Nesta quinta-feira - 18 de novembro - a Venezuela obteve uma
retumbante vitória na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU)
quando foi aprovada a Resolução sobre "Acesso equitativo, oportuno e
universal às vacinas COVID".
O embaixador da República Bolivariana da Venezuela junto à
ONU, Samuel Moncada, assinalou que “nela (a Resolução), há um parágrafo
importante para a Venezuela porque rejeita uma das medidas criminosas dos
Estados Unidos para negar o direito à saúde de nosso povo . ”.
Da mesma forma, o diplomata venezuelano explica que a
Assembleia Geral da ONU “destaca a importância de garantir a igualdade
de acesso” aos Direitos Especiais de Saque (DES) do Fundo Monetário
Internacional (FMI) para garantir o acesso às vacinas.
A Resolução da Assembleia da ONU foi aprovada por 171
países, sem votos contra, mas com 7 abstenções: Estados Unidos, Reino Unido,
Israel, Austrália, Japão, Coréia do Sul e Armênia. “Hoje conseguimos fazer
o mundo entender o crime contra a Venezuela”, frisou o representante
venezuelano na ONU.
1) Hoy, la Asamblea General de la ONU aprobó la Resolución sobre “Acceso equitativo, oportuno y universal a vacunas COVID”. En ella, hay un párrafo importante para Venezuela porque rechaza una las medidas criminales de EEUU para negar el derecho a la salud de nuestro pueblo. pic.twitter.com/LWGJUDMYTv
2) La Asamblea General de la ONU “subraya la importancia de asegurar la igualdad de acceso” a los Derechos Especiales de Giro (DEGs) del Fondo Monetario Internacional para garantizar acceso a vacunas. pic.twitter.com/xJBoSHMvcl
3. Venezuela tiene derecho a 5 mil millones $ de su propiedad en DEGs del FMI. Son fondos soberanos de Venezuela, sin condiciones. El FMI nos niega el acceso por la presión criminal de EEUU que usa a Guaidó afirmando que “no hay claridad sobre cuál es el gobierno legítimo” pic.twitter.com/lBcCORHqNp
4) La Asamblea ONU le dice al FMI y a EEUU que no pueden negar acceso a los DEGs en medio de una pandemia. EEUU usa al FMI y a su esclavo Guaidó como arma para sacrificar la vida de miles de venezolanos. Hoy logramos que el mundo entendiera el crimen contra Venezuela pic.twitter.com/1dNqTQm9Sa
5. La Resolución de la Asamblea ONU fue aprobada por 171 países, sin votos en contra pero con 7 abstenciones: EEUU, Reino Unido, Israel, Australia, Japón, Corea del Sur y Armenia. EEUU es una verdadera amenaza para la salud del mundo. pic.twitter.com/rGxXWZ0P8b
Ministério da Saúde deixou vencer a validade de um estoque de testes de diagnóstico, imunizantes, medicamentos e outros itens. Deputado vai entrar com representação junto à PGR pedindo apuração
Bolsonaro ostenta caixa de hidroxicloroquina
São Paulo – Em meio à pandemia de covid-19, o Ministério da Saúde deixou vencer a
validade de um estoque de testes de diagnóstico, imunizantes, remédios e outros
itens avaliados em mais de R$ 240 milhões. No total, são 3,7 milhões de itens
que começaram a perder o prazo de validade há mais de três anos, a maioria
durante a gestão de Jair Bolsonaro, e estão no cemitério de insumos do Sistema
Único de Saúde (SUS), em Guarulhos. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Ainda que a lista do estoque seja mantida em sigilo pelo
ministério, o jornal teve acesso a tabelas da pasta com dados sobre itens, data
de validade e valor pago. Entre os produtos vencidos estão 820 mil canetas de
insulina, totalizando R$ 10 milhões.
Entre os produtos vencidos estariam também itens destinados
a pacientes do SUS com doenças como hepatite C, câncer, Parkinson, Alzheimer,
tuberculose, doenças raras, esquizofrenia, artrite reumatoide, transplantados e
problemas renais. Também foi perdido um lote inteiro de frascos para aplicação
de 12 milhões de vacinas para gripe, BCG, hepatite B e outras doenças, avaliado
em R$ 50 milhões.
O diretor do Departamento de Logística (Dlog) do Ministério
da Saúde, general da reserva Ridauto Fernandes, justificou o desperdício à
publicação afirmando que a perda de validade de produtos “é sempre
indesejável”, mas ocorre “em quase todos os ramos da atividade humana”. “Em
supermercados, todos os dias, há descarte de material por essa razão”, afirmou
o general.
‘Projeto de morte’
As revelações sobre os produtos vencidos causaram reações no
mundo político. “A falta de medicamento nos postos pode parecer falta de
recursos ou incompetência, mas sempre fez parte do projeto de morte de
Bolsonaro”, postou no Twitter a ex-deputada federal Manuela d’Ávila.
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) afirmou, também
na rede social, que vai tomar providências junto à Procuradoria-Geral da
República (PGR) para apurar o caso.
“Darei entrada hoje na PGR com representação solicitando
investigação de crime de improbidade administrativa do presidente e ministro da
saúde pelo vencimento de R$ 243 milhões em vacinas, testes e remédios em plena
pandemia. O SUS TRABALHA e Bolsonaro atrapalha”, postou o parlamentar.
