Segundo pesquisa realizada por Fernando Morais, biógrafo do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a íntegra dos 819 documentos sobre o
petista reúne 3.300 páginas de informação
De acordo com a Folha de S.Paulo, o jornalista e escritor
Fernando Morais solicitou ao governo norte-americano que fornecesse dados
sobre registros referentes ao presidente Lula produzidos em diferentes
órgãos de Estado nos EUA.
Morais, que lançou em 2021 o primeiro volume da biografia de
Lula, trabalha agora em seu segundo volume, razão pela qual decidiu
requerer as informações a todas as agências dos EUA, por meio da Lei de Acesso à Informação norte-americana.
De acordo com a apuração, os dados se referem ao período de
1966 a 2019, ano em que os pedidos foram protocolados. Apenas a CIA mantém
613 documentos sobre Lula, que totalizam 2.000 páginas.
O escritor, que contou com a ajuda do escritório de
advocacia Pogust Goodhead, ainda não teve acesso à íntegra dos documentos, mas
adiantou que compreendem cinco décadas a vida do presidente brasileiro dando
conta de diferentes registros como a relação de Lula com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), com
autoridades do Oriente Médio e da China, além de planos militares brasileiros e
a produção da Petrobras.
"É preciso jogar luz na relação entre os dois maiores
países do continente americano. Esse é um direito do nosso cliente Fernando
Morais e de todos os brasileiros. Estamos confiantes de que as autoridades
norte-americanas atenderão nosso pedido", disse Tom Goodhead,
sócio-administrador global do Pogust Goodhead.
Ainda segundo a apuração, até o momento, foram
encontrados 613 documentos da CIA, 111 do
Departamento de Estado, 49 da Agência de Inteligência da
Defesa, 27 do Departamento de Defesa, oito do
Exército Sul dos Estados Unidos, unidade de apoio das Forças Armadas
norte-americanas, e um do Comando Cibernético do Exército,
braço militar de operações e informação digital.
"Sabemos que o governo norte-americano analisou de
perto o cenário político brasileiro nas últimas décadas, e Lula é um dos
personagens mais marcantes e importantes da história da América Latina", disse Morais à Folha.
Em 2013, a mídia brasileira noticiou largamente que a então
presidente Dilma havia sido alvo de espionagem da Agência de Segurança Nacional
dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês). Documentos secretos que baseiam
as denúncias foram obtidos pelo jornalista Gleen Greenwald com o ex-técnico da
agência Edward Snowden. Dois anos depois, o portal WikiLeaks divulgou
informações confidenciais da NSA, revelando nova espionagem contra Dilma,
assessores e ministros.
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Embaixador Argentino na Bolívia, Ariel Basteiro disse que o
governo tem novas provas e que “continuam a aparecer documentos de embarque de
armas” enviadas pelo ex-presidente para colaborar com o golpe contra Evo
Morales
Argentina vem sendo investigada pelo envio de armamentos e
munições para colaborar com o regime de Jeanine Añes
São Paulo – O embaixador argentino na Bolívia, Ariel
Basteiro, afirmou nesta terça-feira (3) que o governo encontrou novos
documentos que confirmam a denúncia de contrabando de armas realizado pelo ex-presidente
Maurício Macri e seus ex-ministros, para colaborar
com o golpe que forçou a destituição do ex-presidente da Bolívia Evo
Morales em novembro de 2019. Sob a gestão Macri, a Argentina vem sendo
investigada pelo envio de armamentos ao regime de Jeanine Añes.
O material bélico teria sido posteriormente utilizado em
massacres nas cidades de Sacaba e Senkata, promovidos pela então presidenta
interina. Na Bolívia, o caso vem sendo tipificado como “tráfico de armas”. E,
desde a descoberta do envio, “continuam a aparecer documentos de embarque de
armas”, segundo o embaixador. Em entrevista à rádio argentina El
Destape, reproduzida pelo site Opera Mundi, Basteiro declarou que o
último registro encontrado aponta para materiais bélicos localizados em
depósitos do Ministério da Defesa da Bolívia.
