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sexta-feira, 19 de novembro de 2021

ONU diz ao FMI e aos EUA que não podem negar à Venezuela o acesso aos seus fundos


Nesta quinta-feira - 18 de novembro - a Venezuela obteve uma retumbante vitória na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) quando foi aprovada a Resolução sobre "Acesso equitativo, oportuno e universal às vacinas COVID".



O embaixador da República Bolivariana da Venezuela junto à ONU, Samuel Moncada, assinalou que “nela (a Resolução), há um parágrafo importante para a Venezuela porque rejeita uma das medidas criminosas dos Estados Unidos para negar o direito à saúde de nosso povo . ”.

Da mesma forma, o diplomata venezuelano explica que a Assembleia Geral da ONU “destaca a importância de garantir a igualdade de acesso” aos Direitos Especiais de Saque (DES) do Fundo Monetário Internacional (FMI) para garantir o acesso às vacinas.

Dessa forma, o FMI é obrigado a entregar à Venezuela os 5 bilhões de dólares que possui em DES do FMI . “São fundos soberanos da Venezuela, sem condições. O FMI nos nega o acesso devido à pressão criminosa dos Estados Unidos que usa Guaidó, afirmando que 'não há clareza sobre qual é o governo legítimo' ”, ressalta Moncada.

A Resolução da Assembleia da ONU foi aprovada por 171 países, sem votos contra, mas com 7 abstenções: Estados Unidos, Reino Unido, Israel, Austrália, Japão, Coréia do Sul e Armênia. “Hoje conseguimos fazer o mundo entender o crime contra a Venezuela”, frisou o representante venezuelano na ONU.


 

 

 

 


Fonte: LaIguanaTV


segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Governo Bolsonaro: mais de R$ 240 milhões de testes, vacinas e remédios vencidos


Ministério da Saúde deixou vencer a validade de um estoque de testes de diagnóstico, imunizantes, medicamentos e outros itens. Deputado vai entrar com representação junto à PGR pedindo apuração


 Bolsonaro ostenta caixa de hidroxicloroquina

São Paulo – Em meio à pandemia de covid-19, o Ministério da Saúde deixou vencer a validade de um estoque de testes de diagnóstico, imunizantes, remédios e outros itens avaliados em mais de R$ 240 milhões. No total, são 3,7 milhões de itens que começaram a perder o prazo de validade há mais de três anos, a maioria durante a gestão de Jair Bolsonaro, e estão no cemitério de insumos do Sistema Único de Saúde (SUS), em Guarulhos. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Ainda que a lista do estoque seja mantida em sigilo pelo ministério, o jornal teve acesso a tabelas da pasta com dados sobre itens, data de validade e valor pago. Entre os produtos vencidos estão 820 mil canetas de insulina, totalizando R$ 10 milhões.

Entre os produtos vencidos estariam também itens destinados a pacientes do SUS com doenças como hepatite C, câncer, Parkinson, Alzheimer, tuberculose, doenças raras, esquizofrenia, artrite reumatoide, transplantados e problemas renais. Também foi perdido um lote inteiro de frascos para aplicação de 12 milhões de vacinas para gripe, BCG, hepatite B e outras doenças, avaliado em R$ 50 milhões.

O diretor do Departamento de Logística (Dlog) do Ministério da Saúde, general da reserva Ridauto Fernandes, justificou o desperdício à publicação afirmando que a perda de validade de produtos “é sempre indesejável”, mas ocorre “em quase todos os ramos da atividade humana”. “Em supermercados, todos os dias, há descarte de material por essa razão”, afirmou o general.


‘Projeto de morte’

As revelações sobre os produtos vencidos causaram reações no mundo político. “A falta de medicamento nos postos pode parecer falta de recursos ou incompetência, mas sempre fez parte do projeto de morte de Bolsonaro”, postou no Twitter a ex-deputada federal Manuela d’Ávila.

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) afirmou, também na rede social, que vai tomar providências junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) para apurar o caso.

“Darei entrada hoje na PGR com representação solicitando investigação de crime de improbidade administrativa do presidente e ministro da saúde pelo vencimento de R$ 243 milhões em vacinas, testes e remédios em plena pandemia. O SUS TRABALHA e Bolsonaro atrapalha”, postou o parlamentar.

Fonte: RBA


No Twitter


 

 

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Relação de Flávio com caso Covaxin deve ser investigada, diz Renan


Em entrevista ao Metrópoles, senador diz que fatos que ligam o 01 e advogados à vacina indiana estão sob investigação


 

CPI da Pandemia está investigando o envolvimento de Flávio Bolsonaro no caso Covaxin, esquema que pode ter envolvido a promessa de propina para a compra pelo Ministério da Saúde de uma vacina indiana. A revelação foi feita por Renan Calheiros, relator da CPI, durante entrevista ao Metrópoles (assista à íntegra ao fim deste texto) realizada por vídeo nessa quarta-feira (7/7), quando explicou que estão sob investigação fatos sobre a participação do filho mais velho do presidente da República e de dois advogados na negociação de imunizantes: Willer Tomaz, próximo a diversos políticos do Centrão e amigo de Flávio Bolsonaro, e Frederick Wassef, um dos integrantes da defesa de Flávio e também seu amigo.

