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terça-feira, 23 de março de 2021

'Alerta de UFO' como Pentágono supostamente pronto para revelar um relatório sobre avistamentos 'Difícil de explicar'


O Pentágono lançou três vídeos de "fenômenos aéreos não identificados" em 2020, capturados em câmeras de aeronaves da Marinha em 2004 e 2015. A filmagem, mostrando formas pretas acelerando a velocidades incríveis, vazou anteriormente para a mídia, o que levou a Marinha a confirmar sua autenticidade em resposta a uma solicitação da Lei de Liberdade de Informação.



O manto de mistério em torno de alguns dos chamados avistamentos de OVNIs mais “difíceis de explicar” pode em breve ser levantado em um relatório do governo dos Estados Unidos, o ex-Diretor de Inteligência Nacional John Ratcliffe revelou em uma entrevista recente.


 

  •  "Há muito mais avistamentos do que foram divulgados ... Alguns deles foram desclassificados", disse o alto funcionário da inteligência durante o mandato do ex-presidente Donald Trump na Casa Branca.

Ratcliffe, quando questionado sobre incidentes envolvendo objetos voadores não identificados (OVNIs) na Fox News na sexta-feira, respondeu que avistamentos relatados em todo o mundo se estendem além de “apenas um piloto ou apenas um satélite, ou alguma coleção de inteligência”.


  • “E quando falamos em avistamentos, estamos falando de objetos que foram vistos por pilotos da Marinha ou da Força Aérea, ou foram captados por imagens de satélite que francamente se engajam em ações difíceis de explicar”, disse o político, que serviu como Diretor de Inteligência Nacional de 2020 a 2021.

Ratcliffe mencionou incidentes relatando movimentos para os quais a humanidade atualmente carece de tecnologia, com objetos viajando a velocidades que excedem a barreira do som sem um estrondo sônico, acrescentando:


  • “Normalmente, temos vários sensores que captam essas coisas ... alguns deles são fenômenos inexplicáveis ​​e, na verdade, há muito mais do que o que foi tornado público.”

O ex-funcionário acrescentou que, embora esperasse que o relatório tivesse sido divulgado antes que a administração de Donald Trump saísse da Casa Branca em janeiro, "não fomos capazes de colocá-lo em um formato não classificado sobre o qual pudéssemos falar com rapidez".

O relatório do Pentágono está previsto para ser lançado em 1º de junho, de acordo com a entrevista da Fox .


'OVNI' Contagem regressiva

O então presidente Donald Trump assinou um projeto de lei de alívio e financiamento governamental de $ 2,3 trilhões de COVID-19 em 27 de dezembro de 2020. Continha um "comentário do comitê" anexado à lei anual de autorização de inteligência, que exigia que o Pentágono e agências de espionagem divulgassem o que sabem OVNIs.

O próprio Trump já havia ignorado perguntas sobre OVNIs e possível vida alienígena.


  • “Não acredito, mas, você sabe, acho que tudo é possível”, disse ele durante uma entrevista ao Fox News 'Tucker Carlson em 2019.


 O Comitê de Inteligência do Senado, presidido pelo senador Marco Rubio (R-Flórida), disse no comentário que “dirige o [diretor de inteligência nacional], em consulta com o Secretário de Defesa e os chefes de outras agências ... apresentar um relatório dentro de 180 dias a partir da data de promulgação da lei, aos comitês de inteligência e das forças armadas do Congresso sobre fenômenos aéreos não identificados ”.

O relatório deve abordar “objetos aerotransportados observados que não foram identificados” e deve incluir uma “análise detalhada de dados de fenômenos não identificados coletados por: a. inteligência geoespacial; b. inteligência de sinais; c. inteligência humana; e d. medição e inteligência de sinais ”, disse o comitê.


Apenas 'arranhando a superfície'

O impulso para obter mais informações desclassificadas sobre os chamados OVNIs seguiu um movimento do Pentágono em abril de 2020 para desclassificar três vídeos de OVNIs filmados por pilotos da Marinha dos EUA, reconhecendo sua autenticidade.

Os vídeos, capturados com sistemas de mira infravermelhos, mostram formas pretas que parecem flutuar e ganham velocidade notável, e já vazaram para a mídia.

Por fim, em resposta a uma solicitação da Lei de Liberdade de Informação, a Marinha confirmou sua autenticidade em setembro de 2019.