Em plena crise sanitária, o governo Bolsonaro deixou VENCER R$ 243 milhões em vacinas, remédios e outros produtos do SUS! Os produtos serão queimados nos próximos dias.
Um governo marcado pela incompetência e descaso com a saúde do povo. #ForaBolsonaro
Em entrevista ao Metrópoles, senador diz que fatos que ligam
o 01 e advogados à vacina indiana estão sob investigação
A CPI da Pandemia está investigando o envolvimento
de Flávio Bolsonaro no caso Covaxin,
esquema que pode ter envolvido a promessa de propina para a compra pelo Ministério da Saúde de
uma vacina indiana. A revelação foi feita por Renan
Calheiros, relator da CPI, durante entrevista ao Metrópoles (assista
à íntegra ao fim deste texto) realizada por vídeo nessa quarta-feira
(7/7), quando explicou que estão sob investigação fatos sobre a participação do
filho mais velho do presidente da República e de dois advogados na negociação
de imunizantes: Willer Tomaz, próximo a diversos políticos do Centrão e amigo
de Flávio Bolsonaro, e Frederick Wassef, um dos integrantes da defesa de Flávio
e também seu amigo.
Questionado por que perguntou sobre Willer e Wassef a Luis Miranda,
há duas semanas, no depoimento do deputado do DEM-DF, Renan afirmou que o fez
porque tem conhecimento de fatos que lhe despertaram suspeitas sobre uma
possível atuação ilegal dos dois.
“O relator tem acesso a aspectos variados da investigação. E
eu, como relator, fico obrigado a toda vez que há dúvida sobre o envolvimento
de alguém, ou sobre uma relação indecorosa de alguém com seja lá quem for, você
tem que perguntar”, disse, sendo indagado na sequência qual seria a suspeita da
relação dos dois advogados com o caso Covaxin: “Não posso antecipar fatos, mas
eu queria te dizer que nós estamos investigando e vamos continuar investigando,
sim”, disse.
Wassef
Willer Tomaz
OMetrópoles perguntou, então, se Flávio
Bolsonaro também era investigado. Respondeu Renan: “Também, da mesma forma, né?
Alguns aspectos precisam ser investigados (…) Eu estou compromissado com essa
investigação, seja em qual direção ela puder caminhar”.
Na sequência, diante de nova insistência do Metrópoles sobre
quais fatos seriam esses, Renan voltou a dizer que não detalharia a respeito do
que tem conhecimento, mas apontou o que já considera a confissão de um crime
por parte de Flávio Bolsonaro:
“O Flávio, por exemplo, numa intervenção na própria Comissão
Parlamentar de Inquérito, confessou que teria levado o dono da Precisa
[laboratório que intermediava a compra da vacina indiana] ao BNDES, né? Isso é
a confissão de um crime. Advocacia administrativa [quando um servidor defende
interesses particulares no órgão em que trabalha]. Isso não é competência de um
senador da República. Levar um driblador da lisura e do dinheiro público
[Francisco Maximiano, dono da Precisa] a um banco oficial para obter
empréstimos não é correto do ponto de vista da atribuição de um senador. Isso
foi uma confissão.”
Renan Calheiros disse ainda que Flávio não é formalmente
investigado porque isso só ocorre “na medida em que você vai tendo conhecimento
dos fatos e das provas e dos indícios”.
Renan Calheiros diz que relação de Flávio Bolsonaro com caso Covaxin deve ser investigada. Suspeita do senador recai também sobre dois advogados. Assista à entrevista do senador a mim e ao @caio_barbieri. https://t.co/hMYEgAF8Qdpic.twitter.com/aK9AgkCWUN
Grupo comandado por pastor foi ao Ministério junto a
Dominguetti e ofereceu doses de Astrazeneca e Johnson em parceria com Davati
Em março, uma organização evangélica que articulou a
aquisição de vacinas com o Ministério da Saúde (MS) ofereceu imunizantes da
AstraZeneca e da Johnson para prefeituras e governos estaduais junto à Davati
Medical Supply, revela apuração exclusiva da Agência Pública. A reportagem teve
acesso à carta encaminhada aos prefeitos e governadores pela Secretaria
Nacional de Assuntos Humanitários (Senah) — presidida pelo reverendo Amilton
Gomes de Paula — na qual a entidade oferece as doses no valor de US$ 11 a
unidade, com prazo de entrega de até 25 dias. O valor seria 3 vezes maior que ofechado pelo Governo Federal para a mesma vacina da AstraZeneca com a Fiocruz,
que foi de US$ 3,16, e o dobro do valor do Instituto Sérum, de US$ 5,25.
Conforme a apuração, a carta da Senah teria sido enviada a
diversas prefeituras da região Sul do país. Uma delas foi parar em Ijuí,
município de pouco mais de 80 mil habitantes no noroeste do Rio Grande do Sul.
A Agência Pública conversou com Luciana Bohrer (PT), vereadora do gabinete
coletivo das Gurias, na cidade. Ela conta que tomou conhecimento da oferta por
meio de uma pessoa ligada à Senah e que não teve contato com representantes da
Davati.
