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quarta-feira, 3 de março de 2021

Imóvel comprado por Flávio Bolsonaro é mais de três vezes maior do que seu patrimônio


Em 2018, senador declarou R$ 1,74 milhão em bens. Valor de mansão adquirida em Brasília é de R$ 6 milhões


Flávio Bolsonaro adquiriu a mansão por meio de financiamento no Banco de Brasília - Wilson Dias / EBC


senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) comprou uma mansão de R$ 6 milhões, localizada em bairro de luxo de Brasília. Denunciado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, o senador pagou pela casa quantia que é a mesma que o Ministério Público denuncia no caso das “rachadinhas”.

A compra foi confirmada em 2 de fevereiro, no 1º Ofício de Registro de Imóveis do Distrito, de acordo com o Estadão. A mansão de Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República, está localizada no setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul, vendida como “a melhor vista de Brasília da suíte master”.

Flávio Bolsonaro é investigado pelo esquema de desvios de recursos dos salários de seus assessores, as “rachadinhas“, quando era deputado estadual da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Na investigação, o filho do presidente é suspeito de realizar a lavagem de dinheiro por meio da venda e compra de imóveis.

A denúncia do MP relata que 12 funcionários fantasmas lotados no gabinete de Flávio na Alerj teriam desviado R$ 6,1 milhões dos cofres públicos. O caso foi revelado após relatório do Coaf apontar movimentação atípica de R$ 1,2 milhão, durante um ano, na conta de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio e amigo de Jair Bolsonaro.


Vai pagar como?

Flávio Bolsonaro adquiriu a mansão por meio de um financiamento no Banco de Brasília. O senador conseguiu uma taxa de juros de 4,85% ao ano, por 30 anos. O Estadão calcula que o valor mensal das parcelas será de R$ 16.162,50 – sem contar os seguros e as taxas.

Porém, o salário bruto de um senador da República é de R$ 33.763,00, que após os descontos cai para R$ 24,9 mil. Os R$ 6 milhões da mansão correspondem ao triplo do total de bens declarados por Flávio Bolsonaro à Justiça Eleitoral, em 2018, quando disputou uma vaga no Senado pelo Estado do Rio de Janeiro.

Dois anos atrás, Flávio disse que tinha um total de bens de R$ 1,74 milhão, incluindo um apartamento residencial na Barra da Tijuca, no Rio (R$ 917 mil), uma sala comercial no mesmo bairro (R$ 150 mil), 50% de participação da empresa Bolsotini Chocolates (uma franquia da Kopenhagen, de R$ 50 mil), um veículo Volvo XC de R$ 66,5 mil e aplicações e investimentos que somavam R$ 558,2 mil.


Coincidência

A compra da mansão foi alvo de críticas nas redes sociais. O assunto foi um dos mais comentados do Twitter, na segunda-feira (1ª). Parlamentares, jornalistas e personalidades levantaram suspeita sobre o novo patrimônio de Flávio Bolsonaro.

O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) pede que seja feita uma investigação. O salário de deputado e de senador não dá para comprar uma casa de R$ 6 milhões, como fez o Senador Flávio Bolsonaro. É preciso investigar a origem do seu patrimônio”, tuitou.

Já a deputada federal Sâmia Bonfim (Psol-SP) ironiza o fato do valor do imóvel ser o mesmo que Flávio é investigado pela Justiça: “Por coincidência, o modesto valor de R$6 milhões da mansão é o mesmo que o Ministério Público acusa Flávio Bolsonaro de receber indevidamente por meio de rachadinhas.”

O jornalista Lúcio de Castro, da Agência Sportlight, também criticou a compra. “Flávio Bolsonaro comprando uma nababesca mansão muito acima do que pode só indica a certeza que eles têm no golpe. De alguém que prevê estar acima de lei e instituições por muitos anos. Poucas vezes se viu um atestado tão surreal assim”, afirmou.


Outro lado

Em depoimento publicado em sua conta oficial no Twitter, o senador Flávio Bolsonaro afirmou que a transação noiticiada pelo jornal foi uma "simples compra e venda de imóvel".

"Eu vendi o imóvel que eu tinha no Rio de Janeiro, vendi uma franquia que eu possuía também no Rio de Janeiro e dei entrada numa casa aqui em Brasília. A maior parte do valor dessa casa está sendo financiada num banco, numa taxa que foi aprovada conforme o rendimento familiar como qualquer coisa no Brasil pode fazer", disse no vídeo. 

