A África possui 60% de terras aráveis, África possui 90% da
reserva de matérias-primas, África possui 40% da reserva mundial de ouro,
África possui 33% da reserva de diamantes, África possui 80% da reserva global
de Coltan (mineral para produção telefónica e electrónica), principalmente na
República Democrática do Congo
Mapa do continente africano
A África tem 60% da reserva mundial de cobalto (mineral para o
fabrico de baterias de automóveis), África é rica em petróleo e gás natural,
África (Namíbia) tem a linha costeira mais rica em peixe do mundo, África é
rica em manganês, ferro e madeira, África é três vezes a área da China, três
vezes a área da Europa, três vezes a área dos Estados Unidos da América, África
tem trinta e meio milhões de km2 (30 875 415 km2), África tem 1,3 mil milhões
de habitantes (a China tem 1,4 mil milhões de habitantes em 9,6 milhões de
km2). O que significa que a África é SUBPOPULADA.
As terras aráveis da República Democrática do Congo são
capazes de alimentar toda a África.
E todas as terras aráveis de África são um cordão para
alimentar o mundo inteiro. A República Democrática do Congo possui rios
importantes que podem iluminar toda a África. O problema é que a CIA, as
empresas ocidentais e vários fantoches africanos desestabilizaram a RDC durante
décadas e vários países africanos para que pudessem ter acesso aos seus recursos.
África é um continente culturalmente diversificado em termos
de dança, música, arquitectura, escultura, etc. África acomoda mais de 30.000
receitas medicinais e ervas que o Ocidente modifica nos seus laboratórios.
África tem uma população global jovem que deverá atingir 2,5
mil milhões até 2050.
Com tudo isto, África é conhecida como um dos continentes
mais pobres do mundo devido à falta de gestão, à guerra, ao imperialismo e ao
neocolonialismo.
Some facts about the African Continent today. __ Africa has 60 % arable land, Africa owns 90 % of raw material reserve, Africa owns 40 % of the global gold reserve, Africa owns 33 % of diamond reserve, Africa has 80 % of Coltan's global reserve (mineral for telephone and… pic.twitter.com/LkohZ5fTXB
No dictionary meaning to the oppression in Africa. Why should over 40,000 kids' next meal come from their manual labour in a mining site? Why is a country rich in Cobalt and other resources that poor? pic.twitter.com/faWRw2ZVyY
Correspondente na China visita o povoado de Xiaqi, no
sudeste do país, para ver como a vida dos moradores se transformou
Até 2013, todas as famílias que viviam em barcos foram
instaladas no vilarejo de Xiaqi, que agora tem mais de seis áreas habitacionais
e 3,6 mil moradores - Hector Retamal
Durante gerações, a água foi tanto casa quanto algoz para os
moradores das casas flutuantes na vila de Xiaqi, na cidade costeira de Ningde,
na China. Os barcos de pesca eram o local em que viviam e trabalhavam os
moradores que não tinham um lar em terra e estavam à mercê do mar e das
condições climáticas.
Embora o processo de realocação dos aldeões para o
continente tenha começado nos anos 90, só em 2013, como parte dos programas
para erradicar a extrema pobreza na China, foi que a maioria dos habitantes dos
barcos Xiaqi, estimados em quase 800 famílias, foram realocados.
Para mantê-los em terra e evitar que voltassem à pobreza, o
governo local forneceu lotes de terra gratuitos e um subsídio para construção
de moradias. Também forneceu água, eletricidade, instalações médicas, escolas e
auxílio para a criação de empregos relacionados ao mar.
Nos últimos anos, os pescadores deixaram de participar
exclusivamente no setor pesqueiro para se unirem aos setores da agricultura,
construção ou serviços.
Saiba mais sobre a transformação do vilarejo no vídeo da
correspondente da teleSUR na China, Iramsy Peraza.
Go back to school in this unique episode of Xinhua Special shot on location at the China Executive Leadership Academy for CPC officials in the heartland of the Chinese revolution in Jinggangshan, Jiangxi, east China. pic.twitter.com/deZmwSNMpY
Após quatro dias de intensos protestos na Colômbia, o
presidente de direita Ivan Duque disse neste domingo (2) que vai retirar a
proposta de reforma tributária
(Foto: Luisa Gonzales/Reuters)
BOGOTÁ (Reuters) – O presidente colombiano Ivan
Duque disse neste domingo que vai retirar a proposta de reforma tributária
depois de protestos por vezes violentos no país e de ampla
oposição por parte dos parlamentares.
