Governo de MG passa por cima do Legislativo e decreta
congelamento de gastos sociais
Auditoria Cidadã da Dívida
Nesta semana, após acordo com o Governo Federal sobre a
entrada no nefasto “Regime de Recuperação Fiscal” (RRF), o governador de Minas
Gerais decretou o congelamento dos gastos sociais, cujo crescimento não poderá
ser superior à inflação (IPCA), o que é um absurdo completo. Isso significa que
todo o crescimento real da arrecadação do estado nos próximos anos somente
poderá ser destinado para o pagamento da dívida de MG, formada principalmente
pelo endividamento com a União, de origem questionável e que, devido aos juros
escorchantes, desde 1998 já foi paga mais de TRÊS vezes e mesmo assim seu
estoque se multiplicou por quase DEZ VEZES!!!
Somente estão fora do teto alguns gastos específicos, como
os pisos da saúde e educação, cujos recursos devem ficar restritos a esses
respectivos pisos, e qualquer recurso adicional implicará no corte em outras
áreas sociais.
Conforme já denunciado no post de ontem, essa dívida
continua sendo utilizada como instrumento de chantagem pela União, para forçar
os estados a cortarem direitos fundamentais do funcionalismo público e da
população como um todo. É inadmissível que o Governo Federal , com R$ 1,7
TRILHÃO em caixa, e já tendo recebido a mesma dívida 3 vezes, ainda queira
impor o nefasto RRF ao Estado de Minas Gerais, para continuar cobrando juros
escorchantes do povo mineiro para destinar os recursos para os pagamentos da
dívida pública federal, que beneficia principalmente os super-ricos.
Importante ressaltar que a outra alternativa para a dívida
dos estados, colocada pelo Presidente Rodrigo Pacheco (Projeto de Lei
Complementar 121/2024, ainda pendente de aprovação pela Câmara dos Deputados),
também prevê teto de gastos sociais.
CHEGA DE SER CHANTAGEADO POR ESSA “DÍVIDA”. AUDITORIA JÁ!
A AUDITORIA CIDADÃ DA DÍVIDA é uma associação sem fins
lucrativos que estuda e divulga fatos sobre o endividamento público e seus
desdobramentos
Auditoria Cidadã da Dívida
Os jornais noticiaram que o Presidente Lula indicou, para
ser o próximo Presidente do Banco Central, o economista Gabriel Galípolo, que,
conforme temos divulgado em posts anteriores, tem votado junto com o atual
Presidente Roberto Campos Neto na manutenção da altíssima Taxa Selic, usada
como base para os ganhos dos rentistas da dívida pública.
Tais decisões têm sido tomadas sempre sob o equivocado
argumento de controle inflacionário, mesmo que a inflação no Brasil esteja
dentro da meta, e não esteja relacionada a uma suposta demanda aquecida, mas a
preços administrados pelo próprio governo e outros preços que também não caem
com a alta de juros.
Se, por um lado, apoiadores do governo poderiam argumentar
que o Senado reprovaria um nome comprometido com uma forte queda nos juros, por
outro lado, tal argumento mostra a importância de se alterar a estratégia do
governo, já que desta forma nunca se conseguirá alterar de fato a política de
juros do Banco Central, tão criticada pelo Presidente Lula.
Já passou da hora de o governo decretar a auditoria da
dívida pública, que tem relação direta com as insanas taxas de juros praticadas
no Brasil.
Para surtir os efeitos necessários, a auditoria deve ser
integral, com participação social (como no Equador e Grécia), e deve denunciar
os mecanismos que geram dívida sem contrapartida; mostrar quem se beneficia
desse Sistema da Dívida que atua no Brasil, além de demonstrar para toda a
população que essa dívida não tem servido para investimentos sociais, mas para
pagar os próprios juros e mantê-los elevados, amarrando toda a economia do
país.
disparada dos preços dos alimentos impulsionou a inflação
oficial no País a 0,64% em setembro, maior resultado para o mês desde 2003,
segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
divulgados ontem pelo IBGE.
Carnes, arroz e óleo de soja pesaram no bolso das famílias,
assim como a gasolina, que pode voltar a pressionar em outubro, devido ao novo
reajuste divulgado pela Petrobrás nas refinarias. Também esboçam reação alguns
itens ligados ao turismo, como passagens aéreas, locação de veículos e pacotes
turísticos.
