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terça-feira, 7 de maio de 2024

‘Tragédia no RS é responsabilidade também de senadores e deputados que desmontam legislação ambiental’, diz secretário do Observatório do Clima


As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, as mais intensas registradas em território gaúcho em décadas, já deixaram dezenas de mortos, causaram estragos em 300 municípios, romperam uma barragem e desalojaram mais de 80 mil pessoas. Há ainda mais de uma centena de pessoas desaparecidas enquanto o mau tempo já provoca danos em outros Estados do Sul.


253 municípios foram afetados por chuvas no Sul

Mas a responsabilidade não é apenas dos governos estaduais e federal, diz Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima (OC), mas também do Congresso — pois as tragédias são resultado da falta de adaptação e de combate às mudanças climáticas, duas áreas onde os Executivos precisam fazer mais e onde o Legislativo têm promovido ativamente retrocessos, na opinião dele.

"A maioria conservadora tem aprovado diversos projetos considerados nocivos para o meio ambiente. Nunca tivemos um Congresso tão dedicado a desmontar", afirma o especialista em políticas públicas à frente do Observatório do Clima, rede de entidades que monitora a questão climática no Brasil.

Além disso, segundo Astrini, ações que se limitam às respostas de emergência em situações de crise não são suficientes. Eventos extremos como esse — cada vez mais comuns por causa das mudanças climáticas — não podem mais ser tratados como “imprevistos”.


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Embora nem sempre seja possível prever com precisão a intensidade de um evento extremo, já sabemos que eles se tornarão mais frequentes — e quais as medidas que precisam ser tomadas para nos adaptarmos a eles, afirma o especialista.

Modelos climáticos preveem há décadas um aumento de chuvas extremas no sul da América do Sul, incluindo toda a bacia do Prata (formada pelos rios Paraná e Uruguai), lembra Astrini.

“O maior problema que a gente enfrenta neste momento não é a previsão, é a aceitação”, afirma Astrini. “A gente precisa aceitar que, infelizmente, esse é o novo normal. Mas não basta aceitar pacificamente, é preciso aceitar e tomar atitudes.”

Todo ano o governo do Rio Grande do Sul fica extremamente espantado que as chuvas são intensas. O governo do Rio de Janeiro fica super surpreso quando acontece em Petrópolis. É uma surpresa em São Sebastião (SP), no norte de Minas Gerais, em Recife (PE), no sul da Bahia. Só que acontece que já faz nove anos consecutivos que as médias de temperatura do planeta são as mais quentes já registradas. Não tem mais surpresa. A gente precisa se preparar para isso”, afirma Astrini.


Dinheiro investido em prevenção evita tragédias, diz Astrini

Mitigação, adaptação e redução de danos

Astrini explica que existem três tipos de resposta possíveis diante da crise climática: a mitigação das causas, a adaptação em preparação para as consequências e a redução de danos diante das tragédias.

“Mitigação é quando você ataca o problema: é quando você interrompe o desmatamento, quando você tira uma termoelétrica de operação, quando substitui uma fonte poluente por uma fonte renovável”, afirma o especialista.

“A adaptação é quando o problema vai acontecer e você começa a adaptar principalmente as populações mais vulneráveis ao problema. Por exemplo, quando tira as populações da área de risco, quando dá mais assistência para um pequeno agricultor lidar com uma seca.”

As ações também são necessárias contra problemas que não necessariamente são causados pelo aquecimento global, embora agravados por ele, explica Astrini.

“Adaptação é também quando você reforça a rede de saúde, porque vão aumentar os casos de dengue, porque o ciclo de reprodução do mosquito vai ficar mais longo por causa de chuvas desproporcionais e do calor prolongado.”

Já lidar com as perdas e reduzir os danos é promover as respostas emergenciais às tragédias.

“Perdas e danos é o que se faz normalmente: desbarrancou, você vai procurar sobreviventes, vai construir casas”, diz Astrini. O problema, na visão do especialista, é que as ações tomadas por autoridades federais, estaduais e municípais tendem a se concentrar apenas nesse terceiro estágio de resposta.

“O pessoal só age quando já está no nível da desgraça”, diz Astrini.

“O dinheiro investido na primeira camada vale muito mais, porque ele evita a adaptação e evita o desastre.”

Ações que estão sendo tomadas tanto pelo governo federal quanto pelo governo estadual e pelos municípios no caso das chuvas no Rio Grande do Sul — alertas da Defesa Civil, evacuação de pessoas de áreas de emergência, restabelecimento de serviços etc — se encaixam no terceiro tipo.