Imagens tiradas na costa de San Diego em 14 de novembro de 2004, de acordo com o The New York Times and Vice, e também apelidado de vídeo do Nimitz, do nome do navio dos pilotos, o USS Nimitz, mostra uma forma escura e oblonga sendo rastreada pela câmera infravermelha.


 

 "Ele acelerou como nada que eu já vi", um dos pilotos, comandante. David Fravor, disse ao The Times em 2017.

Um clipe datado de janeiro de 2015 mostra o que parece ser a superfície do oceano, com um pequeno objeto passando rapidamente pela câmera em alta velocidade. Os pilotos podem ser ouvidos exclamando: "O que diabos é isso?"

Na filmagem de 34 segundos também datada de 2015, a câmera infravermelha da aeronave rastreia um objeto semelhante a um disco voando acima das nuvens enquanto os pilotos se maravilham com o que poderia ser.



 Anteriormente, os vídeos foram publicados pelo The Times e pela Academia de Artes e Ciências To The Stars, um grupo de pesquisa de OVNIs fundado pelo guitarrista do Blink-182 Tom DeLonge.

O Departamento de Defesa, ao publicar os clipes, disse que concluiu que eles não "revelam nenhuma capacidade ou sistema sensível" e que sua liberação "não interfere em quaisquer investigações subsequentes de incursões militares no espaço aéreo por fenômenos aéreos não identificados ... fenômenos observados nos vídeos permanecem caracterizados como 'não identificados'. "


 

Fonte: Sputnik


 UOL

O Departamento de Defesa dos EUA oficialmente liberou três vídeos que mostram pilotos da Marinha interagindo com "fenômenos aéreos não identificados". - 27 de abr. de 2020

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Forças Armadas compraram 140 mil quilos de bacalhau por até R$ 150 o quilo, quatro vezes mais que nos atacadistas


Os gastos milionários e com indícios claros de superfaturamento dos comandos do Exército, Marinha e Aeronáutica sucedem-se uns aos outros. Lombo de bacalhau, picanha, uísque 12 anos, conhaque são apenas alguns dos itens



247As Forças Armadas não se limitaram a consumir milhares de quilos de picanha e garrafas de cerveja ao longo de 2020. Agora aparecem mais de 140 mil quilos de bacalhau com preços que chegam até a R$ 150 o quilo e garrafas de uísque 12 anos e de conhaque - todas compradas a preços muito acima do mercado.

A denúncia é do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), que  divulgou as compras identificadas no Painel de Preços do Ministério da Economia. Só de bacalhau foram 9.748 quilos de filé e 139.468 quilos de lombo para os militares. “O lombo é o corte mais nobre do bacalhau, usado para pratos requintados e caros em restaurantes sofisticados, algo muito distante do cardápio da maioria dos brasileiros”, diz o parlamentar.

Em uma das compras registradas pelos militares, consta um pedido homologado pelo Comando da Aeronáutica, para aquisição de 500 quilos de lombo de bacalhau, em que o preço de referência usado pelo órgão público foi de nada menos que R$ 150 o quilo. Uma busca na internet indica que o quilo do lombo de bacalhau, comprado no varejo (não no atacado, como as Forças Armadas o fazem), no Extra, custa bem menos da metade do preço, R$ 69,90.  No site atacadista Cota Best, o preço equivale a    do valor comprado pelo Comando da Aeronáutica: R$ 37,70.Os preços também chamam a atenção em outros casos. O valor informado por quilo de picanha foi de R$ 84,14 (num processo para compra de 13.670 quilos), obtido por meio do Pregão Eletrônico n° 37/2019, concluído em 29 de janeiro de 2020 e conduzido pela Diretoria de Abastecimento da Marinha - no supermercado Extra, a picanha comprada no varejo tem preço de R$ 53,89 o quilo. Já em outro processo, de 62.370 quilos de miolo de alcatra, o quilo custa R$82,37 -no Extra, o preço é R$ 38,99 o quilo, no varejo.

O valor da Bohemia Puro Malte que consta no processo já homologado é R$4,33 e o preço para o consumidor comum, em uma busca rápida por supermercados, é R$2,59, diferença de 67%. A lata de Skol Puro Malte tem valor no processo de R$4 e no varejo a R$2,49, indicando superfaturamento de 48,6%. O governo também está comprando Stella Artois de 550 ml por R$9,05, mais caro que os R$6,99 do supermercado. 

