O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusou Washington na sexta-feira (25) de usar grupos terroristas que operam na Síria e no Iraque para o benefício dos Estados Unidos e Israel
Erdogan disse que os EUA estavam atrasando sua retirada do
Iraque, deixando evidente que a retirada seria tática e não estratégica. A
Turquia está monitorando a situação no Iraque e na Síria e não comprometerá a
presença de grupos terroristas, disse ele, referindo-se às unidades
separatistas curdas PYD/YPG.
"As discussões sobre a retirada dos EUA da região,
lembre-se, estão acontecendo há muito tempo. O fato de que a retirada será
tática e não estratégica já ficou claro", disse o líder turco.
Ancara acusa o PYD e o YPG de laços com o PKK,
que é listado como uma organização terrorista pela Turquia, pelos Estados
Unidos e pela União Europeia.
"É um fato bem conhecido agora que os EUA usam
organizações terroristas na região em seus próprios interesses e no interesse
da segurança israelense. Os EUA estão fornecendo a Israel todos os tipos de
ferramentas, equipamentos, munição e todo o suporte possível na região? Sim,
estão. Dinheiro também", ele disse a repórteres no voo de volta da cúpula do BRICS em Kazan, na Rússia.
Em março, o ministro das Relações Exteriores do
Iraque, Fuad Mohammed Hussein, disse à Sputnik que o Iraque e os
EUA estavam continuando suas negociações sobre a possível retirada das forças
da coalizão internacional liderada pelos norte-americanos no solo iraquiano,
mas nenhuma decisão final ou cronograma havia sido acordado.
Em janeiro, o primeiro-ministro iraquiano Mohammed
Shyaa Al Sudani disse ao The Wall Street Journal que não havia mais
necessidade da presença da coalizão para derrotar o Daesh (grupo
terrorista proibido na Rússia e em diversos países) no Iraque, acrescentando que não estava mais preocupado que a
saída das forças da coalizão pudesse prejudicar as capacidades militares
iraquianos.
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O presidente turco Erdoğan diz que "os Estados Unidos
usam organizações terroristas na região para seus próprios interesses e para a
segurança de Israel".
JUST IN: 🇹🇷🇺🇸 Turkish President Erdoğan says the "United States uses terrorist organizations in the region for its own interests and for the security of Israel." pic.twitter.com/Dfxks1XU6B
Na noite de segunda-feira, o Corpo de Guardas da Revolução
Islâmica (IRGC) lançou uma série de mísseis balísticos contra um centro de
espionagem israelense na região do Curdistão no Iraque, ao mesmo tempo que
atingiu alvos ligados a terroristas do Daesh no norte da Síria.
Press TV
Num comunicado, o IRGC disse que os ataques foram em
resposta aos recentes ataques terroristas nas cidades de Kerman e Rask, no
sudeste, bem como ao assassinato de um alto comandante do IRGC em Damasco no
início deste mês.
Uma reunião de líderes e elementos-chave associados aos
recentes ataques terroristas no Irão foram alvo de ataques em Idlib.
O ataque no noroeste da Síria teve como alvo campos de
treino terrorista, uma rede de apoio logístico e uma instalação médica usada
por afiliados do Daesh Takfiri, segundo relatos.
Em Erbil, capital da região do Curdistão do Iraque, mísseis
do IRGC destruíram uma base de espionagem da Mossad, que esteve envolvida na
coordenação dos recentes assassinatos de vários comandantes do IRGC e do Eixo
da Resistência, incluindo Sayyed Razi Mousavi.
No ataque da meia-noite, o magnata curdo do petróleo Peshraw
Dizayee, proprietário do Empire and Falcon Group, que supostamente facilitou as
exportações de petróleo para Israel, perdeu a vida.
Do ponto de vista político, estes ataques servem mais uma
vez como um lembrete de que, como potência regional, o Irão não permitirá que a
sua capacidade de defender a sua autonomia e soberania nacional seja
questionada ou prejudicada.