“Este documento recém-descoberto significa uma confirmação
de que o material enviado da Argentina pelo governo Macri foi fruto de
contrabando. Resta saber o que foi recebido pela Força Aérea Boliviana, que
poderia muito bem ter sido utilizado em atos repressivos”, informou o
embaixador.
Abertura de processos
Até o momento, as autoridades bolivianas acusaram apenas o
embaixador argentino à época, Normando Álvarez García. Mas o governo segue
apurando outros nomes do governo Macri e se houve contribuição de outros países
para o golpe. No caso da Argentina, além de armas, o ministro de governo da
Bolívia, Eduardo del Castillo, também denuncia o envio de 70 mil cartuchos de
munição AT 12/70, em 2019, durante a gestão Macri.
Em 12 de julho, o caso também passou a ser investigado pela
justiça argentina após a abertura de denúncia por parte do atual governo de
Alberto Fernández. As autoridades do Estado acusam o ex-presidente e seus
ministros de terem realizado “uma manobra enganosa e premeditada” para ocultar
o envio de material bélico aos golpistas bolivianos.
O texto da ação descreve a atuação do governo de Maurício Macri como “um ato criminoso”.
“Consistindo no embarque irregular de armas e munições para a Bolívia, por meio
de uma adulteração nas quantidades e destinos declarados nas diferentes
instâncias de controle e, em particular, perante os serviços aduaneiros”,
apontam.
Os investigados
Nesta segunda (2), de acordo com o jornal Página 12, o juiz Javier López
Biscayart, que comandava a investigação de contrabando, declarou-se
incompetente e encaminhou o processo ao magistrado Alejandro Catania, que
recebeu a primeira denúncia sobre o caso. A justiça argentina afirma já ter
acumulado um volume expressivo de provas. O governo também estuda futuras
ampliações da denúncia.
Ao todo, oito pessoas são réus no processo. Além de Macri,
seus ministros de Segurança e Defesa, Patricia Bullrich e Oscar Aguad,
respectivamente. O então embaixador Normando Álvares Garcia e o ex-chefe de
Gendarmeria Nacional – a principal força de segurança do país – Geraldo José
Otero também foram denunciados. Outros três integrantes desse órgão também
foram apontados pela promotoria argentina. Devem responder pelo caso o
ex-diretor de Logística, Rubén Carlos Yavorski, o ex-diretor de Operações
Carlos Miguel Recalde e o comandante Adolfo Caliba. Ele é suspeito de coordenar
a entrega das munições. Caliba também teria sido enviado à Bolívia para receber
as remessas com a polícia local em 13 de novembro de 2019.
O novo juiz responsável ainda deve decidir na próxima
semana, quando volta de licença, se denunciará o chefe de gabinete do governo
Macri, Marcos Peña. A pasta também é acusada de ter feito parte do procedimento
de envio de armas e munições para apoiar
o golpe contra Evo Morales.
Ministerio boliviano confirma apoyo de Mauricio Macri en golpe de estado de 2019 - 29 de jul. de 2021
El Ministerio de Defensa reveló nuevas pruebas que confirman
la participación y ayuda del expresidente Mauricio Macri al golpe de estado del
2019. Entre los elementos enviados en el cargamento se encuentran medios para
reprimir las protestas sociales. teleSUR
El presunto envío clandestino de material antidisturbios a Bolivia, por parte del Gobierno de Macri y apenas Jeanine Áñez asumió el poder, podría terminar en juicio. ¿Qué se sabe hasta ahora?
Thiago Prado, quando era da Veja, insuflava o procurador Deltan Dallagnol a perseguir personalidades políticas. Ele festejou quando Nestor Cerveró, então diretor da Petrobras, foi preso por causa dele
Veja se revela na capa: novo Dops quer prender Lula
ConJur - Em texto sobre a
participação de jornalistas na chamada "força-tarefa da lava jato",
este site publicou, incorretamente, que quem insuflava o procurador Deltan
Dallagnol a perseguir personalidades era o repórter Thiago Bronzatto. Na
verdade, o interlocutor de Dallagnol no diálogo específico foi Thiago Prado,
quando trabalhava na revista Veja. O texto foi suprimido no mesmo
dia.
