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sábado, 29 de maio de 2021

Carreata 'Fora Bolsonaro' em BH reúne centenas de manifestantes


Ato criticou a atuação do presidente na condução da crise causada pela pandemia da COVID-19


Manifestantes contra Bolsonaro levaram faixas pedindo a saída do presidente

 Manifestantes contrários ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se reuniram neste sábado (23/01), em Belo Horizonte, para pedir o o impeachment do presidente. Eles se concentraram no entorno do Mineirão, na Região da Pampulha, de onde saíram em carreata, a partir das 16h30, rumo ao Centro da capital.

Centenas de carros ocuparam a Avenida Afonso Pena, no Centro de BH

No chão da Avenida Abraão Caram, uma longa faixa foi estendida com o seguinte dizer: "Fora, Bolsonaro/Mourão".

Manifestantes contrários ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se reuniram na tarde deste sábado (23/01) em Belo Horizonte. Os manifestantes pedem o impeachment do presidente

Segundo os organizadores, a carreata teve início com cerca de 500 veículos, mas ganhou adesões ao longo do trajeto, chegando a reunir quase 1 mil carros.

Manifestantes usaram cartazes, balões, faixas e apitos para expressar a insatisfação com o governo federal. Muitos gritaram "Fora, Bolsonaro" e chamaram o presidente de "genocida".

Segundo os organizadores, a carreata teve início com cerca de 500 veículos, mas ganhou adesões ao longo do trajeto, chegando a reunir quase 1 mil carros.

Manifestantes usaram cartazes, balões, faixas e apitos para expressar a insatisfação com o governo federal. Muitos gritaram "Fora, Bolsonaro" e chamaram o presidente de "genocida".


 

 Ao passar pelos hospitais, foi feita a recomendação de que o ritmo fosse acelerado e que não houvesse barulho.


 

No início da noite, a carreata ocupou a Avenida do Contorno, com mais gritos de "Fora, genocida". Centenas de veículos seguiam o protesto com buzinaço.


 

 

 A carreata chegou ao fim na Avenida dos Andradas, por volta das 19h40, quando os coletivos que integraram o evento agradeceram a participação das centenas de veículos.

 

Desabafos pintados nos carros

A petição dos protestantes, em grande maioria, foi motivada pelo negacionismo em que o presidente encara a pandemia do novo coronavírus

Durante a concentração, a advogada Fabíola Raggi, de 53 anos, tentava fazer de seu carro uma caderneta de desabafo. "O espaço é pequeno pra falar tudo que eu quero", disse, enquanto pintava o veículo com dizeres contrários ao presidente.

"Ninguém aguenta mais esse desgoverno. Olha o preço do alimentos... Ninguem merece! Nada que ele fez presta. Fora as mortes do coronavírus que nem se fala. Acho que esse protesto dá força para os congressistas ouvirem o povo que já está farto", justifica Fabíola.

Erguendo uma bandeira branca intitulada com o nome do protesto, a professora universitária Janice Aparecida de Souza, de 53, saiu de casa determinada a fazer história: "Espero que o Brasil seja mais amoroso e inclusivo. Estou aqui hoje na expectativa de que a carreata nos leve a conseguir o impeachment do Bolsonaro".

Já a estudante Tayane Cristine Chaves de Oliveira, de 31, chamou o presidente de "genocida" e o responsabilizou pela crise sanitária, financeira e política do país.

"Vim lutar pelos direitos dos brasileiros. Por uma qualidade de vida melhor, pela democracia. Para vacina para todos. Lutar pelo auxílio emergencial. O povo não pode ficar sem renda básica pra sobreviver. O governo Bolsonaro é genocida. No momento que o povo mais precisa ele não prestou ao cidadão brasileiro. Estamos carentes, sem governo", reclama Tayane.


Câmara já tem mais de 60 pedidos de impeachment


Bolsonaro é o líder do executivo que mais recebeu pedidos de impeachment na história do Brasil. Até agora foram mais de 60 pedidos apresentados ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A lei que dá base para a maioria dos pedidos apresentados é a 1.079, de 1950, que discrimina os crimes de responsabilidade.

Segundo a norma, se enquadram neste tipo de crime os atos do Presidente da República que atentarem contra a Constituição Federal e especialmente contra a existência da União, o livre exercício dos poderes, a segurança interna do país, o direito político dos indivíduos, a probidade administrativa, a lei orçamentária e o cumprimento das decisões judiciais. 

Fonte: Estado de Minas


UOL

Manifestantes caminham com bandeirão com gritos de "Fora Bolsonaro" em Belo Horizonte

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segunda-feira, 3 de maio de 2021

Réu confesso, crime 4: Cloroquina para enganar e matar brasileiros


A cloroquina foi peça fundamental na propaganda negacionista de Bolsonaro e um dos motivos de ele trocar médicos por um general no comando do Ministério da Saúde



CPI da Covid, no Senado, começa nesta semana a colher os primeiros depoimentos, ouvindo os ex-ministros da Saúde de Bolsonaro — Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello —, além do atual ocupante da pasta, Marcelo Queiroga, e do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres.