Como disse o porta-voz do Ministério dos Negócios
Estrangeiros do Irão, Nasser Kanaani, na terça-feira, o Irão respeita a
soberania e a integridade territorial de outros países, mas as ameaças à sua
segurança nacional constituem uma linha vermelha.
Os ataques de segunda-feira à noite na Síria e no Iraque
foram uma necessidade estratégica para a República Islâmica a partir de duas
perspectivas interligadas.
Por um lado, a resposta do Irão à agressão sionista reajusta
o equilíbrio da dissuasão para um nível apropriado. Por outras palavras, o
Irão tinha a obrigação de reagir à entidade sionista e à sua série de ataques
para lhe lembrar que tais ataques não ficarão impunes.
Por outro lado, a necessidade de restaurar o equilíbrio da
dissuasão decorre da obrigação do Irão de salvaguardar a sua própria segurança
ontológica contra agressões externas.
O conceito de segurança ontológica (Giddens, 1993) é
entendido como o sentido de ordem, segurança e continuidade interna da
identidade de um indivíduo ou agente num ambiente de constante mudança. Isto
facilita e motiva a ação e a escolha política.
Na perspectiva da segurança ontológica, o Irão sente-se
ameaçado quando o seu comportamento político entra em conflito com as
expectativas que lhe estão associadas. Por outras palavras, além da
necessidade de restaurar o equilíbrio dissuasor, a República Islâmica tem de se
opor à mentalidade colonial que procura naturalizar a presença de forças
estrangeiras na região.
A noção de “forças estrangeiras” não deve ser considerada de
uma perspectiva geográfica, mas sim analisada de um ponto de vista
político-ideológico.
Isto implica que não se trata simplesmente de uma questão
geográfica, como no caso dos Estados Unidos e do Reino Unido, mas também se
refere à entidade sionista que, apesar da sua implantação colonial na geografia
regional, é considerada uma força externa ilegítima.
Por outras palavras, o Irão não pode permitir a presença de
bases sionistas no Iraque, tanto material como politicamente. O mesmo
raciocínio explica também a tensão entre Teerã e Baku devido à presença de
bases sionistas no Azerbaijão.
É também essencial destacar algo que é frequentemente
esquecido nas análises da região, especialmente aquelas focadas na resposta
iraniana. Os ataques sublinham a total disponibilidade do Irão e de outros
membros do Eixo da Resistência para combater as conspirações
sionistas-americanas.
Isto não significa que o Eixo da Resistência em geral e a
República Islâmica, em particular, estejam à procura de uma escalada, mas
indica a sua total prontidão e preparação para qualquer eventualidade deste
tipo.
O Irão percebe a região na perspectiva da sua autonomia e do
exercício da sua soberania, algo que, como mencionado anteriormente, é
dificultado pela presença de forças externas na região.
A necessidade, portanto, de exercer essa autonomia e
soberania depende da expulsão (tanto física como política) destas forças
externas.
Curiosamente, as análises que defendem que os ataques do
Irão representam "uma escalada no conflito" não têm em conta que foi
a ação conjunta dos Estados Unidos e de Israel, com o apoio do Reino Unido, que
colocou a região na sua turbulência atual.
Além disso, podem não compreender que a resposta do Irão,
tal como a dos outros membros do Eixo da Resistência, é necessária para
garantir que haja paz e estabilidade na região e que não haja interferência
externa.
Ao mesmo tempo, é importante notar que a defesa da soberania
e da autonomia do Irão está politicamente ligada à defesa e à autonomia de
grupos de resistência como o Ansarallah no Iémen ou o Hezbollah no Líbano.
É precisamente esta ligação política que explica e molda o
Eixo da Resistência.
O site da Press TV também pode ser acessado nos seguintes
endereços alternativos:
As forças dos EUA transferiram dez combatentes do grupo
Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países) da sua
base ilegal na província síria de Al-Hasakah para um local na província de Deir
Ez-Zor, informa a agência estatal SANA.