Duque disse na sexta-feira que a lei seria revisada para remover
alguns de seus pontos mais polêmicos – como o nivelamento do imposto sobre
vendas de alguns alimentos e de serviços públicos – mas o governo já havia
insistido que não o retiraria de pauta.
“Estou pedindo ao Congresso que retire a lei proposta pelo
Ministério da Fazenda e processe urgentemente uma nova lei que seja fruto do
consenso, a fim de evitar incertezas financeiras”, disse Duque em vídeo.
#AHORA EL GOBIERNO de Duque #MASACRANDO A LA POBLACIÓN QUE REPUDIA LA ESTRUCTURA CRIMINAL DE ESE #NARCOESTADO... Dónde la Oea y almagro, dónde la ONU y Bachelet, dónde el grupete de Lima, dónde las ong’s, los artistas y aparatos trasnacionales de propaganda expertos en Venezuela? pic.twitter.com/TSNaQEa51l
— Tarek William Saab (@TarekWiliamSaab) May 2, 2021
🎥🛑En #Colombia IMPRESIONANTE MAREA HUMANA en Cali contra las medidas neoliberales del NARCOPresidente Duque en el #ParoNacional.
🔻Al menos 35 personas ASESINADAS, 8 en las últimas 24 horas y más de 31 desaparecidas. pic.twitter.com/17zb5K1GqU
Pesquisa do Dieese mostra ainda disparada de 23% no preço do
tomate e de 8,53% da batata em janeiro em relação a dezembro
Compras em supermercado (Divulgação/Abras)
O ano começa com uma notícia amarga, que quem frequenta
supermercados já percebeu: o preço do açúcar aumentou 6,87% em média em 17
capitais do país em janeiro. O dado foi constatado pelo Dieese, na pesquisa
mensal da cesta básica, divulgada nesta segunda-feira (8). O produto já é
encontrado a mais de R$ 3 o pacote de 1 kg em supermercados do país.
O levantamento feito em janeiro mostrou outros produtos com
aumento destacado em relação a dezembro de 2020. Foram eles: tomate (23,04%),
batata (8,53%), banana (3,96%), farinha de trigo (2,14%), carne bovina de
primeira (1,55%), manteiga (0,75%), óleo de soja (0,37%) e leite integral
(0,19%).
Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e
Estudos Socioeconômicos (Dieese), a alta do preço do açúcar no mês passado
aconteceu porque “o volume ofertado foi menor por causa da entressafra e da
pressão das usinas para segurar a cotação”. O produto aumentou em 15 cidades,
com destaque para Florianópolis (12,58%), Campo Grande (11,44%) e João Pessoa
(7,19%).
A carne de primeira, uma das vilãs da inflação no ano
passado, não deu folga em janeiro. Seu preço subiu em 14 capitais. A maior alta
foi constatada em Curitiba: 6%. Segundo o Dieese, a baixa disponibilidade
de animais para abate no campo e a demanda externa elevada resultaram em
aumentos de preço.
E não há sinal de que ele vá arrefecer tão cedo. O
levantamento diário de preços do Centro de Estudos Avançados em Economia
Aplicada (Cepea) mostra que a arroba do boi ultrapassou R$ 300 na semana
passada no atacado – e segue subindo.
Cesta básica em alta
Das 17 capitais em que a pesquisa é feita, o preço da cesta
básica subiu em 14. Nas outras três, o Dieese constatou queda, mas leve, de
menos de 1% em todas elas.
Em São Paulo, o Dieese encontrou o valor mais alto para o
conjunto de alimentos: R$ 654,15, com alta de 3,59%, na comparação com dezembro
de 2020. Em 12 meses, o valor da cesta subiu 26,40%.
Um trabalhador que ganhe o salário mínimo, atualmente em R$
1.100, usou 64,29% desse valor para conseguir comprar todos os produtos da
cesta na capital paulista.
Desemprego e inflação em alta, itens da cesta básica cada
vez mais caros . Tá bem difícil para o brasileiro se alimentar durante a
pandemia. Com o término do auxílio emergencial o fantasma da fome, que parecia
quase extinto, volta a rondar e a se tornar realidade.
Vídeo: Bolsonaro totalmente sem rumo admite que a economia “tá cambaleando” e que a inflação tá explodindo. Como sempre, daquele jeitão cínico tipo “e eu com isso?”... Um presidente que não assume de fato o governo, preferindo sempre culpar os outros pela própria incompetência pic.twitter.com/lhTv03ZTm1
Número de famílias em extrema pobreza cadastradas no
CadÚnico superou a casa de 14 milhões e alcançou o maior índice desde o final
de 2014
O total de pessoas na miséria no Brasil hoje equivale a
cerca de 39,9 milhões de pessoas, de acordo com dados do Ministério da
Cidadania. Entram na conta de famílias de baixa renda aquelas que têm renda de
até R$ 89 por pessoa (renda per capita).
