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sexta-feira, 4 de junho de 2021

Sputnik V e Covaxin: 1º voto da Anvisa é a favor da importação

 

Após apresentação de análises técnicas, membros da diretoria colegiada votam de forma favorável ou contrária à importação das vacinas



Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decide, nesta sexta-feira (4/6), se aprova os pedidos de autorização excepcional e temporária para a importação das vacinas Covaxin e Sputnik V contra a Covid-19. O primeiro voto foi do relator do caso, Alex Machado Campos, da 5ª Diretoria do órgão. E ele se colocou a favor da importação das vacinas.

Segundo o relator, os laboratórios ainda demonstraram incertezas em relação à segurança, eficácia e qualidade das vacinas. Porém, devido ao cenário “sem precedentes” que o país enfrenta, Campos defendeu que a possibilidade de ter mais vacinas disponíveis no Brasil é algo positivo.

“Em situação de guerra devemos lançar mão de todos os instrumentos. Sabemos que ainda existem lacunas, mas, mesmo diante das incertezas, é preciso enfrentar o dramático quadro sanitário em que estamos inseridos”, apontou.

Campos ressaltou que as condições pontuadas pelas áreas técnicas para a administração das vacinas devem ser seguidas. E exigiu, em seu voto, que as autoridades de saúde brasileiras “restrinjam o público vacinado, limitem a importação inicial a um volume pequeno e imponham testes laboratoriais”. O limite seria de 1% da população brasileira.


  • A posição dele veio da apresentação dos técnicos da Anvisa. Primeiro, foi apresentada a análise da Sputnik feita pela Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos, coordenada por Gustavo Mendes. Ele disse que, apesar de trazer algumas informações positivas sobre a vacina, os documentos russos não apresentam dados suficientes sobre a qualidade, eficácia e segurança da vacina.

Por isso, Gustavo recomendou que a agência estabeleça uma série de regras para o uso do imunizante. “São condicionantes que buscam minimizar a exposição e risco das pessoas que irão tomar essa vacina”, concluiu.

No caso da Covaxin, o gerente-geral também afirmou que faltam dados atestar a eficácia do fármaco. A Anvisa espera que a fabricante Bharat BioTech envie informações complementares sobre resultados de imunogenicidade e segurança nos dias 15 e 30 de junho. Gustavo também apresentou condicionantes para o uso da vacina, caso a importação seja aprovada pela diretoria.

Acompanhe a reunião ao vivo:

Agência Nacional de Vigilância Sanitária

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Inspeções in loco

Na segunda apresentação, a gerente-geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária, Ana Carolina Moreira Marino, constatou, com base na documentação russa e nas inspeções que a Anvisa fez a dois laboratórios no país (em abril deste ano), que alguns parâmetros exigidos pela agência para a fabricação da Sputnik V não foram atendidos.

Ana Carolina Araújo sugeriu que o Instituto Gamaleya apresente uma série de documentos para atestar o controle de qualidade da vacina Sputnik V, e que os laboratórios inspecionados adequem suas práticas às exigências da Anvisa.


  • No caso da Covaxin, a área atestou que empresa cumpriu com todos os itens pendentes relacionados ao último pedido de certificação de Boas Práticas de Fabricação. A doutora Ana Carolina sugeriu que a agência autorize a importação excepcional do imunizante.

Já a gerente-geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária, Suzie Marie Teixeira Gomes, pontuou que os dois imunizantes apresentaram incertezas em relação aos eventos adversos. Ela recomendou que, caso tenham importação autorizada pela diretoria, ambas as empresas sigam condicionantes.

Segundo Suzie, as empresas serão obrigadas a apresentar relatórios sobre a ocorrência de eventos adversos e a informar os pacientes de que os imunizantes não possuem autorização de uso emergencial emitido pela Anvisa.



Como funciona

A reunião começou às 14h, e as três áreas técnicas da agência apresentaram análises sobre os dois imunizantes. Depois das apresentações, os cinco membros da diretoria iniciaram a votação.