As audiências serão uma oportunidade de, entre outras coisas, explicar ao país por que Jair Bolsonaro defendeu tanto o uso da hidroxicloroquina e outras drogas sem eficácia, o famigerado Kit Covid. Hoje, já ficou claro que o atual presidente nunca se importou com o fato de os remédios funcionarem ou não contra o novo coronavírus. A principal função desses medicamentos sempre foi dar aos brasileiros uma falsa sensação de segurança.

Como já mostrado aqui na série Réu Confesso, Bolsonaro implementou a assassina estratégia de “imunização de rebanho”. Por isso precisava que a população acreditasse no engodo da cloroquina e não se protegesse em casa, ajudando-o a alcançar logo a meta de infectar “60% ou 70% das pessoas”, como não se cansou de repetir. Em outras palavras, a cloroquina era uma peça chave da propaganda negacionista posta em prática pelo atual presidente.


PT - Partido dos Trabalhadores

Crime 4: Pressão para uso de remédio sem eficácia

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“Não vou manchar minha história”

Dessa maneira, Bolsonaro passou a pressionar o Ministério da Saúde para recomendar oficialmente o uso da cloroquina. O problema é que nem mesmo Luiz Henrique Mandetta nem Nelson Teich, médicos que aceitaram participar de um governo cuja política de saúde passava pelo desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS) e pela extinção de programas como o Mais Médicos, quiseram sujar suas reputações recomendando um remédio sem eficácia e que, ainda por cima, representa riscos à saúde.

Assim, tanto Mandetta quanto Teich deixaram o cargo quando a pressão pela recomendação oficial da cloroquina ficou muito grande. E a exposição desse motivo preocupa o governo, tanto que a Casa Civil da Presidência da República, ao elaborar a lista de crimes pelos quais Bolsonaro poderia ser acusado na CPI da Covid, anotou, no item 21: “O Presidente Bolsonaro pressionou Mandetta e Teich para obrigá-los a defender o uso da Hidroxicloroquina”.

Ora, a pressão foi clara. Nelson Teich, ao deixar o governo após ficar menos de um mês no ministério, afirmou em entrevista ao jornal O Globo, em 24 de maio de 2020: “É óbvio que antecipar o uso da cloroquina teve peso (na minha saída). O presidente achava que era melhor antecipar, e eu achava que não”. Nove dias antes, ao sair do cargo, havia dito: “Não vou manchar a minha história por causa da cloroquina”.

Quatro meses mais tarde, em setembro de 2020, Mandetta lançou o livro Um paciente chamado Brasil, no qual expôs todo o plano de Bolsonaro para usar a cloroquina como armas da imunização de rebanho:


  • “Nunca na cabeça dele houve a preocupação de propor a cloroquina como um caminho de saúde. A preocupação dele era sempre ‘Vamos dar esse remédio porque, com essa caixinha de cloroquina na mão, os trabalhadores voltarão à ativa. (…) O projeto dele para combate à pandemia é dizer que o governo tem o remédio e quem tomar o remédio vai ficar bem. Só vai morrer quem ia morrer de qualquer maneira”.

Bolsonaro troca médico por general

Teich e Mandetta aceitaram conviver com os absurdos de Bolsonaro até chegar ao ponto em que precisaram escolher entre manter-se em um governo assassino e preservar a reputação como médicos. Percebendo isso, o presidente decidiu colocar à frente do Ministério da Saúde Eduardo Pazuello, que não é médico, mas um general que se mostrou disposto a ajudá-lo em sua política de morte.

Cinco dias apenas depois da saída de Teich, Pazuello, ainda como ministro interino, assinou um protocolo para ampliar a recomendação do uso da cloroquina por pacientes com Covid-19. A droga sem eficácia chegou a ser incluída no aplicativo oficial Trate-Cov, fato investigado pelo Ministério Público.

O resultado da gestão Pazuello, todos conhecem. No período que ficou à frente do Ministério da Saúde, o Brasil recusou a oferta de vacinas, assistiu a pacientes morrerem por falta de oxigênio, tornou-se incubadora de novas cepas e ameaça global, e viu o número de mortes por Covid-19 saltar de 15 mil para 290 mil, no dia de sua saída, em 19 de março deste ano.

Fonte: PT Brasil


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sábado, 1 de maio de 2021

Parlamento Europeu acusa Bolsonaro de “gestão criminosa” na pandemia e cobra investigação


Em resolução aprovada por maioria, eurodeputados pedem que autoridades que promovem desinformação sejam processadas e levadas à Justiça


Deputada alemã Anna Cavazzani (Reprodução/Parlamento Europeu)

Em debate promovido nesta quinta-feira (29) no Parlamento Europeu sobre a pandemia da Covid-19 na América Latina e violação dos direitos humanos, eurodeputados fizeram duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro, acusado por eles de promover uma “gestão criminosa” da crise sanitária no Brasil.

Segundo reportagem de Jamil Chade, no UOL, deputados aprovaram uma resolução por maioria absoluta que recomenda que autoridades que fizeram campanhas de desinformação sejam processadas e levadas à Justiça. Apesar de não citar diretamente o presidente brasileiro, o documento foi visto como investida dos parlamentares contra a gestão da pandemia no Brasil.

