"Relacionar o impeachment dela ao de Bolsonaro é falsa equivalência", aponta o colunista
247 – "Dilma tá certa. Relacionar o
impeachment dela ao de Bolsonaro é falsa equivalência. Houve golpe parlamentar
em 2016. Foi um impeachment sem crime de responsabilidade. No caso do genocida,
sobram crimes de responsabilidade. Não dá para reescrever a História. Falta de
aviso não foi", escreveu o jornalista Kennedy Alencar, em suas redes
sociais. Leia abaixo a nota da ex-presidente Dilma Rousseff, em que ela rebate
pontos escritos por Miriam Leitão:
Nota da ex-presidente Dilma Rousseff sobre o artigo de Miriam
Leitão deste domingo - Miriam Leitão comete sincericidio tardio em sua coluna
no Globo de hoje (24 de janeiro), ao admitir que o impeachment que me derrubou
foi ilegal e, portanto, injusto, porque, segundo ela, motivado pela situação da
economia brasileira e pela queda da minha popularidade. Sabidamente, crises
econômicas e maus resultados em pesquisas de opinião não estão previstos na
Constituição como justificativas legais para impeachment. Miriam Leitão sabe
disso, mas finge ignorar. Sabia disso, na época, mas atuou como uma das
principais porta vozes da defesa de um impeachment que, sem comprovação de
crime de responsabilidade, foi um golpe de estado.
Agora, Miriam Leitão, aplicando uma lógica absurda, pois
baseada em analogia sem fundamento legal e factual, diz que se Bolsonaro
"permanecer intocado e com seu mandato até o fim, a história será
reescrita naturalmente. O impeachment da presidente Dilma parecerá injusto e
terá sido." O impeachment de Bolsonaro deveria ser, entre outros crimes,
por genocídio, devido ao negacionismo diante da Covid-19, que levou brasileiros
à morte até por falta de oxigênio hospitalar, e por descaso em providenciar
vacinas.
O golpe de 2016, que levou ao meu impeachment, foi liderado por políticos sabidamente corruptos, defendido pela mídia e tolerado pelo Judiciário. Um golpe que usou como pretexto medidas fiscais rotineiras de governo idênticas às que meus antecessores haviam adotado e meus sucessores continuaram adotando. Naquela época, muitos colunistas, como Miriam Leitão, escolheram o lado errado da história, e agora tentam se justificar. Tarde demais: a história de 2016 já está escrita. A relação entre os dois processos não é análoga, mas de causa e efeito. Com o golpe de 2016, nasceu o ovo da serpente que resultou em Bolsonaro e na tragédia que o Brasil vive hoje, da qual foram cúmplices Miriam Leitão e seus patrões da Globo.
Revista Fórum
Ex-presidenta acusa jornalista de ser cúmplice da tragédia que levou a Bolsonaro
No #ElesNão do Jornal da Fórum, Cynara Menezes, Ivana Bentes e Laura Capriglione falam do passa-fora dado pela ex-presidenta Dilma Rousseff em Miriam Leitão, do jornal O Globo, após artigo em que a jornalista defende que, se Bolsonaro não sofrer impeachment, o dela foi "injusto". E mais: o evento de João Doria com Temer, FHC e Sarney; e orçamento para meio ambiente de Bolsonaro é o menor do século
Brasil de Fato
Reportagem da Al Jazeera desmascara participação da Globo no golpe - 31 de ago. de 2016
Reportagem da Al Jazeera English resolveu ir a fundo para desvendar a participação da Rede Globo no processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. A matéria destaca que o grupo configura o maior conglomerado midiático da América Latina e pertence à família Marinho, considerada a mais rica do Brasil.
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A LÓGICA ABSURDA DE MIRIAM LEITÃO
— Dilma Rousseff (@dilmabr) January 24, 2021
Processos são incomparáveis. Impeachment de 2016 usou pretextos fiscais; Bolsonaro deve ser punido por genocídio e descaso pela vacinação.
Leia a íntegra da nota no linkhttps://t.co/pPFKhMFCSL pic.twitter.com/O4Sumwlghz
Foi golpe, sim, @miriamleitao. Governo sem crimes que se quer trocar se troca COM ELEIÇÃO. Esse fato histórico vegonhoso contra Dilma em 2016 e amplamente apoiado pela Grande Mídia não será modificado em comparações esdrúxulas como os crimes de Bolsonaro na pandemia.
— Jandira Feghali 🇧🇷🚩 (@jandira_feghali) January 24, 2021