercitiva, que pode ou não ser aprovada pela Justiça Federal da 3ª Região.



Fonte: Revista Fórum 

 

Jornal da Gazeta

O Presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, do PSD, afirmou que caso o empresário Carlos Wizard não compareça à comissão, será feita uma condução coercitiva. O Senador disse que o bilionário não respondeu a tentativas de contato e, segundo informações que obteve, ele não está no Brasil.

A reportagem é do nosso correspondente em Brasília, Afonso Marangoni.

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Lewandowski mantém quebra de sigilo de anestesista do 'gabinete paralelo'


O ministro destacou a importância das investigações tocadas pela CPI da Covid e lamentou as mais de 487 mil mortes em decorrência da doença no Brasil.


(foto: EVARISTO SA)

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve nesta segunda-feira, 14, a quebra dos sigilos telefônico e telemático do anestesista Luciano Azevedo decretada pela CPI da Covid. O médico é apontado como integrante de um suposto gabinete paralelo ao Ministério da Saúde que teria aconselhado o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a gestão da pandemia.

Ao analisar o mandado de segurança apresentado pela defesa do médico para tentar vetar a medida, o ministro concluiu que a ordem foi devidamente justificada pela comissão parlamentar.


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"As medidas determinadas pela CPI da Covid-19 quanto ao impetrante guardam pertinência com o escopo da investigação, e não se mostram, a princípio, abusivas ou ilegais, motivo pelo qual não vislumbro, ao menos neste juízo preliminar, a existência de argumentação relevante que possa ensejar a suspensão cautelar do ato combatido", escreveu.

Em sua decisão, Lewandowski lembrou que as comissões parlamentares têm 'poderes de investigação próprios das autoridades judiciais' e podem determinar diligências que julgarem necessárias no curso de suas apurações.

"Como as comissões parlamentares de inquérito empreendem investigações de natureza política, esta Suprema Corte entende que não que elas não precisam fundamentar exaustivamente as diligências que determinam no curso de seus trabalhos", explicou.

Em outro trecho do despacho, o ministro destacou a importância das investigações tocadas pela CPI da Covid e lamentou as mais de 487 mil mortes em decorrência da doença no Brasil.

"Mostram-se legítimas as medidas de investigação tomadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito em curso, que tem por fim justamente apurar eventuais falhas e responsabilidades de autoridades públicas ou, até mesmo, de particulares, por ações ou omissões no enfrentamento dessa preocupante crise sanitária, aparentemente ainda longe de terminar", afirmou.

Por se tratar de um médico, Lewandowski fez uma observação: determinou que os dados obtidos pela quebra de sigilo, sobretudo aqueles atinjam pacientes, devem ser preservados sob 'rigoroso sigilo'.

Defensor do tratamento precoce contra a covid-19, Azevedo foi citado pela médica Nise Yamaguchi como responsável pela elaboração de uma minuta de decreto para ampliar o uso da hidroxicloroquina nos casos de contaminação pelo novo coronavírus. O requerimento para quebrar os sigilos do anestesista foi apresentado pelo senador Alessandro Vieira.

No final de semana, Lewandowski e o colega Alexandre de Moraes negaram recursos semelhantes, apresentados pelas defesas do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo e da secretária de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como 'capitã cloroquina', para derrubar suas quebras de sigilos pela comissão parlamentar.

Em posição divergente, o ministro Luís Roberto Barroso suspendeu a quebra dos sigilos telefônico e de mensagem de dois ex-servidores do Ministério da Saúde, por considerar que o afastamento dos sigilos não foi justificado pela CPI.

Fonte: Estado de Minas


Rede TVT

Arthur Weintraub detalha funcionamento do "gabinete paralelo" em live - 3 de jun. de 2021

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quinta-feira, 3 de junho de 2021

Brasil fez imenso panelaço contra Bolsonaro durante pronunciamento; veja repercussão


Presidente convocou cadeia nacional de rádio e televisão em meio à pressão da CPI da Covid e das manifestações contra seu governo que tomaram o país


Reprodução/Instagram

Durante seu pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, na noite desta quarta-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro foi alvo, mais uma vez, de fortes “panelaços” realizados em todo o país, assim como aconteceu em todos os seus outros pronunciamentos.