Na época, de acordo com a vereadora, a organização
evangélica junto à Davati já haviam tentado “por mais de trinta dias” negociar
diretamente em reuniões com o Ministério da Saúde em Brasília, mas não teria
obtido sucesso. “Eram 400 milhões de doses, que eu me lembre, ainda seria
fechado em quatro pacotes de 100 milhões”, diz Bohrer. A carta da entidade
chegou à vereadora de Ijaí no dia 23 de março de 2021 e foi encaminhada ao
prefeito Andrei Cossetin, do Progressistas (PP). Segundo Bohrer, a negociação
não foi para frente. Procurada pela reportagem, a assessoria do prefeito
afirmou que ele estava em viagem e não respondeu até a publicação da
reportagem.
O reverendo Amilton Gomes, fundador e presidente da Senah,
esteve no Ministério da Saúde, conforme fotos publicadas em suas redes sociais
no dia 4 de março de 2021. Na postagem ele afirma que se reuniu com
representantes da pasta “para articulação mundial em busca de vacinas”. Na visita,
estava ao seu lado o policial militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti,
que afirmou à Folha de S. Paulo que o diretor do Departamento de Logística
(DLOG) do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, teria cobrado propina
para compra de vacinas . Também esteve na visita o major da Força Aérea
Brasileira (FAB) Hardaleson Araújo de Oliveira, antigo conhecido do pastor.
Na foto, o pastor Amilton Gomes, da Senah, em visita ao
Ministério da Saúde junto a Dominguetti (o primeiro da foto à esquerda), o
diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, Lauricio
Monteiro Cruz (ao meio) e major da Força Aérea Hardaleson Araújo de Oliveira
(segundo à direita)
Pastor Amilton Gomes foi à vigilância sanitária do
Ministério da Saúde tentar articular vacinas, junto a major da Força Aérea
Brasileira
A carta da Senah encaminhada aos gestores é assinada por
Amilton Gomes e indica um e-mail da organização religiosa, da Davati e do
empresário Renato Gabbi como contatos para “maiores esclarecimentos”. Gabbi é
dono de um bar em Chapecó, em Santa Catarina. A reportagem procurou o
empresário, que não respondeu até a publicação.
Roberto Dias, que foi indicado ao cargo pelo líder de
governo na Câmara, Ricardo Barros (PP/PR), foi exonerado nesta quarta-feira
(30/06), após denúncia do jornal.
Também teriam participado desse encontro, segundo
Dominguetti, o tenente-coronel Marcelo Blanco, que era assessor do DLOG na
gestão de Roberto Dias, e um empresário de Brasília.
A reportagem procurou o Ministério da Saúde e questionou a
pasta sobre a visita da Senah, tratativas de negociação de vacina e relações
com Luiz Paulo Dominguetti. A assessoria não respondeu até a publicação.
Na foto, pastor Amilton Gomes ao lado do senador Flávio
Bolsonaro
Líder da Senah criou frente parlamentar religiosa
O reverendo Amilton Gomes parece ter bom trânsito no meio político de Brasília. Em suas redes sociais ele tem fotos com o filho do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota/RJ), como mostra a imagem acima, publicada em junho de 2019. Em uma outra postagem de maio daquele ano, o religioso comemorou receber uma moção de louvor na Câmara dos Deputados. Recentemente, o pastor apareceu na divulgação da “Conferência Nacional de Liderazgo” ao lado da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PSL/SP).
Amilton Gomes participou ainda da criação da Frente Parlamentar Mista Internacional Humanitária pela Paz Mundial (FremhPaz) junto ao pastor Laurindo Shalom, da Associação Internacional Cristã Amigos Brasil-Israel, e do deputado federal Fausto Pinato (PP/SP), em 17 de setembro de 2019.
No estatuto da frente, a Senah aparece com a missão de dar apoio jurídico “para pessoas e comunidades em situações de guerras, calamidades, e aos refugiados, em ajudas humanitárias nacionais e internacionais”. No mesmo artigo do estatuto, que trata da cooperação interdisciplinar, diz que a frente irá “fomentar e financiar cursos de formação na temática da proteção à liberdade religiosa e aos refugiados, especialmente por meio da Senar [atual Senah], promovendo o intercâmbio de experiências nacionais e internacionais”. A entidade também integra o conselho consultivo da frente.
A Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários, que até o ano passado se chamava Secretaria Nacional de Assuntos Religiosos, foi fundada por Amilton Gomes em 1999. “Hoje nosso DNA está na cultura pela paz mundial, na fomentação de apoio ao meio ambiente, sempre buscando meios sustentáveis para o desenvolvimento da sociedade harmonizando Homem e Meio Ambiente”, informa em sua página na internet a entidade que tem sede em Brasília.
Líder da Igreja Batista Ministério da Nova Vista, Amilton Gomes também foi cabo do Exército, na década de 1990. Ele publicou imagens do Movimento Cristão Conservador Brasileiro com sua assinatura e sua foto e se apresenta como reitor da Faculdade Batista do Brasil, além de participar da direção de entidades de psicologia, como, por exemplo, a Sociedade de Psicologia do Centro-Oeste.
Procurado, Amilton Gomes confirmou as negociações e a visita ao Ministério da Saúde.