“É um poço sem fundo. Quanto mais investigamos, mais absurdos e irregularidades encontramos. Se não bastasse o governo comprar picanha e cerveja, ainda tem o corte mais caro do bacalhau, uísque e conhaque e com indícios de superfaturamento”, diz o deputado, que assina, com a bancada do PSB a representação enviada ao procurador-geral da República, Augusto Aras, para que investigue os gastos militares. “Além da PGR, eu e mais nove deputados do PSB vamos levar essas informações ao Tribunal de Contas da União. Também estamos discutindo propor a instalação da CPI das compras do governo na Câmara Federal.”


Filósofo Paulo Ghiraldelli

Governo Bolsonaro. As Forças Armadas consumiram com nosso dinheiro picanha e cerveja. Agora, em quantidades astronômicas, bacalhau e uísque doze anos. O leite condensado abriu as portas para a imprensa investigar. Os que me processam são os que não falam desse assunto. Reparem!

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Exercícios navais entre Rússia e Irã buscam fortalecer segurança no Índico, diz Teerã


Neste domingo (14), o subcomandante do Exército iraniano, Habibollah Sayyari, afirmou que o exercício multilateral agendado entre as forças navais iranianas e russas visa aumentar a segurança na região norte do oceano Índico.



O comentário foi publicado através de um comunicado no site do Exército iraniano. O exercício conjunto entre Rússia e Irã está agendado para ocorrer no final deste mês.


  • "Este será o segundo exercício desse tipo para o Irã e a Rússia. Será realizado no sul do país e terá como objetivo garantir a segurança do norte do oceano Índico", disse Sayyari, que não especificou a data dos exercícios.

O oficial iraniano comentou ainda que o exercício foi convocado para "transmitir uma mensagem clara", acrescentando que o evento contaria com a presença da Marinha da Rússia, da Marinha do Irã e do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica.

Rússia, Irã e China em operação naval

Na segunda-feira (8), o embaixador russo no Irã, Levan Dzhagaryan, disse à Sputnik que o exercício aconteceria em meados de fevereiro e treinaria a coordenação naval bilateral para operações de busca e salvamento, além da segurança de navegação, entre outras questões.

Fonte: Sputnik Brasil


SEKEKAMA NEWS

IRÃ, RÚSSIA E CHINA REALIZARÃO EXERCÍCIOS NAVAIS CONJUNTOS NO OCEANO ÍNDICO.

Anteriormente, os exercícios navais da Rússia, Irã e China chamados de Cinturão de Segurança Marítima foram realizados no final de dezembro de 2019, após os quais os militares iranianos expressaram confiança de que as manobras continuariam.

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quarta-feira, 1 de julho de 2020

Ministro Decatelli cai por maquiar currículo e reforça pessimismo sobre o futuro da Educação sob Bolsonaro




Economista seria primeiro ministro negro do Governo, mas deixa cargo antes da posse. “Grotesco ter como indicado alguém que mente no currículo”, diz Movimento Campanha Nacional pela Educação


POR: EL PAÍS

Visto por organizações da área e setores do Governo como uma correção de rota no Ministério da Educação, após a conturbada passagem de Abraham Weintraub, o nome de Carlos Alberto Decotelli da Silva chegou a gerar expectativa de pacificação dos ânimos, que derreteu antes mesmo da posse. Como o economista não conseguiu comprovar as qualificações de seu currículo, questionadas por instituições onde ele afirmara ter cursado doutorado e pós-doutorado e ainda trabalhado como professor, o presidente Jair Bolsonaro foi obrigado a recuar, adiando a nomeação. Diante da pressão pela descoberta das fraudes, o ministro, que durou apenas cinco dias no cargo, pediu demissão nesta terça-feira.