Prado sugeria ao procurador prisão de pessoas, fornecia
mensagens (e-mails) para incriminar pessoas suspeitas, documentos e extratos
bancários. Ele festeja quando Nestor Cerveró, então diretor da Petrobras, foi
preso por causa dele. Prado, que vive no Rio, implora por uma "ponte"
com a Procuradoria-Geral da República para entregar o que considera provas para
condenar pessoas. O chat compreende o período de abril de 2015
a junho de 2016.
Outro mérito do jornalista foi provocar o caso que gerou
buscas e apreensões nas casas e escritórios de 26 advogados que trabalharam
para a Fecomércio do Rio de Janeiro. Ele oferece ao procurador as notas fiscais
que diz ter do escritório do advogado Roberto Teixeira contra a Federação. Como
Deltan nada responde em março de 2016, Prado volta a insistir no mês seguinte.
Sem qualquer ligação com "lava jato" ou Curitiba, o evento,
naturalmente, só poderia ser conduzido pelo Rio de Janeiro que, mais tarde,
entraria no assunto.
O jornalista mostrava certa fixação com o senador Romário
(PODE-RJ) que, pelo cargo, não poderia ser investigado em Curitiba. Ele pede
quebras de sigilo e insiste também em culpar o banqueiro André Esteves. "Assim
como eu colaborei lá atrás entregando todos os e-mails do Cerveró para vocês,
por favor, peço essa ajuda para desmontarmos essa farsa", pede o repórter.
Em dado momento, Dallagnol brinca, dizendo que o jornalista já pode entrar para
o Ministério Público.
Diálogos agora revelados, entre Dallagnol e o então jornalista de VEJA, Thiago Prado, evidenciam o padrão de promiscuidade entre mídia e golpe da LJ.Thiago sugere a Dallagnol a prisão de pessoas, fornece supostos e-mails p/ incriminar suspeitos, comemora prisão p/ a qual colaborou pic.twitter.com/IxhWfBcEWc
Reportagem da Al Jazeera English resolveu ir a fundo para
desvendar a participação da Rede Globo no processo de impeachment contra a
presidenta Dilma Rousseff. A matéria destaca que o grupo configura o maior
conglomerado midiático da América Latina e pertence à família Marinho,
considerada a mais rica do Brasil.
Em entrevista à FGV , ex-comandante do exército brasileiro
destaca postagem feita por sua equipe em tom de ameaça ao STF
Jair Bolsonaro abraça general Villas Bôas durante agenda
cerimonial do governo - Valter Campanato/Agência Brasil
Comandante do Exército Brasileiro entre 2015 e 2019, o
general Villas Bôas revelou, em entrevista publicada pela editora da
Fundação Getúlio Vargas (FGV), alguns episódios que levaram as Forças Armadas
brasileiras a atuarem na vida política do país, processo que resultou na
eleição de Jair Bolsonaro (sem partido) e na presença massiva de oficiais em
todos os escalões do atual governo.
Com duração de 13 horas, a entrevista foi concedida pelo
militar ao diretor do Centro de Pesquisa e Documentação de História
Contemporânea do Brasil (CPDOC), Celso Castro, e publicada no livro General
Villas Bôas: conversa com o comandante.
Um dos momentos emblemáticos dessa atuação, protagonizado
por Villas Bôas foi a postagem que ele realizou em 2018, ainda na condição de
comandante do Exército brasileiro, em tom de ameaça ao Supremo Tribunal Federal
(STF), na véspera do julgamento do habeas corpus apresentado
pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na postagem ele afirmou que o
Exército "compartilha o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio
à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem
como se mantém atento às suas missões institucionais" e obteve o apoio do
então candidato Jair Bolsonaro.
No livro, Villas Bôas revela que a postagem não foi apenas
de sua autoria. Elaborada por sua equipe de oficiais, o texto obteve o
aval de outros integrantes do Alto Comando do Exército residentes em
Brasília antes de sua publicação. "Recebidas as sugestões,
elaboramos o texto final, o que nos tomou todo o expediente, até por volta das
20 horas", contou Villas Bôas na entrevista.
"Significa que isso foi uma decisão do Exército, e não
algo que partiu da cabeça do comandante", aponta o antropólogo Piero
Leirner, também estudioso sobre os militares e autor do livro O
Brasil no espectro de uma guerra híbrida
Para Leirner, a declaração de Villas Bôas "deixa
claro um papel institucional de ingerência no Poder Judiciário".