Líder religioso, Amilton Gomes foi homenageado no Congresso
e participou de criação de Frente Parlamentar
Davati procurou Pazuello para vender vacinas
Também em março, um representante oficial da Davati Medical
Supply procurou o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello enquanto ele chefiava o
ministério para negociar a venda de vacinas, revelam documentos que Pública
acessou via consulta de Acesso à Informação do governo federal.
De acordo com a troca de emails, o advogado Julio Adriano de
Oliveira Caron e Silva procurou Pazuello no seu email oficial da pasta no dia 9
de março deste ano. Na mensagem ele oferecia 300 milhões de doses da vacina AZD1222,
da Astrazeneca, para compra imediata pelo Ministério da Saúde. O advogado
informou que representava a empresa Davati Medical Supply LLC.
Em entrevista à reportagem, Adriano Caron confirmou
representar a Davati. Documento da empresa também o confirma como representante
no Brasil. Não há menção a outros representantes, como Luiz Paulo Dominguetti
Pereira.
O advogado disse não conhecer Dominguetti. “Como a empresa
me deu uma autorização de apenas representá-la aqui e oferecer as vacinas, eu
não sei se ela fez isso com outras pessoas. Talvez tenha feito, mas eu não
conheço essa pessoa, não sei das relações dele com o governo”, disse.
Caron também disse desconhecer qualquer operação da empresa
e de que a Davatti estaria ofertando a vacina da Johson.
O email enviado por Caron ao Ministério da Saúde foi
respondido no dia seguinte, 10 de março, pelo chefe de Gabinete do Ministro de
Estado da Saúde, o capitão Paulo César Ferreira Junior. O militar está à frente
do gabinete desde maio de 2020, quando Pazuello se tornou ministro. Homem de
confiança de Pazuello, ambos estiveram na intervenção federal em Roraima, em
2018, e receberam a Ordem do Mérito Forte São Joaquim.
Em resposta ao advogado, o capitão pediu uma carta de
autorização da Astrazeneca que concordasse com a intermediação da Davati. Caron
disse à Pública que as negociações não avançaram porque a empresa não o
retornou com os documentos solicitados pelo Ministério da Saúde.
“Dando seguimento com a Davati, pedindo maiores informações
sobre as vacinas, eles não conseguiram me confirmar a disponibilidade do
estoque e nem de que eles estavam autorizados pela empresa de vender vacinas
aqui no Brasil, então o negócio não seguiu em frente”, justificou Caron. “Não
marquei reunião nenhuma e a conversa não seguiu em frente”,
acrescentou.
Ainda segundo o advogado, “a Davati deixou bem claro que
iria buscar junto à fabricante das vacinas toda a documentação necessária para
vender”. “Se ela estava tentando negociar com a Astrazeneca a possibilidade de
oferecer essas vacinas para o Brasil, ou qualquer outro país, e ela não
conseguiu por algum motivo, talvez seja esse o motivo de que ela não me mandou
a informação porque o negócio seria fechado com a Astrazeneca, a Astrazeneca
que iria fornecer a vacina. Se ela não conseguiu autorização da Astrazeneca
para vender, parou de me mandar informação e eu não poderia vender um produto
que ela não tinha”.
Linha do tempo
25 de fevereiro — segundo Dominguetti, diretor de logística
do MS pediu propina para oferta de vacinas feita em nome da Davati
4 de março — pastor Amilton Gomes da Senah posta foto
no MS e anuncia articulação para vacinas
23 de março — carta da Senah assinada por Amilton Gomes
chega a Ijaí oferecendo vacinas da Davati
Dominguetti, que afirmou à @constancarezend ter recebido pedido de propina para negociar vacinas, afirmou hoje na CPI que o 1º contato com o Ministério da Saúde ocorreu junto a grupo religioso.
Uma nova denúncia de desvio de verbas para a compra da
vacinas atinge o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na noite desta
terça-feira (29), desta vez envolvendo a aquisição do imunizante da
AstraZeneca.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Luiz
Paulo Dominguetti Pereira, que se apresentou como representante da Davati
Medial Supply afirmou ter recebido pedido de propina de US$ 1 por dose de cada
vacina vendida em troca de fechar o contrato com o ministério, quando
a empresa tentava negociar a venda de 400 milhões de doses da vacina.
"Dariam 200 milhões de doses de propina que eles
queriam, com R$ 1 bilhão", afirmou Pereira ao jornal.
A cobrança da propina teria sido feita por Roberto Ferreira
Dias, diretor de logística da pasta indicado ao cargo por Ricardo Barros
(PP-RR), líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados.
"Pensa direitinho, se você quiser vender vacina no
ministério tem que ser dessa forma", teria dito ele, segundo
Caso Covaxin
O deputado federal Luis Claudio Fernandes Miranda (DEM-DF) e
o irmão Luis Ricardo Fernandes Miranda, chefe da divisão de importação do
ministério da Saúde, trouxeram um ingrediente explosivo para a Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que investiga os responsáveis pelos
números exorbitantes de casos e óbitos durante a pandemia no país.
Em depoimento aos senadores, os irmãos apontam para um
suposto esquema de fraude na negociação para a compra de 20 milhões de doses do
imunizante Covaxin, envolvendo o Ministério da Saúde e a empresa
brasileira Precisa Medicamentos, que seria a responsável pela venda
da vacina no Brasil, produzida pelo laboratório indiano Bharat
Biotech.