A primeira inconsistência no currículo de Decotelli surgiu da Universidade Nacional de Rosario, na Argentina, que informou que o indicado ao MEC não obteve título de doutor por ter tido a tese reprovada. Na sequência, a universidade alemã de Wuppertal negou que o economista tenha cursado pós-doutorado na instituição. Já nesta terça, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) emitiu nota para esclarecer que o agora ex-ministro nunca integrou seu corpo efetivo de professores, mas somente deu aulas, como colaborador, em cursos de educação continuada vinculados à fundação. Em seu currículo Lattes, ele apontava ter sido professor da instituição entre 2001 e 2018. A FGV ainda apura denúncia de plágio da dissertação de mestrado, que será devidamente conferida após orientadores retornarem às atividades presenciais e, caso seja confirmada, pode render a abertura de um processo disciplinar e, em última instância, a anulação do título.

Por meio do MEC, Decotelli se comprometeu a revisar a dissertação, negando dolo em eventuais omissões de créditos a outros pesquisadores, e admitiu não ter concluído os trabalhos necessários para a obtenção dos títulos de doutorado e pós-doutorado. Embora tenha efetuado ajustes no currículo e recebido o apoio de Bolsonaro, que relativizou a falsificação que chamou de “inadequações curriculares” e enalteceu a “capacidade para construir uma educação inclusiva e de oportunidades para todos” do ministro, o economista não conseguiu se segurar no cargo, rifado pela alta cúpula do presidente.


Sem se comover com o voto de confiança dado por Bolsonaro a seu escolhido, parlamentares governistas bradaram publicamente pela saída de Decotelli. “O Governo precisa passar um pente fino na área responsável pela análise de informações e demitir os incompetentes. Além disso, deve repensar a nomeação de Decotelli. Um ministro da Educação não pode assumir o cargo nessa fragilidade”, postou o deputado federal Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), que, mais tarde, celebraria o pedido de demissão do ministro. “Melhor para o Brasil, para o presidente e para Decotelli.”

Com passagem pela Marinha, o ministro havia recebido o crivo da ala militar que tem ganhado influência sob o Governo Bolsonaro. Antes do MEC, ele presidiu o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) entre fevereiro e agosto de 2019. Sua chegada ao comando da autarquia federal vinculada ao MEC é anterior ao decreto assinado pelo presidente em 15 de março do ano passado, que estipula critérios técnicos, como experiência profissional na área ou título de doutorado, para nomeações em cargos comissionados do Governo. Entretanto, as regras preveem que as informações curriculares sejam prestadas pelos indicados ao cargo, sem obrigatoriedade de verificação, e que ministros de cada pasta podem dispensar os critérios desde que apresentem justificativas.

A falta de mecanismos de controle das qualificações segue fazendo com que critérios políticos frequentemente se sobreponham aos técnicos nas nomeações do Governo. Depois da saída de Weintraub e a prevalência da indicação dos militares, Decotelli ganhou a rejeição imediata do núcleo governista mais ligado ao filósofo Olavo de Carvalho, que havia apadrinhado os dois ministros anteriores, mas perdera a queda de braço na disputa pelo MEC. Alfinetadas públicas de aliados bolsonaristas ao novo ministro se somaram às críticas de parlamentares da oposição e entidades de educação quando as inconsistências no currículo vieram à tona.

“É um cenário no mínimo grotesco termos como indicado para o Ministério da Educação alguém que mente no currículo —e que comete, portanto, um crime— e ainda por cima tendo chegado ao ministério se dizendo técnico e tentando se descolar do caráter político e ideológico vergonhoso do Governo para o qual aceitou entrar. Desde sua confirmação já dissemos que nenhum técnico não é político, e agora isso se comprova”, manifestou o movimento da Campanha Nacional pela Educação.

Porém, antes da polêmica sobre o currículo, o nome de Decotelli foi inicialmente bem assimilado por lideranças do setor. Organizações não governamentais como o Todos Pela Educação se surpreenderam de forma positiva com o perfil mais técnico que ideológico do economista, ao contrário de Weintraub. A primeira impressão, no entanto, caiu por terra em meio à desconstrução de seu currículo. “Muita mentira junta é grave. Ministro da Educação mentir formação acadêmica, é gravíssimo. Ministro que não é mais confiável para restabelecer as pontes com Estados, Municípios, Congresso e sociedade, não consegue exercer suas funções frente à profunda crise na educação”, afirmou Priscila Cruz, presidente do Todos Pela Educação.