Após a região ser atingida por um ciclone em setembro do ano passado, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional repassou R$ 82 milhões para o governo do Estado e outros R$ 243 milhões aos municípios gaúchos para lidar com a crise. Segundo reportagem da CNN Brasil, a maior parte do dinheiro foi usada em ações emergenciais, como compra de mantimentos e desobstrução de estradas.

“A gente pode ter a Defesa Civil 30 vezes maior no Rio Grande do Sul ou em qualquer outro Estado. Vai continuar morrendo gente, porque a Defesa Civil vai conseguir salvar a vida de alguém próximo, mas não de todos. Quem salva mais vidas é o planejamento, e no caso dos municípios, o planejamento urbano”, afirma o líder do Observatório do Clima.

Embora o aquecimento global seja um problema em escala mundial, ações de mitigação não são responsabilidade apenas de entidades internacionais e governos nacionais. Elas podem — e precisam — ser alvo também dos governos locais, diz Astrini.

“A mitigação é uma agenda de responsabilidade, não de ganho político. Vou pegar um exemplo aqui no Cerrado, que bateu o recorde de desmatamento nesse último período: mais de 60% de aumento de agosto do ano passado para cá. E quem dá as autorizações de desmatamento são os governos estaduais”, diz ele.

“E há vários outros exemplos, como legislações de licenciamento ambiental mais frouxas nos Estados, a responsabilidade com o saneamento básico, com a transição energética.”

O governo do Rio Grande do Sul não respondeu inicialmente ao pedido de informações sobre ações de mitigação e adaptação da BBC News Brasil. O governador Eduardo Leite (PSDB) tem dado atualizações diárias sobre as medidas emergenciais tomadas no Estado, que incluem alertas e remoção das pessoas das áreas de risco.

Após a publicação desta reportagem, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado enviou nota em que "reforça a necessidade de adaptação para garantir a sobrevivência na Terra" e afirma que as ações de mitigação, adaptação e resiliência são parte do programa ProClima2050, lançado em 2023.

O programa, diz a pasta, criou o Gabinete de Crise Climática, "que tem como principal função conectar as secretarias de Estado, instituições e pesquisadores no monitoramento e implementação de ações práticas de resposta à crise do clima".

Segundo a secretaria, entre as medidas em andamento estão "a contratação de serviço de radar meteorológico pela Defesa Civil; melhorias na Sala de Situação, responsável pelo monitoramento das chuvas e dos níveis dos rios; e a implementação do roadmap climático dos municípios, que mapeará as ações relacionadas ao clima em esfera municipal".


Chuvas foram as piores já registradas no Estado

‘Deputados e senadores também são responsáveis’

Astrini diz ainda que é preciso lembrar da responsabilidade do Congresso em relação à situação climática que leva à tragédias como a sofrida pelo RS neste momento.

"Deputados trabalham dia e noite para destruir a legislação ambiental do Brasil com afinco. Neste momento estão querendo acabar com a Lei de Licenciamento Ambiental, querem acabar com a reserva legal na Amazônia, querem acabar com as reservas indígenas”, diz Astrini.

Ele se refere a um um projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental, permitindo que Estados e Municípios determinem os projetos que precisam ou não fazer uma análise de impacto, entre outras medidas.

Os defensores do PL argumentam que ele “diminuirá a burocracia” e por isso facilitaria o desenvolvimento econômico.

Mas Astrini diz que o projeto não só não resolve o problema da burocracia como pode comprometer metas de desenvolvimento sustentável.

“A gente nunca teve um Congresso tão agressivo nesse esforço para desmontar a legislação ambiental no Brasil”, afirma.

Deputados e senadores contrários a pautas importantes para ambientalistas argumentam que a legislação ambiental atrapalha o desenvolvimento econômico e, em alguns casos, negam dados científicos sobre o aquecimento global ou sobre desmatamento no Brasil.

“Tem dois momentos em que o Congresso ajuda o Brasil na área ambiental: no recesso do meio do ano e no recesso do final”, diz Astrini.

Para Astrini, o governo federal vem falhando na disputa com os deputados e senadores pelas pautas ambientais, embora tenha um bom projeto para a área.

Ele cita, por exemplo, o fato de a bancada governista ter sido liberada para votar em qualquer sentido (em vez de receber a orientação para votar contra) o marco temporal para as terras indígenas.

“A gente nunca teve um Ministério do Meio Ambiente com tanto apoio no governo. É a primeira vez que um presidente fala em desmatamento zero e tolerância zero para desmatadores. Você tem um ministro da Economia que faz conversas sobre o meio ambiente, um Ministério dos Povos Indígenas... Mas mesmo assim as coisas não estão andando como deveriam”, afirma.