"Note que o general Ajax já estava lá no STF
'assessorando' a presidência [ministro Dias Toffoli], portanto o tuíte foi para
deixar o STF de mãos atadas frente à opinião pública. Ou seja, fez-se
política".
Para Leirner,uma das surpresas da narrativa de
Villas Bôas impressa no livro é o peso que a "questão
indígena" teve na articulação entre os militares para sua
atuação na vida política do país.
"A questão da Raposa Serra do Sol e TI Yanomami teve no
mínimo tanto impacto como a CNV [Comissão Nacional da Verdade]. Meu faro de que
a coisa começou com a rebelião do Heleno em 2008 estava certo, acho. Foi a
partir daí que eles elaboraram um plano de longo prazo", afirmou Leirner
em uma publicação em seu perfil no Facebook.
Procurado pelo Brasil de Fato, o
antropólogo ressalta que a "questão indígena" está no
centro do ordenamento ideológico e doutrinário militar desde os anos 1990.
"Eles transferiram muito do foco do 'inimigo interno'
da ditadura para o problema da 'cobiça internacional da Amazônia', deslocando
toda uma leitura da realidade e o consequente emprego das Forças Armadas para a
Amazônia", aponta.
A primeira liderança política a surgir entre os militares
foi o general Augusto Heleno, após a demarcação da Terra Indígena Raposa
Serra do Sol em 2008, durante o segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva.
"Heleno começou a fazer críticas públicas, no Clube
Militar, de forma que isso vazou para a imprensa e lançou um princípio que, lá
dentro, foi tomado como um 'papel de liderança' lançado por ele,
que começou a vocalizar contra Lula, esquerdas, PT", explica Leirner.
O segundo momento de mobilização política entre os
militares, segundo o antropólogo, foi a criação da Comissão Nacional da Verdade
(CNV), quando Dilma Rousseff ocupava a Casa Civil e já havia lançado sua
candidatura para as eleições presidenciais de 2010.
"Houve um processo de 'imitação' por parte de outros
militares. Um dos casos foi o do general Maynard Santa Rosa, e a eles se
seguiram movimentos em série. Mourão foi isso", aponta Leirner.
Colegiado instituído pelo governo para investigar as graves
violações de direitos humanos cometidas pelo Estado brasileiro entre 18 de
setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988, a CNV se debruçou principalmente sobre
as violações ocorridas durante o período da ditadura militar instaurada pelo
golpe de 1964, que durou 21 anos.
Com a fundação da CNV em novembro de 2011, no primeiro
ano do governo Dilma, os militares se uniram em bloco contra essa política
que classificaram como "revanchismo" da esquerda brasileira.
Os trabalhos da comissão foram encerrados em dezembro de
2014, após a publicação de um relatório que
aponta as responsabilidades de agentes do Estado, em especial das Forças
Armadas brasileiras em episódios de sequestros forçados, tortura e morte de
opositores ao regime.
"O pessoal lá do topo sabia do potencial político
disso e, ainda em 2014, logo depois da reeleição, franquearam a entrada de
Bolsonaro para dentro de instalações militares para fazer campanha. Toda essa
coisa foi trabalhada por Villas Bôas, que 'para fora' tinha um discurso
legalista, mas 'para dentro' deixou a política tomar altas doses de vitamina,
seguindo o exemplo e a liderança de um Heleno da vida", aponta Leirner.
