Mostrando postagens com marcador UNGA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador UNGA. Mostrar todas as postagens

sábado, 28 de setembro de 2024

#UNGA: Apelos de Lula, Petro e Guterres na ONU lembram que oligarquias são a raiz do desastre global


“Aqueles que têm o poder de destruir a vida não nos escutam [...] ainda que representemos a grande maioria”, declarou Gustavo Petro durante discurso na ONU


ONU
 

O mundo está à beira do desastre, mas ninguém assume a responsabilidade por isso, pareceu ser a conclusão do primeiro dia do chamado “debate geral” da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.

Talvez por isso, o secretário-geral, António Guterres, condenou o que chamou de “impunidade” global, ao abrir, nesta terça-feira (24), a sessão inicial do debate geral, junto com “a desigualdade” e “a incerteza”, um trio que está levando a civilização à beira de desastres, e essa rota é insustentável. “Estamos nos aproximando do inimaginável, um barril de pólvora que está envolvendo o mundo inteiro”, advertiu Guterres, e assinalou que as guerras, a mudança climática e a desigualdade estão piores do que nunca. Ao mesmo tempo, convidou aos participantes: “os desafios que enfrentamos podem ser resolvidos”.


Incapaz de impedir guerras e dar basta ao
 genocídio palestino, seria o fim da ONU?

Ele ressaltou a impunidade, onde “as violações e abusos ameaçam o próprio alicerce do direito internacional e da Carta da ONU”. Acrescentou que “o nível de impunidade no mundo é politicamente indefensável e moralmente intolerável”, onde governos acreditam que podem violar as convenções internacionais e a Carta da ONU, “invadir outro país ou destruir sociedades inteiras” sem consequências. Assinalou os casos da Ucrânia e de Gaza, aos quais chamou “um pesadelo sem fim que ameaça levar toda uma região”; condenou os atos do Hamas, mas afirmou que “nada pode justificar o castigo coletivo do povo palestino”, que incluiu também a morte de mais de 200 funcionários da ONU. Guterres detalhou as injustiças da desigualdade econômica e também da mudança climática, insistindo que a única solução é multilateral e urgente. E que não há muito tempo.


Lula na ONU

O desfile anual de mandatários e altos representantes dos 193 países membros começou, por tradição, com o presidente do Brasil. Luiz Inácio Lula da Silva, uma das vozes mais poderosas do Sul Global, elevou o alerta sobre o rumo atual do planeta.

Lula falou sobre os esforços do Brasil para impulsionar um acordo para frear as guerras em Gaza e na Ucrânia, e advertiu que esses conflitos demonstram o fracasso da comunidade internacional.

Da mesma forma, deplorou um sistema econômico internacional que se “converteu em um Plano Marshall ao contrário, onde os mais pobres financiam os mais ricos”. Os mais ricos, afirmou, duplicaram suas fortunas e pagam menos impostos que os pobres, proporcionalmente 60% da humanidade é agora mais pobre — ante o qual o Brasil está promovendo uma proposta para estabelecer normas mínimas de impostos globais.


Outras vozes do Sul Global

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, acusou, com um discurso lírico, que nesse fórum da ONU “aqueles que têm o poder de destruir a vida não nos escutam”, [não escutam] os que não têm armas de destruição em massa ou grande quantidade de dinheiro, “ainda que representemos a grande maioria”.

Ele advertiu ainda que “a floresta amazônica está queimando” e isso implica o fim do mundo. Acusou que, “quando Gaza morrer, toda a humanidade morrerá”, pois as crianças palestinas “são o povo escolhido de Deus”. O que ele chamou de “oligarquia mundial” da mudança climática, das guerras, das punições econômicas contra países desobedientes como Cuba, e concluiu que a pergunta agora para o mundo é: a vida ou a ganância? Indicou que chegou a hora de pôr fim à oligarquia mundial e substituí-la por uma democracia dos povos. Que já não se precisa ouvir os BidenXiPutin e os europeus, mas sim os povos.


“Todos no mundo estão menos seguros”
após ataque terrorista no Líbano, alerta Snowden


Cyril Ramaphosa, da África do Sul, abriu seu discurso condenando a guerra de Israel em Gaza e destacou que seu país realizou uma denúncia por genocídio à Corte Internacional de Justiça contra Tel Aviv, com as obrigações do direito internacional, “o qual não pode ser aplicado de forma seletiva”.


O último discurso de Biden

Em seu último ato formal ante a comunidade mundial, o presidente Joe Biden ilustrou a incongruência que define essa conjuntura mundial, apresentando-se como líder da paz e da cooperação, enquanto justificou a cumplicidade de seu governo com as guerras em Gaza e na Ucrânia. “As coisas podem, sim, melhorar”, afirmou, e ofereceu como exemplo histórico o fato de que os Estados Unidos e o Vietnã agora são parceiros, insistindo que, apesar dos grandes desafios, é preciso manter o otimismo.