Além na tragédia no Sul, há outras notícias negativas na área. O Norte registra número recorde de queimadas de janeiro a maio deste enquanto a greve de servidores dos dois principais órgãos de fiscalização ambiental do país —Ibama e ICMBio— já dura mais de 100 dias.

Para o especialista, não se trata apenas de uma questão de orçamento mais robusto para ministérios da área —que também é importante — mas da capacidade de integrar essa visão em todos os setores.

“Quem causa o problema de emissões do Brasil? São os atores no setor do Ministério da Agricultura. E no Ministério das Minas e Energia. São esses ministérios que têm que ter programas e investimentos para diminuir as emissões de seus setores”, afirma Astrini. “O Ministério do Ambiente pode multar uma área que já foi desmatada, mas para as ações de mitigação você precisa da ação de todos os agentes.”

A BBC procurou o governo federal para falar sobre o assunto, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

O governo, que apesar de não ter maioria no Congresso conseguiu aprovar agendas suas como o novo arcabouço fiscal, não tem “comprado a briga” nas pautas ambientais, opina Astrini.

No caso do marco temporal para as terras indígenas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva até tentou barrar a aprovação da lei que limita a demarcação, mas seu veto foi derrubado pelo Congresso.

A tese do marco temporal é de que apenas áreas ocupadas por indígenas em outubro de 1988, momento em que a Constituição Federal foi promulgada, poderiam ser demarcadas.

Movimentos indígenas questionam a tese porque havia terras que, naquele momento, não eram ocupadas porque seus habitantes originários haviam sido expulsos por invasores. Já os ruralistas alegam que não estabelecer um marco temporal criava insegurança jurídica.

Além de um direito dos povos originários, a demarcação de terras indígenas é considerada por ambientalistas e pesquisadores uma das principais formas de preservação da mata nativa brasileira — hoje as reservas impedem o desmatamento de diversas áreas cujo entorno foi devastado.

Astrini também critica o fato de pautas ambientais terem entrado no cabo de guerra entre o Supremo e o Legislativo, virando parte de uma disputa de poder mais do que uma discussão sobre políticas públicas.

O Senado e Câmara têm entrado em rota de colisão com o STF em diversos temas, em uma disputa sobre os limites de cada poder.

A questão do marco temporal, inclusive, só teve a sua votação acelerada como resposta da bancada ruralista a uma decisão do STF de 2023.

Na época, a Corte rejeitou a tese do marco, que era baseada em uma situação jurídica ambígua. Logo em seguida o Congresso aprovou uma nova legislação determinando a existência de um marco temporal.

“Em algumas áreas, como essa do marco temporal, o Congresso tem usado a questão para atacar os indígenas e o Supremo.”

Além das decisões recentes tomadas pela maioria conservadora do Congresso e de projetos em tramitação, Astrini critica a postura pública de deputados e senadores em relação a temas ambientais.

“São os homens privilegiados, com espaço, que falam com seus eleitores e formam opinião pública. Eles não cansam de repetir que essa coisa de meio ambiente, de regra ambiental, é uma besteira”, diz Astrini. “Mas aí as consequências chegam e a responsabilidade é de quem?”

Para o secretário-executico do OC, esses parlamentares "incentivam quem quer desrespeitar a leis ambientais e prejudicam quem quer fazer certo”. “Então eles têm enorme responsabilidade por situações como essa (no Rio Grande do Sul) e têm que ser cobrados por isso.”

Por: Letícia Mori - Twitter,@_leticiamori 

Da BBC News Brasil em São Paulo


Observatório do Clima

E esse aqui é o candidato a vice-prefeito de São Paulo dizendo o que ele pensa sobre o aquecimento global. Vão eleger esse cidadão em plena crise climática na chapa de um prefeito que já teve outro negacionista cuidando de clima?


 

Esse aqui é o picareta Luiz Molion, negacionista do clima que palhaços como @PlinioValerio45 e @marciobittar alçaram à condição de “especialista”, dando um depoimento na CPI das ONGs que fala por si.



 ClimaInfo

Doe @MST_Oficial, @gzhdigital, @defesacivilrs, @AMRIGS, mas não esqueça de cobrar empresas e parlamentares pela solução do problema!