A decisão é feita por maioria simples. Ou seja, dos cinco votos, ao menos três devem ser favoráveis para permitir a importação. Caso três votos sejam contrários, a autorização será negada.

O presidente da agência, Antonio Barra Torres, iniciou a reunião prestando homenagem às vítimas da Covid-19. Ele pontuou que alguns países, que estão com campanhas de vacinação avançadas, já tiveram uma “retomada do dia a dia”, e desejou que a imunização no Brasil chegue ao mesmo patamar em breve.


  • “Hoje mesmo o noticiário internacional mostrou países que alcançaram um nível de vacinação que, a mercê de Deus, vamos alcançar no menor prazo possível”, disse. Ele também reiterou a importância do uso de máscara e do respeito às medidas não farmacológicas.

Os processos de importação da Sputnik V analisados hoje são dos seguintes estados: Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco, Piauí. Já o pedido da Covaxin veio do Ministério da Saúde.

Caso a importação seja aprovada, os estados, os municípios e o Distrito Federal ficam autorizados a adquirir, distribuir e aplicar doses das vacinas. O pedido de importação da Covaxin foi feito pelo Ministério da Saúde.

O relator do pedido de importação é Alex Machado Campos. Ele também foi responsável pela relatoria dos primeiros pedidos de autorização de ambas as vacinas, negados pela agência entre janeiro e abril deste ano.


  • Além de Campos, os outros membros da diretoria colegiada são: Antonio Barra Torres (diretor-presidente), Meiruze Freitas (2ª diretoria), Cristiane Jourdan Gomes (3ª diretoria) e Romison Mota (4ª diretoria).

Fonte: Metrópoles


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terça-feira, 11 de maio de 2021

STF dá 48 horas para Anvisa explicar o que falta para análise da Sputnik V


Na última sexta-feira (7), o Maranhão pediu para que, em até sete dias, a diretoria colegiada da agência se reúna novamente e dê um parecer sobre a vacina russa



 O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta segunda-feira (10) que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informe, em 48 horas, e de maneira pormenorizada, quais os documentos faltantes para uma análise definitiva do pedido de autorização excepcional e temporária de importação e distribuição da vacina Sputnik V.

Na última sexta-feira (7), o estado do Maranhão pediu para que, em até sete dias, a diretoria colegiada da agência se reúna novamente e dê um parecer sobre a análise dos novos documentos entregues pelos governadores em defesa da vacina russa. 


Leia também



A ação apresentada alega o descumprimento, pela União, do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, o que teria levado o estado a adquirir lotes da vacina Sputnik V, produzida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia.

No dia 26 de abril, o ministro Ricardo Lewandowski negou o pedido formulado pela Anvisa para suspender o prazo de 30 dias - fixado pelo próprio magistrado - para que o órgão analise e decida se estados e municípios estão autorizados a importar doses da vacina Sputnik V.

Ao STF, a Anvisa argumentou que os dados sobre qualidade, eficácia e segurança precisam ser juntados ao processo de pedido de compra para decidir sobre "importação excepcional e temporária" de doses da vacina desenvolvida pela Rússia.

Fonte: CNN Brasil


CNN Brasil

STF dá 48h para Anvisa dar explicações sobre Sputnik V | CNN 360º

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domingo, 25 de abril de 2021

Governo Bolsonaro vai ao STF para adiar liberação da Sputnik V no Maranhão


Brasília quer reverter liminar que permite uso emergencial a partir de quarta-feira caso a Anvisa não se manifeste até lá. Ceará, Amapá e Piauí também podem ser afetados



O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), revelou nesta sexta-feira (23) que o governo Bolsonaro entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra liminar concedida pelo ministro Ricardo Lewandowski que permite o estado aplicar a vacina Sputnik V a partir de quarta-feira (28), caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não se manifeste até a mesma data a respeito de pedido de liberação protocolado no final de março. A movimentação jurídica de Brasília pode afetar também Ceará, Amapá e Piauí.

