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sábado, 16 de novembro de 2024

Crise climática é responsável por 20% dos casos de dengue no mundo


A doença viral, que é transmitida por mosquitos infectados, normalmente fica confinada a áreas tropicais e subtropicais, mas o aumento das temperaturas fez com que os mosquitos invadissem novas áreas


Ela costuma ficar confinada a áreas tropicais e subtropicais, mas o aumento das temperaturas fez com que os mosquitos invadissem novas áreas, levando a dengue com eles. / Foto: AP

 

A crise climática é responsável por quase um quinto do número recorde de casos de dengue no mundo este ano, disseram pesquisadores dos EUA, buscando esclarecer como o aumento das temperaturas ajuda a espalhar doenças.

Pesquisadores têm trabalhado para demonstrar rapidamente como a crise climática contribui diretamente para eventos climáticos extremos individuais, como furacões, incêndios, secas e inundações que atingiram o mundo este ano.

Mas relacionar como o aquecimento global afeta a saúde, como causar surtos ou espalhar doenças, continua sendo um campo novo.

"A dengue é uma ótima primeira doença para se concentrar porque é muito sensível ao clima", disse à AFP Erin Mordecai, ecologista de doenças infecciosas da Universidade de Stanford .

A doença viral, transmitida por picadas de mosquitos infectados, causa febre e dores no corpo e pode, em alguns casos, ser mortal.

Ela normalmente fica confinada a áreas tropicais e subtropicais, mas o aumento das temperaturas fez com que os mosquitos invadissem novas áreas, levando a dengue com eles.

No novo estudo, que ainda não foi revisado por pares, uma equipe de pesquisadores dos EUA analisou como temperaturas mais altas estavam relacionadas a infecções por dengue em 21 países da Ásia e das Américas.

Em média, cerca de 19% dos casos atuais de dengue no mundo são "atribuíveis ao aquecimento climático que já ocorreu", disse Mordecai, autor sênior do estudo pré-impresso.

Temperaturas entre 20 e 29 graus Celsius são ideais para espalhar a dengue, disse Mordecai.

Os pesquisadores descobriram que áreas elevadas do Peru, México, Bolívia e Brasil que atingirão essa faixa de temperatura poderão ter casos de dengue aumentando em até 200% nos próximos 25 anos.

A análise estimou que pelo menos 257 milhões de pessoas vivem atualmente em áreas onde o aquecimento global pode dobrar a taxa de dengue durante esse período.

Esse perigo é apenas "mais um motivo pelo qual você deve se preocupar com a crise climática", disse Mordecai.


Brasil vê aumento de casos de dengue
 antes de campanha de vacinação


Bactérias para o resgate?

Mais de 12,7 milhões de casos de dengue foram registrados no mundo todo este ano até setembro, quase o dobro do recorde total de 2023, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde.

Mas Mordecai disse que uma "enorme quantidade de subnotificações" significa que o número real provavelmente está mais próximo de 100 milhões.

A pesquisa foi apresentada na reunião anual da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene, em Nova Orleans.

Outro conjunto de pesquisas, também não revisado por pares, levantou esperanças de uma ferramenta potencial para ajudar a combater o aumento da dengue.

Envolve a criação de mosquitos infectados com uma bactéria comum chamada Wolbachia, que pode bloquear a capacidade do inseto de transmitir a dengue.

Há cinco anos, mosquitos infectados com Wolbachia foram introduzidos na maior parte da cidade brasileira de Niterói.

Eles descobriram que, quando o Brasil enfrentou seu pior surto de dengue neste ano, houve apenas um pequeno aumento de dengue em Niterói.

O número de casos também foi 90% menor do que antes da distribuição dos mosquitos Wolbachia e "nada comparado ao que estava acontecendo no resto do Brasil", disse Katie Anders, do World Mosquito Program.

O sucesso da cidade mostrou que "a Wolbachia pode fornecer proteção de longo prazo para as comunidades contra os surtos cada vez mais frequentes de dengue que estamos vendo globalmente", disse Anders.