Durante o debate, no entanto, o nome de Bolsonaro não foi poupado. A condenação foi geral ao negacionismo do presidente brasileiro.

“Com a gestão criminosa de Bolsonaro, ele em vez de fazer guerra ao vírus faz guerra contra a ciência”, acusou o deputado espanhol Miguel Urban Crespo, da esquerda europeia. Para ele, Bolsonaro faz “necropolítica e lesa humanidade”, acrescentando que “Bolsonaro é não apenas um perigo para o Brasil, mas para o mundo inteiro”.

A deputada alemã Anna Cavazzani afirmou que a tragédia sanitária no Brasil poderia ter sido evitada. “São quase 400 mil mortos no Brasil. É uma tragédia provocada por decisões políticas deliberadas. Para nenhum governo foi fácil. Mas tentar uma coisa, recusar é outra”, disse.

O texto aprovado não gera uma obrigação legal, mas reforça o isolamento do Brasil no exterior e a imagem desgastada de Bolsonaro na Europa.

Fonte: Revista Fórum


Alencar Santana Braga 13

Deputada da Alemanha detona Bolsonaro no Parlamento Europeu

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Fernanda PSOL

Diante da delegação UE-Brasil presente hoje no Parlamento Europeu, o eurodeputado Miguel Urbán denuncia a política genocida de Bolsonaro, que levou a uma crise humanitária, sanitária e econômica sem precedentes no Brasil. Para derrotar Bolsonaro e a extrema-direita, a luta é internacional!

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quinta-feira, 29 de abril de 2021

'Vi famílias dizimadas': relatos dramáticos da pandemia que deixou 400 mil mortos no Brasil


Desde o primeiro caso confirmado de covid-19 no Brasil, no fim de fevereiro de 2020, a rotina dos profissionais de saúde mudou. Com o aumento de infecções e mortes pela doença, médicos e enfermeiros na linha de frente dos atendimentos passaram a viver o período mais difícil de suas carreiras.



 "Existe uma exaustão entre esses profissionais de saúde há mais de um ano. É um estresse 24 horas, como a gente nunca viveu. É uma exaustão física e emocional. Estamos trabalhando 24 horas salvando vidas", diz o cardiologista Roberto Kalil, presidente do Conselho Diretor do Instituto do Coração em São Paulo.


Nesta quinta-feira (29/04), o Brasil atingiu a marca de 400 mil mortes pela covid-19, em meio ao seu mês mais letal da pandemia — em abril já foram registradas mais de 75 mil mortes pela doença, enquanto em março deste ano, até então o período com mais óbitos, foram 66 mil.

Em meio às centenas de milhares de mortes, os profissionais de saúde acompanham diversas cenas que ilustram a tragédia do novo coronavírus.

Despedidas, mortes por falta de recursos básicos e óbitos de diferentes integrantes da mesma família são algumas das situações que marcam os trabalhadores na linha de frente.

"É o pior período para a saúde mental dos profissionais de saúde. Muitos médicos pararam de dar plantão ou diminuíram o ritmo de trabalho porque estavam muito estressados. Tem sido um período muito grande de estresse", relata o médico intensivista José Albani de Carvalho.

Os profissionais de saúde relatam que cenas difíceis de serem esquecidas se tornaram cada vez mais comuns em meio à pandemia. Para dimensionar a tragédia vivida no país de 400 mil mortes pela doença, a BBC News Brasil pediu para médicos relatarem algumas das situações mais dramáticas que presenciaram desde o ano passado.

'Vimos um paciente morrer atrás do outro'

Em janeiro, Manaus viveu tragédia da falta de oxigênio medicinal. Caso se tornou alvo de investigação

O médico cirurgião Pierre Oliva Souza nunca esquecerá as cenas que presenciou no plantão que começou da noite de 14 de janeiro até o dia seguinte, em uma unidade de saúde em Manaus, no Amazonas.

Ele chegou para o plantão no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Joventina Dias por volta das 19h. Na unidade, logo foi informado por um colega que não havia estoque de oxigênio medicinal — item fundamental para auxiliar pacientes com dificuldades respiratórias, como aqueles com quadro grave de covid-19.

"Havia apenas dois cilindros de oxigênio, que durariam por algumas horas somente, porque a unidade estava lotada. Normalmente, havia 20 pacientes com suspeita de covid-19 que precisavam desse oxigênio, mas naquele período tinha mais de 40", relata o médico.

Ele conta que alguns gestores da região falaram que logo chegaria um caminhão carregado com oxigênio. "Deram falsas esperanças, porque isso não era verdade. Não havia oxigênio em lugar nenhum de Manaus, porque também faltou no mesmo dia em outras dezenas de unidades do Amazonas", comenta.

Na madrugada de 15 de janeiro, o oxigênio acabou completamente no SPA Joventina Dias. "Ninguém tinha avisado, dias antes, que o estoque de oxigênio estava acabando no Estado. Foi muito chocante para todo mundo", diz Souza.

"A gente sabia o quanto essa falta de oxigênio seria danosa e grave. O governador chegou a comentar, na semana anterior, que o Estado estava à beira de uma crise de oxigênio, por causa do aumento de casos de covid-19. Mas nós, profissionais de saúde, não tínhamos noção de como, de fato, a situação estava", diz o médico.

