Segundo a Autoridade Palestina, 142 dos 193 Estados-membros da ONU expressaram apoio ao reconhecimento
A iniciativa de Madri, Dublin e Oslo foi celebrada como o
início de uma “etapa importante” pelo Hamas e como um momento “histórico” pela
Organização para a Libertação da Palestina (OLP), considerada
internacionalmente a única representante legítima do povo palestino.
Israel respondeu ao anúncio com uma convocação para
consultas de seus embaixadores na Irlanda e Noruega. O país deve fazer o mesmo
com sua embaixadora na Espanha.
“Chegou o momento de passar das palavras à ação, de dizer
aos milhões de palestinos inocentes que sofrem que estamos com eles, que há
esperança”, declarou o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, no Parlamento
em Madri.
O chefe de governo socialista, que anunciou no fim do ano
passado a intenção de trabalhar para o reconhecimento, negociou durante meses
com outras capitais europeias para adotar a medida. Em visita ao Brasil no
início de março, Sánchez defendeu, ao lado do presidente brasileiro Luiz Inácio
Lula da Silva, a criação de um Estado palestino como uma das medidas
necessárias para um acordo de paz na região.
Uma das vozes mais críticas dentro da União Europeia (UE)
contra a operação militar iniciada por Israel após a ação do Hamas em 7 de
outubro, Sánchez acusou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de
colocar em “perigo” a possibilidade de dois Estados com sua política de “dor e
tanta destruição” na Faixa de Gaza.
Na Espanha, o reconhecimento acontecerá com base em uma
resolução aprovada em 2014 por todos os grupos políticos representados no
Parlamento, mas que não se concretizou na prática.
O primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre, foi o
primeiro a anunciar a decisão, em Oslo, onde foram negociados os acordos,
atualmente ignorados, que obrigavam israelenses e palestinos a aceitarem uma
coexistência pacífica entre dois Estados independentes.
“Devemos tornar realidade a única alternativa que oferece
uma solução política, tanto para israelenses como para palestinos: dois
Estados, que vivam um ao lado do outro, em paz e segurança”, disse. Ao anunciar
que a medida acontecerá em 28 de maio, Støre fez um “forte apelo” para que
outros países sigam o mesmo caminho.
A solução de dois Estados é o “único caminho crível para a
paz e a segurança, para Israel e a Palestina, e para os seus povos”, afirmou em
Dublin o primeiro-ministro irlandês, Simon Harris.
Em março, os governantes da Eslovênia e de Malta assinaram
em Bruxelas um comunicado conjunto com Madri e Dublin, no qual expressavam o
desejo de adotar a mesma medida. O governo esloveno anunciou um decreto neste
sentido em 9 de maio, com a intenção de enviá-lo ao Parlamento para aprovação
até 13 de junho.
Fonte: Opera Mundi
A Base 4x142 | Espanha, país número 143 a reconhecer a Palestina
Pedro Sánchez
Presidente do Governo da Espanha. Secretário geral de @PSOE e presidente de @Soc_Intl. Pai. Trabalhamos por instituições
dignas, igualdade e justiça.
Acabo de conversar con el presidente de la Autoridad Palestina, Mahmoud Abbas, quien me ha agradecido el anuncio realizado esta mañana en el Congreso de los Diputados sobre el próximo reconocimiento del Estado palestino.
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) May 22, 2024
Con este importante paso queremos contribuir a relanzar un…
Haciéndonos eco del sentir mayoritario del pueblo español, el próximo martes 28 de mayo, España aprobará en Consejo de Ministros el reconocimiento del Estado de Palestina.
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) May 22, 2024
Ha llegado la hora de pasar de las palabras a la acción.
Por la paz, la justicia y la coherencia. pic.twitter.com/OYhRleIdHE