Segundo informou à Sputnik uma fonte
militar próxima ao movimento, o míssil tem a capacidade de atingir velocidades
impressionantes de até Mach 8, o equivalente a 10 mil quilômetros por hora,
e opera com combustível sólido.
O movimento Ansar Allah tem planos de integrar esses mísseis
ao seu arsenal militar, visando alvos estratégicos nos mares Vermelho e
Arábico, bem como no golfo de Áden, além de possíveis alvos em Israel.
As Forças Armadas do Norte do Iêmen também atualizaram seus
mísseis e drones, dobrando o poder destrutivo das ogivas, conforme
relatou a fonte.
O líder houthi, Abdul Malik al-Houthi, destacou
recentemente os esforços do movimento para produzir mísseis hipersônicos,
afirmando que essas conquistas colocarão o país em um nível estratégico de
importância significativa.
Ele também enfatizou que os recentes ataques com novas armas
nos mares Vermelho e Arábico surpreenderam os Estados Unidos e o Reino Unido.
Forças militares dos EUA, França e Reino Unido abateram
dezenas de drones na área do mar Vermelho neste sábado (9), depois que os
houthis do Iêmen atingiram o navio graneleiro Propel Fortune e destróieres dos
EUA na região.
O Comando Central dos EUA (CENTCOM) informou que
as forças militares da coalizão derrubaram pelo menos 28 drones no mar
Vermelho nas primeiras horas de sábado (9).
Desde 19 de novembro, quando o movimento Ansar Allah
anunciou sua decisão de atacar navios mercantes relacionados a Israel
no golfo de Áden e no mar Vermelho, em resposta aos ataques israelenses em Gaza, têm sido
vários os navios atingidos por drones, mísseis antinavio e mísseis de cruzeiro
dos houthis.
Esses ataques têm levado grandes companhias de
navegação a desviar suas rotas, o que naturalmente encarece o transporte.
Apesar do lançamento da Operação Guardião da Prosperidade
pelos EUA, em 18 de dezembro, com a participação de mais de 20 países para
proteger a segurança nesta área crucial para o comércio internacional, os
houthis continuaram suas operações.
Os americanos, em conjunto com o Reino Unido e outros
aliados, têm realizado ataques contra alvos do Ansar Allah desde meados de janeiro.
Altos responsáveis do movimento afirmam que a agressão por
parte dos EUA e seus aliados não deterá os houthis de atacar navios ligados a
Israel enquanto as hostilidades em Gaza persistirem.
A resposta de Moscou à decisão dos EUA sobre o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, na sigla em inglês) será espelhada: a Rússia irá suspender sua participação do tratado, afirmou neste sábado (2) o presidente russo, Vladimir Putin.
"Vamos fazer o seguinte. Nossa resposta será espelhada. Os parceiros norte-americanos anunciaram que suspendem sua participação do Tratado [INF], nós também a iremos suspender. Eles anunciaram que estão desenvolvendo investigações e pesquisas, e nós iremos fazer o mesmo", assinalou o presidente russo durante seu encontro com o chanceler Sergei Lavrov e o ministro da Defesa Sergei Shoigu.
Vladimir Putin ordenou que se abandonem iniciativas de conversações sobre o tratado.
"Todas as nossas propostas nesta área [limitação de mísseis de médio e curto alcance], tal como antes, continuam na mesa, as portas para as conversações estão abertas", apontou.
"Peço aos dois ministérios para não iniciarem mais nenhumas novas conversações sobre este assunto", disse o líder russo, sugerindo para se "esperar até que nossos parceiros estejam prontos para ter conosco um diálogo entre iguais e substancial sobre esse assunto importantíssimo, tanto para nós, como para os nossos parceiros, como para o mundo inteiro".
Vladimir Putin frisou também que a Rússia não irá se envolver em uma corrida armamentista desvantajosa para ela.
Nesta segunda-feira (1), o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que os EUA iniciam sua saída do Tratado INF com a Rússia.
"Amanhã [2 de fevereiro], os EUA irão suspender suas obrigações do Tratado INF e iniciarão o processo de saída, que será concluído daqui a 6 meses se a Rússia não voltar a cumprir [o tratado], destruindo todos os seus mísseis, lançadores e equipamentos relacionados que violam o tratado", disse.
"Amanhã [2 de fevereiro], os EUA irão suspender suas obrigações do Tratado INF e iniciarão o processo de saída, que será concluído daqui a 6 meses se a Rússia não voltar a cumprir [o tratado], destruindo todos os seus mísseis, lançadores e equipamentos relacionados que violam o tratado", disse.