A guerra de Putin fracassou” e “não podemos desistir até que a Ucrânia vença esta guerra… não deixaremos de apoiar a Ucrânia”, afirmou ele, ignorando o consenso dos especialistas de que essa guerra não é vencível. Ele mencionou a América Latina apenas uma vez, usando o caso da Venezuela para ilustrar como seu país deve ser o campeão da democracia. Falou sobre como enfrentar a China no Pacífico, assegurando que os blocos não são contra nenhum país, quando é óbvio que são contra Pequim.


EUA, polícia do mundo: na ONU, Biden aposta
em velho discurso recheado de cinismo

Em relação a Gaza, condenou novamente o ataque do Hamas de 7 de outubro, reconheceu que “inocentes também estão enfrentando o inferno” em Gaza e apelou às partes a aceitarem um acordo e “pôr fim a essa guerra”. Disse que têm buscado prevenir a ampliação da guerra e acusou o Hezbollah pelos ataques mais recentes. “Estamos trabalhando incansavelmente” para conter esse conflito. Biden incansavelmente repete essa frase há quase um ano, enquanto seu governo continua fornecendo bombas e outras munições a Israel para o que uma maioria da Assembleia Geral considera um “possível” genocídio, algo que grande parte de seu público hoje criticou.


Assembleia vai até o dia 30

O debate geral continuará durante toda esta semana e até 30 de setembro. Estão na lista vários dos envolvidos nos conflitos que desafiam o mandato da ONU de promover a paz. O primeiro-ministro de IsraelBenjamin Netanyahu, está programado para esta quinta-feira (26), pouco depois de o presidente palestino, Mahmoud Abbas, subir ao pódio. O presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, teve sua vez nesta quarta-feira (25), mas na segunda também tinha um encontro numa sessão do Conselho de Segurança.



Muitos se referiram ao surgimento da inteligência artificial (IA) e como isso mudará quase tudo, e, portanto, é necessário um manejo “responsável” dessa nova ferramenta pela comunidade internacional. Mas, se o passado serve de guia para o manejo desses líderes políticos do mundo atual, vale questionar se existe a inteligência natural coletiva para alcançar esse e os outros grandiosos objetivos que foram mencionados aqui.

La Jornada, especial para Diálogos do Sul – Direitos reservados.

As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.


David Brooks

Correspondente do La Jornada nos EUA desde 1992, é autor de vários trabalhos acadêmicos e em 1988 fundou o Programa Diálogos México-EUA, que promoveu um intercâmbio bilateral entre setores sociais nacionais desses países sobre integração econômica. Foi também pesquisador sênior e membro fundador do Centro Latino-americano de Estudos Estratégicos (CLEE), na Cidade do México.


Jim Cason

Correspondente do La Jornada e membro do Friends Committee On National Legislation nos EUA, trabalhou por mais de 30 anos pela mudança social como ativista e jornalista. Foi ainda editor sênior da AllAfrica.com, o maior distribuidor de notícias e informações sobre a África no mundo.

Fonte: Diálogos do Sul Global


Gustavo Petro

79ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas




Lula


A solidariedade ao povo palestino nos une, presidente Mahmoud Abbas.


A solidariedade ao povo palestino nos une, presidente Mahmoud Abbas. 🎥 Ricardo Stuckert

[image or embed]

— Lula (@lula.com.br) September 26, 2024 at 1:44 PM


ONU Info


#Gaza : O Secretário-Geral da ONU @antonioguterres insta o Conselho de Segurança a se unir para apoiar um cessar-fogo imediato que conduza a uma solução viável de dois Estados


 

Geopolítica 01

Geopolítica 02


👉 Click Verdade - Jornal Missão 👈


terça-feira, 24 de setembro de 2024

Na AGNU, África do Sul, Qatar e Colômbia ( loath ) Israel pela sua guerra em Gaza


O presidente Cyril Ramaphosa, o emir xeque Tamim bin Hamad Al Thani e o presidente Gustavo Petro pedem um cessar-fogo em Gaza enquanto criticam a inação das potências mundiais


Emir do Catar chama a guerra israelense em Gaza de "genocídio". / Foto: AP

O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, recebeu apoio internacional para o caso de genocídio contra Israel que seu país abriu em dezembro passado no Tribunal Internacional de Justiça (CIJ).

"Acolhemos com satisfação o apoio que vários países deram ao caso que lançamos no CIJ. As ordens do CIJ deixam claro que há um caso plausível de genocídio contra o povo de Gaza", disse o presidente sul-africano ao discursar na AGNU na terça-feira.