"Por causa da falta de oxigênio, a equipe de saúde teve que assumir a difícil decisão de quem vai sobreviver ou morrer por conta da absoluta falta de estrutura. Vimos um paciente morrer atrás do outro naquela madrugada. Eles definhavam, buscavam respirar, ficavam com a coloração azulada e morriam asfixiados na nossa frente. Não tínhamos o que fazer", relata Souza.

Segundo Souza, somente no SPA Joventina Dias foram contabilizadas oito mortes naquela madrugada. O médico relata que, normalmente, havia duas ou três mortes por plantão. "Sei de lugar que registrou mais de 20 mortes por causa da falta de oxigênio", comenta.

A situação no Amazonas se tornou notícia em todo o mundo. Diversos pacientes foram transferidos para outros Estados. Posteriormente, a cidade recebeu abastecimentos de oxigênio. "A situação foi normalizada depois. Hoje as coisas estão bem, principalmente porque os números de internações caíram nas últimas semanas", diz o médico.

Apurações apontam que a falta de oxigênio causou dezenas de mortes no Amazonas em meados de janeiro.

Então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello afirmou, na época, que foi avisado por volta de 8 de janeiro que o alto número de internações em Manaus até quintuplicou o uso do oxigênio medicinal. Em razão disso, segundo ele, o Ministério da Saúde logo passou a tomar providências junto com o governo estadual e a prefeitura.

De acordo com a CNN Brasil, o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campelo, alegou, em depoimento à Polícia Federal que a falta de oxigênio ocorreu porque a principal fornecedora do insumo no Estado informou somente dias antes que não teria capacidade de atender a demanda na região, em razão do aumento de internações.

Segundo o secretário, o governo local logo comunicou o Ministério da Saúde e foram adotadas todas as medidas necessárias para o "enfrentamento de uma crise de saúde sem precedentes na história do Amazonas".

Em meados de abril, o Ministério Público Federal (MPF) do Amazonas apresentou uma ação de improbidade administrativa por omissão sobre a crise no fornecimento de oxigênio medicinal no Amazonas. Entre os alvos do procedimento estão três secretários do Ministério da Saúde e o então responsável pela pasta, general Eduardo Pazuello, e dois integrantes do governo do Amazonas, entre eles o secretário estadual de Saúde, Marcellus Campelo.

O MPF apontou falhas como omissão no monitoramento da demanda de oxigênio medicinal e adoção de medidas para evitar o desabastecimento, além de demora nas transferências de pacientes para outros Estados. O caso segue na Justiça Federal do Amazonas.

Mais de três meses depois, as cenas de meados de janeiro agora fazem parte das piores lembranças da pandemia para os profissionais de saúde do Amazonas.

"Eu vou superar, porque nosso trabalho pede, mas não vou esquecer nunca. Apesar de todo ensinamento que tivemos na faculdade, nunca pensei que fosse viver em tempos de paz aquilo que só acontece na guerra, que é escolher quem vai viver ou morrer", desabafa Souza.


'Vi famílias dizimadas'

O médico intensivista José Albani de Carvalho, que atua em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de hospitais da grande São Paulo, comenta que algumas das situações mais tristes que presenciou envolvem as mortes de membros de uma mesma família pela covid-19.

"Ver famílias inteiras morrendo foi uma das coisas que mais me marcaram. Não foi uma, nem duas, nem três. Foram vários casos de irmãos, pais e filhos ou outros parentes morrendo com diferenças de horas ou dias. A grande verdade é que na minha vida inteira nunca tinha visto isso tão frequentemente", desabafa o médico, que trabalha em UTIs há mais de 30 anos.

"Teve uma família em que morreram três irmãos em dois dias. Dois deles estavam em leitos próximos. Isso impacta muito, porque você vê uma família ser dizimada", diz o médico.

Ele detalha o caso de três mortes de pessoas na faixa dos 40 anos que eram da mesma família. "O rapaz foi intubado com covid-19. A mulher dele foi internada, mas parecia que evoluiria bem e não precisaria ser intubada. Mas é muito difícil saber, porque às vezes um paciente demora 10 dias na UTI e você não sabe para onde ele vai, se vai melhorar ou piorar", comenta Albani.

"O rapaz acabou morrendo. A mulher dele, que a gente achava que daria alta em poucos dias, piorou também e foi intubada. Dias depois, ela morreu. Depois, a irmã dela, que estava internada no hospital, também faleceu", relata o médico.

O intensivista foi o responsável por contar sobre as mortes à família. "Nunca é fácil comunicar isso, porque você acompanha essas famílias e aquele sofrimento durante as internações, que muitas vezes duram dias ou semanas", diz.

"Por incrível que pareça, esse comunicado para as famílias acaba sendo algo que a gente se acostuma. Não é ser insensível, mas é que há mais de 30 anos na UTI isso acaba se tornando algo do cotidiano. Mas claro, quando você vai comunicar três mortes para uma mesma família, como tem acontecido em alguns casos, é mais difícil", acrescenta Albani.

