Pesquisa do Dieese mostra ainda disparada de 23% no preço do tomate e de 8,53% da batata em janeiro em relação a dezembro
O ano começa com uma notícia amarga, que quem frequenta
supermercados já percebeu: o preço do açúcar aumentou 6,87% em média em 17
capitais do país em janeiro. O dado foi constatado pelo Dieese, na pesquisa
mensal da cesta básica, divulgada nesta segunda-feira (8). O produto já é
encontrado a mais de R$ 3 o pacote de 1 kg em supermercados do país.
O levantamento feito em janeiro mostrou outros produtos com
aumento destacado em relação a dezembro de 2020. Foram eles: tomate (23,04%),
batata (8,53%), banana (3,96%), farinha de trigo (2,14%), carne bovina de
primeira (1,55%), manteiga (0,75%), óleo de soja (0,37%) e leite integral
(0,19%).
Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e
Estudos Socioeconômicos (Dieese), a alta do preço do açúcar no mês passado
aconteceu porque “o volume ofertado foi menor por causa da entressafra e da
pressão das usinas para segurar a cotação”. O produto aumentou em 15 cidades,
com destaque para Florianópolis (12,58%), Campo Grande (11,44%) e João Pessoa
(7,19%).
A carne de primeira, uma das vilãs da inflação no ano
passado, não deu folga em janeiro. Seu preço subiu em 14 capitais. A maior alta
foi constatada em Curitiba: 6%. Segundo o Dieese, a baixa disponibilidade
de animais para abate no campo e a demanda externa elevada resultaram em
aumentos de preço.
E não há sinal de que ele vá arrefecer tão cedo. O
levantamento diário de preços do Centro de Estudos Avançados em Economia
Aplicada (Cepea) mostra que a arroba do boi ultrapassou R$ 300 na semana
passada no atacado – e segue subindo.
Cesta básica em alta
Das 17 capitais em que a pesquisa é feita, o preço da cesta
básica subiu em 14. Nas outras três, o Dieese constatou queda, mas leve, de
menos de 1% em todas elas.
Em São Paulo, o Dieese encontrou o valor mais alto para o
conjunto de alimentos: R$ 654,15, com alta de 3,59%, na comparação com dezembro
de 2020. Em 12 meses, o valor da cesta subiu 26,40%.
Um trabalhador que ganhe o salário mínimo, atualmente em R$
1.100, usou 64,29% desse valor para conseguir comprar todos os produtos da
cesta na capital paulista.
Fonte: Revista Fórum
Rede TVT
Desemprego e inflação em alta, itens da cesta básica cada
vez mais caros . Tá bem difícil para o brasileiro se alimentar durante a
pandemia. Com o término do auxílio emergencial o fantasma da fome, que parecia
quase extinto, volta a rondar e a se tornar realidade.
No Twitter
Vídeo: Bolsonaro totalmente sem rumo admite que a economia “tá cambaleando” e que a inflação tá explodindo. Como sempre, daquele jeitão cínico tipo “e eu com isso?”... Um presidente que não assume de fato o governo, preferindo sempre culpar os outros pela própria incompetência pic.twitter.com/lhTv03ZTm1
— Rogério Correia (@RogerioCorreia_) February 8, 2021
Joelmir Betting explicando no jornal da Band "o melhor dos mundos" do governo do Presidente @LulaOficial!! pic.twitter.com/JVXfMGOPbR
— Costa Jr🇧🇷🇦🇷🇧🇴🇨🇺🇻🇪🇨🇳 (@CostaJr2022) February 8, 2021