Questionado por que perguntou sobre Willer e Wassef a Luis Miranda, há duas semanas, no depoimento do deputado do DEM-DF, Renan afirmou que o fez porque tem conhecimento de fatos que lhe despertaram suspeitas sobre uma possível atuação ilegal dos dois.

“O relator tem acesso a aspectos variados da investigação. E eu, como relator, fico obrigado a toda vez que há dúvida sobre o envolvimento de alguém, ou sobre uma relação indecorosa de alguém com seja lá quem for, você tem que perguntar”, disse, sendo indagado na sequência qual seria a suspeita da relação dos dois advogados com o caso Covaxin: “Não posso antecipar fatos, mas eu queria te dizer que nós estamos investigando e vamos continuar investigando, sim”, disse.

 Wassef

Willer Tomaz

O Metrópoles perguntou, então, se Flávio Bolsonaro também era investigado. Respondeu Renan: “Também, da mesma forma, né? Alguns aspectos precisam ser investigados (…) Eu estou compromissado com essa investigação, seja em qual direção ela puder caminhar”.

Na sequência, diante de nova insistência do Metrópoles sobre quais fatos seriam esses, Renan voltou a dizer que não detalharia a respeito do que tem conhecimento, mas apontou o que já considera a confissão de um crime por parte de Flávio Bolsonaro:

“O Flávio, por exemplo, numa intervenção na própria Comissão Parlamentar de Inquérito, confessou que teria levado o dono da Precisa [laboratório que intermediava a compra da vacina indiana] ao BNDES, né? Isso é a confissão de um crime. Advocacia administrativa [quando um servidor defende interesses particulares no órgão em que trabalha]. Isso não é competência de um senador da República. Levar um driblador da lisura e do dinheiro público [Francisco Maximiano, dono da Precisa] a um banco oficial para obter empréstimos não é correto do ponto de vista da atribuição de um senador. Isso foi uma confissão.”

Renan Calheiros disse ainda que Flávio não é formalmente investigado porque isso só ocorre “na medida em que você vai tendo conhecimento dos fatos e das provas e dos indícios”.



Metrópoles


Relação de Flávio Bolsonaro com caso Covaxin deve ser investigada, diz Renan Calheiros

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No Twitter


 

Fonte: Metrópoles


sexta-feira, 2 de julho de 2021

Grupo evangélico fez oferta paralela de vacinas ao Ministério da Saúde e prefeituras


Grupo comandado por pastor foi ao Ministério junto a Dominguetti e ofereceu doses de Astrazeneca e Johnson em parceria com Davati



Em março, uma organização evangélica que articulou a aquisição de vacinas com o Ministério da Saúde (MS) ofereceu imunizantes da AstraZeneca e da Johnson para prefeituras e governos estaduais junto à Davati Medical Supply, revela apuração exclusiva da Agência Pública. A reportagem teve acesso à carta encaminhada aos prefeitos e governadores pela Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah) — presidida pelo reverendo Amilton Gomes de Paula — na qual a entidade oferece as doses no valor de US$ 11 a unidade, com prazo de entrega de até 25 dias. O valor seria 3 vezes maior que ofechado pelo Governo Federal para a mesma vacina da AstraZeneca com a Fiocruz, que foi de US$ 3,16, e o dobro do valor do Instituto Sérum, de US$ 5,25. 


Conforme a apuração, a carta da Senah teria sido enviada a diversas prefeituras da região Sul do país. Uma delas foi parar em Ijuí, município de pouco mais de 80 mil habitantes no noroeste do Rio Grande do Sul. A Agência Pública conversou com Luciana Bohrer (PT), vereadora do gabinete coletivo das Gurias, na cidade. Ela conta que tomou conhecimento da oferta por meio de uma pessoa ligada à Senah e que não teve contato com representantes da Davati. 

Na época, de acordo com a vereadora, a organização evangélica junto à Davati já haviam tentado “por mais de trinta dias” negociar diretamente em reuniões com o Ministério da Saúde em Brasília, mas não teria obtido sucesso. “Eram 400 milhões de doses, que eu me lembre, ainda seria fechado em quatro pacotes de 100 milhões”, diz Bohrer. A carta da entidade chegou à vereadora de Ijaí no dia 23 de março de 2021 e foi encaminhada ao prefeito Andrei Cossetin, do Progressistas (PP). Segundo Bohrer, a negociação não foi para frente. Procurada pela reportagem, a assessoria do prefeito afirmou que ele estava em viagem e não respondeu até a publicação da reportagem.

O reverendo Amilton Gomes, fundador e presidente da Senah, esteve no Ministério da Saúde, conforme fotos publicadas em suas redes sociais no dia 4 de março de 2021. Na postagem ele afirma que se reuniu com representantes da pasta “para articulação mundial em busca de vacinas”. Na visita, estava ao seu lado o policial militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti, que afirmou à Folha de S. Paulo que o diretor do Departamento de Logística (DLOG) do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, teria cobrado propina para compra de vacinas . Também esteve na visita o major da Força Aérea Brasileira (FAB) Hardaleson Araújo de Oliveira, antigo conhecido do pastor.