"Relacionar o impeachment dela ao de Bolsonaro é falsa
equivalência", aponta o colunista
Kennedy Alencar (Foto: Editora 247)
247 – "Dilma tá certa. Relacionar o
impeachment dela ao de Bolsonaro é falsa equivalência. Houve golpe parlamentar
em 2016. Foi um impeachment sem crime de responsabilidade. No caso do genocida,
sobram crimes de responsabilidade. Não dá para reescrever a História. Falta de
aviso não foi", escreveu o jornalista Kennedy Alencar, em suas redes
sociais. Leia abaixo a nota da ex-presidente Dilma Rousseff, em que ela rebate
pontos escritos por Miriam Leitão:
Nota da ex-presidente Dilma Rousseff sobre o artigo de Miriam
Leitão deste domingo - Miriam Leitão comete sincericidio tardio em sua coluna
no Globo de hoje (24 de janeiro), ao admitir que o impeachment que me derrubou
foi ilegal e, portanto, injusto, porque, segundo ela, motivado pela situação da
economia brasileira e pela queda da minha popularidade. Sabidamente, crises
econômicas e maus resultados em pesquisas de opinião não estão previstos na
Constituição como justificativas legais para impeachment. Miriam Leitão sabe
disso, mas finge ignorar. Sabia disso, na época, mas atuou como uma das
principais porta vozes da defesa de um impeachment que, sem comprovação de
crime de responsabilidade, foi um golpe de estado.
Agora, Miriam Leitão, aplicando uma lógica absurda, pois
baseada em analogia sem fundamento legal e factual, diz que se Bolsonaro
"permanecer intocado e com seu mandato até o fim, a história será
reescrita naturalmente. O impeachment da presidente Dilma parecerá injusto e
terá sido." O impeachment de Bolsonaro deveria ser, entre outros crimes,
por genocídio, devido ao negacionismo diante da Covid-19, que levou brasileiros
à morte até por falta de oxigênio hospitalar, e por descaso em providenciar
vacinas.
O golpe de 2016, que levou ao meu impeachment, foi liderado
por políticos sabidamente corruptos, defendido pela mídia e tolerado pelo
Judiciário. Um golpe que usou como pretexto medidas fiscais rotineiras de
governo idênticas às que meus antecessores haviam adotado e meus sucessores
continuaram adotando. Naquela época, muitos colunistas, como Miriam Leitão,
escolheram o lado errado da história, e agora tentam se justificar. Tarde
demais: a história de 2016 já está escrita. A relação entre os dois processos
não é análoga, mas de causa e efeito. Com o golpe de 2016, nasceu o ovo da
serpente que resultou em Bolsonaro e na tragédia que o Brasil vive hoje, da
qual foram cúmplices Miriam Leitão e seus patrões da Globo.
Ex-presidenta acusa jornalista de ser cúmplice da tragédia que levou a Bolsonaro
No #ElesNão do Jornal da Fórum, Cynara Menezes, Ivana Bentes e Laura Capriglione falam do passa-fora dado pela ex-presidenta Dilma Rousseff em Miriam Leitão, do jornal O Globo, após artigo em que a jornalista defende que, se Bolsonaro não sofrer impeachment, o dela foi "injusto". E mais: o evento de João Doria com Temer, FHC e Sarney; e orçamento para meio ambiente de Bolsonaro é o menor do século
Reportagem da Al Jazeera desmascara participação da Globo no golpe - 31 de ago. de 2016
Reportagem da Al Jazeera English resolveu ir a fundo para desvendar a participação da Rede Globo no processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. A matéria destaca que o grupo configura o maior conglomerado midiático da América Latina e pertence à família Marinho, considerada a mais rica do Brasil.
A LÓGICA ABSURDA DE MIRIAM LEITÃO Processos são incomparáveis. Impeachment de 2016 usou pretextos fiscais; Bolsonaro deve ser punido por genocídio e descaso pela vacinação. Leia a íntegra da nota no linkhttps://t.co/pPFKhMFCSLpic.twitter.com/O4Sumwlghz
Foi golpe, sim, @miriamleitao. Governo sem crimes que se quer trocar se troca COM ELEIÇÃO. Esse fato histórico vegonhoso contra Dilma em 2016 e amplamente apoiado pela Grande Mídia não será modificado em comparações esdrúxulas como os crimes de Bolsonaro na pandemia.
Gleisi Hoffmann e Barack Obama. Foto: Reprodução/Twitter
Barack Obama recentemente participou do Conversa com Bial na
Globo – e fez críticas a Lula, dizendo ter sido informado sobre escândalos de
corrupção em seu governo.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, respondeu ao ex-presidente
dos Estados Unidos.
Ela usou sua rede social.
