Diante da pandemia do coronavírus, o desemprego no Brasil
subiu 27,6% em apenas quatro meses, atingindo 12,9 milhões de brasileiros,
anunciou o IBGE nesta quarta-feira (23).
O país terminou agosto com 2,9 milhões de desempregados a
mais do que havia no começo de maio, o que representa uma alta de 27,6%. A taxa
de desocupação foi de 13,6% em agosto, maior patamar desde maio. Em julho, o índice era de
13,1%.
Além disso, de acordo com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), a população ocupada no mercado de trabalho foi
estimada em 84,4 milhões de pessoas, uma redução de 2,7% em relação a maio.
Entre as cinco regiões do país, as maiores taxas de desemprego foram registradas no
Nordeste (15,7%), no Norte (14,2%) e no Sudeste (14,0%). Já as regiões
Centro-Oeste (12,2%) e Sul (10,0%) tiveram taxa inferior à média nacional.
Com flexibilização, mais pessoas procuram emprego
Os economistas já esperavam uma alta do desemprego a partir
do relaxamento das medidas de isolamento, adotadas para combater a disseminação
da COVID-19. Os dados indicam que mais pessoas estão procurando trabalho, mas
não estão encontrando vagas. Na metodologia do IBGE, é considerado
desempregado apenas quem efetivamente procura emprego e não acha.
Há 17,5 milhões de pessoas fora da força de trabalho que
gostariam de estar no mercado, mas não procuraram emprego por causa da pandemia
ou por falta de trabalho onde vivem.
43,9% dos lares receberam algum benefício
Ainda segundo o IBGE, em agosto 30 milhões de
domicílios brasileiros, ou 43,9% do total, receberam algum auxílio emergencial
relacionado à pandemia. Na comparação com o mês anterior, são 813.000 lares a
mais beneficiados. Na maior parte dos casos, trata-se do auxílio emergencial
concedido a informais e autônomos.
Com a redução do pagamento do auxílio, a renda das famílias se torna menor, fazendo com que mais brasileiros busquem emprego.
Fonte: Sputnik BrasilPara falar sobre o desmonte do Sistema Único de Assistência
Social promovido pelo governo Bolsonaro, a jornalista Marilu Cabanãs entrevista
a economista Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome no Governo Dilma Rousseff, e José Crus , vice-presidente do colegiado
Nacional dos Gestores Municipais de Assistência Social. Assista ao vídeo.
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