O médico comenta que os familiares dos pacientes sempre reconhecem o trabalho dos profissionais de saúde.

Enquanto precisam enfrentar números de internações e mortes como nunca tinham presenciado em período recente, os profissionais de saúde também enfrentam o estresse causado pela falta de cuidados de muitos em relação ao coronavírus.

"Do ponto de vista da sociedade em geral os profissionais de saúde não são reconhecidos. Enquanto vemos as dificuldades, as mortes e trabalhamos sob muito estresse, há muitas pessoas nas ruas que falam que máscara é bobagem e fazem aglomerações. Olhar essas situações causa ainda mais estresse a esses profissionais", desabafa Albani.

'Ficamos com medo de dar a notícia da morte da esposa'

'Nenhuma outra doença tinha esse agravante de muitas pessoas da mesma família morrendo juntas. Os casos são impactantes', diz médica

Para a médica Luisa Frota Chebabo, um dos momentos mais tristes da pandemia envolveu uma família completamente afetada pela covid-19. Ela conta que foram internados mãe, pai e filho no mesmo dia em um mesmo hospital público da capital do Rio de Janeiro, em novembro passado.

"A mãe (de 60 anos) chegou muito grave e foi intubada no momento da admissão (no hospital). O pai e o filho estavam um pouco mais estáveis", diz Luisa.

Ela comenta que os leitos de covid-19 estavam sobrecarregados na unidade de saúde, por isso os três integrantes da mesma família tiveram de ficar na área de emergência.

"O filho foi mantido em observação, sem precisar de oxigênio suplementar. O pai necessitou do oxigênio. Os dois ficaram ao lado da mãe, intubada em estado grave", detalha a médica.

Luisa conta que o pai, que tinha 62 anos, dizia para todos os médicos que o filho havia frequentado festas e transmitiu a covid-19 para a família.

No dia seguinte à internação, o pai foi internado em um leito que ficou vago na enfermaria de covid-19. O filho, por volta dos 30 anos, se recuperou e logo teve alta hospitalar. A mãe continuava em estado grave na emergência.

"O pai foi internado com piora progressiva. Todos os dias, ele perguntava pela esposa, que também estava piorando cada vez mais", detalha a médica.

Dois dias após chegar na unidade de saúde, a mãe da família morreu. "O marido dela, cada vez mais precisando de suplementação de oxigênio, continuava perguntando pela esposa", diz Luisa.

"A gente falava para ele que não tinha como ver muitos detalhes sobre ela, já que estava internada em outro setor. Mas a gente falava que ela continuava intubada, mesmo após a morte dela", relata a médica.

"Esse paciente era bem ansioso, então ficamos com medo de dar a notícia do falecimento e precipitar uma descompensação da parte respiratória. A própria família falou que era melhor não dar a notícia enquanto ele não melhorasse, por causa desse componente de ansiedade importante", diz Luisa.

A equipe médica optou por informar sobre a morte da companheira somente quando o homem apresentasse melhora clínica. Cinco dias após o falecimento da esposa, ele foi intubado. Três dias depois, morreu. "Somente o filho ficou bem", diz Luisa.

A médica comenta que histórias como a da família que ela acompanhou em novembro demonstram a gravidade da covid-19 em comparação a outras enfermidades. "Nenhuma outra doença tinha esse agravante de muitas pessoas da mesma família morrendo juntas. Os casos são impactantes", diz a médica.

Jovens internados

'No ano passado, a gente via pessoas mais velhas na UTI. Agora vemos muitos jovens. Muita gente fica grave rapidamente'

O cardiologista Roberto Kalil, que está há mais de três décadas na Medicina, não tem dúvidas de que tem vivido o período mais dramático de sua carreira.

"O que impacta é a agressividade do vírus, que até então (antes do início da pandemia) era algo inesperado. É uma agressividade tanto na fase hospitalar como até, em alguns casos, depois da alta", relata o médico, que atua em hospitais de São Paulo.

Uma das situações que mais impactaram Kalil foi quando notou, neste ano, a explosão de casos de covid-19 e a gravidade que a doença passou a ter também entre muitos pacientes mais jovens, que foram parar na UTI ou até morreram.

"No ano passado, a gente via pessoas mais velhas na UTI. Agora vemos muitos jovens. Muita gente fica grave rapidamente", diz à BBC News Brasil.

Ele comenta que o agravamento do quadro entre os mais jovens é em razão da variante P.1, descoberta em janeiro em Manaus. A maior incidência entre os mais novos é uma das características associadas à nova variante.

A maioria dos casos registrados em 2021 em São Paulo, por exemplo, se concentra entre pessoas de 20 a 54 anos. Na Grande São Paulo, dados do início de março mostraram que 80% dos pacientes haviam sido infectados pela P.1.

Dados do governo paulista apontam que na primeira onda da pandemia mais de 80% dos leitos UTIs eram ocupados por idosos e portadores de doenças crônicas. Agora, 60% das vagas são ocupadas por pessoas de 30 a 50 anos, a maioria sem doença prévia.

