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quarta-feira, 6 de março de 2024

Alguns fatos sobre o continente africano hoje


A África possui 60% de terras aráveis, África possui 90% da reserva de matérias-primas, África possui 40% da reserva mundial de ouro, África possui 33% da reserva de diamantes, África possui 80% da reserva global de Coltan (mineral para produção telefónica e electrónica), principalmente na República Democrática do Congo


Mapa do continente africano

 
A África tem 60% da reserva mundial de cobalto (mineral para o fabrico de baterias de automóveis), África é rica em petróleo e gás natural, África (Namíbia) tem a linha costeira mais rica em peixe do mundo, África é rica em manganês, ferro e madeira, África é três vezes a área da China, três vezes a área da Europa, três vezes a área dos Estados Unidos da América, África tem trinta e meio milhões de km2 (30 875 415 km2), África tem 1,3 mil milhões de habitantes (a China tem 1,4 mil milhões de habitantes em 9,6 milhões de km2). O que significa que a África é SUBPOPULADA.

As terras aráveis ​​da República Democrática do Congo são capazes de alimentar toda a África.

E todas as terras aráveis ​​de África são um cordão para alimentar o mundo inteiro. A República Democrática do Congo possui rios importantes que podem iluminar toda a África. O problema é que a CIA, as empresas ocidentais e vários fantoches africanos desestabilizaram a RDC durante décadas e vários países africanos para que pudessem ter acesso aos seus recursos.

África é um continente culturalmente diversificado em termos de dança, música, arquitectura, escultura, etc. África acomoda mais de 30.000 receitas medicinais e ervas que o Ocidente modifica nos seus laboratórios.

África tem uma população global jovem que deverá atingir 2,5 mil milhões até 2050.

Com tudo isto, África é conhecida como um dos continentes mais pobres do mundo devido à falta de gestão, à guerra, ao imperialismo e ao neocolonialismo.

📸 mapa da África 1840 - #Africa


Fonte:


 

 

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Em luta contra extrema pobreza, China assentou população que vivia em barcos


Correspondente na China visita o povoado de Xiaqi, no sudeste do país, para ver como a vida dos moradores se transformou


 Até 2013, todas as famílias que viviam em barcos foram instaladas no vilarejo de Xiaqi, que agora tem mais de seis áreas habitacionais e 3,6 mil moradores - Hector Retamal

Durante gerações, a água foi tanto casa quanto algoz para os moradores das casas flutuantes na vila de Xiaqi, na cidade costeira de Ningde, na China. Os barcos de pesca eram o local em que viviam e trabalhavam os moradores que não tinham um lar em terra e estavam à mercê do mar e das condições climáticas.

Embora o processo de realocação dos aldeões para o continente tenha começado nos anos 90, só em 2013, como parte dos programas para erradicar a extrema pobreza na China, foi que a maioria dos habitantes dos barcos Xiaqi, estimados em quase 800 famílias, foram realocados.

::Em plena pandemia, prefeitura de SP reduz níveis do auxílio-aluguel a valores de 2014::

Para mantê-los em terra e evitar que voltassem à pobreza, o governo local forneceu lotes de terra gratuitos e um subsídio para construção de moradias. Também forneceu água, eletricidade, instalações médicas, escolas e auxílio para a criação de empregos relacionados ao mar.

Nos últimos anos, os pescadores deixaram de participar exclusivamente no setor pesqueiro para se unirem aos setores da agricultura, construção ou serviços.

Saiba mais sobre a transformação do vilarejo no vídeo da correspondente da teleSUR na China, Iramsy Peraza.

Assista ao VÍDEO



Fonte: Brasil de Fato

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domingo, 2 de maio de 2021

Povo na rua derrotou reforma neoliberal na Colômbia


Após quatro dias de intensos protestos na Colômbia, o presidente de direita Ivan Duque disse neste domingo (2) que vai retirar a proposta de reforma tributária


(Foto: Luisa Gonzales/Reuters)

BOGOTÁ (Reuters) – O presidente colombiano Ivan Duque disse neste domingo que vai retirar a proposta de reforma tributária depois de protestos por vezes violentos no país e de ampla oposição por parte dos parlamentares.

Duque disse na sexta-feira que a lei seria revisada para remover alguns de seus pontos mais polêmicos – como o nivelamento do imposto sobre vendas de alguns alimentos e de serviços públicos – mas o governo já havia insistido que não o retiraria de pauta.

Os protestos contra a reforma causaram diversas mortes em todo o país.