Além destas, até outubro, havia no país outras 2,8 milhões
de famílias em situação de pobreza, com renda per capita média de moradores
entre R$ 90 e R$ 178.
De acordo com informações do repórter Carlos
Madeiro, para o UOL, o número de famílias em extrema pobreza cadastradas no
CadÚnico (Cadastro Único para programas sociais do governo federal) superou a
casa de 14 milhões e alcançou o maior número desde o final de 2014.
O cadastro é atualizado constantemente e reflete as mudanças
na condição de vida no país. O objetivo é que o governo saiba a renda das
famílias e pague um valor complementar para superação da extrema pobreza no
valor de R$ 41 a R$ 205, caso a família esteja inscrita e aprovada no Bolsa
Família.
A tendência para este mês é que a pobreza cresça no país com
o fim de auxílio emergencial e outros programas que auxiliaram
pessoas, entes e empresas por conta da pandemia.
Com o fim do auxílio emergencial, a média do valor pago vai
baixar de R$ 329,19 para R$ 190, como era antes da pandemia.
Olha isso: até a TV Globo admite que o desemprego era menor
nos tempos de Lula e Dilma. O vídeo mostra Christiane Pelajo, apresentadora do
Jornal da Globo na época, falando da taxa de pessoas sem emprego no fechamento
de 2014. Repare, no fim do vídeo de 30 segundos, o gráfico mostrando claramente
como o desemprego foi caindo, caindo, caindo, desde a posse de Lula, em 2003.
O resto da história infelizmente conhecemos. A partir de 2
015, o triplex do golpe, formado por Aécio, Temer e Cunha,
conseguiu abrir o processo de impeachment contra Dilma e sabotou o seu governo,
até a queda definitiva, em 2016.
O desemprego, com Temer, voltou àquelas taxas monstruo
Diante da pandemia do coronavírus, o desemprego no Brasil
subiu 27,6% em apenas quatro meses, atingindo 12,9 milhões de brasileiros,
anunciou o IBGE nesta quarta-feira (23).
O país terminou agosto com 2,9 milhões de desempregados a
mais do que havia no começo de maio, o que representa uma alta de 27,6%. A taxa
de desocupação foi de 13,6% em agosto, maior patamar desde maio. Em julho, o índice era de
13,1%.
Além disso, de acordo com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), a população ocupada no mercado de trabalho foi
estimada em 84,4 milhões de pessoas, uma redução de 2,7% em relação a maio.
Entre as cinco regiões do país, as maiores taxas de desemprego foram registradas no
Nordeste (15,7%), no Norte (14,2%) e no Sudeste (14,0%). Já as regiões
Centro-Oeste (12,2%) e Sul (10,0%) tiveram taxa inferior à média nacional.
Com flexibilização, mais pessoas procuram emprego
Os economistas já esperavam uma alta do desemprego a partir
do relaxamento das medidas de isolamento, adotadas para combater a disseminação
da COVID-19. Os dados indicam que mais pessoas estão procurando trabalho, mas
não estão encontrando vagas. Na metodologia do IBGE, é considerado
desempregado apenas quem efetivamente procura emprego e não acha.
Há 17,5 milhões de pessoas fora da força de trabalho que
gostariam de estar no mercado, mas não procuraram emprego por causa da pandemia
ou por falta de trabalho onde vivem.
43,9% dos lares receberam algum benefício
Ainda segundo o IBGE, em agosto 30 milhões de
domicílios brasileiros, ou 43,9% do total, receberam algum auxílio emergencial
relacionado à pandemia. Na comparação com o mês anterior, são 813.000 lares a
mais beneficiados. Na maior parte dos casos, trata-se do auxílio emergencial
concedido a informais e autônomos.
Com a redução do pagamento do auxílio, a renda das famílias se
torna menor, fazendo com que mais brasileiros busquem emprego.
Para falar sobre o desmonte do Sistema Único de Assistência
Social promovido pelo governo Bolsonaro, a jornalista Marilu Cabanãs entrevista
a economista Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome no Governo Dilma Rousseff, e José Crus , vice-presidente do colegiado
Nacional dos Gestores Municipais de Assistência Social. Assista ao vídeo.