#AçãoPeloClima #AjudaRioGrande #SOSRS



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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Evidências de tortura: quase 400 corpos encontrados em valas comuns em Gaza


Algumas vítimas encontradas em dois hospitais foram “enterradas vivas”, enquanto outras foram “executadas” pelos militares israelitas


Al Jazeera English


Valas comuns encontradas em dois hospitais na Faixa de Gaza contendo 392 corpos, incluindo de mulheres, crianças e idosos, apresentavam sinais de tortura e execuções, disseram autoridades do enclave.

No sexto dia consecutivo de desenterramento de corpos no sul de Gaza, responsáveis ​​da Defesa Civil palestina revelaram na quinta-feira novos detalhes horríveis sobre as valas comuns em torno dos hospitais Nasser e al-Shifa.





Dez dos corpos foram encontrados com as mãos atadas, enquanto outros ainda tinham tubos médicos ligados a eles, indicando que podem ter sido enterrados vivos, disse o membro da defesa civil Mohammed Mughier.

“Precisamos de exames forenses para aproximadamente 20 corpos de pessoas que acreditamos terem sido enterradas vivas”, disse Mughier.

Yamen Abu Sulaiman, chefe do departamento de defesa civil no sul de Khan Younis, onde o Hospital Nasser está localizado, disse que três valas comuns separadas foram encontradas nas instalações – uma atrás do necrotério, uma em frente ao necrotério e uma perto do prédio de diálise.

Apenas 65 corpos foram identificados por familiares de 392 recuperados devido a decomposição, mutilação e tortura, ou outras dificuldades, disse ele, acrescentando que os corpos estavam “empilhados” e apresentavam indícios de execuções no terreno.

Numa conferência de imprensa no sul de Rafah, na quinta-feira, Abu Sulaiman apelou à comunidade internacional para exercer pressão para “pôr fim imediato a esta agressão contra o nosso povo”, bem como para que as organizações humanitárias e os meios de comunicação internacionais possam entrar em Gaza para “ examinar esses crimes”.

Mughier, que forneceu provas fotográficas e de vídeo dos restos mortais de crianças, disse “porque é que temos crianças em valas comuns?” Acrescentando que as provas mostram que os soldados israelitas cometeram “crimes contra a humanidade”.


Al Jazeera English

O chefe dos direitos humanos das Nações Unidas, Volker Turk, apelou a “investigações independentes, eficazes e transparentes” sobre as mortes.

“Os hospitais têm direito a uma proteção muito especial ao abrigo do Direito Internacional Humanitário, e o assassinato intencional de civis, detidos e outras pessoas que estão fora de combate é um crime de guerra”, disse Turk esta semana.

“Queremos respostas. Queremos ver isso investigado de forma completa e transparente”, disse o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, aos repórteres.

O porta-voz do exército israelense, major Nadav Shoshani, afirmou que os túmulos no Hospital Nasser foram “cavados pelos habitantes de Gaza há alguns meses”. Os militares israelitas também confirmaram a escavação de corpos nas sepulturas, mas num esforço declarado para procurar prisioneiros ainda detidos no enclave.

Reportando a partir de Washington, DC, Heidi Zhou-Castro da Al Jazeera salientou que Sullivan não apelou a uma investigação “independente”, o que significa que os Estados Unidos estão satisfeitos com o facto de Israel investigar o assunto.

“Essa é a principal diferença entre o apelo dos EUA para uma investigação sobre as valas comuns e o de outros líderes mundiais e do Alto Comissário da ONU [para os direitos humanos]”, disse ela.

Zhou-Castro disse que a responsabilização permanece ainda mais fora de alcance.

“Então, no que diz respeito à condenação, claro, há mais disso acontecendo agora nos EUA. No que diz respeito à ação, só há ação em apoio a Israel.”

O presidente dos EUA, Joe Biden, sancionou na quarta-feira um projeto de lei de financiamento estrangeiro de US$ 94 bilhões que fornecerá a Israel US $ 17 bilhões em ajuda adicional, apesar dos crescentes apelos internacionais para restringir a assistência dos EUA aos militares israelenses, que mataram mais de 34.000 palestinos em Gaza.

“Este é um novo nível de criminalidade no qual pensei que os israelitas eram demasiado espertos para se envolverem”, disse Marwan Bishara, analista político sénior da Al Jazeera.

“A feiúra e a tragédia das cenas e a mentalidade por trás delas – feitas pelos israelenses contra o hospital, contra o campo de refugiados – é algo que nunca vimos antes e isso é algo que vai ficar conosco por um tempo," ele adicionou.





LEIA MAIS


FEPAL - Federação Árabe Palestina do Brasil


Pessoas enterradas vivas. Cerca de 400 corpos em covas coletivas em um hospital. Crianças e mulheres entre os assassinados. Médicos ainda de jaleco assassinados. Sinais de tortura e execução sumária.