A farmacêutica brasileira Precisa Medicamentos, que
intermediava as negociações da vacina indiana Covaxin com o governo federal,
previa faturar até US$ 200 milhões - ou R$ 1 bilhão no câmbio atual -
revendendo o imunizante para clínicas privadas.
Documentos enviados à CPI da Pandemia, aos quais a CNN teve
acesso, revelam as condições pelas quais a empresa intermediaria a venda de
cinco milhões de doses para essas clínicas.
O Instituto de Saúde Pública da Noruega recomendou contra o
uso da vacina Johnson & Johnson, adicionando a recomendação de evitar
permanentemente o uso da vacina AstraZeneca Covid-19 sobre o medo de efeitos
colaterais.
Em um comunicado à imprensa na segunda-feira, o Instituto
Norueguês de Saúde Pública (NIPH) aconselhou o governo contra o uso do jab
Johnson & Johnson Covid-19, seguindo a orientação de uma comissão nomeada
pelo governo. O comitê também apoiou uma recomendação anterior do NIPH de
não usar a injeção AstraZeneca.
“Não recomendamos que as vacinas sejam usadas no programa
nacional de vacinação devido aos graves efeitos colaterais que foram
observados”, disse Lars Vorland, presidente do comitê de
especialistas, em uma entrevista coletiva na segunda-feira.
Em sua declaração, o NIPH publicou formalmente a
recomendação de não usar o jab Johnson & Johnson Covid-19. “Nosso
objetivo é proteger o maior número de pessoas possível, o mais rápido possível,
para reabrir a sociedade e recuperar o dia a dia. Portanto, é uma decisão
difícil recomendar que uma das vacinas da Covid não seja usada ativamente no
programa. ”
O NIPH recomenda que a injeção da Johnson & Johnson seja
mantida em armazenamento de emergência para o caso de o fornecimento da vacina
do jab de mRNA falhar. Eles acrescentam que é particularmente adequada
para ser uma vacina de emergência, pois requer apenas uma dose e pode ser
armazenada por muito tempo.
A organização citou dados dos EUA que sugerem que a vacina
da Johnson & Johnson é menos provável de causar coágulos sanguíneos do que
a injeção da AstraZeneca, mas disse que ainda não havia uma imagem clara.
O NIPH disse que houve um progresso considerável no programa
de vacinação, com muitos idosos já totalmente inoculados, e que existe um
fornecimento confiável de vacinas de mRNA, ou seja, Moderna e Pfizer, ambas
autorizadas por Oslo.
O ministro da Saúde, Bent Hoeie, disse em entrevista
coletiva que “o governo usará isso como base para sua decisão,
juntamente com as recomendações do Instituto de Saúde Pública, sobre o uso
dessas vacinas”.
Em abril, o NIPH recomendou que o governo parasse de usar a
vacina Oxford / AstraZeneca Covid-19 após uma longa revisão da
vacina. Oslo suspendeu o uso da vacina em 11 de março após relatos de
coágulos sanguíneos raros e potencialmente fatais. As preocupações com a
coagulação do sangue já levaram a limitações na distribuição da vacina em
vários países.
Cinco profissionais de saúde, todos com idades entre 32 e 54
anos, foram hospitalizados após receberem a vacina AstraZeneca na
Noruega. Três deles morreram.
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AstraZeneca: vários países suspendem administração da vacina - 15 de mar. de 2021
Vários países europeus suspenderam o uso da vacina anticovid
da AstraZeneca. A decisão das autoridades ocorre em meio à denúncias por
prováveis efeitos colaterais. Alguns casos são relacionados a coágulos
sanguíneos
Isolado e na mira da CPI da Covid-19, o ex-ministro Eduardo
Pazuello perdeu boa parte do apoio e solidariedade que tinha dos militares
247 - Na mira da CPI da Covid-19 instaurada no
Senado, o ex-ministro Eduardo Pazuello perdeu boa parte do apoio e
solidariedade que tinha da caserna no período em que estava no comando da
Saúde. A informação é da coluna Radar, do portal Veja.
Quando virou alvo do STF e da Polícia Federal por
incompetência na condução do combate à pandemia, o general chegou a receber
suporte da cúpula militar, a partir da gestão de Fernando Azevedo, então
ministro da Defesa.
No entanto, o avanço de Bolsonaro contra Azevedo e os chefes
das Forças Armadas fez com que Pazuello, o pivô da crise, conquistasse o
isolamento na caserna.
CPI
A CPI da Covid dará início nesta semana à fase de tomada de
depoimentos de ex-integrantes do governo Jair Bolsonaro. Nesta
terça-feira (3) serão ouvidos os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e
Nelson Teich. Na quarta, o general Eduardo Pazuello, que ficou à frente da
pasta por dez meses. Na quinta-feira serão ouvidos o atual ministro da Saúde,
Marcelo Queiroga, e o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), Antônio Barra Torres. Para o relator da CPI, senador Renan Calheiros
(MDB-AL), “essa semana será decisiva porque vamos ter depoimentos dos
principais atores sobre os bastidores da pandemia”.
Irresponsabilidade de Pazuello reflete na
vacinação
Às vésperas da CPI, Pazuello desfila sem máscara em Shopping em Manaus, cidade onde foi omisso na crise da falta de oxigênio. Questionado sobre o uso da máscara, debochou: “sabe onde tem para vender?”