Para Luiz Carlos de Freitas, pesquisador e professor aposentado da Unicamp, a miragem de que Decotelli poderia ser um ministro técnico e conciliador, apesar de sua curta experiência na área de políticas públicas para a educação, foi facilitada pela repulsa generalizada a seu antecessor no cargo. “Depois de uma gestão tão tensa como a do Weintraub, qualquer nome soa como um alívio, uma esperança de que, finalmente, alguém vai propor um grande debate nacional”, diz Freitas. O pesquisador entende que o substituto de Decotelli, independentemente de perfil ou currículo, deve se guiar por uma visão mercantilista da educação. “O Governo Bolsonaro foi loteado pelas forças que lhe dão suporte. Na medida em que uma delas ganha mais relevância que outra, a direção do Governo muda, mas elas ainda compartilham a ideia radical de reduzir o Estado a qualquer custo. E, na educação, esse apelo por reformas de caráter empresarial naturalmente se reproduz.”


Única baixa por falsificação de currículo no Governo

Carlos Alberto Decotelli não foi o primeiro integrante do Governo Bolsonaro exposto por exagerar ou fraudar qualificações curriculares. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, dizia-se mestre em Direito Público pela Universidade Yale até uma reportagem do The Intercept Brasil desmascarar o falso mérito. Salles atribuiu a informação a um “equívoco de assessoria”. Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, indicava possuir o título de mestre em Educação e Direito Constitucional e da Família, embora nunca tenha feito mestrado, sem especificar que se tratava de uma distinção religiosa.

Os antecessores de Decotelli na pasta também turbinaram seus currículos. Primeiro ministro da Educação de Bolsonaro, o colombiano naturalizado brasileiro, Ricardo Vélez Rodríguez, apresentou pelo menos 22 erros em seu currículo Lattes, incluindo a autoria de livros que não havia escrito, de acordo com levantamento do portal Nexo. Por sua vez, Abraham Weintraub foi anunciado pelo presidente como doutor, sendo que só possui o título de mestre em Administração. A Folha de S. Paulo ainda verificou que o ex-ministro ostentava no currículo artigos idênticos, publicados em dois veículos diferentes, em prática conhecida como autoplágio.

Em que pese a sequência de desmentidos de instituições onde Decotelli informava ter trabalhado ou se graduado, ele foi o único membro do alto escalão do Governo a sair do cargo após ser flagrado por fraude curricular. Até então, o economista também era o único ministro negro nomeado por Bolsonaro ao longo de seu mandato. “Comecei a desenhar um projeto para implementar no MEC. Esse projeto, porém, foi questionado pelo fato da minha inconsistência curricular, que, no mundo acadêmico, é explicável”, justificou Decotelli em entrevista à CNN Brasil. Ele foi o ministro que permaneceu menos tempo no cargo, superando a passagem-relâmpago de Nelson Teich (28 dias) pelo Ministério da Saúde.



Mesmo com pandemia, o Brasil não tem ministro da saúde e nem da educação. Carlos Alberto Decotelli se demitiu nesta tarde sem sequer ter assumido o cargo. A demissão acontece após a polêmica sobre títulos que Decotélli diz possuir.



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sábado, 11 de maio de 2019

Navio de guerra norte-americano é expulso pela Marinha venezuelana de suas águas



Sputnik Brasil - um navio de guerra norte-americano entrou em águas venezuelanas, mas as abandonou depois de ter comunicado com a Marinha venezuelana.

Segundo a Marinha da Venezuela, o navio da Guarda Costeira dos EUA USCGC James foi notado pela primeira vez pelas Forças Armadas venezuelanas na quarta-feira (8). Na quinta-feira, um navio de patrulha venezuelano se aproximou do navio americano e o convenceu a mudar de rumo.

  • "Depois de nossas comunicações por rádio, o USCGC James foi convencido da necessidade de mudar seu rumo e deixou nossas águas", afirmou a Marinha em um comunicado.

O USCGC James pertence à Guarda Costeira dos Estados Unidos. Alguns internautas rastrearam a suposta presença do navio dos EUA em águas venezuelanas.


O Comando Sul dos Estados Unidos (SOCOM) informou em um comunicado na terça-feira (7) que os EUA planejam enviar à região o navio de assistência hospitalar Comfort para prestar apoio aos países regionais em meio à crise na Venezuela.

Entretanto, o SOCOM não especificou quais seriam os países que o USNS Comfort visitaria, mas disse que os detalhes seriam anunciados mais tarde.