Esse tipo de protesto nas janelas ganhou força principalmente em março do ano passado, quando o presidente foi à público para minimizar a pandemia do coronavírus que, apesar de recente à época, já colocava o país todo em alerta. A partir dali, os panelaços passaram a ser feitos semanalmente até meados de abril.

Desta vez, os panelaços acontecem em meio ao que pode ser o início de um levante popular contra Bolsonaro iniciado nas manifestações massivas que ocorreram em todo o país no último sábado (29) e também em meio à pressão da CPI do Genocídio, que apura as omissões do governo no combate à pandemia.

Em seu discurso nesta noite, Bolsonaro tentou mudar o tom e afirmou que “lamenta” as mortes por Covid, algo que não está habituado a fazer.

Confira alguns registros dos panelaços divulgados nas redes sociais.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Revista Fórum


CNN Brasil

Capitais registram panelaço durante pronunciamento de Bolsonaro | EXPRESSO CNN

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sábado, 29 de maio de 2021

Manifestantes bloqueiam Avenida Paulista em ato contra Bolsonaro


Concentração teve início por volta das 16h, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). Pessoas tomavam ao menos sete quarteirões



O estado de São Paulo recebeu, neste sábado (25/5), milhares de manifestantes contrários ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Na capital, a concentração começou por volta das 16h, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista.

O ato foi organizado por movimentos políticos, sindicais e estudantis. Com cartazes e placas, manifestantes pediam o impeachment de Jair Bolsonaro. Outras solicitações eram o avanço da vacinação contra Covid-19 e a defesa da educação.

O grupo também teceu críticas ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Com os dizeres “Pazuello, o Renan vai te pegar”, um dos cartazes fazia menção ao relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado Federal, Renan Calheiros (MDB-AL). A comissão busca apurar se houve omissão do governo federal durante a crise da Covid-19.

São Paulo

São Paulo não foi a única cidade do Brasil que recebeu protestos contra o governo neste sábado. BrasíliaRio de JaneiroBelo HorizonteGoiânia e Salvador foram algumas das capitais em que manifestantes marcaram presença nas ruas. Aproximadamente 100 cidades brasileiras e nove países ao redor do mundo têm atos previstos.

Nas imagens da manifestação em São Paulo, é possível ver um grande número de pessoas utilizando máscaras de proteção facial. No entanto, o distanciamento social não foi respeitado.

Fonte: Metrópoles


Poder360

Manifestações contra o governo Bolsonaro neste sábado (29.mai.2021) foram registradas em São Paulo. A principal avenida da capital paulista foi bloqueada devido ao volume de pessoas presentes.

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sexta-feira, 28 de maio de 2021

Apoio a impeachment de Bolsonaro sobe e vai a 57%

 

Subiu para 57% a proporção dos que são a favor do impeachment do presidente Jair Bolsonaro, de acordo com pesquisa PoderData realizada nesta semana (24-26.mai.2021). A taxa aumentou 11 pontos percentuais em relação a 3 meses antes.


Pesquisa PoderData mostra que 57% dos entrevistados são a favor do impeachment de Bolsonaro

A proporção dos que acham que Bolsonaro deve continuar no cargo caiu 10 pontos percentuais no mesmo período. Passou de 47% para 37%.

O número acompanhou de perto a mudança na avaliação do governo. No início de fevereiro, a reprovação da gestão de Bolsonaro estava em 48%. Hoje, 59% dos brasileiros dizem desaprová-la.

Esse é o 1º levantamento sobre a avaliação do impeachment de Bolsonaro feito depois da instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado, que apura ações e omissões dos governos federais e estaduais no combate à pandemia de covid-19.


Até esta 5ª feira (27.mai), foram protocolados 120 pedidos de impeachment de contra Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Os 2 últimos foram feitos por Alexandre Frota (PSDB-SP) e pelo líder indígena Ailton Krenak, no dia 24.  Eis a íntegra (148 KB).