“Essa laia inominável que está no poder reduziu o Brasil que
nós conhecemos, sonhamos ou vivemos à condição de um ‘Porto Pobre’”, afirmou à
TV 247 o jornalista, que criticou a vassalagem de Bolsonaro aos EUA. Assista
Pepe Escobar (Foto: Brasil 247)
247 - O jornalista Pepe Escobar, em entrevista à
TV 247, repercutiu os comentários de que o Brasil teria ‘virado Porto Rico’, ou
seja, um território não incorporado dos Estados Unidos, na prática. Na visão do
correspondente internacional, a situação brasileira é ainda pior.
Ele chamou o país de “Porto Pobre” e ressaltou que, graças a
Jair Bolsonaro e sua equipe, a “ex-sexta maior potência econômica do mundo”
despencou para uma condição de vassalagem em relação aos EUA, país que chamou
de “Estupidistão”.
“Um monte de gente começou a me falar que o Brasil está
parecendo Porto Rico. Na verdade é ‘Porto Pobre’. Essa laia inominável que está
no poder reduziu o Brasil que nós conhecemos ou sonhamos ou vivemos à condição
de um ‘Porto Pobre’. E pior ainda: como é uma colônia do ‘Estupidistão’, é
‘Estúpio Porto Pobre’. Ou seja, é o reflexo deles, dos que estão no poder, do
‘generalito’, do capitão, do patético pinochetista. É muito triste”.
“Essa semana eu ouvi de amigos americanos, russos e alemães,
entre outros, eles estão estarrecidos com o que está acontecendo no Brasil, completamente”,
concluiu.
Essa desigualdade está embutida em cada etapa do processo de
fabricação da vacina.
Parentes, amigos e trabalhadores do cemitério se preparam
para abaixar o corpo de uma vítima do coronavírus Covid-19 durante o enterro em
um cemitério em Nova Delhi, 28 de abril de 2021. Sajjad Hussain / AFP via Getty
Images
Os países de alta renda compraram mais da metade do
suprimento da vacina Covid-19 até o momento, e os países de baixa renda, apenas
9 por cento, de acordo com o Global Health Innovation Center da Duke
University. É por isso que um país como os EUA está perto de
vacinar metade de sua população com uma dose, enquanto a taxa em
um lugar como a Guiné
é inferior a 1% e não muda.
Se essas desigualdades gritantes no acesso às vacinas
continuarem, levará pelo menos dois anos para que os países mais pobres do
mundo, que não podiam se dar ao luxo de competir pelas primeiras doses das
vacinas, imunizem a
maioria de suas populações . E estamos no caminho certo por
um longo período em que as pessoas nos países ricos desfrutam dos benefícios e
segurança de serem totalmente imunizadas, enquanto as pessoas nos países mais
pobres continuam a adoecer e morrer por causa do coronavírus.
“Isso não é apenas inescrupuloso, mas também vai contra os
interesses dos países de alta renda”, disse à Vox
o professor de direito da saúde global de Georgetown, Lawrence
Gostin, em
janeiro . Com o vírus continuando a circular e as variantes
acelerando ao redor do globo, surtos nos países mais pobres representarão uma
ameaça para o mundo.
Para saber mais sobre as causas do problema e como as
desigualdades são incorporadas ao sistema de fabricação de vacinas, confira
nosso novo vídeo Vox e continue lendo.
Os países mais ricos tinham uma vantagem de tribunal de
casa para desenvolver vacinas
Não é por acaso que muitas das primeiras vacinas Covid-19
aprovadas no mundo - de empresas como Pfizer, AstraZeneca e Moderna - foram
desenvolvidas e implementadas em países de alta renda. Quando a pandemia
se espalhou no ano passado, as nações mais ricas - incluindo os EUA, Reino
Unido e bloco da UE - começaram a fazer acordos com as empresas farmacêuticas
que estavam desenvolvendo vacinas Covid-19, que também estavam sediadas dentro
de suas fronteiras.
Esses acordos bilaterais envolveram os governos
essencialmente dando às empresas bilhões de dólares para acelerar a pesquisa e
o desenvolvimento em troca de acesso prioritário às vacinas, caso se mostrassem
eficazes. Mas os acordos também empurraram os países mais pobres, que não
tinham recursos para pré-comprar milhões de doses de vacinas que poderiam nem
mesmo ser aprovadas para o mercado, mais adiante na linha de acesso.
Em maio de 2020, por exemplo, o governo dos Estados Unidos
deu à AstraZeneca
US $ 1,2 bilhão por 300 milhões de doses - uma vacina Covid-19 que
ainda não foi aprovada nos Estados Unidos. Isso foi apenas um de
muitos. Em janeiro de 2021, os países ricos já haviam comprado
antecipadamente 96
por cento das doses que a BioNTech / Pfizer estava programada para
fazer para o ano, enquanto 100 por cento do fornecimento da Moderna era
negociado. E a UE agora parece pronta para finalizar um acordo de 1,8
bilhão de doses com a Pfizer.