“Estou pedindo ao Congresso que retire a lei proposta pelo Ministério da Fazenda e processe urgentemente uma nova lei que seja fruto do consenso, a fim de evitar incertezas financeiras”, disse Duque em vídeo.

Fonte: Brasil 247


teleSUR tv

Colombia: Iván Duque anuncia retiro de la reforma tributaria

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Com açúcar e carne mais caros, preço da cesta básica aumenta em 14 capitais


Pesquisa do Dieese mostra ainda disparada de 23% no preço do tomate e de 8,53% da batata em janeiro em relação a dezembro


Compras em supermercado (Divulgação/Abras)

 

O ano começa com uma notícia amarga, que quem frequenta supermercados já percebeu: o preço do açúcar aumentou 6,87% em média em 17 capitais do país em janeiro. O dado foi constatado pelo Dieese, na pesquisa mensal da cesta básica, divulgada nesta segunda-feira (8). O produto já é encontrado a mais de R$ 3 o pacote de 1 kg em supermercados do país.

O levantamento feito em janeiro mostrou outros produtos com aumento destacado em relação a dezembro de 2020. Foram eles: tomate (23,04%), batata (8,53%), banana (3,96%), farinha de trigo (2,14%), carne bovina de primeira (1,55%), manteiga (0,75%), óleo de soja (0,37%) e leite integral (0,19%).

Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a alta do preço do açúcar no mês passado aconteceu porque “o volume ofertado foi menor por causa da entressafra e da pressão das usinas para segurar a cotação”. O produto aumentou em 15 cidades, com destaque para Florianópolis (12,58%), Campo Grande (11,44%) e João Pessoa (7,19%).

A carne de primeira, uma das vilãs da inflação no ano passado, não deu folga em janeiro. Seu preço subiu em 14 capitais. A maior alta foi constatada em Curitiba: 6%.  Segundo o Dieese, a baixa disponibilidade de animais para abate no campo e a demanda externa elevada resultaram em aumentos de preço.

E não há sinal de que ele vá arrefecer tão cedo. O levantamento diário de preços do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostra que a arroba do boi ultrapassou R$ 300 na semana passada no atacado – e segue subindo.


Cesta básica em alta

Das 17 capitais em que a pesquisa é feita, o preço da cesta básica subiu em 14. Nas outras três, o Dieese constatou queda, mas leve, de menos de 1% em todas elas.

Em São Paulo, o Dieese encontrou o valor mais alto para o conjunto de alimentos: R$ 654,15, com alta de 3,59%, na comparação com dezembro de 2020. Em 12 meses, o valor da cesta subiu 26,40%.

Um trabalhador que ganhe o salário mínimo, atualmente em R$ 1.100, usou 64,29% desse valor para conseguir comprar todos os produtos da cesta na capital paulista.

Fonte: Revista Fórum


Rede TVT

Desemprego e inflação em alta, itens da cesta básica cada vez mais caros . Tá bem difícil para o brasileiro se alimentar durante a pandemia. Com o término do auxílio emergencial o fantasma da fome, que parecia quase extinto, volta a rondar e a se tornar realidade.

Assista ao VÍDEO



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quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Brasil de Bolsonaro atinge a marca de 39,9 milhões de pessoas na miséria



Número de famílias em extrema pobreza cadastradas no CadÚnico superou a casa de 14 milhões e alcançou o maior índice desde o final de 2014


O total de pessoas na miséria no Brasil hoje equivale a cerca de 39,9 milhões de pessoas, de acordo com dados do Ministério da Cidadania. Entram na conta de famílias de baixa renda aquelas que têm renda de até R$ 89 por pessoa (renda per capita).

Além destas, até outubro, havia no país outras 2,8 milhões de famílias em situação de pobreza, com renda per capita média de moradores entre R$ 90 e R$ 178.

De acordo com informações do repórter Carlos Madeiro, para o UOL, o número de famílias em extrema pobreza cadastradas no CadÚnico (Cadastro Único para programas sociais do governo federal) superou a casa de 14 milhões e alcançou o maior número desde o final de 2014.

O cadastro é atualizado constantemente e reflete as mudanças na condição de vida no país. O objetivo é que o governo saiba a renda das famílias e pague um valor complementar para superação da extrema pobreza no valor de R$ 41 a R$ 205, caso a família esteja inscrita e aprovada no Bolsa Família.