Sobre a venda do imóvel no Rio de Janeiro, o senador afirma que foi realizada "por meio de um instrumento particular de compra e venda". "Daqui a pouco vai ter uma escritura também, está na fase de elaboração das certidões pra que possa instruir esse escritura pública", disse o filho do presidente.

 Fonte: Brasil de Fato

Revista Fórum

Flávio Bolsonaro compra casa de 6 milhões em Brasília e esconde patrimônio

Este Fórum Onze e Meia comenta a compra da mansão de R$ 6 milhões pelo filho do presidente Flavio Bolsonaro, uma semana depois que a quinta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou as quebras de sigilos bancário e fiscal do senador.

O programa ainda fala sobre a preocupação da Organização Mundial de Saúde (OMS)  em relação ao Brasil superar os EUA em número de casos e mortes da pandemia.

Entrevistados desta edição:  Paulo Teixeira, deputado federal (PT-SP), Juliano Medeiros, presidente do PSOL.

Comentários de Renato Rovai, jornalista e editor da Revista Fórum. Apresentação de Dri Delorenzo.

Assista ao VÍDEO



UOL

Mansão de Flávio Bolsonaro: veja imagens do imóvel de R$ 6 milhões em Brasília

Mansão de Flávio Bolsonaro: Denunciado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, filho do presidente Jair Bolsonaro comprou imóvel de luxo com quatro suítes, academia, piscina e spa com aquecimento solar, em uma área construída de 1,1 mil m². Em nota, senador alegou que obteve recursos para a aquisição a partir da venda de um imóvel no Rio de Janeiro. Mais da metade do valor ocorreu por intermédio de financiamento imobiliário, disse um dos trechos do texto elaborado pela assessoria de Flávio Bolsonaro.

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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

MP anuncia fim da Lava Jato; conversas vazadas revelam preconceito de procuradores


Mensagens vazadas mostram que procurador Januário Paludo foi ao sítio de Atibia e enviou textos jocosos sobre o local



Deltan Dallagnol e Januário Paludo; procuradores do Ministério Público mantinham diálogo ilegal com ex-juiz Sérgio Moro sobre julgamento de processos da Lava Jato - Reprodução/MPF

 
A força-tarefa da Lava Jato no Paraná anunciou, nesta quarta-feira (3), que oficialmente deixou de existir. Os procuradores e integrantes da operação passarão a atuar no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Federal (MPF).

A mudança ocorreu após uma portaria de 7 de dezembro da Procuradoria-Geral da República (PGR), que determinou a integração de quatro integrantes da Lava-Jato ao Gaeco, que já contava com cinco membros. Entre os procuradores estão Laura Tessler e Roberson Henrique Pozzobon.

Outros dez membros da Lava Jato permanecem designados para atuação em casos específicos ou de forma eventual até 1º de outubro de 2021, sem integrar o Gaeco e sem dedicação exclusiva ao caso, trabalhando a partir das lotações de origem.

:: "Maior escândalo da história do Judiciário", diz criminalista sobre Moro e Dallagnol ::


Mensagens preconceituosas

As últimas conversas reveladas, no último dia 1º, entre os procuradores da Lava Jato e o ex-juiz federal Sergio Moro, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) de levantar o sigilo dos diálogos, revelam preconceitos de classe dos integrantes da força-tarefa e ataques depreciativos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em 4 de março de 2016, quando Sergio Moro ordenou condução coercitiva para o depoimento de Lula à Polícia Federal, o apartamento do petista, em São Bernardo do Campo, e um sítio em Atibaia foram alvos de mandados de busca e apreensão. Durante a operação, os procuradores da Lava Jato comentaram no grupo de Telegram os itens encontrados no sítio.

O procurador Januário Paludo relatou suas impressões sobre o local. Com piadas, os colegas, incluindo Deltan Dallagnol, pediram mais detalhes. Jerusa Viecili, também procuradora, reagiu a Paludo também imprimindo tom jocoso: “Kkkkkk Januario! Quero saber da adega!”.