Esta pesquisa foi realizada no período de 24 a 26 de maio de 2021 pelo PoderData, a divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

Foram 2.500 entrevistas em 462 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.


HIGHLIGHTS DEMOGRÁFICOS

PoderData traz os recortes da pesquisa por sexo, idade, região, escolaridade e renda. Eis os principais estratos.

Quem mais apoia o impeachment:

  • mulheres (61%);
  • pessoas de 16 a 24 anos (62%);
  • moradores da região Nordeste (64%);
  • quem recebe de 5 a 10 salários mínimos (68%).

Quem mais defende a continuidade de Bolsonaro no cargo:

  • homens (43%);
  • pessoas de 45 a 59 anos (45%);
  • moradores da região Norte (59%);
  • quem recebe de 2 a 5 salários mínimos (44%).



ACOMPANHA REPROVAÇÃO

Entre os que avaliam o trabalho de Bolsonaro como  “ruim” ou “péssimo”, 91% querem a sua saída do cargo. Acompanha reprovação ao governo, que voltou a subir e igualou o recorde de 59%, uma alta de 5 pontos percentuais em relação a duas semanas antes.




PODERDATA

Leia mais sobre a pesquisa PoderData:

O conteúdo do PoderData pode ser lido nas redes sociais, onde são compartilhados os infográficos e as notícias. Siga os perfis da divisão de pesquisas do Poder360 no Twitter, no Facebook, no Instagram e no LinkedIn.


PESQUISA MAIS FREQUENTE

PoderData é a única empresa de pesquisas no Brasil que vai a campo a cada 15 dias desde abril de 2020. Tem coletado um minucioso acervo de dados sobre como o brasileiro está reagindo à pandemia de coronavírus.

Num ambiente em que a política vive em tempo real por causa da força da internet e das redes sociais, a conjuntura muda com muita velocidade. No passado, na era analógica, já era recomendado fazer pesquisas com frequência para analisar a aprovação ou desaprovação de algum governo. Agora, no século 21, passou a ser vital a repetição regular de estudos de opinião.


Fonte: Poder360


UOL

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que está analisando os mais de 100 pedidos de impeachment protocolados contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) - 26 de mai. de 2021

Assista ao VÍDEO



No Twitter : #ImpeachmentBolsonaroUrgente


 

terça-feira, 25 de maio de 2021

CPI da Covid: quem é Mayra Pinheiro, a 'Capítã Cloroquina', secretária do Ministério da Saúde que depõe nesta terça


Conhecida pela alcunha de "Capitã Cloroquina", a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, depõe nesta terça-feira (25/05) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.


Mayra Pinheiro usou informações falsas para promover o "tratamento precoce"

 Com o depoimento da pediatra cearense, os senadores pretendem entender melhor a atuação do governo de Jair Bolsonaro para promover o chamado "tratamento precoce" — um coquetel de medicamentos sem eficácia comprovada contra covid-19 que inclui substâncias como cloroquina, azitromicina e invermectina.

Os parlamentares querem questioná-la, principalmente, sobre sua atuação na liderança de uma comitiva do Ministério da Saúde ao Amazonas no início do ano, quando o Estado sofreu um colapso do sistema de saúde, com falta de leitos e de oxigênio para tratar o crescente número de pacientes com covid-19.

Pinheiro, porém, obteve um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal que permite que ela fique calada sobre esses acontecimentos. Isso porque a secretária é alvo de uma ação de improbidade administrativa que investiga a omissão de autoridades diante do colapso do sistema de saúde do Amazonas.



O habeas corpus foi concedido porque a Constituição garante o direito ao investigado de não produzir prova contra si mesmo.

O objetivo dessa ação de improbidade administrativa é verificar se autoridades "omitiram-se no cumprimento de seus deveres, ao retardar o início das ações do Ministério da Saúde no estado, ao não supervisionar o controle da demanda e do fornecimento de oxigênio medicinal nas unidades hospitalares do Amazonas, ao não prestar ao Estado a necessária cooperação técnica quanto ao controle de insumos, ao retardar a determinação da transferência de pacientes à espera de leitos para outros Estados, ao realizar pressão pela utilização 'tratamento precoce' de eficácia questionada no Amazonas e ao se omitir em apoiar o cumprimento das regras de isolamento social durante a pandemia".