Movimentos têm se preocupado com as
condições de pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo em meio à onda
de frio
Ao menos três pessoas morreram na
região da Praça da Sé, segundo informações do Movimento Estadual da População
em Situação de Rua. Outra morte ocorreu na zona norte da capital paulista
São Paulo – Quatro pessoas em situação de rua morreram entre sexta-feira (21) e a
madrugada de hoje na cidade de São Paulo. As informações são do Movimento
Estadual da População em Situação de Rua do Estado de São Paulo.
Pela manhã, a Secretaria de Segurança
Urbana da Prefeitura de São Paulo informou que uma mulher foi encontrada morta,
por volta das 8h30, em um barraco improvisado na Praça da Sé. O movimento
relata que foram registradas outras duas mortes de pessoas que também viviam na
região da Praça da Sé, centro da capital paulista, uma delas um deficiente
físico. Outro morador de rua também morreu na região do Tietê, zona norte da
cidade.
Robson Mendonça, do Movimento Estadual
da População em Situação de Rua, cobra ações do poder público, em especial da
administração municipal, para que se evitem mortes decorrentes do frio em meio
à população de rua. “Pedimos que a prefeitura organizasse campings, pedimos
para que a zeladoria parasse de retirar pertences da população de rua, parasse
de desmanchar as barracas, mas nada foi feito. Os campings não devem ser ação
de governo, mas poderiam ser uma medida emergencial para o inverno, ali no
parque Dom Pedro, por exemplo, para que houvesse alguma organização e a
zeladoria não tomasse nossos pertences.”
Ele conta que o Conselho Municipal de
Assistência Social (Comas) chegou a aprovar a proposta que previa o erguimento
de campings, mas a iniciativa não foi efetivada. “Camping é em espaço aberto,
isso é feito em vários países, como ação emergencial”, pontua. “Tememos mais
mortes nos próximos dias, porque não está tendo vaga para todo mundo na região
central, a demanda está muito alta. As kombis só podem levar cinco pessoas por
vez – por causa da pandemia – e estão indo pra longe, Guaianases, zona sul. Aí
demora demais e muita gente não consegue atendimento.”
Na quinta-feira (20), a prefeitura de
São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento
Social (SMADS), afirmou que iria intensificar
abordagens à população de rua para realizar encaminhamentos a abrigos
em dias com temperatura abaixo de 13°C. Em caso de recusa, a administração se
comprometeu a fornecer um kit lanche e cobertor.
De acordo com o Centro de Gerenciamento
de Emergências (CGE), as temperaturas mais baixas na cidade de São Paulo foram
registradas por volta da meia-noite desta sexta-feira, média de 8,1°C no
município.
As temperaturas baixas surpreenderam os
paulistanos nesta sexta-feira (21), mas quem sofre mesmo são os moradores de
rua, muitas vezes com pouca ou nenhuma proteção.
La desgracia se incrementa en #Brasil, no solo de la mano del Covid 19, Bolsonaro juega su papel y mientras los ricos obtienen más riquezas en medio de la crisis, miles de personas en ciudades como Sao Paulo quedan sin hogar y viven en casas de campaña en parques.#Cuba#Venezuelapic.twitter.com/YW5AZjraBM
Entre 2013 - último ano de crescimento mais robusto da
economia - e o fim de 2020, o PIB per capita passará de R$ 8.519 para R$ 7.559
e terá encolhido 11,3% no período, apontaram cálculos da consultoria LCA
247 - A recessão observada entre o fim de 2014 e 2016, a
lenta retomada da economia dos anos seguintes e a recente crise provocada pelo
coronavírus fizeram o Brasil fará o brasileiro ficar cerca de 10% mais pobre.
Entre 2013 - último ano de crescimento mais robusto da economia - e o fim de 2020,
o Produto Interno Bruto (PIB) per capita passará de R$ 8.519 para R$ 7.559 e
terá encolhido 11,3% no período, apontaram cálculos da consultoria LCA. O PIB
per capital é a soma de tudo o que país produz dividido pela população
"A realidade é muito mais triste do que apenas esse
dado. Nesse período, a média de crescimento do mundo foi de 4% ao ano",
disse o economista da LCA Cosmo Donato. "É preciso levar em conta também o
que o país deixou de crescer, sobretudo na comparação com os emergentes. O buraco
é mais embaixo", complementou. Os relatos foram publicados no portal G1.
Em 2020, os analistas consultados pelo relatório Focus, do
Banco Central, estimam uma queda do PIB de 5,77%.