A tendência para este mês é que a pobreza cresça no país com o fim de auxílio emergencial e outros programas que auxiliaram pessoas, entes e empresas por conta da pandemia.

Com o fim do auxílio emergencial, a média do valor pago vai baixar de R$ 329,19 para R$ 190, como era antes da pandemia.


Famílias em extrema pobreza:

02/2016 – 11.898.567

06/2016 – 12.707.404

10/2016 – 12.289.970

02/2017 – 12.389.174

06/2017 – 12.698.284

10/2017 – 12.313.510

02/2018 – 12.687.757

06/2018 – 12.857.736

10/2018 – 12.966.142

02/2019 – 13.068.178

06/2019 – 13.283.061

10/2019 – 13.310.467

02/2020 – 13.459.111

06/2020 – 13.752.105

10/2020 – 14.058.673

Fonte: CadÚnico, Ministério da Cidadania

Com informações do UOL

Fonte: Revista Fórum


Canal Sempre na Luta - Rogério Correia

Olha isso: até a TV Globo admite que o desemprego era menor nos tempos de Lula e Dilma. O vídeo mostra Christiane Pelajo, apresentadora do Jornal da Globo na época, falando da taxa de pessoas sem emprego no fechamento de 2014. Repare, no fim do vídeo de 30 segundos, o gráfico mostrando claramente como o desemprego foi caindo, caindo, caindo, desde a posse de Lula, em 2003.

O resto da história infelizmente conhecemos. A partir de 2

015, o triplex do golpe, formado por Aécio, Temer e Cunha, conseguiu abrir o processo de impeachment contra Dilma e sabotou o seu governo, até a queda definitiva, em 2016.

O desemprego, com Temer, voltou àquelas taxas monstruo

sas dos tempos de governo FHC.

Ê, saudade do Lula!...

Assista ao VÍDEO


quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Desemprego sobe 27,6% em quatro meses e atinge 12,9 milhões de brasileiros

Diante da pandemia do coronavírus, o desemprego no Brasil subiu 27,6% em apenas quatro meses, atingindo 12,9 milhões de brasileiros, anunciou o IBGE nesta quarta-feira (23). 

O país terminou agosto com 2,9 milhões de desempregados a mais do que havia no começo de maio, o que representa uma alta de 27,6%. A taxa de desocupação foi de 13,6% em agosto, maior patamar desde maio. Em julho, o índice era de 13,1%. 

Além disso, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população ocupada no mercado de trabalho foi estimada em 84,4 milhões de pessoas, uma redução de 2,7% em relação a maio.

Entre as cinco regiões do país, as maiores taxas de desemprego foram registradas no Nordeste (15,7%), no Norte (14,2%) e no Sudeste (14,0%). Já as regiões Centro-Oeste (12,2%) e Sul (10,0%) tiveram taxa inferior à média nacional.

Com flexibilização, mais pessoas procuram emprego

Os economistas já esperavam uma alta do desemprego a partir do relaxamento das medidas de isolamento, adotadas para combater a disseminação da COVID-19. Os dados indicam que mais pessoas estão procurando trabalho, mas não estão encontrando vagas. Na metodologia do IBGE, é considerado desempregado apenas quem efetivamente procura emprego e não acha. 

Há 17,5 milhões de pessoas fora da força de trabalho que gostariam de estar no mercado, mas não procuraram emprego por causa da pandemia ou por falta de trabalho onde vivem.

43,9% dos lares receberam algum benefício

Ainda segundo o IBGE, em agosto 30 milhões de domicílios brasileiros, ou 43,9% do total, receberam algum auxílio emergencial relacionado à pandemia. Na comparação com o mês anterior, são 813.000 lares a mais beneficiados. Na maior parte dos casos, trata-se do auxílio emergencial concedido a informais e autônomos. 

Com a redução do pagamento do auxílio, a renda das famílias se torna menor, fazendo com que mais brasileiros busquem emprego.

Fonte: Sputnik Brasil

Rede TVT

Para falar sobre o desmonte do Sistema Único de Assistência Social promovido pelo governo Bolsonaro, a jornalista Marilu Cabanãs entrevista a economista Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no Governo Dilma Rousseff, e José Crus , vice-presidente do colegiado Nacional dos Gestores Municipais de Assistência Social. Assista ao vídeo.


sábado, 22 de agosto de 2020

Em dois dias de frio intenso, ao menos quatro pessoas em situação de rua morrem em São Paulo


Movimentos têm se preocupado com as condições de pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo em meio à onda de frio


Ao menos três pessoas morreram na região da Praça da Sé, segundo informações do Movimento Estadual da População em Situação de Rua. Outra morte ocorreu na zona norte da capital paulista

São Paulo – Quatro pessoas em situação de rua morreram entre sexta-feira (21) e a madrugada de hoje na cidade de São Paulo. As informações são do Movimento Estadual da População em Situação de Rua do Estado de São Paulo.