No dia 10 de janeiro, quando a comitiva do Ministério da Saúde estava no Estado, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), anunciou que a situação era "dramática" e pediu de apoio ao governo federal para transporte de cilindros do gás de outras regiões do Brasil.

No dia seguinte, porém, Pinheiro lançava em Manaus, ao lado do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, a plataforma TrateCov e promovia como solução para redução das internações de pacientes com coronavírus o "tratamento precoce".

A secretária esteve na cidade antes, no dia 4 de janeiro, como representante do ministério para "alinhar ações de fortalecimento da pasta, para o enfrentamento da covid-19 no Amazonas", segundo registros da sua agenda oficial.

Apesar do iminente desabastecimento de oxigênio, a principal resposta liderada pela secretária à crise foi promover o uso de medicamentos sem eficácia.

Segundo Pazuello disse à CPI na semana passada, o TrateCov foi desenvolvido por sugestão de Pinheiro com o propósito de auxiliar médicos no diagnóstico e tratamento da covid-19. Na prática, o aplicativo recomendava o coquetel de medicamentos sem eficácia indiscriminadamente, até mesmo para bebês.

A plataforma acabou sendo retirada rapidamente do ar após críticas, e Pazuello hoje insiste que ela foi disponibilizada indevidamente por um hacker, apesar de o governo ter oficialmente divulgado o TrateCov.

Ministério da Saúde reagiu à falta de oxigênio em Manaus insistindo no uso da cloroquina

Na cerimônia em que anunciou o aplicativo em Manaus, Mayra Pinheiro exaltou a ferramenta como uma forma de realizar diagnósticos rápidos no lugar do uso de testes RT-PCR.

"Nós não podemos perder tempo diante do quadro epidemiológico que hoje toma conta do Estado do Amazonas e de diversos Estados brasileiros. Nós estamos apresentando para a sociedade um aplicativo que permite, como eu disse, com forte valor preditivo, dizer se o doente, diante das suas manifestações clínicas, ele tem ou não a covid-19", sustentou.

"E assim nós podemos, no período de cinco minutos, com a utilização desse aplicativo, que já pode ser acessado através das páginas do Ministério da Saúde, nós poderemos ofertar imediatamente para milhões de brasileiros o tratamento precoce, evitando que essas pessoas evoluam para quadros mais graves e que elas necessitem de novos leitos já escassos em todo o país", acrescentou.

Na ocasião, ela fez ainda uma apelo a "todos os prefeitos do Estado do Amazonas" para que adotassem o tratamento precoce".

"Por mais que nós tenhamos em breve a vacina disponível para toda a população brasileira, não há tempo a perder. Precisamos evitar novos óbitos", disse também.



Projeção com oposição ao Mais Médicos

Pinheiro está no atual cargo desde o início do governo, tendo sido nomeada na gestão do primeiro ministro da Saúde do presidente Jair Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta. Sua escolha, porém, é atribuída diretamente Palácio do Planalto, o que se refletiu na sua permanência na pasta apesar do troca-troca de ministros.

Mandetta deixou o governo em abril de 2020, tendo sido substituído por Nelson Teich, que durou menos de um mês no cargo — ambos disseram ter saído do governo por não concordar com Bolsonaro na defesa da cloroquina e na crítica ao distanciamento social.

Foi justamente com a ascensão do general Eduardo Pazuello ao comando da pasta que Pinheiro ganhou mais projeção, ao se alinhar integralmente ao presidente e ao ministro a favor do "tratamento precoce".

Com a militarização do ministério por Pazuello, a secretária se tornou uma das poucas pessoas com formação médica em postos de comando na pasta da Saúde.

Pinheiro, que se coloca como uma "técnica" no governo, se alinha a posicionamentos de Bolsonaro sem base científica

Em sua conta no Instagram, que conta com 16,5 mil seguidores, Pinheiro diz que tem "uma vida inteira dedicada à medicina".