Juntos, os primeiros acordos cobriram as populações dos
países ricos muitas vezes no caso de algumas das vacinas falharem. Em
março, o Canadá havia garantido vacina suficiente para cinco
vezes sua população , e os Estados Unidos compraram pelo
menos o dobro da quantidade de vacina necessária. Em termos
de doses administradas, embora os países de alta renda abriguem 16%
da população mundial, eles distribuíram 46% do bilhão
de doses da vacina Covid-19 já administradas. Os países mais
pobres, que abrigam 10% da população mundial, distribuíram apenas 0,4% das
doses, de acordo com Our World In Data ,
e os países de renda média baixa, com 40% da população mundial, 19% das doses.
“[Como] os fabricantes de vacinas estão sediados em países
de alta renda e [as vacinas são] desenvolvidas lá em sua maior parte, muitas
das que chegaram primeiro na linha de chegada eram de países de alta renda e,
por causa disso, eles tinham uma vantagem no tribunal de casa ”, disse Andrea Taylor ,
pesquisadora do Duke Global
Health Institute que tem analisado os negócios.
Países produtores de vacinas têm usado controles de
exportação para acumular suprimentos
Por meio dessa vantagem do tribunal interno, os países mais
ricos não apenas garantiram a prioridade - eles também usaram as restrições à
exportação para controlar o fornecimento de vacinas e as doses que saem de suas
fronteiras.
Em 16 de abril, por exemplo, o chefe do Serum Institute of
India - o maior produtor mundial - acessou
o Twitter para pedir ao presidente Joe Biden que suspendesse os
embargos às exportações de matéria-prima que estavam atrapalhando a produção de
vacinas por lá:
Respected @POTUS, if we are to truly unite in beating this virus, on behalf of the vaccine industry outside the U.S., I humbly request you to lift the embargo of raw material exports out of the U.S. so that vaccine production can ramp up. Your administration has the details. 🙏🙏
Os países ricos minaram a Covax, grupo global criado para
fornecer vacinas aos pobres do mundo
O acúmulo de vacinas aconteceu em paralelo com um esforço
multilateral sem precedentes para apoiar o desenvolvimento e distribuição
equitativa de 2 bilhões de doses de vacinas Covid-19 para os países mais pobres
do mundo antes do final de 2021, chamado Covax.
A iniciativa tem duas partes: um pool de compras para os
países de renda mais alta e um esforço de arrecadação de fundos para os países
mais pobres. Com a promessa de comprar um certo número de doses de vacinas
dos fabricantes, os países que aderem obtêm acesso a quaisquer vacinas
aprovadas no portfólio da Covax, ao mesmo tempo que criam um
mercado global para as vacinas e reduzem os preços.
Mais de 190
países assinaram - incluindo os ricos. “A Covax estava
tentando criar uma realidade - eles atraíam os melhores anjos de todos os
países”, disse Saad Omer, diretor do Instituto de Saúde Global de Yale.
Mas os acordos bilaterais tiraram muito poder da Covax. Os
países ricos “querem ter as duas coisas”, disse Gostin. “Eles se juntam à
Covax para que possam se proclamar bons cidadãos globais e, ao mesmo tempo,
roubar da Covax sua força vital, que são as doses de vacina”.
Resultado: a Covax, de acordo com a Duke, entregou apenas
uma em cinco das doses esperadas até o final de maio.
Existem outros gargalos que nem mesmo a renúncia de
patentes pode consertar
Alguns
sugeriram que os fabricantes de vacinas da Covid-19 deveriam renunciar
às suas patentes , tornando possível que mais fabricantes se
tornassem online e produzissem vacinas. Mas isso é apenas parte da solução
para a desigualdade da vacina, disse Taylor. “Sabemos que há capacidade de
fabricação que não está sendo usada.”
Isso se deve a outro gargalo que surgiu nos últimos
meses. Os fabricantes de vacinas têm relatado que estão lutando para
acessar os suprimentos básicos necessários para fabricar vacinas com segurança. Por
exemplo, houve relatos de que os filtros
usados no processo de fabricação e grandes
sacos plásticos (para revestimento de biorreatores, onde
ingredientes farmacêuticos são misturados) ficaram escassos. Não está
claro o quão grande é esse problema - não temos dados sistemáticos sobre a
escassez global - mas muitos fornecedores e até mesmo países citaram essa
escassez como um motivo para atrasos.
As empresas não podem simplesmente recorrer a qualquer
pessoa para atender às suas necessidades - elas só podem usar fornecedores
qualificados que atendam aos padrões globais definidos por reguladores como a
US Food and Drug Administration. Esses fornecedores vendem produtos que
foram examinados por meio de estudos que comprovam que suas sacolas plásticas,
por exemplo, não vazam toxinas para as vacinas ou causam reações alérgicas.
“Esses testes levam tempo - são meses de estudos de
laboratório e estudos em animais”, disse Matthew Johnson, diretor associado do
Duke Human Vaccine Institute. Portanto, mesmo as empresas que poderiam se
empenhar na produção dos produtos de vacinas em falta precisariam de tempo para
estudá-los e garantir a segurança.
Há outro problema que as dispensas de IP não podem resolver:
a transferência de tecnologia, de um fabricante de vacinas para outro, envolve
o compartilhamento de segredos comerciais, know-how e até mesmo pessoal
treinado. As empresas que atualmente fabricam as vacinas Covid-19 “podem
não ter de 20 a 40 pessoas para enviar a esses outros locais” para ajudar os
novos produtores a se atualizarem, acrescentou Johnson. Portanto, embora a
isenção de patentes ajude, é apenas parte da solução.
