Por: Sputnik Brasil
O novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli,
não tem mais o apoio dos militares que integram o governo do presidente Jair
Bolsonaro (sem partido).
De acordo com o jornal O Globo, o apoio foi retirado após serem
encontradas inconsistências nas informações que Decotelli informa em seu
currículo.
O reitor da Universidade Nacional de Rosário, na
Argentina, onde o novo ministro afirma ter feito doutorado, afirmou
que Decotelli cursou disciplinas na instituição, mas não é doutor porque sua tese foi reprovada. A
universidade alemã Universidade de Wüppertal negou que Decotelli
tenha feito pós-doutorado na instituição. Reportagem do UOL
também indicou que o mestrado do novo ministro da Educação
tem indícios de plágio.
De acordo com O Globo, o ministro-chefe da Casa Civil,
general Walter Braga Netto, e o secretário de Assuntos Estratégicos, almirante
Flávio Rocha, estiveram entre os "principais fiadores"
de Decotelli. A publicação afirma que o apoio ao ministro pode retornar
caso exista uma "justificativa plausível" para as informações
contraditórias do currículo.
Nomeado no dia 25 de junho para chefiar o Ministério da
Educação após a saída de Abraham Weintraub, a posse de Decotelli estava
prevista para a terça-feira, 30 de junho, mas foi adiada. Não há nova
data.
As revelações de que o novo ministro da Educação (MEC),
Carlos Decotelli, fraudou seu currículo, com doutorado e pós-doutorados
inexistentes é o motivo do adiamento da sua posse. O professor e jurista Pedro
Serrano comenta o caso, respondendo se é crime fraudar o currículo.
O programa vai abordar também o caso de investigação de rachadinhas
no gabinete de Flávio Bolsonaro, envolvendo o seu ex-assessor Fabrício Queiroz.
No Twitter:
Currículo— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) June 29, 2020
Mestrado: plagiado.
Doutorado: reprovado.
Pós-doutorado: inventado.
Resposta do ministro: falhas técnicas!https://t.co/4sEDrSxnUI
— Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) June 29, 2020
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