Leia quantas vezes for necessário.


 

 - Jornalista: Nas valas comuns em Gaza há evidências de tortura, pessoas enterradas vivas... Palestinos querem investigação independente, o que há de errado nisso?

 - EUA: Perguntamos a Israel

 - Você está pedindo ao acusado que investigue a si mesmo?

 - Vamos perguntar a Israel



 Dr.Sam Youssef Ph.D.,M.Sc.,DPT.


Alguns dos crimes dos israelenses em 1967, e esta é a foto de um grupo de prisioneiros egípcios que foram enterrados vivos. Estamos cientes desses fatos agora, não para espalhar a discórdia, como foi comentado depois dos prostrados, mas sim uma mensagem dirigida a todos para que saibamos exatamente com quem estamos lidando!!!



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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Acre: alagamento deixa ao menos 37 mil famílias sem casa, e rios seguem enchendo


Além das enchentes, estado enfrenta aumento no número de casos de covid-19 e surto de dengue


O Rio Juruá registrou a maior cheia já vivenciada pelo município desde 2017 - Foto: Jefferson Peixoto/Secom


No Acre, mais de 37 mil famílias estão desalojadas ou desabrigadas em 10 municípios impactados pelas enchentes, segundo a Defesa Civil do estado. Desde terça-feira (16) o estado está sob estado de calamidade, decretado pelo governador Gladson Cameli (PP). A decisão ocorreu após a cheia dos rios Acre, Juruá, Envira, Iaco, Purus e outros mananciais, além do transbordamento de alguns igarapés.

Ao mesmo tempo, o estado está enfrentando um surto de dengue e um aumento nos casos de covid-19.

Estima-se que são 130 mil pessoas impactadas diretamente pela cheia dos rios. Os municípios atingidos são: Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Tarauacá, Sena Madureira, Santa Rosa do Purus, Porto Walter, Feijó, Jordão e Rodrigues Alves. 

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A moradora de Sena Madureira, Joana Siqueira, afirma que seu município é o mais atingido e teme que a situação piore. "São muitas famílias desabrigadas, é muita chuva. No sábado diminuiu, mas voltou a chover na madrugada e seguiu pela manhã e tarde de domingo. Então o rio continua subindo" afirma a moradora. 

O rio Iaco, que cruza a cidade, está 2,7 metros acima do nível de alagamento e 3,94 do nível de alerta. Segundo a Defesa Civil do estado, são 3.950 famílias sem abrigo. No total, mais de 17 mil pessoas foram impactadas diretamente com as cheias. 

Segundo a Defesa Civil, além de Sena Madureira outras cidades seguem em alerta máximo pela continuidade do aumento do nível dos rios do estado.

Joana Siqueira vive em uma parte da cidade que as enchentes não atingiram diretamente. A moradora relata que nos bairros mais próximos ao rio Iaco "a água tomou conta de tudo, lá tá tudo sem água e energia elétrica ", explica Siqueira. 

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No sábado (20) foi comunicado que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ira visitar o Acre na próxima quarta-feira (24), após pedido do senador Márcio Bittar (MDB).

Dengue

Desde o início de 2021, os números de infecção preocupam as autoridades. nas três primeiras semanas epidemiológicas do ano, de 3 a 21 de janeiro, foram registrados 1.494 casos notificados de dengue. O que representa um aumento de 481% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram registrados 257 casos suspeitos.

Covid

Em relação à pandemia, o Estado também está em nível de emergência (cuja classificação local é a cor vermelha) desde 1º de fevereiro, com reavaliação prevista para esta segunda-feira, 22. O governo Gladson Cameli comunicou que teme um possível colapso do sistema de saúde. 

A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), registrou 181 casos de infecção por coronavírus no sábado. Até o momento, o Acre registra 150.886 notificações de contaminação pela doença. Mais 6 óbitos foram registradas, fazendo com que o número oficial de mortes por covid totalizar 957 em todo o estado.

Doações 

Por conta da situação dramática, a campanha #SOSAcre foi lançada nas redes sociais para que pessoas de todo o país possam ajudar os acreanos. Artistas e outras personalidades têm divulgado os problemas do estado para conseguirem doações


 


Fonte:  Brasil de Fato


Oeste Mania Itapiranga

ENCHENTE E ALAGAMENTOS NO ACRE DEIXA MILHARES DE FAMÍLIAS DESABRIGADAS

Assista ao VÍDEO



#SOSAcre

 

 

 

 

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