“O governo federal não quer o prazo de 28 de abril. Alegam que precisam de mais tempo pra analisar a documentação. Nós discordamos. Ou você diz sim ou diz não, de modo fundamentado. Mas protelar, adiar indefinidamente não tem razão de ser”, disse Flávio Dino em entrevista coletiva, avisando que o governo dele já se manifestou no Supremo pela permanência no prazo de 28 de abril.

O pedido junto à Anvisa para a importação e uso emergencial foi feito pelo governo maranhense no dia 29 de março e ainda não recebeu qualquer resposta. Diante da demora, Flávio Dino levou o caso ao STF, onde Lewandowski deferiu liminar dando 30 dias para a Anvisa se posicionar, a contar da data da solicitação feita pelo estado nordestino.

“Estamos lutando para que o Plano Nacional de Imunização seja fortalecido. A nossa atitude é colaborativa”, acrescentou Flavio Dino. “Me insiro naqueles que fazem oposição ao governo federal, porém, nunca adotei uma atitude de sabotagem em relação a parcerias úteis pra a nossa população. A Sputnik vem sendo aplicada em muitos países do planeta, como na vizinha Argentina, que baseia seu plano de imunização nessa vacina, aplicada em mais de 60 países.”


Ceará, Amapá e Piauí

Seguindo os passos do governo maranhense, Ceará, Amapá e Piauí também entraram com ação similar no Supremo e, nesta mesma sexta-feira, Lewandowski concedeu liminar com termos semelhantes, dando o mesmo prazo de 30 dias a contar da data do protocolo feito por esses três estados na Anvisa. Os prazos vencem no final do mês.

Lewandowski deferiu a liminar nos termos do artigo 16 da Lei 14.124/2021. Nas três peças jurídicas, os governos estaduais alegam que o “Governo Federal omitiu-se na adoção tempestiva das medidas necessárias para adequada execução do plano nacional de imunização contra a Covid-19 no País, bem como que a segunda ré (Anvisa) posterga, sem causa razoável, o exame do pedido formulado (…) para importação e uso excepcional de vacinas Sputnik V adquiridas no mês de março deste ano”.


Morosidade

O chamado Consórcio do Nordeste, conjunto de nove estados do qual fazem parte Ceará, Piauí e Maranhão, tem contratos fechados para a compra de 37 milhões de doses. A legislação diz que a agência teria sete dias para dar uma resposta, porém, alegando falta de documentos sobre segurança e eficácia, ainda não divulgou parecer.

A postura da empresa gerou estranheza nos governadores. Uma das ações que eles dizem não entender é a necessidade que a agência alegou de ir até a Rússia para avaliar o laboratório onde a vacina foi desenvolvida, necessidade não vista para os imunizantes já liberados para uso. No caso da Oxford/AstraZeneca, já foi concedido inclusive o registro definitivo no país.

Segundo o Instituto Gamaleya, responsável pela vacina, o imunizante tem 91,6% de eficácia contra infecções e 100% contra casos graves. Garante, ainda, que mesmo que haja infecção após a aplicação das duas doses necessárias, será com sintomas leves.

Ao todo, 60 países, somando 3 bilhões de pessoas, já confirmaram a liberação da Sputnik, a primeira vacina desenvolvida no mundo. Dois deles, a própria Rússia e a Argentina, fazem parte de listagem definida por lei cujas agências têm respaldo para atestar justamente segurança e eficácia. É esse respaldo que determina o prazo de sete dias para a liberação de uso emergencial. Além deles e da Índia, na América Latina a vacina foi liberada na Bolívia, Guatemala, Guiana, Antígua e Barbuda, São Vicente e Granadinas, Honduras, México, Nicarágua, Paraguai, Panamá e Venezuela.

Fonte: RBA


CNN Brasil

Quatro estados já pediram ao STF autorização para importar Sputnik V | CNN 360º - 21 de abr. de 2021

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