Discursando na Assembleia Geral da ONU em Nova York, Ramaphosa disse: "Não ficaremos em silêncio assistindo ao apartheid ser perpetrado contra outros", evocando a luta de décadas da África do Sul contra o apartheid, que finalmente terminou com sucesso na década de 1990.

"A única solução duradoura é o estabelecimento do Estado palestino, um Estado que existirá lado a lado com Israel, com Jerusalém Oriental como sua capital", acrescentou.

Em seus comentários, Ramaphosa também pediu reformas abrangentes no Conselho de Segurança da ONU, criticando sua estrutura atual como ultrapassada e exclusiva.

"Não podemos continuar sendo um clube exclusivo de cinco nações", disse ele, pedindo a inclusão da África e de outras regiões no processo de tomada de decisões do conselho.


Cresce apoio global ao caso de genocídio
da África do Sul contra Israel no TIJ

Catar


O emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad Al Thani, disse que a guerra de Israel em Gaza foi um "genocídio" ao se dirigir aos líderes mundiais na Assembleia Geral das Nações Unidas.

"A agressão flagrante que recai sobre o povo palestino na Faixa de Gaza hoje é a agressão mais bárbara, hedionda e extensa", disse ele, chamando o conflito de "um crime de genocídio".

O emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad Al Thani, enfatizou que o Catar continuará com seus esforços de mediação em Gaza, apesar de todas as adversidades.

"A mediação em Gaza é nossa escolha estratégica, continuaremos os esforços apesar das dúvidas e acusações até que um cessar-fogo permanente seja alcançado", disse Al Thani.

Al Thani disse que não há parceiro para a paz no atual governo israelense.

Ele também disse que o fim da ocupação nos territórios palestinos e o direito à autodeterminação não são um favor nem um presente.

O emir do Catar também criticou o Conselho de Segurança da ONU por não implementar a resolução de cessar-fogo em Gaza.

"A adesão palestina à ONU não acabará com suas misérias nem com a ocupação, mas pelo menos enviaria uma mensagem ao governo de extrema direita em Israel, envolvido no desafio à legitimidade internacional, de que a força não elimina direitos", acrescentou.

Ao responsabilizar Israel pelo assassinato de Ismail Haniyeh, ele disse

"O Catar está mediando uma situação em que uma parte não hesita em assassinar seus colegas com quem está envolvida em negociações, como o assassinato de Ismail Haniyeh, que não foi apenas o líder político do Hamas, mas também o primeiro primeiro-ministro palestino eleito."

Ao defender o fim dos ataques de Israel ao Líbano, ele acrescentou: "Israel está travando uma guerra no Líbano e ninguém sabe o quanto essa guerra vai se agravar".


'ONU, o que você está esperando para parar
o genocídio em Gaza?' — Erdogan

Colômbia


O presidente colombiano Gustavo Petro também criticou o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu pelos ataques a Gaza durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU.

"É nessa desigualdade que encontramos a lógica da destruição em massa desencadeada pela crise climática e a lógica das bombas lançadas por um criminoso como Netanyahu em Gaza", disse Petro.

“Quando Gaza morrer, toda a humanidade morrerá”, disse o presidente.

“Hoje temos 20.000 crianças mortas. Presidentes riem dessa situação na Assembleia Geral da ONU.”

O chefe de Estado colombiano disse que apenas as vozes das potências mundiais são ouvidas no cenário internacional.

“O poder de um país no mundo não é mais exercido pelo poder político e econômico, mas pela destruição da humanidade. Aqueles de nós que têm o poder de sustentar a vida falam sem serem ouvidos. É por isso que eles não nos ouvem quando votamos para impedir o genocídio em Gaza. Os presidentes que podem destruir a humanidade não nos ouvem”, disse ele.



 Ao discursar na AGNU, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, o emir do Qatar, Sheikh Tamim bin Hamad Al Thani, e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, apelam a um cessar-fogo em Gaza, ao mesmo tempo que criticam a inacção e o silêncio criminoso das potências mundiais.



 FONTE: TRTWorld e agências


ECSaharaui


Petro na ONU: um discurso que é história

“Quando #Gaza morrer, toda a humanidade morrerá”

O presidente da Colômbia, @petrogustavo, alerta na ONU sobre o fim da humanidade devido à ganância, às guerras e às mudanças climáticas. “Ou levantamos a bandeira da vida ou nossas cidades ficarão cheias de cemitérios” #UNGA79



Geopolítica 01

Geopolítica 02 


👉 Click Verdade - Jornal Missão 👈


Comentários Facebook