Na foto, o pastor Amilton Gomes, da Senah, em visita ao Ministério da Saúde junto a Dominguetti (o primeiro da foto à esquerda), o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, Lauricio Monteiro Cruz (ao meio) e major da Força Aérea Hardaleson Araújo de Oliveira (segundo à direita)

Pastor Amilton Gomes foi à vigilância sanitária do Ministério da Saúde tentar articular vacinas, junto a major da Força Aérea Brasileira

A carta da Senah encaminhada aos gestores é assinada por Amilton Gomes e indica um e-mail da organização religiosa, da Davati e do empresário Renato Gabbi como contatos para “maiores esclarecimentos”. Gabbi é dono de um bar em Chapecó, em Santa Catarina. A reportagem procurou o empresário, que não respondeu até a publicação.

Roberto Dias, que foi indicado ao cargo pelo líder de governo na Câmara, Ricardo Barros (PP/PR), foi exonerado nesta quarta-feira (30/06), após denúncia do jornal. 

Também teriam participado desse encontro, segundo Dominguetti, o tenente-coronel Marcelo Blanco, que era assessor do DLOG na gestão de Roberto Dias, e um empresário de Brasília. 

A reportagem procurou o Ministério da Saúde e questionou a pasta sobre a visita da Senah, tratativas de negociação de vacina e relações com Luiz Paulo Dominguetti. A assessoria não respondeu até a publicação.

Na foto, pastor Amilton Gomes ao lado do senador Flávio Bolsonaro

Líder da Senah criou frente parlamentar religiosa 


O reverendo Amilton Gomes parece ter bom trânsito no meio político de Brasília. Em suas redes sociais ele tem fotos com o filho do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota/RJ), como mostra a imagem acima,  publicada em junho de 2019. Em uma outra postagem de maio daquele ano, o religioso comemorou receber uma moção de louvor na Câmara dos Deputados. Recentemente, o pastor apareceu na divulgação da “Conferência Nacional de Liderazgo” ao lado da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PSL/SP).

Amilton Gomes participou ainda da criação da  Frente Parlamentar Mista Internacional Humanitária pela Paz Mundial (FremhPaz) junto ao pastor Laurindo Shalom, da Associação Internacional Cristã Amigos Brasil-Israel, e do deputado federal Fausto Pinato (PP/SP), em 17 de setembro de 2019

No estatuto da frente, a Senah aparece com a missão de dar apoio jurídico “para pessoas e comunidades em situações de guerras, calamidades, e aos refugiados, em ajudas humanitárias nacionais e internacionais”. No mesmo artigo do estatuto, que trata da cooperação interdisciplinar, diz que a frente irá “fomentar e financiar cursos de formação na temática da proteção à liberdade religiosa e aos refugiados, especialmente por meio da Senar [atual Senah], promovendo o intercâmbio de experiências nacionais e internacionais”. A entidade também integra o conselho consultivo da frente. 

A Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários, que até o ano passado se chamava Secretaria Nacional de Assuntos Religiosos, foi fundada por Amilton Gomes em 1999. “Hoje nosso DNA está na cultura pela paz mundial, na fomentação de apoio ao meio ambiente, sempre buscando meios sustentáveis para o desenvolvimento da sociedade harmonizando Homem e Meio Ambiente”, informa em sua página na internet a entidade que tem sede em Brasília.

Líder da Igreja Batista Ministério da Nova Vista, Amilton Gomes também foi cabo do Exército, na década de 1990. Ele publicou imagens do Movimento Cristão Conservador Brasileiro com sua assinatura e sua foto e se apresenta como reitor da Faculdade Batista do Brasil, além de participar da direção de entidades de psicologia, como, por exemplo, a Sociedade de Psicologia do Centro-Oeste. 

Procurado, Amilton Gomes confirmou as negociações e a visita ao Ministério da Saúde.

Líder religioso, Amilton Gomes foi homenageado no Congresso e participou de criação de Frente Parlamentar


Davati procurou Pazuello para vender vacinas

Também em março, um representante oficial da Davati Medical Supply procurou o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello enquanto ele chefiava o ministério para negociar a venda de vacinas, revelam documentos que Pública acessou via consulta de Acesso à Informação do governo federal.

De acordo com a troca de emails, o advogado Julio Adriano de Oliveira Caron e Silva procurou Pazuello no seu email oficial da pasta no dia 9 de março deste ano. Na mensagem ele oferecia 300 milhões de doses da vacina AZD1222, da Astrazeneca, para compra imediata pelo Ministério da Saúde. O advogado informou que representava a empresa Davati Medical Supply LLC.

Em entrevista à reportagem, Adriano Caron confirmou representar a Davati. Documento da empresa também o confirma como representante no Brasil. Não há menção a outros representantes, como Luiz Paulo Dominguetti Pereira. 

O advogado disse não conhecer Dominguetti. “Como a empresa me deu uma autorização de apenas representá-la aqui e oferecer as vacinas, eu não sei se ela fez isso com outras pessoas. Talvez tenha feito, mas eu não conheço essa pessoa, não sei das relações dele com o governo”, disse. 

Caron também disse desconhecer qualquer operação da empresa e de que a Davatti estaria ofertando a vacina da Johson.  