Essa variante do coronavírus é mais contagiosa, entre outros motivos, por causa de mutações que facilitaram a invasão de células humanas. Essa característica pode estar ligada a duas hipóteses que estão próximas de serem confirmadas por cientistas: agravamento mais rápido do quadro de saúde e maior letalidade.

Conforme mostrado em reportagem da BBC News Brasil em 19 de abril, uma das principais hipóteses para que a nova variante afete duramente os mais jovens é a busca tardia por atendimento, quando a doença está bastante agravada, muitas vezes de forma silenciosa.

Um dos principais benefícios da busca por atendimento antecipado é o uso do oxigênio medicinal, que pode ajudar a evitar um maior comprometimento dos pulmões. Além disso, o acompanhamento médico logo nos primeiros sintomas pode evitar maiores complicações em outros órgãos.

Para o cardiologista Roberto Kalil, o cenário da pandemia no Brasil pode melhorar, aos poucos, com a vacinação. Porém, diante da falta de prazo para o avanço da imunização, que ainda está na fase dos grupos prioritários, ele avalia que os trabalhadores na linha de frente ainda devem enfrentar muito estresse em decorrência da sobrecarga no sistema de saúde.

"Espero que o cenário melhore a cada semana, mas ainda estamos longe de sair da pandemia', diz Kalil.

A pediatra em estado grave

'Ela, como médica, também percebeu que não estava evoluindo bem', relata especialista

Entre as histórias que acompanhou desde o início da pandemia, o médico Lucas Antony se recorda do caso de uma pediatra aposentada que foi internada com a covid-19 em janeiro deste ano.

A idosa, de 85 anos, chegou ao hospital particular, na capital Rio de Janeiro, com dificuldades respiratórias. "Ela foi internada e usamos uma máscara de ventilação não-invasiva nela. Mas a paciente não estava respondendo bem. Ela, como médica, também percebeu que não estava evoluindo bem", diz Antony.

O quadro da aposentada se agravou e ela precisou ser intubada no dia seguinte à chegada ao hospital. Antony afirma que a situação se tornou mais difícil por se tratar de uma paciente que era médica e sabia da gravidade de seu próprio quadro.

"Ela estava falando com a gente com a máscara de oxigênio e debatendo o caso dela quando informamos que ela precisaria ser intubada. Em certo momento, ela parou de falar, ficou olhando para frente e disse que só queria ir para casa", relembra o médico.

Enquanto era intubada, a pediatra reparou em uma enfermeira que a auxiliou. "Ela perguntou se a enfermeira já havia sido, na infância, atendida em um determinado serviço médico. A enfermeira disse que não que ela soubesse, mas a pediatra falou que lembrava dela", relata Antony.

Horas após a pediatra ser intubada, a enfermeira entrou em contato com a mãe. "A mãe da enfermeira disse que ela levava a filha para ser atendida naquele serviço (citado pela médica aposentada) na infância. Então, provavelmente essa pediatra atendeu a enfermeira em algum momento", conta o médico.

Dois dias após ser intubada, a pediatra aposentada não resistiu às complicações da covid-19. O médico relata que ficou comovido com o caso da paciente por ser uma médica que sabia que não resistiria à doença e pela lembrança que ela teve da enfermeira. "Foi uma história que me marcou", diz.

Fonte: BBC News Brasil


UOL

400 mil mortos por covid-19 no Brasil: luto atinge milhões de pessoas

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quinta-feira, 4 de março de 2021

Mais um recorde: Brasil tem 1910 mortes por Covid


Dados divulgados pelo Conass mostram o país próximo de 2 mil vidas perdidas para a doença em apenas um dia


Humor Político

Dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) mostram que o Brasil ultrapassou mais um recorde macabro nesta quarta-feira (3) diante do avanço da pandemia de Covid-19.

Foram 1.910 óbitos confirmados nas últimas 24h, uma marca que supera de longe qualquer outra já vista desde o início da pandemia no país. Com um possível colapso sanitário nacional, é bem provável que o Brasil ultrapasse as 2 mil mortes diárias nos próximos dias.

Na contagem do Conass, o país já viu a morte de 259 mil brasileiros para a Covid.

Além disso, foram 71,7 mil novos casos confirmados da doença, totalizando 10,7 milhões de infectados desde o início da pandemia.

A média móvel de óbitos chegou a 1.331, enquanto média móvel de casos alcançou 56.310. Os dois índices bateram recorde.


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SBT Jornalismo

Covid-19: Brasil registra 1910 mortes, maior número desde início da pandemia | SBT Brasil (03/03/21)

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Brasil ultrapassa 250 mil mortes causadas pela Covid-19


País soma 10.324.463 casos e 250.061 mortes por coronavírus


Enterros de pessoas que faleceram por causa da Covid-19 no cemitério Nossa Senhora Aparecida em Manaus (AM) Foto: Sandro Pereira/Estadão Conteúdo

O Brasil ultrapassou nesta quarta-feira (24) a marca de 250 mil mortes causadas pelo coronavírus, de acordo com dados coletados pela CNN com as secretarias estaduais de Saúde. No total, o Brasil soma 10.324.463 casos e 250.061 mortes por Covid-19.

Nas últimas 24 horas, o país registrou mais 1.428 mortes e 66.588 casos confirmados da doença, segundo informações do Ministério da Saúde.