"São mais de 30 anos de estudos, mestrados e doutoramentos até chegar ao Ministério da Saúde", diz ainda a descrição.

Apesar do plural, seu currículo na plataforma Lattes aponta um mestrado na Universidade de São Paulo, título obtido em 2002 com a tese "Morbidade Neonatal e pós-neonatal de crianças de alto-risco nascidas no Hospital Geral Dr. César Cals em Fortaleza".

Além disso, indica que a secretária cursa desde 2016 um doutorado em Bioética pela Universidade do Porto (Portugal). Procurada pela BBC News Brasil, a instituição disse que Pinheiro está no terceiro ano do programa.

Natural de Fortaleza, ela se formou em medicina em 1991 na Universidade Federal do Ceará e presidiu o Sindicato dos Médicos do Ceará entre 2015 e 2018.

Se projetou publicamente como opositora do programa Mais Médicos, implementado em 2013 pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Sua principal crítica era contra a vinda de médicos cubanos sem a revalidação do diploma de medicina no Brasil. Pinheiro nega, porém, ter participado do protesto que chamou os profissionais cubanos de escravos durante seu desembarque no aeroporto de Fortaleza.

Ela se filiou ao PSDB e disputou sem sucesso duas eleições — em 2014 tentou um mandato de deputada federal e, em 2018, concorreu ao Senado. Terminou em quarto lugar com 11,37% dos votos.

Depois, ingressou no partido Novo, mas, segundo o jornal Folha de S.Paulo, ela deixou a sigla após lideranças do partido, como João Amoedo, passarem a defender o impeachment de Bolsonaro.


Informações falsas na defesa da cloroquina

Desde o início da pandemia, a secretária foi ativa em defender o uso de medicamentos ineficazes contra a covid-19 e na crítica ao isolamento social.

Bolsonaro empunha uma caixa de cloroquina - remédio não tem eficácia comprovada contra covid-19

Em entrevista concedida em abril de 2020 ao canal no YouTube da Associação Brasileira de Psiquiatria, por exemplo, ela compara a recomendação para que a população fique em casa (com objetivo de reduzir o contágio do coronavírus) à perda de liberdade de pessoas presas.

Na mesma ocasião, a secretária disse que já existiam estudos amplos e com rigor científico aprovando a eficácia da hidroxicloroquina associada à azitromicia. Pesquisas realizadas até o momento, porém, apontam justamente o contrário.

"A gente já tem estudos com 600, com 500 pacientes que mostram, (estudos) randomizados, duplo-cegos, controlados, mostrando a taxa de sucesso muito alta. Mostrando que a gente tem sim agora a possibilidade de iniciar, quando as pessoas começam a ter sintomas, iniciar o uso dessa medicação hidroxicloroquina associada à azitromicina", afirmou na ocasião.

Estudos randomizados e controlados são pesquisas científicas em que os voluntários são distribuídos aleatoriamente em dois grupos (os que recebem o medicamento testado e os que recebem placebo). E duplo-cego significa que nem os voluntários nem os médicos sabem previamente as pessoas que tomaram cada uma dessas substâncias.

São técnicas consideradas fundamentais em pesquisas sérias. Já existem diversos estudos desse tipo que atestam a ineficácia da hidroxicloroquina contra a covid-19. Um deles é o do Recovery Trial, feito no Reino Unido. Numa análise de mais de 4.500 pacientes hospitalizados, o uso de hidroxicloroquina e azitromicina não trouxe benefício algum.

Um painel de especialistas internacionais da Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu, em março deste ano, que o medicamento não previne a infecção, fazendo uma "forte recomendação" para que não seja usado. Esta forte recomendação é baseada em seis estudos clínicos com evidências de alto nível que somam mais de 6 mil participantes.

Também não há evidências de que a ivermectina, fármaco usado no tratamento de parasitas como piolho e sarna, ajude no tratamento da covid-19. Os estudos disponíveis até agora são inconclusivos.

Por isso, a Agência Europeia de Medicamentos é contrária ao uso de ivermectina no tratamento da covid-19. Após revisar as publicações sobre o medicamento, a agência considerou que os estudos possuíam limitações, como diferentes regimes de dosagem do medicamento e uso simultâneo de outros medicamentos.