Putin aprova criação de míssil hipersônico em meio à retirada dos EUA do Tratado INF
O presidente russo, Vladimir Putin, concordou com as propostas do Ministério da Defesa sobre a criação de um míssil hipersônico de baseamento terrestre de médio alcance, bem com o início do desenvolvimento de lançadores terrestres para os mísseis Kalibr.
"Concordo com as propostas do Ministério da Defesa sobre o início dos trabalhos para criação de sistemas de lançamento terrestres para o Kalibr e sobre a abertura de uma nova direção – a criação de um míssil hipersônico de médio alcance de baseamento terrestre", disse Putin neste sábado (2) durante uma reunião com o chanceler russo, Sergei Lavrov, e o ministro da Defesa, Sergei Shoigu.
A afirmação do presidente russo vem à tona após o comunicado de ontem (1) do presidente dos EUA, Donald Trump, de que os EUA irão abandonar o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, na sigla em inglês) no dia 2 de fevereiro.
Em resposta ao comunicado, o presidente russo afirmou que a Rússia responderá de forma simétrica à saída dos EUA do tratado.
"Vamos fazer o seguinte. Nossa resposta será espelhada. Os parceiros norte-americanos anunciaram que suspendem sua participação do Tratado [INF], nós também a iremos suspender", disse.
Franz Klintsevich, vice-chefe do Comitê de Defesa e Segurança do Senado russo, comentou a declaração do presidente russo.
"Trata-se de um processo muito complicado. Mas temos muitos desenvolvimentos, inclusive, de mísseis soviéticos. Acredito que no tempo mais próximo tais mísseis podem ser criados. Acho que dentro de dois anos teremos um exemplar", apontou Klintsevich.
Ele frisou que os EUA e a Europa já dispõem de mísseis similares.
'Golpe sobre sistema de controle de armas': EUA notificam Rússia sobre saída do INF
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia informou que o Departamento de Estado dos Estados Unidos notificou Moscou de forma oficial neste sábado (2) sobre a suspensão do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF).
"Em 2 de fevereiro, os Estados Unidos oficialmente notificaram a Federação da Rússia por meio de uma nota do Departamento de Estado sobre a suspensão de sua participação no tratado bilateral INF, de 1987, e sobre o início do procedimento de saída", disse um comunicado do Ministério.
O Ministério também notificou que a Rússia deve tomar todas as medidas para garantir sua segurança e direito de agir de forma recíproca em termos de implementação de mísseis de curto e médio alcance.
"Em vista das novas ameaças colocadas por Washington, claro, nós teremos que fazer tudo que for necessário para garantir nossa segurança nacional. A Rússia se reserva ao direito de agir reciprocamente em relação ao desenvolvimento, produção e implementação de de mísseis de curto e médio alcance", diz o comunicado.
De acordo com o documento, Moscou tomou medidas sem precedentes em relação à transparência com o tratado, mas todos os esforços foram ignorados e bloqueados pelos Estados Unidos.
"Mostrando nossa boa vontade, nós tomamos medidas sem precedentes de transparência, que vão além dos requisitos deste acordo. Porém, todos os nossos esforços foram ignorados ou boqueados pelos Estados Unidos", ressaltou o Ministério.
O Ministério enfatizou que a saída dos EUA no tratado INF é um golpe sobre todo o sistema de controle de armas, e a Rússia fez seu melhor para salvar o tratado, enquanto a responsabilidade das consequências negativas da suspensão do tratado INF é totalmente de Washington.
"[Washington] deu outro golpe sobre todo o sistema de controle de armas, que foi erguido meticulosamente por décadas […]. Esse passo certamente terá consequências negativas sobre toda a arquitetura internacional de segurança e estabilidade estratégica, principalmente na Europa. A responsabilidade disso é totalmente dos Estados Unidos […]. A Rússia fez seu melhor para salvar o tratado. Nós tentamos repetidas vezes trazer os Estados Unidos par uma conversa profissional", acrescentou o Ministério.
O documento ainda apontou que Moscou está aberta para um diálogo com significado sobre o tratado, baseado no respeito mútuo.
"Se Washington revisar sua linha destrutiva e retornar ao tratado INF, nós estamos abertos para um debate frutífero sobre o tratado e outras questões de estabilidade estratégica na base do respeito mútuo e consideração de interesses de cada um, assim como os interesses de toda a comunidade global", concluiu o Ministério.
Russia Military Capability 2019: Quick Victory - Russian Armed Forces 2019 - Вооруженные силы России