Pela manhã, a Secretaria de Segurança Urbana da Prefeitura de São Paulo informou que uma mulher foi encontrada morta, por volta das 8h30, em um barraco improvisado na Praça da Sé. O movimento relata que foram registradas outras duas mortes de pessoas que também viviam na região da Praça da Sé, centro da capital paulista, uma delas um deficiente físico. Outro morador de rua também morreu na região do Tietê, zona norte da cidade.

Robson Mendonça, do Movimento Estadual da População em Situação de Rua, cobra ações do poder público, em especial da administração municipal, para que se evitem mortes decorrentes do frio em meio à população de rua. “Pedimos que a prefeitura organizasse campings, pedimos para que a zeladoria parasse de retirar pertences da população de rua, parasse de desmanchar as barracas, mas nada foi feito. Os campings não devem ser ação de governo, mas poderiam ser uma medida emergencial para o inverno, ali no parque Dom Pedro, por exemplo, para que houvesse alguma organização e a zeladoria não tomasse nossos pertences.”

Ele conta que o Conselho Municipal de Assistência Social (Comas) chegou a aprovar a proposta que previa o erguimento de campings, mas a iniciativa não foi efetivada. “Camping é em espaço aberto, isso é feito em vários países, como ação emergencial”, pontua. “Tememos mais mortes nos próximos dias, porque não está tendo vaga para todo mundo na região central, a demanda está muito alta. As kombis só podem levar cinco pessoas por vez – por causa da pandemia – e estão indo pra longe, Guaianases, zona sul. Aí demora demais e muita gente não consegue atendimento.”

Na quinta-feira (20), a prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), afirmou que iria intensificar abordagens à população de rua para realizar encaminhamentos a abrigos em dias com temperatura abaixo de 13°C. Em caso de recusa, a administração se comprometeu a fornecer um kit lanche e cobertor.

De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), as temperaturas mais baixas na cidade de São Paulo foram registradas por volta da meia-noite desta sexta-feira, média de 8,1°C no município.

As temperaturas baixas surpreenderam os paulistanos nesta sexta-feira (21), mas quem sofre mesmo são os moradores de rua, muitas vezes com pouca ou nenhuma proteção.



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domingo, 2 de agosto de 2020

PIB per capita cai e brasileiro fica 11% mais pobre



Entre 2013 - último ano de crescimento mais robusto da economia - e o fim de 2020, o PIB per capita passará de R$ 8.519 para R$ 7.559 e terá encolhido 11,3% no período, apontaram cálculos da consultoria LCA


247 - A recessão observada entre o fim de 2014 e 2016, a lenta retomada da economia dos anos seguintes e a recente crise provocada pelo coronavírus fizeram o Brasil fará o brasileiro ficar cerca de 10% mais pobre. Entre 2013 - último ano de crescimento mais robusto da economia - e o fim de 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita passará de R$ 8.519 para R$ 7.559 e terá encolhido 11,3% no período, apontaram cálculos da consultoria LCA. O PIB per capital é a soma de tudo o que país produz dividido pela população

"A realidade é muito mais triste do que apenas esse dado. Nesse período, a média de crescimento do mundo foi de 4% ao ano", disse o economista da LCA Cosmo Donato. "É preciso levar em conta também o que o país deixou de crescer, sobretudo na comparação com os emergentes. O buraco é mais embaixo", complementou. Os relatos foram publicados no portal G1

Em 2020, os analistas consultados pelo relatório Focus, do Banco Central, estimam uma queda do PIB de 5,77%.

"A crise de 2015 e 2016 foi bastante profunda. Houve uma retração do PIB de 7% e só recuperamos metade disso mais ou menos", afirmou o sócio e economista da Kairós Capital, André Loes.

"O final do ano passado prometia uma aceleração para este ano, talvez o país fosse crescer entre 2% e 2,5%, mas aí veio pandemia", acrescentou.



Este vídeo ensina como você pode auferir as estatísticas oficiais e ter certeza de como o PT quebrou o Brasil...


