terça-feira, 24 de setembro de 2024

Na AGNU, África do Sul, Qatar e Colômbia ( loath ) Israel pela sua guerra em Gaza


O presidente Cyril Ramaphosa, o emir xeque Tamim bin Hamad Al Thani e o presidente Gustavo Petro pedem um cessar-fogo em Gaza enquanto criticam a inação das potências mundiais


Emir do Catar chama a guerra israelense em Gaza de "genocídio". / Foto: AP

O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, recebeu apoio internacional para o caso de genocídio contra Israel que seu país abriu em dezembro passado no Tribunal Internacional de Justiça (CIJ).

"Acolhemos com satisfação o apoio que vários países deram ao caso que lançamos no CIJ. As ordens do CIJ deixam claro que há um caso plausível de genocídio contra o povo de Gaza", disse o presidente sul-africano ao discursar na AGNU na terça-feira.

Discursando na Assembleia Geral da ONU em Nova York, Ramaphosa disse: "Não ficaremos em silêncio assistindo ao apartheid ser perpetrado contra outros", evocando a luta de décadas da África do Sul contra o apartheid, que finalmente terminou com sucesso na década de 1990.

"A única solução duradoura é o estabelecimento do Estado palestino, um Estado que existirá lado a lado com Israel, com Jerusalém Oriental como sua capital", acrescentou.

Em seus comentários, Ramaphosa também pediu reformas abrangentes no Conselho de Segurança da ONU, criticando sua estrutura atual como ultrapassada e exclusiva.

"Não podemos continuar sendo um clube exclusivo de cinco nações", disse ele, pedindo a inclusão da África e de outras regiões no processo de tomada de decisões do conselho.


Cresce apoio global ao caso de genocídio
da África do Sul contra Israel no TIJ

Catar


O emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad Al Thani, disse que a guerra de Israel em Gaza foi um "genocídio" ao se dirigir aos líderes mundiais na Assembleia Geral das Nações Unidas.

"A agressão flagrante que recai sobre o povo palestino na Faixa de Gaza hoje é a agressão mais bárbara, hedionda e extensa", disse ele, chamando o conflito de "um crime de genocídio".

O emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad Al Thani, enfatizou que o Catar continuará com seus esforços de mediação em Gaza, apesar de todas as adversidades.

"A mediação em Gaza é nossa escolha estratégica, continuaremos os esforços apesar das dúvidas e acusações até que um cessar-fogo permanente seja alcançado", disse Al Thani.

Al Thani disse que não há parceiro para a paz no atual governo israelense.

Ele também disse que o fim da ocupação nos territórios palestinos e o direito à autodeterminação não são um favor nem um presente.

O emir do Catar também criticou o Conselho de Segurança da ONU por não implementar a resolução de cessar-fogo em Gaza.

"A adesão palestina à ONU não acabará com suas misérias nem com a ocupação, mas pelo menos enviaria uma mensagem ao governo de extrema direita em Israel, envolvido no desafio à legitimidade internacional, de que a força não elimina direitos", acrescentou.

Ao responsabilizar Israel pelo assassinato de Ismail Haniyeh, ele disse

"O Catar está mediando uma situação em que uma parte não hesita em assassinar seus colegas com quem está envolvida em negociações, como o assassinato de Ismail Haniyeh, que não foi apenas o líder político do Hamas, mas também o primeiro primeiro-ministro palestino eleito."

Ao defender o fim dos ataques de Israel ao Líbano, ele acrescentou: "Israel está travando uma guerra no Líbano e ninguém sabe o quanto essa guerra vai se agravar".


'ONU, o que você está esperando para parar
o genocídio em Gaza?' — Erdogan

Colômbia


O presidente colombiano Gustavo Petro também criticou o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu pelos ataques a Gaza durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU.

"É nessa desigualdade que encontramos a lógica da destruição em massa desencadeada pela crise climática e a lógica das bombas lançadas por um criminoso como Netanyahu em Gaza", disse Petro.

“Quando Gaza morrer, toda a humanidade morrerá”, disse o presidente.

“Hoje temos 20.000 crianças mortas. Presidentes riem dessa situação na Assembleia Geral da ONU.”

O chefe de Estado colombiano disse que apenas as vozes das potências mundiais são ouvidas no cenário internacional.

“O poder de um país no mundo não é mais exercido pelo poder político e econômico, mas pela destruição da humanidade. Aqueles de nós que têm o poder de sustentar a vida falam sem serem ouvidos. É por isso que eles não nos ouvem quando votamos para impedir o genocídio em Gaza. Os presidentes que podem destruir a humanidade não nos ouvem”, disse ele.



 Ao discursar na AGNU, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, o emir do Qatar, Sheikh Tamim bin Hamad Al Thani, e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, apelam a um cessar-fogo em Gaza, ao mesmo tempo que criticam a inacção e o silêncio criminoso das potências mundiais.



 FONTE: TRTWorld e agências


ECSaharaui


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