Então, Paludo ridicularizou o ex-presidente e sua esposa, Marisa Letícia. “Sem dúvida, o sítio é do Lula, porque a roupa de mulher era muito brega. Decoração horrorosa. Muitos tipos de aguardente. Vinhos de boa qualidade, mas mal conservados. Achei o sítio deprimente. Local para pouso de helicóptero confirmado à esquerda da entrada em campo de futebol, para helicóptero pequeno”, escreveu.

:: Lewandowski levanta sigilo de conversas de Moro com procuradores da Lava Jato ::

No caso do sítio de Atibaia, Lula foi condenado a 17 anos de prisão, sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro relacionada a reformas no local. O ex-presidente nega que o local seja seu. Mensagens mostram que a Lava Jato escolheu momento para fazer acusação no caso do sítio em Atibaia para tirar foco de escândalo Temer-Joesley e acobertar ações de colegas procuradores.

As mensagens preconceituosas dos procuradores seguiram no dia seguinte à operação. Januario Paludo escreveu: “Não me deixaram ficar na adega com medo que eu pegasse um Brunello, botasse um chapéu do MST no patinho e saísse pedalando!!!”, escreveu. Os colegas riram, e a procuradora Laura Tessler ainda acrescentou: “O sítio é mesmo do Lula: a 1ª foto mostra uma 51 [referindo-se a uma marca de cachaça]!!! Essas fotos da adega deveriam ser divulgadas”.

As conversas foram obtidas pelos advogados de Lula, e o material foi apreendido na Operação Spoofing, que teve como alvo o caso de rastreamento dos celulares de diversas autoridades, entre elas Moro e integrantes da força-tarefa da Lava Jato.

Fonte: Brasil de Fato


TV 247

Boa Noite 247 - Fim da Lava Jato faz aumentar a pressão pelo volta Lula

A Lava Jato deixou de existir no Paraná e passou a integrar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por decisão do Ministério Público Federal. A medida acontece dias depois da revelação dos novos diálogos de Sérgio Moro com procuradores evidenciando o conluio contra Lula.

O programa desta quarta (3) vai contar com a participação da subprocuradora da República Deborah Duprat, ex-Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão; do jornalista Marcelo Auler; e do cartunista Renato Aroeira.

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quarta-feira, 4 de novembro de 2020

URGENTE: MP denuncia Flávio Bolsonaro por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa



Senador é investigado pelo esquema de rachadinhas em seu antigo gabinete na Alerj e pode virar réu; Queiroz e outros 15 assessores também foram denunciados

Um dia após voltar de seu passeio em Fernando de Noronha, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi denunciado, nesta terça-feira (3), pelo Ministério Público do Rio por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As informações são do Estadão.

Além dele, foram denunciados 15 ex-assessores do senador e também o ex-policial Fabrício Queiroz, que está em prisão domiciliar.

A denúncia tem relação com as investigações, que já duram mais de dois anos, sobre o esquema de rachadinhas que supostamente operava em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), quando era deputado estadual. O esquema consistiria em se apropriar dos salários de assessores, pagos com dinheiro público, e lavar esses recursos através de uma organização criminosa. Segundo as investigações, o senador lavaria esse dinheiro através da compra de imóveis e também por meio de uma franquia de uma loja de chocolates. O filho do presidente é apontado pelo MP como líder da organização criminosa e Queiroz, por sua vez, como operador do esquema de corrupção.

As investigações do MP apontam que os ex-funcionários do então deputado estadual depositaram ao longo dos 11 anos R$ 2,06 milhões na conta bancária de Queiroz, sendo a maior parte em dinheiro vivo. Além disso, a suposta organização criminosa apontada na denúncia teria sacado R$ 2,9 milhões em espécie ao longo desse período.

O MP ajuizou a denúncia ainda em outubro mas, como o desembargador relator do caso estava de férias, a peça só pode ser oficializada nesta terça-feira (3).

Caso a Justiça aceite a denúncia contra Flávio Bolsonaro, ele e seus ex-assessores se tornarão réus. Flávio Bolsonaro, agora, será notificado e terá que oferecer resposta no prazo de 15 dias. O recebimento da denúncia por parte da Justiça se dará após a manifestação do senador.

O nome dos ex-funcionários denunciados não foi revelado. Até o momento, o filho do presidente não se pronunciou sobre a denúncia.


 

Fonte:  Revista Fórum


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