Em entrevista à CNN nesta quinta-feira
(21), Fernando de Castro Marques, presidente da farmacêutica União Química,
responsável pela produção da Sputnik V – vacina
russa contra a Covid-19 – na América Latina, afirmou que, após autorização da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é possível produzir oito
milhões de doses por mês do imunizante no Brasil.
“Nós temos uma fábrica de biotecnologia que foi montada em
Brasília. Então, o IFA [Insumo Farmacêutico Ativo] vai ser produzido nessa
unidade. Temos a capacidade de fazer 8 milhões de unidades mensais da Sputnik”,
disse.
“Também passamos a semana passada na Rússia para esclarecer
pontos importantes referentes ao registro e detalhes técnicos. Tivemos uma
grande posição do governo russo de arrumar, em fase emergencial, 10 milhões de
unidades para serem embarcadas em janeiro, fevereiro e março. E, a partir de
abril, entraria a nossa produção e a produção russa, o que poderíamos assumir o
compromisso de 150 milhões de unidades em 2021”, explicou.
A agência
reguladora reuniu-se hoje com representantes da farmacêutica para
discutir o pedido de uso emergencial da vacina russa no país. Segundo Marques,
a reunião ocorreu "muito bem".
“No dia 15 [de janeiro] entramos com pedido de autorização
emergencial da Sputnik V. Recebemos no dia 16 um ofício da Anvisa fazendo a
suspensão temporária do pedido de registro, pedindo informações complementares
e também determinando que a gente não apresentasse as informações antes de
fazer uma reunião prévia na Anvisa”, contou.
Segundo Marques, nesta sexta-feira (22), a União Química
enviará os documentos faltantes para o registro emergencial da Sputnik V.
“A vacina hoje já está registrada em diversos países,
inclusive na América do Sul, sendo utilizada na Argentina, Paraguai, e o México
deve liberar o registro nos próximos dias.”
(Publicado por Sinara Peixoto)
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