O email enviado por Caron ao Ministério da Saúde foi respondido no dia seguinte, 10 de março, pelo chefe de Gabinete do Ministro de Estado da Saúde, o capitão Paulo César Ferreira Junior. O militar está à frente do gabinete desde maio de 2020, quando Pazuello se tornou ministro. Homem de confiança de Pazuello, ambos estiveram na intervenção federal em Roraima, em 2018, e receberam a Ordem do Mérito Forte São Joaquim.

Em resposta ao advogado, o capitão pediu uma carta de autorização da Astrazeneca que concordasse com a intermediação da Davati. Caron disse à Pública que as negociações não avançaram porque a empresa não o retornou com os documentos solicitados pelo Ministério da Saúde. 

“Dando seguimento com a Davati, pedindo maiores informações sobre as vacinas, eles não conseguiram me confirmar a disponibilidade do estoque e nem de que eles estavam autorizados pela empresa de vender vacinas aqui no Brasil, então o negócio não seguiu em frente”, justificou Caron. “Não marquei reunião nenhuma e a conversa não seguiu em frente”, acrescentou.  

Ainda segundo o advogado, “a Davati deixou bem claro que iria buscar junto à fabricante das vacinas toda a documentação necessária para vender”. “Se ela estava tentando negociar com a Astrazeneca a possibilidade de oferecer essas vacinas para o Brasil, ou qualquer outro país, e ela não conseguiu por algum motivo, talvez seja esse o motivo de que ela não me mandou a informação porque o negócio seria fechado com a Astrazeneca, a Astrazeneca que iria fornecer a vacina. Se ela não conseguiu autorização da Astrazeneca para vender, parou de me mandar informação e eu não poderia vender um produto que ela não tinha”.


Linha do tempo

  • 25 de fevereiro — segundo Dominguetti, diretor de logística do MS pediu propina para oferta de vacinas feita em nome da Davati
  • 4 de março —  pastor Amilton Gomes da Senah posta foto no MS e anuncia articulação para vacinas
  • 23 de março — carta da Senah assinada por Amilton Gomes chega a Ijaí oferecendo vacinas da Davati

Fonte: Agência Pública


 

quarta-feira, 30 de junho de 2021

Nova denúncia: governo Bolsonaro teria pedido propina para compra de AstraZenca


"Dariam 200 milhões de doses de propina que eles queriam, com R$ 1 bilhão", afirmou representante de vendas à Folha


Mais letal que o vírus, Bolsonaro contribuiu ativamente para a disseminação da Covid-19 - Sergio LIMA© / AFP

Uma nova denúncia de desvio de verbas para a compra da vacinas atinge o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na noite desta terça-feira (29), desta vez envolvendo a aquisição do imunizante da AstraZeneca.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresentou como representante da Davati Medial Supply afirmou ter recebido pedido de propina de US$ 1 por dose de cada vacina vendida em troca de fechar o contrato com o ministério, quando a empresa tentava negociar a venda de 400 milhões de doses da vacina.

"Dariam 200 milhões de doses de propina que eles queriam, com R$ 1 bilhão", afirmou Pereira ao jornal.

A cobrança da propina teria sido feita por Roberto Ferreira Dias, diretor de logística da pasta indicado ao cargo por Ricardo Barros (PP-RR), líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados.

"Pensa direitinho, se você quiser vender vacina no ministério tem que ser dessa forma", teria dito ele, segundo 


Caso Covaxin

O deputado federal Luis Claudio Fernandes Miranda (DEM-DF) e o irmão Luis Ricardo Fernandes Miranda, chefe da divisão de importação do ministério da Saúde, trouxeram um ingrediente explosivo para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que investiga os responsáveis pelos números exorbitantes de casos e óbitos durante a pandemia no país. 

Em depoimento aos senadores, os irmãos apontam para um suposto esquema de fraude na negociação para a compra de 20 milhões de doses do imunizante Covaxin, envolvendo o Ministério da Saúde e a empresa brasileira Precisa Medicamentos, que seria a responsável pela venda da vacina no Brasil, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech. 

Edição: Leandro Melito

Fonte: Brasil de Fato


CNN Brasil

A farmacêutica brasileira Precisa Medicamentos, que intermediava as negociações da vacina indiana Covaxin com o governo federal, previa faturar até US$ 200 milhões - ou R$ 1 bilhão no câmbio atual - revendendo o imunizante para clínicas privadas.

Documentos enviados à CPI da Pandemia, aos quais a CNN teve acesso, revelam as condições pelas quais a empresa intermediaria a venda de cinco milhões de doses para essas clínicas.

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terça-feira, 11 de maio de 2021

As vacinas Covid-19 da Johnson & Johnson e AstraZeneca devem ser excluídas devido aos potenciais efeitos colaterais - especialistas em saúde noruegueses


O Instituto de Saúde Pública da Noruega recomendou contra o uso da vacina Johnson & Johnson, adicionando a recomendação de evitar permanentemente o uso da vacina AstraZeneca Covid-19 sobre o medo de efeitos colaterais.


(FOTO DE ARQUIVO) © REUTERS / Dado Ruvic / Ilustração /

Em um comunicado à imprensa na segunda-feira, o Instituto Norueguês de Saúde Pública (NIPH) aconselhou o governo contra o uso do jab Johnson & Johnson Covid-19, seguindo a orientação de uma comissão nomeada pelo governo. O comitê também apoiou uma recomendação anterior do NIPH de não usar a injeção AstraZeneca. 