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segunda-feira, 4 de julho de 2016

Poucos precisam de muito e muitos precisam de tão pouco pra viver

Economia:


Um raio X dos super-ricos ajuda a entender o fenômeno da concentração de riqueza



Em janeiro, um relatório da Oxfam, tradicional organização internacional voltada às questões da pobreza e da injustiça social, mostrou como políticas econômicas geraram situações de extrema desigualdade. Segundo a entidade, “o 1% mais rico da população mundial detém mais riquezas atualmente do que todo o resto do mundo junto”.

De acordo ainda com a Oxfam, em 2015, apenas 62 indivíduos detinham riqueza idêntica à da metade da população mundial mais pobre, composta de 3,6 bilhões de pessoas. Pior, a parcela do primeiro grupo aumentou 44% desde 2010, enquanto a dos demais caiu 41%. Avanços registrados desde a década de 1990, é preciso reconhecer, permitiram uma redução significativa do número de indivíduos abaixo da chamada linha de pobreza extrema. Entretanto, o aumento da desigualdade reduz as chances de outros milhões deixarem essa mesma condição.

Recentemente, Richard Florida divulgou no website da revista norte-americana The Atlantic um working paper do Peterson Institute for International Economics. O trabalho, assinado por Caroline Freund e Sarah Oliver, foi baseado em dados da lista anual de bilionários da revista Forbes, do período de 1996 a 2015. O produto é um verdadeiro raio X do topo da pirâmide econômica.

O levantamento mostra que a riqueza dos bilionários cresceu de, aproximadamente, 1 trilhão de dólares, em 1995, para cerca de 5 trilhões em 2015. A crise de 2008 foi sentida e destruiu riqueza, porém, a curva de crescimento foi rapidamente recuperada. Em 2015, aproximadamente 30% dos bilionários estavam nos Estados Unidos, 28% na Europa, 9% na China, 7% na Rússia e 4% no Brasil.

A tendência que mais chama a atenção é a imensa riqueza acumulada por self-made men, geralmente empresários que construíram fortunas partindo de uma carteira quase vazia. Em 1996, eles eram 45% do total dos bilionários. Em 2014, já eram 70%. O fenômeno é mais acentuado nos EUA e em alguns países emergentes. Na Europa, a dinheiro parece seguir de geração em geração. Conforme observa Florida, isso se reflete na média de idade dos bilionários, de 61 anos na Europa e 42 anos nos Estados Unidos.

De onde vem a nova riqueza? Nos EUA, das novas empresas de tecnologia e do mercado financeiro. E está crescendo rápido. Freund e Oliver observam que a lista da Forbes registrou, em 2015, um número recorde de bilionários: 1.826 indivíduos no mundo tinham mais de 1 bilhão de dólares. Outros recordes foram batidos no mesmo ano, o de bilionários de idade inferior a 40 anos e o de mulheres bilionárias.

A pesquisa revelou também tendências. Primeiro, o número de super-ricos está crescendo mais rápido nos países em desenvolvimento, em comparação aos países desenvolvidos. A China tinha dois bilionários em 2005. Em 2015 saltaram para 213. A boa notícia é que eles e elas não se concentram mais em áreas relacionadas a recursos naturais e a setores “politicamente relacionados”, como no passado. Em segundo lugar, a riqueza é cada vez mais construída e, portanto, menos herdada. Terceiro, foram constatadas diferenças significativas entre regiões e países. A Ásia parece ser o lar dos empreendedores que criam negócios de grande escala. No Oriente Médio e no Norte da África, a proporção de riqueza herdada cresce e a de empresas criadas diminui. Os Estados Unidos, com seus superempreendedores ligados à tecnologia, são relativamente mais dinâmicos que a Europa, mais caracterizada pela riqueza que passa de pai para filho.


Os autores observam que a lista da Forbes talvez seja incompleta. A relação exclui alguns grupos de bilionários, os mais “discretos” ou “tímidos”, que preferem manter confidencial o porte de suas posses, e aqueles mais “extrovertidos”, mas que amealharam fortunas por meio de expedientes “heterodoxos”, tais como o tráfico de drogas e o uso do poder político. Dessa forma ficam de fora muitos monarcas, ditadores e alguns de seus asseclas. A medida deve tranquilizar os listados, que provavelmente não gostariam de ver seus nomes em má companhia. Talvez seja indiferente para o restante da pirâmide, que vê no topo apenas uma quimera, difícil de compreender e impossível de alcançar.

Pobreza e Riqueza o Mundo Capitalista



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