Ato criticou a atuação do presidente na condução da crise causada pela pandemia da COVID-19
No chão da Avenida Abraão Caram, uma longa faixa foi estendida com o seguinte dizer: "Fora, Bolsonaro/Mourão".
Segundo os organizadores, a carreata teve início
com cerca de 500 veículos, mas ganhou adesões ao longo do trajeto,
chegando a reunir quase 1 mil carros.
Manifestantes usaram cartazes, balões, faixas e apitos para expressar a
insatisfação com o governo federal. Muitos gritaram "Fora, Bolsonaro"
e chamaram o presidente de "genocida".
Segundo os organizadores, a carreata teve início
com cerca de 500 veículos, mas ganhou adesões ao longo do trajeto,
chegando a reunir quase 1 mil carros.
Manifestantes usaram cartazes, balões, faixas e apitos para expressar a
insatisfação com o governo federal. Muitos gritaram "Fora, Bolsonaro"
e chamaram o presidente de "genocida".
Carreata 'Fora Bolsonaro' passa pela Praça Sete, no Centro de BH, na tarde deste sábado (23/01) pic.twitter.com/fPGRDzmOXQ
— Estado de Minas (@em_com) January 23, 2021
Ao passar pelos hospitais, foi feita a recomendação de que o ritmo fosse acelerado e que não houvesse barulho.
Na chegada ao Centro de BH, a carreata passou por um grupo que também manifestava contra Bolsonaro. Sem carros, eles fecharam o quarteirão da Avenida Afonso Pena entre a Praça Sete e a Rua da Bahia e receberam apoio em forma de buzinaço. pic.twitter.com/aNiR3VeCxr
— Estado de Minas (@em_com) January 23, 2021
No início da noite, a carreata ocupou a Avenida do Contorno, com mais gritos de "Fora, genocida". Centenas de veículos seguiam o protesto com buzinaço.
Carreata 'Fora Bolsonaro' percorre a Avenida Afonso Pena, no Centro de BH pic.twitter.com/wfW3JXl68q
— Estado de Minas (@em_com) January 23, 2021
A carreata chegou ao fim na Avenida dos Andradas, por volta das 19h40, quando os coletivos que integraram o evento agradeceram a participação das centenas de veículos.
Desabafos pintados nos carros
A petição dos protestantes, em grande maioria, foi motivada
pelo negacionismo em que o presidente encara a pandemia do novo coronavírus.
Durante a concentração, a advogada Fabíola Raggi, de 53 anos, tentava fazer de
seu carro uma caderneta de desabafo. "O espaço é pequeno pra falar tudo
que eu quero", disse, enquanto pintava o veículo com dizeres contrários ao
presidente.
"Ninguém aguenta mais esse desgoverno. Olha o preço do
alimentos... Ninguem merece! Nada que ele fez presta. Fora as mortes do
coronavírus que nem se fala. Acho que esse protesto dá força para os
congressistas ouvirem o povo que já está farto", justifica Fabíola.
Erguendo uma bandeira branca intitulada com o nome do protesto, a professora
universitária Janice Aparecida de Souza, de 53, saiu de casa determinada a
fazer história: "Espero que o Brasil seja mais amoroso e inclusivo. Estou
aqui hoje na expectativa de que a carreata nos leve a conseguir o impeachment
do Bolsonaro".
Já a estudante Tayane Cristine Chaves de Oliveira, de 31, chamou o presidente
de "genocida" e o responsabilizou pela crise sanitária, financeira e
política do país.
"Vim lutar pelos direitos dos brasileiros. Por uma qualidade de vida
melhor, pela democracia. Para vacina para todos. Lutar pelo auxílio
emergencial. O povo não pode ficar sem renda básica pra sobreviver. O governo
Bolsonaro é genocida. No momento que o povo mais precisa ele não prestou ao
cidadão brasileiro. Estamos carentes, sem governo", reclama Tayane.
Câmara já tem mais de 60 pedidos de impeachment
Bolsonaro é o líder do executivo que mais recebeu pedidos de impeachment na
história do Brasil. Até agora foram mais de 60 pedidos apresentados ao
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A lei que dá base para a maioria dos pedidos apresentados é a 1.079, de 1950,
que discrimina os crimes de responsabilidade.
Segundo a norma, se enquadram neste tipo de crime os atos do Presidente da
República que atentarem contra a Constituição Federal e
especialmente contra a existência da União, o livre exercício dos poderes, a
segurança interna do país, o direito político dos indivíduos, a probidade
administrativa, a lei orçamentária e o cumprimento das decisões
judiciais.
Fonte: Estado de Minas
UOL
Manifestantes caminham com bandeirão com gritos de
"Fora Bolsonaro" em Belo Horizonte