“Não recomendamos que as vacinas sejam usadas no programa nacional de vacinação devido aos graves efeitos colaterais que foram observados”, disse Lars Vorland, presidente do comitê de especialistas, em uma entrevista coletiva na segunda-feira. 

Em sua declaração, o NIPH publicou formalmente a recomendação de não usar o jab Johnson & Johnson Covid-19. “Nosso objetivo é proteger o maior número de pessoas possível, o mais rápido possível, para reabrir a sociedade e recuperar o dia a dia. Portanto, é uma decisão difícil recomendar que uma das vacinas da Covid não seja usada ativamente no programa. ” 

O NIPH recomenda que a injeção da Johnson & Johnson seja mantida em armazenamento de emergência para o caso de o fornecimento da vacina do jab de mRNA falhar. Eles acrescentam que é particularmente adequada para ser uma vacina de emergência, pois requer apenas uma dose e pode ser armazenada por muito tempo. 



A organização citou dados dos EUA que sugerem que a vacina da Johnson & Johnson é menos provável de causar coágulos sanguíneos do que a injeção da AstraZeneca, mas disse que ainda não havia uma imagem clara.

O NIPH disse que houve um progresso considerável no programa de vacinação, com muitos idosos já totalmente inoculados, e que existe um fornecimento confiável de vacinas de mRNA, ou seja, Moderna e Pfizer, ambas autorizadas por Oslo.

O ministro da Saúde, Bent Hoeie, disse em entrevista coletiva que “o governo usará isso como base para sua decisão, juntamente com as recomendações do Instituto de Saúde Pública, sobre o uso dessas vacinas”. 

Em abril, o NIPH recomendou que o governo parasse de usar a vacina Oxford / AstraZeneca Covid-19 após uma longa revisão da vacina. Oslo suspendeu o uso da vacina em 11 de março após relatos de coágulos sanguíneos raros e potencialmente fatais. As preocupações com a coagulação do sangue já levaram a limitações na distribuição da vacina em vários países. 

Cinco profissionais de saúde, todos com idades entre 32 e 54 anos, foram hospitalizados após receberem a vacina AstraZeneca na Noruega. Três deles morreram.

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Fonte: RT


Estadão

AstraZeneca: vários países suspendem administração da vacina - 15 de mar. de 2021

Vários países europeus suspenderam o uso da vacina anticovid da AstraZeneca. A decisão das autoridades ocorre em meio à denúncias por prováveis efeitos colaterais. Alguns casos são relacionados a coágulos sanguíneos

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segunda-feira, 3 de maio de 2021

Pazuello irá à CPI na quarta sem apoio dos militares


Isolado e na mira da CPI da Covid-19, o ex-ministro Eduardo Pazuello perdeu boa parte do apoio e solidariedade que tinha dos militares



 

247Na mira da CPI da Covid-19 instaurada no Senado, o ex-ministro Eduardo Pazuello perdeu boa parte do apoio e solidariedade que tinha da caserna no período em que estava no comando da Saúde. A informação é da coluna Radar, do portal Veja. 

Quando virou alvo do STF e da Polícia Federal por incompetência na condução do combate à pandemia, o general chegou a receber suporte da cúpula militar, a partir da gestão de Fernando Azevedo, então ministro da Defesa.

No entanto, o avanço de Bolsonaro contra Azevedo e os chefes das Forças Armadas fez com que Pazuello, o pivô da crise, conquistasse o isolamento na caserna. 


CPI 

A CPI da Covid dará início nesta semana à fase de tomada de depoimentos de ex-integrantes do governo Jair Bolsonaro. Nesta terça-feira (3) serão ouvidos os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Na quarta, o general Eduardo Pazuello, que ficou à frente da pasta por dez meses. Na quinta-feira serão ouvidos o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres. Para o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), “essa semana será decisiva porque vamos ter depoimentos dos principais atores sobre os bastidores da pandemia”.


Irresponsabilidade de Pazuello  reflete na vacinação 

Neste domingo (2), a aplicação da segunda dose da CoronaVac está suspensa em oito capitais brasileiras. De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a interrupção é resultado da conduta de seu antecessor no comando da pasta, Eduardo Pazuello.

"[O atraso] decorre da aplicação da segunda dose como primeira dose", afirmou. "Logo que houver entrega da CoronaVac, [o problema] será solucionado."


Rádio BandNews FM

Mônica Bergamo: Militares entram na mira da CPI da Covid para explicar produção de cloroquina - 29 de abr. de 202

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domingo, 2 de maio de 2021

Pepe Escobar: “Brasil não é Porto Rico, é Porto Pobre”


“Essa laia inominável que está no poder reduziu o Brasil que nós conhecemos, sonhamos ou vivemos à condição de um ‘Porto Pobre’”, afirmou à TV 247 o jornalista, que criticou a vassalagem de Bolsonaro aos EUA. Assista


Pepe Escobar (Foto: Brasil 247)

247O jornalista Pepe Escobar, em entrevista à TV 247, repercutiu os comentários de que o Brasil teria ‘virado Porto Rico’, ou seja, um território não incorporado dos Estados Unidos, na prática. Na visão do correspondente internacional, a situação brasileira é ainda pior.