"Portanto, concluímos que as atuais evidências disponíveis são insuficientes para apoiarmos o uso de ivermectina contra a covid-19", concluiu a agência.

A própria fabricante da ivermectina, a farmacêutica MSD, afirmou em fevereiro que não existem evidências de que o medicamento tivesse efeito contra a covid-19.

Fonte: BBC News Brasil


UOL

Mayra Pinheiro na CPI da Covid: análise do depoimento ao vivo| UOL News Especial (25/05/2021)

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Exército abre apuração disciplinar contra Pazuello


BRASÍLIA – O comandante-geral do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, abriu nesta segunda-feira, 24, uma apuração disciplinar sobre a participação do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, em ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro. A manifestação foi realizada neste domingo, no Rio de Janeiro, e provocou aglomeração em um momento de pandemia de covid-19. Tanto Bolsonaro como Pazuello estavam sem máscara.


© Wilton Júnior/Estadão O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o presidente Jair Bolsonaro discursam a apoiadores em ato no Rio de Janeiro.
 

A apuração disciplinar é uma forma de o Exército garantir a Pazuello o direito de defesa, embora a infração por participar de manifestação política esteja documentada.

Estadão apurou com quatro fontes que a decisão já foi comunicada a Pazuello. O general ainda teria nesta segunda-feira uma reunião no Comando-Geral do Exército, o Forte-Apache, em Brasília, a poucos metros de sua residência na capital, o Hotel de Trânsito de Oficiais.

A punição varia de acordo com o grau do ato, se for julgada como transgressão leve, média ou grave. Ao fim do processo, o comandante do Exército pode aplicar a pena que vai de advertência verbal até prisão por no máximo 30 dias.

O procedimento disciplinar é uma espécie de julgamento adotado para casos considerados menos graves do que os que vão ao Conselho de Justificação. Esse conselho pode ser instaurado em casos de reincidência de transgressão disciplinar, crimes, atos que afetem a honra e o decoro, entre outros, e pode acarretar o afastamento imediato de oficiais e na sua reforma e perda de patentes.

Pazuello é um general de Divisão intendente, e, para sua formação, está no topo da carreira, com três estrelas. Pelas regras atuais, os generais de Intendência não podem chegar a quatro estrelas, cargo máximo de general de Exército. O ex-ministro da Saúde poderia pedir passagem à reserva, mas até hoje sempre resistiu a essa ideia, mesmo enquanto esteve no exercício do cargo de ministro e era pressionado por generais a se afastar da ativa.

A participação de Pazuello em ato político irritou ainda mais o generalato. O regulamento disciplinar do Exército prevê cinco transgressões de natureza política, entre as quais “autorizar, promover ou tomar parte em qualquer manifestação coletiva, seja de caráter reivindicatório ou político, seja de crítica ou de apoio a ato de superior hierárquico”.

Oficialmente, o Exército ainda não se pronunciou sobre o caso. O comando da Força Terrestre também não se manifestou sobre a reunião do general da ativa com o ministro Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral) no hotel militar, dois dias depois de dizer à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid que não poderia comparecer a depoimento presencial por ter tido contato direto com assessores infectados pelo novo coronavírus.

O procedimento disciplinar vai enquadrar a conduta de Pazuello em gradações da transgressão. Ela pode ser atenuada pelo “bom comportamento” e "relevância de serviços prestados" pelo oficial (Pazuello não tem outros casos em sua ficha), mas agravada por ter sido uma manifestação “em público” – o ex-ministro subiu em carro de som e passeou de moto entre militantes bolsonaristas.

A transgressão pode ser considerada "justificada", o que, na prática, não resultaria em punição, se restar comprovado que Pazuello obedeceu a “ordem superior”. Na ativa, ele ocupa um cargo administrativo na Secretaria-Geral do Exército, e não mais um cargo civil de natureza política no governo, mas estava acompanhado de Bolsonaro.

Fonte: Estadão


UOL

Exército deve abrir processo disciplinar contra Pazuello

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