Apontado como integrante do "gabinete paralelo" que abastecia Bolsonaro com orientações negacionistas, empresário não respondeu à notificação de convocação e pode ser alvo de condução coercitiva
O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
que apura as omissões do governo Bolsonaro no combate à pandemia, senador Randolfe
Rodrigues (Rede-AP), diante do silêncio do bolsonarista Carlos Wizard, resolveu
entrar em uma live do empresário para lembrá-lo da convocação para prestar
depoimento ao colegiado.
“Olá, Sr. Carlos Wizard. Vim lembrar vc do seu compromisso
na próxima quinta (17), na CPI da Covid. P/ facilitar: a CPI está sendo
realizada no Senado, no Anexo II, ala Sen. Alexandre Costa, Plenário 3”,
escreveu Randolfe no espaço de comentários da transmissão ao vivo que contou
com a participação de Wizard, na noite desta segunda-feira (14).
Apontado como um dos integrantes do chamado “gabinete
paralelo” que abasteceu Jair Bolsonaro com orientações anticientíficas, Wizard,
além de ter sido convocado pela CPI, teve seus sigilos quebrados a pedido da
comissão. O empresário, que teria fugido para os Estados Unidos com o objetivo
não prestar depoimento, no entanto, não respondeu às notificações.
Por conta de seu silêncio e provável negativa em comparecer,
a CPI pediu
sua condução coercitiva, que pode ou não ser aprovada pela Justiça Federal
da 3ª Região.
Reforçarmos a convocação do Sr. Carlos Wizard para comparecer à CPI da Pandemia. Dessa vez, enviamos um lembrete em sua live no YouTube. Apesar das intimações já estarem em sua mesa, Sr. Wizard, recomendamos fortemente o seu comparecimento na quinta-feira (17). Até lá! 😉 pic.twitter.com/ztnyTnI25w
— Randolfe Rodrigues 💉👓 (@randolfeap) June 14, 2021
Fonte: Revista Fórum
Jornal da Gazeta
O Presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, do PSD, afirmou que
caso o empresário Carlos Wizard não compareça à comissão, será feita uma
condução coercitiva. O Senador disse que o bilionário não respondeu a
tentativas de contato e, segundo informações que obteve, ele não está no
Brasil.
A reportagem é do nosso correspondente em Brasília, Afonso
Marangoni.