Ele chamou o país de “Porto Pobre” e ressaltou que, graças a Jair Bolsonaro e sua equipe, a “ex-sexta maior potência econômica do mundo” despencou para uma condição de vassalagem em relação aos EUA, país que chamou de “Estupidistão”. 

“Um monte de gente começou a me falar que o Brasil está parecendo Porto Rico. Na verdade é ‘Porto Pobre’. Essa laia inominável que está no poder reduziu o Brasil que nós conhecemos ou sonhamos ou vivemos à condição de um ‘Porto Pobre’. E pior ainda: como é uma colônia do ‘Estupidistão’, é ‘Estúpio Porto Pobre’. Ou seja, é o reflexo deles, dos que estão no poder, do ‘generalito’, do capitão, do patético pinochetista. É muito triste”.

“Essa semana eu ouvi de amigos americanos, russos e alemães, entre outros, eles estão estarrecidos com o que está acontecendo no Brasil, completamente”, concluiu.


TV 247

Pepe Escobar: a lei da selva na geopolítica e a guerra das vacinas

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quinta-feira, 29 de abril de 2021

Os países mais pobres podem não ser vacinados até 2023


Essa desigualdade está embutida em cada etapa do processo de fabricação da vacina.


Parentes, amigos e trabalhadores do cemitério se preparam para abaixar o corpo de uma vítima do coronavírus Covid-19 durante o enterro em um cemitério em Nova Delhi, 28 de abril de 2021. Sajjad Hussain / AFP via Getty Images

Os países de alta renda compraram mais da metade do suprimento da vacina Covid-19 até o momento, e os países de baixa renda, apenas 9 por cento, de acordo com o Global Health Innovation Center da Duke University. É por isso que um país como os EUA está perto de vacinar metade de sua população com uma dose, enquanto a taxa em um lugar como a Guiné é inferior a 1% e não muda.


Se essas desigualdades gritantes no acesso às vacinas continuarem, levará pelo menos dois anos para que os países mais pobres do mundo, que não podiam se dar ao luxo de competir pelas primeiras doses das vacinas, imunizem a maioria de suas populações . E estamos no caminho certo por um longo período em que as pessoas nos países ricos desfrutam dos benefícios e segurança de serem totalmente imunizadas, enquanto as pessoas nos países mais pobres continuam a adoecer e morrer por causa do coronavírus.

“Isso não é apenas inescrupuloso, mas também vai contra os interesses dos países de alta renda”, disse à Vox o professor de direito da saúde global de Georgetown, Lawrence Gostin, em janeiro . Com o vírus continuando a circular e as variantes acelerando ao redor do globo, surtos nos países mais pobres representarão uma ameaça para o mundo.

Para saber mais sobre as causas do problema e como as desigualdades são incorporadas ao sistema de fabricação de vacinas, confira nosso novo vídeo Vox e continue lendo.


Os países mais ricos tinham uma vantagem de tribunal de casa para desenvolver vacinas

Não é por acaso que muitas das primeiras vacinas Covid-19 aprovadas no mundo - de empresas como Pfizer, AstraZeneca e Moderna - foram desenvolvidas e implementadas em países de alta renda. Quando a pandemia se espalhou no ano passado, as nações mais ricas - incluindo os EUA, Reino Unido e bloco da UE - começaram a fazer acordos com as empresas farmacêuticas que estavam desenvolvendo vacinas Covid-19, que também estavam sediadas dentro de suas fronteiras.

Esses acordos bilaterais envolveram os governos essencialmente dando às empresas bilhões de dólares para acelerar a pesquisa e o desenvolvimento em troca de acesso prioritário às vacinas, caso se mostrassem eficazes. Mas os acordos também empurraram os países mais pobres, que não tinham recursos para pré-comprar milhões de doses de vacinas que poderiam nem mesmo ser aprovadas para o mercado, mais adiante na linha de acesso.

Em maio de 2020, por exemplo, o governo dos Estados Unidos deu à AstraZeneca US $ 1,2 bilhão por 300 milhões de doses - uma vacina Covid-19 que ainda não foi aprovada nos Estados Unidos. Isso foi apenas um de muitos. Em janeiro de 2021, os países ricos já haviam comprado antecipadamente 96 por cento das doses que a BioNTech / Pfizer estava programada para fazer para o ano, enquanto 100 por cento do fornecimento da Moderna era negociado. E a UE agora parece pronta para finalizar um acordo de 1,8 bilhão de doses com a Pfizer.

Juntos, os primeiros acordos cobriram as populações dos países ricos muitas vezes no caso de algumas das vacinas falharem. Em março, o Canadá havia garantido vacina suficiente para cinco vezes sua população , e os Estados Unidos compraram pelo menos o dobro da quantidade de vacina necessária. Em termos de doses administradas, embora os países de alta renda abriguem 16% da população mundial, eles distribuíram 46% do bilhão de doses da vacina Covid-19 já administradas. Os países mais pobres, que abrigam 10% da população mundial, distribuíram apenas 0,4% das doses, de acordo com Our World In Data , e os países de renda média baixa, com 40% da população mundial, 19% das doses.