No Twitter:
“Obama passou 8 anos fazendo guerras e espionagem, a serviço
da indústria de armas e do establishment de seu país. Acobertou um vice
investigado por corrupção e quer dar conselhos ao Brasil. Tem de explicar a sua
participação no golpe e na Lava Jato”.
Obama passou 8 anos fazendo guerras e espionagem, a serviço da indústria de armas e do establishment de seu país. Acobertou um vice investigado por corrupção e quer dar conselhos ao Brasil. Tem de explicar a sua participação no golpe e na Lava Jato https://t.co/2X1tOChNbR
"Para ganhar o segundo turno das eleições contra o
candidato apoiado pelos Estados Unidos, Aécio Neves, em 26 outubro de 2014, a
presidenta recém-reeleita do Brasil, Dilma Rousseff, sobreviveu a uma campanha
maciça de desinformação do Departamento de Estado estadunidense. Não obstante,
já está claro que Washington abriu uma nova ofensiva contra um dos líderes
chave dos BRICS, o grupo não alinhado de economias emergentes – Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul. Com a campanha de guerra financeira total dos
Estados Unidos para enfraquecer a Rússia de Putin e uma série de
desestabilizações visando a China, inclusive, mais recentemente, a “Revolução
dos Guarda-Chuvas” financiada pelos Estados Unidos em Hong Kong, livrar-se da
presidente “socialmente propensa” do Brasil é uma prioridade máxima para deter
o polo emergente que se opõe ao bloco da Nova (des)Ordem Mundial de
Washington."
O livro de Temer recém-lançado é uma tentativa de lavar sua
biografia de golpista.
A coisa se chama “A Escolha: Como um Presidente Conseguiu
Superar Grave Crise e Apresentar Uma Agenda Para o Brasil”.
Se Judas tivesse escrito as memórias dele, seria mais ou
menos nessa linha (“Como Salvei o Mundo Entregando o Nazareno”).
O professor de filosofia Denis Lerrer Rosenfield colecionou
o depoimento do sujeito a quente, enquanto ele conspirava.
Uma das revelações é o contato mantido com os chefes
militares desde 2015.
Havia um desgaste com o PT por causa da Comissão Nacional da
Verdade, do receio de que Dilma tentasse mudar a Lei da Anistia e de outros
temas que constavam do Programa Nacional de Direitos Humanos-3, de 2009.
Temer, o canalha, soube retribuir.
Após o impeachment, Villas Boas foi mantido no cargo e
Sérgio Etchegoyen nomeado ministro do novo Gabinete de Segurança Institucional
(GSI), recriado para acomodar os cúmplices.
Desde a redemocratização, o governo dele foi o primeiro a
colocar um militar, o general Joaquim Silva e Luna, no comando do Ministério da
Defesa, criado em 1999.
Foi também o primeiro a colocar um estado, o Rio de Janeiro,
sob intervenção federal.
Também era um militar o Secretário Nacional de Segurança
Pública, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, e a Funai chegou a ser
chefiada por outro, o general Franklimberg Ribeiro Freitas.
Temer assentou o terreno para o capitão Bolsonaro invadir a
democracia com tudo.
É uma figura desprezível, cujo maior temor hoje é o de
voltar para a prisão.
A obra ainda vem com uma piada de Delfim Netto de brinde.
“Não tenho a menor dúvida de que, quando chegar o julgamento
– sem ideologia e sem oportunismo -, Temer será classificado como um presidente
inovador e reformista”, escreve o signatário do AI-5 no prefácio.
Delfim e Temer estão no lixo da história, e não serão os
militares que os tirarão de lá.
Temer e militares, ao assumirem complô contra a presidenta
da república, em um "#estado#democrático
de #direito",
estariam assumindo um crime, mas a finalidade vai muito além
Militares mantinham contatos com o vice-presidente logo depois da reeleição de 2014, supostamente inconformados com o relatório da Comissão Nacional da Verdade. É o que o operador do PMDB confessa em livro.https://t.co/oeImq2rL30
Segundo Temer no seu livro, os militares sabiam que estava em andamento um golpe que interessava a uma potência estrangeira!!! Fica claro que os militares agiram como "quinta coluna"!!! Canalhas, são pagos e armados para defender o país de interferências estrangeiras!! Traidores! pic.twitter.com/QlJLvduSr2