Os pesquisadores disseram que fizeram uma parceria com o governo brasileiro para construir uma unidade de produção de mosquitos Wolbachia, na esperança de proteger milhões de pessoas.


A doença 'exótica' da dengue está
a atingir duramente a Europa,
alertam especialistas



Fonte: TRT World - AFP


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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Acre: alagamento deixa ao menos 37 mil famílias sem casa, e rios seguem enchendo


Além das enchentes, estado enfrenta aumento no número de casos de covid-19 e surto de dengue


O Rio Juruá registrou a maior cheia já vivenciada pelo município desde 2017 - Foto: Jefferson Peixoto/Secom


No Acre, mais de 37 mil famílias estão desalojadas ou desabrigadas em 10 municípios impactados pelas enchentes, segundo a Defesa Civil do estado. Desde terça-feira (16) o estado está sob estado de calamidade, decretado pelo governador Gladson Cameli (PP). A decisão ocorreu após a cheia dos rios Acre, Juruá, Envira, Iaco, Purus e outros mananciais, além do transbordamento de alguns igarapés.

Ao mesmo tempo, o estado está enfrentando um surto de dengue e um aumento nos casos de covid-19.

Estima-se que são 130 mil pessoas impactadas diretamente pela cheia dos rios. Os municípios atingidos são: Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Tarauacá, Sena Madureira, Santa Rosa do Purus, Porto Walter, Feijó, Jordão e Rodrigues Alves. 

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A moradora de Sena Madureira, Joana Siqueira, afirma que seu município é o mais atingido e teme que a situação piore. "São muitas famílias desabrigadas, é muita chuva. No sábado diminuiu, mas voltou a chover na madrugada e seguiu pela manhã e tarde de domingo. Então o rio continua subindo" afirma a moradora. 

O rio Iaco, que cruza a cidade, está 2,7 metros acima do nível de alagamento e 3,94 do nível de alerta. Segundo a Defesa Civil do estado, são 3.950 famílias sem abrigo. No total, mais de 17 mil pessoas foram impactadas diretamente com as cheias. 

Segundo a Defesa Civil, além de Sena Madureira outras cidades seguem em alerta máximo pela continuidade do aumento do nível dos rios do estado.

Joana Siqueira vive em uma parte da cidade que as enchentes não atingiram diretamente. A moradora relata que nos bairros mais próximos ao rio Iaco "a água tomou conta de tudo, lá tá tudo sem água e energia elétrica ", explica Siqueira. 

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No sábado (20) foi comunicado que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ira visitar o Acre na próxima quarta-feira (24), após pedido do senador Márcio Bittar (MDB).

Dengue

Desde o início de 2021, os números de infecção preocupam as autoridades. nas três primeiras semanas epidemiológicas do ano, de 3 a 21 de janeiro, foram registrados 1.494 casos notificados de dengue. O que representa um aumento de 481% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram registrados 257 casos suspeitos.

Covid

Em relação à pandemia, o Estado também está em nível de emergência (cuja classificação local é a cor vermelha) desde 1º de fevereiro, com reavaliação prevista para esta segunda-feira, 22. O governo Gladson Cameli comunicou que teme um possível colapso do sistema de saúde. 

A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), registrou 181 casos de infecção por coronavírus no sábado. Até o momento, o Acre registra 150.886 notificações de contaminação pela doença. Mais 6 óbitos foram registradas, fazendo com que o número oficial de mortes por covid totalizar 957 em todo o estado.

Doações 

Por conta da situação dramática, a campanha #SOSAcre foi lançada nas redes sociais para que pessoas de todo o país possam ajudar os acreanos. Artistas e outras personalidades têm divulgado os problemas do estado para conseguirem doações


 


Fonte:  Brasil de Fato


Oeste Mania Itapiranga

ENCHENTE E ALAGAMENTOS NO ACRE DEIXA MILHARES DE FAMÍLIAS DESABRIGADAS

Assista ao VÍDEO



#SOSAcre

 

 

 

 

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