“[Como] os fabricantes de vacinas estão sediados em países de alta renda e [as vacinas são] desenvolvidas lá em sua maior parte, muitas das que chegaram primeiro na linha de chegada eram de países de alta renda e, por causa disso, eles tinham uma vantagem no tribunal de casa ”, disse Andrea Taylor , pesquisadora do Duke Global Health Institute que tem analisado os negócios.

Países produtores de vacinas têm usado controles de exportação para acumular suprimentos

Por meio dessa vantagem do tribunal interno, os países mais ricos não apenas garantiram a prioridade - eles também usaram as restrições à exportação para controlar o fornecimento de vacinas e as doses que saem de suas fronteiras.

Em 16 de abril, por exemplo, o chefe do Serum Institute of India - o maior produtor mundial - acessou o Twitter para pedir ao presidente Joe Biden que suspendesse os embargos às exportações de matéria-prima que estavam atrapalhando a produção de vacinas por lá:


 

 Resultado da pressão: os Estados Unidos suspenderam as restrições para ajudar a acelerar a produção no exterior, e o presidente Biden prometeu compartilhar 60 milhões de doses da vacina AstraZeneca . A Índia - atualmente lutando contra um surto devastador de Covid-19 - também está usando restrições à exportação para manter as doses de Covid-19 produzidas lá.

Enquanto isso, as proibições americanas e britânicas de exportação de vacinas têm sido uma fonte de tensões diplomáticas com a UE, que impôs suas próprias restrições à exportação em março para aliviar a escassez de suprimentos.

Os países ricos minaram a Covax, grupo global criado para fornecer vacinas aos pobres do mundo

O acúmulo de vacinas aconteceu em paralelo com um esforço multilateral sem precedentes para apoiar o desenvolvimento e distribuição equitativa de 2 bilhões de doses de vacinas Covid-19 para os países mais pobres do mundo antes do final de 2021, chamado Covax.

A iniciativa tem duas partes: um pool de compras para os países de renda mais alta e um esforço de arrecadação de fundos para os países mais pobres. Com a promessa de comprar um certo número de doses de vacinas dos fabricantes, os países que aderem obtêm acesso a quaisquer vacinas aprovadas no portfólio da Covax, ao mesmo tempo que criam um mercado global para as vacinas e reduzem os preços.

Mais de 190 países assinaram - incluindo os ricos. “A Covax estava tentando criar uma realidade - eles atraíam os melhores anjos de todos os países”, disse Saad Omer, diretor do Instituto de Saúde Global de Yale.

Mas os acordos bilaterais tiraram muito poder da Covax. Os países ricos “querem ter as duas coisas”, disse Gostin. “Eles se juntam à Covax para que possam se proclamar bons cidadãos globais e, ao mesmo tempo, roubar da Covax sua força vital, que são as doses de vacina”.

Os países ricos também não financiaram o pool de compras da Covax nos níveis exigidos pelo grupo. E para a maior parte de seu fornecimento, a Covax também depende da Índia, que, novamente, está atualmente restringindo as exportações.

Resultado: a Covax, de acordo com a Duke, entregou apenas uma em cinco das doses esperadas até o final de maio.

Existem outros gargalos que nem mesmo a renúncia de patentes pode consertar

Alguns sugeriram que os fabricantes de vacinas da Covid-19 deveriam renunciar às suas patentes , tornando possível que mais fabricantes se tornassem online e produzissem vacinas. Mas isso é apenas parte da solução para a desigualdade da vacina, disse Taylor. “Sabemos que há capacidade de fabricação que não está sendo usada.”

Isso se deve a outro gargalo que surgiu nos últimos meses. Os fabricantes de vacinas têm relatado que estão lutando para acessar os suprimentos básicos necessários para fabricar vacinas com segurança. Por exemplo, houve relatos de que os filtros usados ​​no processo de fabricação e grandes sacos plásticos (para revestimento de biorreatores, onde ingredientes farmacêuticos são misturados) ficaram escassos. Não está claro o quão grande é esse problema - não temos dados sistemáticos sobre a escassez global - mas muitos fornecedores e até mesmo países citaram essa escassez como um motivo para atrasos.

As empresas não podem simplesmente recorrer a qualquer pessoa para atender às suas necessidades - elas só podem usar fornecedores qualificados que atendam aos padrões globais definidos por reguladores como a US Food and Drug Administration. Esses fornecedores vendem produtos que foram examinados por meio de estudos que comprovam que suas sacolas plásticas, por exemplo, não vazam toxinas para as vacinas ou causam reações alérgicas.

“Esses testes levam tempo - são meses de estudos de laboratório e estudos em animais”, disse Matthew Johnson, diretor associado do Duke Human Vaccine Institute. Portanto, mesmo as empresas que poderiam se empenhar na produção dos produtos de vacinas em falta precisariam de tempo para estudá-los e garantir a segurança.

Há outro problema que as dispensas de IP não podem resolver: a transferência de tecnologia, de um fabricante de vacinas para outro, envolve o compartilhamento de segredos comerciais, know-how e até mesmo pessoal treinado. As empresas que atualmente fabricam as vacinas Covid-19 “podem não ter de 20 a 40 pessoas para enviar a esses outros locais” para ajudar os novos produtores a se atualizarem, acrescentou Johnson. Portanto, embora a isenção de patentes ajude, é apenas parte da solução.