Vacinar o mundo não precisa demorar tanto - os países
ricos podem agir agora
Ainda assim, não é certo que levará anos para vacinar o
mundo contra a Covid-19. Existem maneiras de acelerar o processo.
Os países ricos poderiam doar mais doses aos países mais
pobres - uma medida que grupos globais de saúde vêm pedindo há meses e que está
começando a acontecer
em resposta à crise na Índia .
Os países ricos também poderiam simplesmente começar a
investir mais para ajudar os países mais pobres a responder à crise. Eles
poderiam atender ao
apelo da Covax por mais fundos de doadores , por exemplo. Ou
Omer pediu algo semelhante ao PEPFAR ,
o programa de saúde global da América para combater a AIDS em todo o
mundo. Lançado sob George W. Bush em 2003, até o momento, forneceu US $ 90
bilhões para o combate à AIDS.
“Parece alto, mas o custo para todos, incluindo os países de
alta renda, é enorme a cada mês ou semana que passa em que haja transmissão em
todo o mundo”, acrescentou Omer. “O que está acontecendo na Índia pode
acontecer em outras grandes parcelas da população e isso deve preocupar a todos
nós.”
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que o
país está avaliando diversas formas de adquirir as doses necessárias de vacinas
contra a COVID-19, incluindo o envio de uma parte da sua produção do petróleo.
"A Venezuela tem navios petroleiros, tem clientes para
nos comprar o petróleo e enviaria parte de sua produção para garantir todas as
vacinas que a Venezuela necessita, petróleo por vacinas, estamos prontos
e preparados", disse Nicolás Maduro durante um ato presidencial.
De acordo com Maduro, a Venezuela está tomando medidas
legais para liberar os fundos congelados em contas governamentais no exterior,
a fim de pagar pelas vacinas sob o mecanismo internacional COVAX.
A situação da COVID-19 na Venezuela parece ser mais suave do que em outros países seus vizinhos, uma vez que dos cerca de 155 mil infectados foram registrados apenas 1.500 óbitoshttps://t.co/yBHHvioAa0
Contudo, Maduro afirmou que isso cobriria apenas 20% da
quantidade necessária de vacinas.
O líder venezuelano também afirmou que o esquema de pagamento por meio de petróleo é a segunda
opção para fornecer vacinas a toda a população venezuelana.
A Venezuela recebeu o primeiro lote da vacina russa contra a
COVID-19, Sputnik V, em fevereiro, permitindo o início da campanha de vacinação
em massa no país.
A vacinação em massa evita atualmente ao menos 4 mortes
por minuto no mundo e gera uma economia equivalente a R$ 250 milhões por dia,
segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de um grupo de 21
pesquisadores, respectivamente.
Os cálculos envolvem doenças como difteria, sarampo,
coqueluche, poliomielite, rotavírus, pneumonia, diarreia, rubéola e tétano. A
maioria delas foi controlada ou eliminada no Brasil após campanhas de
vacinação, mas pode voltar rapidamente se o patamar de pessoas vacinadas cair,
como ocorreu com o sarampo.
Sem infecções no Brasil desde 1989, a poliomielite ainda
ronda pelo mundo. O continente africano, por exemplo, só foi declarado livre da
doença em agosto de 2020. Sem erradicação, a doença pode voltar a infectar até
200 mil crianças por ano, afirma a Opas, braço da OMS para América Latina e
Caribe.
Vacinas evitam de 2 (o que daria uma média de 4 por minuto)
a 3 milhões de mortes anualmente, e poderiam salvar mais 1,5 milhão de vidas se
sua aplicação fosse ampliada, afirma a OMS. Mas para a Universidade de Oxford,
no Reino Unido, essa estimativa pode ser considerada cautelosa. A ver pelo
exemplo da varíola, que matou 300 milhões de pessoas no século 20, até ser
erradicada do mundo em 1977.
"É impossível saber exatamente quantas pessoas
morreriam hoje de varíola caso os cientistas não tivessem desenvolvido uma
vacina. Estimativas razoáveis apontam cerca de 5 milhões de vidas por ano, o
que significa que, de 1980 a 2018, foram salvas entre 150 milhões e 200 milhões
de vidas." Ou seja, quase 5 milhões de mortes evitadas por ano.
Coronavírus: O que se sabe sobre a variante do que levou o
Reino Unido ao lockdown
A rápida disseminação de uma nova variante do coronavírus
levou a uma onda de restrições para tentar combater a pandemia no Reino Unido.
Dezenas de nações cancelaram voos oriundos do país, e o governo britânico
adotou um lockdown em Londres para evitar sua disseminação.
Segundo autoridades britânicas de Saúde, a nova variante
pode ser até 70% mais transmissível. Mas só estudos mais aprofundados podem
confirmar isso.
Neste vídeo, o repórter Matheus Magenta explica o que se
sabe e o que não se sabe sobre essa variante e o impacto disso tudo nas
vacinas.
Até agora, não há qualquer indício de que essas mutações serão
capazes de driblar os imunizantes desenvolvidos.