De acordo com as fontes da agência, os terroristas foram levados em
dois helicópteros da base dos EUA de Al-Shaddadi a um local no deserto em Deir
Ez-Zor.
No início de janeiro, foi noticiado que o exército dos
EUA teria transportado 70 combatentes do Daesh da prisão para sua base militar
na Síria.
Os militares norte-americanos, junto com as milícias
curdo-árabes das Forças Democráticas da Síria (FDS), controlam os territórios no
norte e nordeste da Síria, nas províncias de Deir Ez-Zor, Al-Hasakah e Raqqa
onde se concentram as maiores jazidas de petróleo e gás.
O governo sírio qualifica a presença do exército dos EUA como ocupação do seu
território, pilhagem organizada e banditismo por parte de Washington.
Eles denunciam que os EUA transferem tropas do Daesh da Síria para o Iraque - 12 de mai. de 2020
Uma organização iraquiana denunciou que os Estados Unidos
são a favor da transferência de tropas do autodenominado Estado Islâmico da
Síria para seu território. teleSUR
Os EUA seguem cooperando com o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países), inclusive, transportando o ouro roubado por seus combatentes.
A agência de notícias SANA citou fontes locais, segundo as quais as forças norte-americanas presentes ilegalmente no território sírio estão utilizando helicópteros para transportar grandes caixas repletas de pertences dos terroristas, da região de Dashisha para o sul de Hasaka.
Além disso, as fontes afirmam que as caixas continham grande quantidade de ouro que o Daesh havia escondido em Dashisha.
Outras fontes também confirmaram a informação, ressaltando que o Daesh estava transportando aproximadamente 40 toneladas de barras de ouro a partir de Mossul e de outras regiões da Síria para Dashisha.
Os helicópteros norte-americanos teriam realizado operações em Hajin, Deir Ezzor, Dashisha e Hasaka, transportando diversos líderes do Daesh, que haviam se entregado ao exército norte-americano, indicando a localização das reservas de ouro roubado.
Dessa maneira, diversos líderes e especialistas do grupo terrorista Daesh foram salvos, conclui a agência SANA.
Vários países acusam Washington de organizar o transporte de combatentes do Daesh.
Além disso, diversas mídias sugerem que o Exército norte-americano utiliza seus helicópteros para transportar líderes terroristas, inclusive acompanhados de suas famílias, além de transportar terroristas para campos de treinamento.
Os helicópteros norte-americanos tiraram terroristas do Daesh de uma prisão na cidade síria de Al-Hasakah, informou uma fonte local à Sputnik.
"Habitantes locais viram do telhado helicópteros estadunidenses aterrissando no território de uma prisão local, controlada pelos curdos, para tirar de lá terroristas do Daesh", afirmou a fonte — que preferiu não ser identificada — em Al-Hasakah à Sputnik Árabe.
Além disso, há informações que os militares norte-americanos estariam trazendo para a prisão várias munições, porque planejam criar no lugar uma base.
Anteriormente, a mídia iraquiana comunicou que helicópteros dos EUA tinham transportado membros do grupo Daesh (proibido na Rússia) da prisão central de Al-Hasakah para sua base perto do povoado Abu Hajar, no leste da Síria.
De acordo com fontes locais, na prisão de Al-Hasakah, muito bem fortificada, estariam encarcerados cerca de 100 terroristas, a maioria de cidadania estrangeira. Especialistas sírios acham que são os mesmos militantes que foram tirados pelos Estados Unidos de Deir ez-Zor.
Em 19 de novembro, os terroristas do Daesh foram expulsos de seu último bastião em Al-Bukamal, na Síria. A libertação da cidade marcou o fim do califado autoproclamado em 2014.
Os EUA foram acusados várias vezes de fornecer vários tipos de assistência ao Daesh e outros grupos terroristas que operam na região.
O recente caso ocorreu no final de dezembro, quando a agência de notícias SANA declarou que os helicópteros dos EUA evacuaram oslíderes do Daesh de várias áreas da província síria de Deir ez-Zor ao nordeste do país.