Leia mais


São Paulo é o estado com maior número de casos e mortes geradas pela doença, são 2.002.640 diagnósticos positivos e 58.528 óbitos. Em seguida, Minas Gerais aparece como o segundo estado com mais contaminados e mortes, sendo 853.459 infecções e 17.974 vítimas.

A Bahia também está no topo, como o terceiro estado brasileiro com mais casos e mortes de Covid-19. O estado soma 664.904 diagnósticos e 11.388 mortos, registrados até esta quarta-feira (24). 

Em menos de dois meses, o estado do Amazonas tem mais mortes por Covid-19 do que todo ano de 2020. 

Segundo o boletim epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde do estado, o Amazonas registrou, além das mais de 10 mil mortes, 309.311 casos confirmados da Covid-19. Apenas em 2021, foram contabilizadas 108.298 infecções. Em 2020, foram 201.013 - ou seja, em menos de dois meses, este ano já registrou quase metade dos casos confirmados de março a dezembro de 2020.

Em São Paulo, o governo anunciou nesta quarta-feira (24) que irá restringir a circulação das 23h às 5h em todo o estado, a fim de conter a disseminação do vírus no estado. 

Fonte: CNN Brasil


Jornal da Gazeta

O Brasil passou a marca dos 250 mil mortos pela covid-19. Os governos do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina enviaram ofício ao Governo Federal pedindo ajuda para custeio de medicamentos e leitos de UTI, além de mais vacinas. Os três estados receberam nova remessa com doses hoje. No Rio de Janeiro, a vacinação na capital será retomada amanhã. E novas restrições começaram a valer no Piauí, também pela alta ocupação nas UTIs.

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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Rejeição ao trabalho de Bolsonaro volta a 48%, o recorde na pandemia


Taxa é igual à de junho de 2020. Desaprovação ao governo é de 49%


O presidente Jair Bolsonaro durante entrevista do Palácio do Planalto; rejeição a seu trabalho é a mais alta

O trabalho de Jair Bolsonaro como presidente é rejeitado por 48% dos brasileiros. A proporção dos que consideram o desempenho do mandatário “ruim/péssimo” não ficava tão alta desde junho de 2020, quando alcançou os mesmos 48%.

A taxa está 7 pontos percentuais maior do que a de 15 dias, quando a desaprovação era de 41%. O grupo que o avalia como “regular” também caiu: eram 22%; agora são 18%. É o que mostra pesquisa PoderData realizada de 15 a 17 de fevereiro de 2021.



A taxa dos que consideram o trabalho de Bolsonaro “ótimo/bom” variou dentro da margem de erro da pesquisa: de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Ficou em 31%.

Apesar do aumento da rejeição, desde o início da pandemia, mesmo nos seus piores momentos, como agora, nunca Bolsonaro deixou de ter o apoio de aproximadamente ⅓ do eleitorado.

No levantamento desta semana, pelo menos 2 fatores podem ter impulsionado a queda da popularidade do trabalho pessoal do presidente:

  • auxílio emergencial: o efeito do término definitivo do pagamento (agora sentido por todos que recebiam) e as indefinições a respeito da prorrogação. Até o fim de janeiro, Bolsonaro insistia na interrupção. Agora, já fala que o benefício voltará em março. Saiba o que estuda o governo;
  • vacinação contra covid-19: a pesquisa coincidiu com o período no qual diversas cidades anunciaram a suspensão da imunização por falta de doses.

Não por acaso, a rejeição ultrapassa os 50% em todas as faixas de renda acima de 2 salários mínimos. Nas demais, a reprovação também está acima dos que consideram o trabalho de Bolsonaro “ótimo/bom”. O desempenho entre os mais pobres piorou frente à última pesquisa.



A pesquisa foi realizada pelo PoderDatadivisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

Foram 2.500 entrevistas em 457 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os brasileiros que representem de forma fiel o conjunto da população.

Eis os recortes por sexo, idade, região, nível de instrução e renda:




AVALIAÇÃO DO GOVERNO

Quando o PoderData faz uma pergunta simples (“você aprova ou desaprova o governo?”), as variações ficaram dentro da margem de erro (2 pontos percentuais).

Os que desaprovam são 49% (eram 48% há duas semanas). Já os que aprovam somam 43% (antes, eram 40%).

As repostas a essa pergunta indicam que, apesar do mau momento, Bolsonaro segue ainda com apoio expressivo quando o eleitor é forçado a dizer de maneira binária se aprova ou desaprova o governo.



Quando se levam em conta os recortes demográficos é possível identificar maior desaprovação entre: mulheres (53%); pessoas de 25 a 44 anos ou com mais de 60 (53%); na região Nordeste (54%); pessoas com nível superior (61%) e com renda de 2 a 5 salários mínimos (60%).

Leia a estratificação completa:




OS 18% QUE ACHAM BOLSONARO “REGULAR”

No Brasil, pergunta-se aos eleitores como avaliam o trabalho do governante. As respostas podem ser: ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo. Quem considera a atuação “regular” é uma incógnita.