A Venezuela tem lidado com uma grave crise política, com o líder da oposição, Juan Guaidó, tendo se proclamado presidente interino do país em 23 de janeiro.

Os EUA e vários países da Europa e América Latina, inclusive o Brasil, reconheceram Guaidó como presidente interino do país.

A Rússia, China, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Turquia, México, Irã e muitos outros países manifestaram seu apoio a Maduro como presidente legítimo e exigiram que os outros países respeitem o princípio de não interferência nos assuntos internos venezuelanos.

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quinta-feira, 2 de maio de 2019

OTAN entra no mar Báltico com um novo grupo de navios




Sputnik - Um grupo de navios da OTAN encabeçado pela fragata dinamarquesa Thetis entrou no mar Báltico, de acordo com o site de monitorização Intel Ska & Air.

A fragata dinamarquesa é acompanhada por navios draga-minas das Marinhas dos Países Baixos, Bélgica, Noruega e Alemanha, informou o IntelSka & Air.


Segundo os dados do serviço MarineTraffic, o grupo passou pelo estreito de Oresund na quarta (1) à noite. Atualmente, os navios navegam perto da ilha dinamarquesa de Bornholm.
No dia 18 de abril, um outro grupo, composto pelo destróier USS Gravely, bem como pelas fragatas K. Pulaski da Marinha polonesa, Gokova da Marinha turca, e Juan de Borbón da Marinha espanhola, havia também entrado no mar Báltico.


  • Os militares russos estão monitorando a situação. Além disso, foi organizado um plantão de navios, de sistemas de mísseis de proteção costeira Bastion e Bal, bem como da aviação naval.

Anteriormente, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, Valery Gerasimov apelou à OTAN para pôr termo à atividade perto das fronteiras russas e diminuir a tensão. Entretanto, Bruxelas, em resposta, fez referência a um documento, colocado no site da OTAN, intitulado "5principais mitos da Rússia sobre a OTAN", em que a aliança esclarece o deslocamento de suas forças perto das fronteiras da Rússia.

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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Ministro do STF Teori Zavascki, morre em acidente de avião em Paraty


Ministro havia interrompido recesso do Supremo para analisar delações de executivos da Odebrecht


O ministro Teori Zavascki, relator dos casos relacionados à operação Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), morreu em um acidente de avião ocorrido no litoral sul do Estado do Rio de Janeiro.


Teori, de 68 anos, e outras três pessoas estavam em um bimotor modelo King Air C90, fabricado pela americana Beechcraft, que saiu de São Paulo com destino a Angra dos Reis (RJ).
Antes da confirmação da morte, um dos filhos do ministro, Francisco Zavascki, havia dito à BBC Brasil que a família esperava por um milagre.

"Ele estava a bordo e estamos torcendo por um milagre", disse ele, que também havia pedido orações no Facebook.


"Caros amigos, acabamos de receber a confirmação de que o pai faleceu! Muito obrigado a todos pela força!", afirmou na rede social após a confirmação.


À BBC Brasil, o ministro do STF Gilmar Mendes, que está de férias em Portugal, afirmou ainda não ter condições de comentar a morte. "Não tem a menor condição, não era só o meu colega, era o meu amigo", disse.

Responsável pelos casos relacionados ao maior escândalo de corrupção da história recente do país, Zavascki estava concentrado nos últimos meses nas delações da empreiteira Odebrecht, a maior do país.

Ministro desde 2012, era conhecido pela discrição mesmo nos momentos em que esteve no centro do noticiário.

Abalado, Gilmar prefeiu ainda não falar sobre morte de colega


A aeronave


A aeronave PR-SOM está registrada em nome da Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras Limitada.

Integrantes da Marinha e do Corpo de Bombeiros prestam assistência no local.

O avião que caiu em Paraty tem capacidade para oito passageiros, segundo a Força Aérea Brasileira.
A FAB afirmou ainda que a aeronave decolou às 13h01 do Campo de Marte em São Paulo.

Às 14h05, o Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico foi informado do desaparecimento do avião.

A aeronave caiu no mar, próximo à cidade de Paraty, no Rio de Janeiro.

Uma equipe de peritos do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos está a caminho do local.

Com reportagem de Felipe Souza, Néli Pereira, Paula Reverbel e Luis Kawaguti, da BBC Brasil em São Paulo.

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