Vacinar o mundo não precisa demorar tanto - os países ricos podem agir agora

Ainda assim, não é certo que levará anos para vacinar o mundo contra a Covid-19. Existem maneiras de acelerar o processo.

Os países ricos poderiam doar mais doses aos países mais pobres - uma medida que grupos globais de saúde vêm pedindo há meses e que está começando a acontecer em resposta à crise na Índia .

Os países ricos também poderiam simplesmente começar a investir mais para ajudar os países mais pobres a responder à crise. Eles poderiam atender ao apelo da Covax por mais fundos de doadores , por exemplo. Ou Omer pediu algo semelhante ao PEPFAR , o programa de saúde global da América para combater a AIDS em todo o mundo. Lançado sob George W. Bush em 2003, até o momento, forneceu US $ 90 bilhões para o combate à AIDS.

“Parece alto, mas o custo para todos, incluindo os países de alta renda, é enorme a cada mês ou semana que passa em que haja transmissão em todo o mundo”, acrescentou Omer. “O que está acontecendo na Índia pode acontecer em outras grandes parcelas da população e isso deve preocupar a todos nós.”

Fonte: Vox


segunda-feira, 29 de março de 2021

Maduro oferece petróleo em troca de vacinas contra a COVID-19


O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que o país está avaliando diversas formas de adquirir as doses necessárias de vacinas contra a COVID-19, incluindo o envio de uma parte da sua produção do petróleo.



"A Venezuela tem navios petroleiros, tem clientes para nos comprar o petróleo e enviaria parte de sua produção para garantir todas as vacinas que a Venezuela necessita, petróleo por vacinas, estamos prontos e preparados", disse Nicolás Maduro durante um ato presidencial.

De acordo com Maduro, a Venezuela está tomando medidas legais para liberar os fundos congelados em contas governamentais no exterior, a fim de pagar pelas vacinas sob o mecanismo internacional COVAX.


 

 Contudo, Maduro afirmou que isso cobriria apenas 20% da quantidade necessária de vacinas.

O líder venezuelano também afirmou que o esquema de pagamento por meio de petróleo é a segunda opção para fornecer vacinas a toda a população venezuelana.

A Venezuela recebeu o primeiro lote da vacina russa contra a COVID-19, Sputnik V, em fevereiro, permitindo o início da campanha de vacinação em massa no país.

Fonte: Sputnik Brasil


No Instagram 


 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Vacinas evitam 4 mortes por minuto e poupam R$ 250 milhões por dia



A vacinação em massa evita atualmente ao menos 4 mortes por minuto no mundo e gera uma economia equivalente a R$ 250 milhões por dia, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de um grupo de 21 pesquisadores, respectivamente.


Os cálculos envolvem doenças como difteria, sarampo, coqueluche, poliomielite, rotavírus, pneumonia, diarreia, rubéola e tétano. A maioria delas foi controlada ou eliminada no Brasil após campanhas de vacinação, mas pode voltar rapidamente se o patamar de pessoas vacinadas cair, como ocorreu com o sarampo.

Sem infecções no Brasil desde 1989, a poliomielite ainda ronda pelo mundo. O continente africano, por exemplo, só foi declarado livre da doença em agosto de 2020. Sem erradicação, a doença pode voltar a infectar até 200 mil crianças por ano, afirma a Opas, braço da OMS para América Latina e Caribe.

Vacinas evitam de 2 (o que daria uma média de 4 por minuto) a 3 milhões de mortes anualmente, e poderiam salvar mais 1,5 milhão de vidas se sua aplicação fosse ampliada, afirma a OMS. Mas para a Universidade de Oxford, no Reino Unido, essa estimativa pode ser considerada cautelosa. A ver pelo exemplo da varíola, que matou 300 milhões de pessoas no século 20, até ser erradicada do mundo em 1977.

"É impossível saber exatamente quantas pessoas morreriam hoje de varíola caso os cientistas não tivessem desenvolvido uma vacina. Estimativas razoáveis apontam cerca de 5 milhões de vidas por ano, o que significa que, de 1980 a 2018, foram salvas entre 150 milhões e 200 milhões de vidas." Ou seja, quase 5 milhões de mortes evitadas por ano.

Fonte: BBC News Brasil


BBC News Brasil

Coronavírus: O que se sabe sobre a variante do que levou o Reino Unido ao lockdown

A rápida disseminação de uma nova variante do coronavírus levou a uma onda de restrições para tentar combater a pandemia no Reino Unido. Dezenas de nações cancelaram voos oriundos do país, e o governo britânico adotou um lockdown em Londres para evitar sua disseminação.

Segundo autoridades britânicas de Saúde, a nova variante pode ser até 70% mais transmissível. Mas só estudos mais aprofundados podem confirmar isso.

Neste vídeo, o repórter Matheus Magenta explica o que se sabe e o que não se sabe sobre essa variante e o impacto disso tudo nas vacinas.

Até agora, não há qualquer indício de que essas mutações serão capazes de driblar os imunizantes desenvolvidos.

Assista ao VÍDEO


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