Para entender qual é a real opinião dessas pessoas, o PoderData faz um cruzamento das respostas desse grupo com os que aprovam ou desaprovam o governo como um todo.

Os resultados mostram que 43% desse grupo dizem aprovar o governo quando dadas apenas duas opções. Os que desaprovam são 49%.



A taxa dos que avaliam o desempenho do governo positivamente dentre este grupo cresceu 7 pontos percentuais em relação à última pesquisa. Eis a evolução dentro deste recorte:



O conteúdo do PoderData pode ser lido nas redes sociais, onde são compartilhados os infográficos e as notícias. Siga os perfis da divisão de pesquisas do Poder360 no Twitter, no Facebook, no Instagram e no LinkedIn.

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Band Jornalismo

Desaprovação do presidente Bolsonaro cresce 7 pontos percentuais

A avaliação do presidente Jair Bolsonaro piorou neste mês de fevereiro. O grupo dos que avaliam o trabalho dele como ruim ou péssimo cresceu de 41% para 48%, ou seja, alta de sete pontos percentuais.

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Bolsonaro usou fundo de combate à pandemia para produzir hidroxicloroquina

 

O governo distribuiu, entre setembro de 2020 e janeiro de 2021, 420 mil doses do medicamento para tratar pacientes com Covid-19


Caixa de sulfato de hidroxicloroquina - Foto: Reprodução/Twitter

O governo de Jair Bolsonaro distribuiu, entre os meses de setembro de 2020 e janeiro de 2021, 420 mil doses de hidroxicloroquina para tratar pacientes com Covid-19. A informação foi confirmada pelo Exército à reportagem de José Brito, da CNN.

Embora o presidente defenda o uso do medicamento no tratamento contra a Covid, não existe evidência científica de que o remédio tenha eficácia contra a doença.

Conforme documentos obtidos pela CNN, os recursos para a produção e distribuição de hidroxicloroquina saíram do fundo emergencial para combate à pandemia.

Benjamin Zymler, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), concedeu prazo de 15 dias, a partir do dia 8 de fevereiro, para o Comando do Exército e o Ministério da Saúde esclarecerem sobre a produção e a distribuição de cloroquina no país.

O Exército precisa informar, também, se ainda existe estoque da hidroxicloroquina doada pelos Estados Unidos, além da estimativa de produção de cloroquina 150 mg para 2021.

O Ministério da Saúde recomendou a cloroquina para o tratamento precoce da Covid-19 em maio de 2020. No mês seguinte, estendeu a recomendação para crianças e mulheres grávidas, no mesmo dia em que a Food and Drug Administration (FDA), órgão norte-americano equivalente à Anvisa, revogou a autorização de uso emergencial do medicamento nos EUA.

Fonte: Revista Fórum


Vozes da Democracia - Senador Humberto

Ao invés de buscar vacinas, o Ministério da Saúde fez a Fiocruz produzir cloroquina para combater a Covid-19. E gastou milhões destinados ao enfrentamento da pandemia para isso.

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No Twitter 


 

Rio suspende vacinação por falta de doses enquanto Bolsonaro aglomera em praia de SC


Enquanto o presidente Jair Bolsonaro aglomera na Praia do Forte, em São Francisco do Sul (SC), o prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), anuncia que a cidade terá de interromper a campanha de vacinação contra a Covid-19 na quarta-feira (17) por falta de doses do imunizante.



“Recebi a notícia de que não chegaram novas doses. Teremos que interromper amanhã a nossa campanha. Hoje vacinamos pessoas de 84 anos e amanhã de 83. Estamos prontos e já vacinamos 244.852. Só precisamos que a vacina chegue. Nova leva deve chegar do Butantan na próxima semana”, escreveu em suas redes sociais Eduardo Paes.

Já em Santa Catarina, onde passa o feriadão do Carnaval, Bolsonaro tem aglomerado com apoiadores, não usa máscara, e ainda se irrita com perguntas sobre a volta do auxílio emergencial de R$ 600.

Sobre a vacina, então, parece um problema distante do presidente da República em um momento que o Brasil só vacinou apenas 2,5% da população de um total de 212 milhões de almas.

A título de comparação, Israel vacinou 70% de sua população formada por 9 milhões de habitantes.

“Infelizmente, a gente vai ter que interromper o calendário, voltar para o calendário original, porque a gente antecipou uma semana o calendário no Rio”, lamentou Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde, enquanto Bolsonaro se diverte e aglomera no litoral catarinense.

A falta de vacinas não é uma exclusividade do Rio. Pelo contrário. A vacinação também foi interrompida em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, no domingo (14). Motivo: falta de imunizante.

Fonte: Blog do Esmael


Jornal O Globo


A cidade do Rio de Janeiro vai interromper a campanha de vacinação contra covid-19 a partir desta quarta-feira, dia 17. A vacinação será suspensa após pessoas com 83 anos receberem a primeira dose. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, explicou em mensagem no Twitter que o município contava com a entrega de novo lote de imunizantes do Instituto Butantan nesta segunda-feira, dia 15, para continuar a campanha. A expectativa, agora, é de que mais doses cheguem na próxima semana. O Brasil registrou a maior média móvel de óbitos desde o início da pandemia.

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