Segundo diretor da Organização, novas variantes com alto poder de transmissibilidade, como a Delta, impedem a imunização coletiva
Na ocasião, ele afirmou também que a probabilidade que
a doença continue avançando em todo o mundo é cada vez
maior. Ainda na coletiva, o diretor pediu para “adaptar nossas estratégias de
vacinação”, se referindo, especialmente, às doses de reforço.
A OMS já esteve mais otimista em relação ao fim da pandemia.
Em maio deste ano, o diretor afirmou que a pandemia terminará quando for
alcançada uma cobertura mínima de vacinação de 70% da população mundial.
Entretanto, o cenário mudou. Segundo ele, as novas variantes,
principalmente a Delta, tornaram a doença mais perigosa, viral e transmissível.
Para tentar conter o vírus, Klunge defende impedir a transmissão das formas
mais agressivas da doença por meio de um melhor planejamento da cobertura
vacinal.
“O objetivo essencial da vacinação é, principalmente, evitar
as formas graves da doença e a mortalidade. Se considerarmos que a Covid
continuará sofrendo mutações e permanecerá entre nós, como a gripe, então
devemos planejar como adaptar progressivamente a nossa estratégia de vacinação
contra a transmissão endêmica, e adquirir conhecimentos muito valiosos sobre o
impacto das doses adicionais. A vacinação ainda é essencial para reduzir a
pressão sobre nossos sistemas de saúde, que precisam desesperadamente tratar
outras doenças além da Covid”, explicou o diretor.
Apesar do plano da OMS de estabelecer uma imunidade coletiva
por meio do engajamento de campanhas de imunização, muitos pesquisadores
afirmam que é muito difícil alcançar a chamada imunidade de rebanho. Os estudos feitos até o momento
revelam que a variante Delta é 60% mais contagiosa que a anterior (Alfa) e o
dobro do vírus inicial. Segundo os cientistas, isso significa que é preciso
mais pessoas vacinadas ou que tenham contraído a doença para que o coronavírus deixe
de circular.
Fonte: Metrópoles
Band Jornalismo
OMS: "Pandemia não será freada só com vacina" -