"A crise de 2015 e 2016 foi bastante profunda. Houve
uma retração do PIB de 7% e só recuperamos metade disso mais ou menos",
afirmou o sócio e economista da Kairós Capital, André Loes.
"O final do ano passado prometia uma aceleração para
este ano, talvez o país fosse crescer entre 2% e 2,5%, mas aí veio
pandemia", acrescentou.
Em janeiro, um relatório da Oxfam, tradicional organização internacional voltada às questões da pobreza e da injustiça social, mostrou como políticas econômicas geraram situações de extrema desigualdade. Segundo a entidade, “o 1% mais rico da população mundial detém mais riquezas atualmente do que todo o resto do mundo junto”.
De acordo ainda com a Oxfam, em 2015, apenas 62 indivíduos detinham riqueza idêntica à da metade da população mundial mais pobre, composta de 3,6 bilhões de pessoas. Pior, a parcela do primeiro grupo aumentou 44% desde 2010, enquanto a dos demais caiu 41%. Avanços registrados desde a década de 1990, é preciso reconhecer, permitiram uma redução significativa do número de indivíduos abaixo da chamada linha de pobreza extrema. Entretanto, o aumento da desigualdade reduz as chances de outros milhões deixarem essa mesma condição.
Recentemente, Richard Florida divulgou no website da revista norte-americana The Atlantic um working paper do Peterson Institute for International Economics. O trabalho, assinado por Caroline Freund e Sarah Oliver, foi baseado em dados da lista anual de bilionários da revista Forbes, do período de 1996 a 2015. O produto é um verdadeiro raio X do topo da pirâmide econômica.
O levantamento mostra que a riqueza dos bilionários cresceu de, aproximadamente, 1 trilhão de dólares, em 1995, para cerca de 5 trilhões em 2015. A crise de 2008 foi sentida e destruiu riqueza, porém, a curva de crescimento foi rapidamente recuperada. Em 2015, aproximadamente 30% dos bilionários estavam nos Estados Unidos, 28% na Europa, 9% na China, 7% na Rússia e 4% no Brasil.
A tendência que mais chama a atenção é a imensa riqueza acumulada por self-made men, geralmente empresários que construíram fortunas partindo de uma carteira quase vazia. Em 1996, eles eram 45% do total dos bilionários. Em 2014, já eram 70%. O fenômeno é mais acentuado nos EUA e em alguns países emergentes. Na Europa, a dinheiro parece seguir de geração em geração. Conforme observa Florida, isso se reflete na média de idade dos bilionários, de 61 anos na Europa e 42 anos nos Estados Unidos.
De onde vem a nova riqueza? Nos EUA, das novas empresas de tecnologia e do mercado financeiro. E está crescendo rápido. Freund e Oliver observam que a lista da Forbes registrou, em 2015, um número recorde de bilionários: 1.826 indivíduos no mundo tinham mais de 1 bilhão de dólares. Outros recordes foram batidos no mesmo ano, o de bilionários de idade inferior a 40 anos e o de mulheres bilionárias.
A pesquisa revelou também tendências. Primeiro, o número de super-ricos está crescendo mais rápido nos países em desenvolvimento, em comparação aos países desenvolvidos. A China tinha dois bilionários em 2005. Em 2015 saltaram para 213. A boa notícia é que eles e elas não se concentram mais em áreas relacionadas a recursos naturais e a setores “politicamente relacionados”, como no passado. Em segundo lugar, a riqueza é cada vez mais construída e, portanto, menos herdada. Terceiro, foram constatadas diferenças significativas entre regiões e países. A Ásia parece ser o lar dos empreendedores que criam negócios de grande escala. No Oriente Médio e no Norte da África, a proporção de riqueza herdada cresce e a de empresas criadas diminui. Os Estados Unidos, com seus superempreendedores ligados à tecnologia, são relativamente mais dinâmicos que a Europa, mais caracterizada pela riqueza que passa de pai para filho.
Os autores observam que a lista da Forbes talvez seja incompleta. A relação exclui alguns grupos de bilionários, os mais “discretos” ou “tímidos”, que preferem manter confidencial o porte de suas posses, e aqueles mais “extrovertidos”, mas que amealharam fortunas por meio de expedientes “heterodoxos”, tais como o tráfico de drogas e o uso do poder político. Dessa forma ficam de fora muitos monarcas, ditadores e alguns de seus asseclas. A medida deve tranquilizar os listados, que provavelmente não gostariam de ver seus nomes em má companhia. Talvez seja indiferente para o restante da pirâmide, que vê no topo apenas uma quimera, difícil de compreender e impossível de alcançar.