O IPCA veio acima do previsto até pelos economistas mais
pessimistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam um
avanço mediano de 0,54%. O resultado motivou uma série de revisões para cima
nas estimativas do mercado financeiro para a inflação no encerramento de 2020.
No entanto, as apostas permanecem abaixo da meta de 4% perseguida pelo Banco
Central. Em setembro, a taxa do IPCA acumulada em 12 meses alcançou 3,14%.
"É uma inflação (de setembro) preocupante, mas não tem
nenhum risco para este ano, quando é provável que o IPCA fique em 2,5%. A
questão mesmo está em 2021, quando devemos ter câmbio pressionado, commodities
pressionadas e a China com um crescimento forte", previu o
economista-chefe da consultoria MB Associados, Sergio Vale.
O economista João Fernandes, da Quantitas, não acredita que
a inflação mais elevada de setembro ameace a condução da política monetária
pelo Banco Central. Ele argumenta que o IPCA foi impulsionado por fatores
pontuais, enquanto que o risco para o quadro de juros baixos no País permanece
sendo fiscal.
"Não tem comparação da importância desse IPCA com a incerteza
fiscal de curto prazo. A inflação mais alta reduz a chance de um novo corte da
Selic (taxa básica de juros), mas é um efeito limitado. O que poderia suscitar
uma alta de juros agora seria o governo romper o compromisso com o teto, não
uma reação a essa inflação", opinou Fernandes.
Ajuste fiscal
O cenário atual de incertezas sobre o ajuste fiscal tem
ajudado a desvalorizar o real ante o dólar, o que encarece commodities e
insumos no atacado e acaba chegando também ao varejo, lembra André Braz,
coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da
Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
"Nossas coletas preliminares (do Índice de Preços ao
Consumidor da FGV) indicam que outubro já está bem salgado, inflação mais alta
que setembro. Eu diria que ficará perto de 0,8%. A inflação de serviços vem um
pouco maior, puxada por passagem aérea, que está subindo mais de 40% em
outubro, um choque. Essa alta pode ser confirmada pelo IPCA-15", relatou
Braz.
Em setembro, as famílias gastaram 2,28% a mais com
alimentação. Segundo Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de
Preços do IBGE, houve uma disseminação maior de produtos alimentícios com aumentos
de preços, o que levou a uma inflação de alimentos também mais elevada que o
habitual para meses de setembro.
"Tem dois componentes influenciando preços. Tem a
questão do auxílio emergencial, uma vez que os recursos são direcionados pelas
famílias mais pobres para a compra de alimentos, e tem a questão do câmbio, que
torna mais atraente a exportação e acaba restringindo a oferta desses produtos
no mercado doméstico", justificou Kislanov.
O óleo de soja aumentou 27,54%, enquanto o arroz ficou
17,98% mais caro. No ano, o óleo de soja já acumula uma alta de 51,30%, e o
arroz subiu 40,69%. As famílias também pagaram mais em setembro pelo tomate,
leite longa vida e carnes.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por causa dos alimentos e da gasolina, inflação teve grande
alta nas contas do IBGE. A maior variação e o maior impacto, mais uma vez, veio
do grupo alimentação e bebidas. O campeão foi o óleo de soja, com aumento de
27,5% no mês e 51,3% no ano. O arroz também subiu muito, com alta de 17,9% em
setembro e 40,7% em 2020. Assista ao Vídeo
Bolsonaro afirmou, nesta sexta-feira (4), que se reunirá com
donos de supermercado e representantes para discutir sobre a alta do preço em
itens da cesta básica, como arroz e feijão.
Conta Outra..Que Essa Não Cola. Você vai ao supermercado e está quase tudo mais caro. Tempo todo tem remarcação de preço pra cima, claro. E depois a gente ouve que não tem inflação... Oi? Onde? #SP1@GloboNewspic.twitter.com/lSiZSg0Clr
Essa foi a maior taxa para um mês de março desde 2015,
quando chegou a 1,32%. Com isso, o índice acumula altas de 1,51% no primeiro
trimestre do ano e de 4,58% nos últimos doze meses.
Para 2019, a meta de inflação estipulada pelo governo é de
4,25%. Há uma margem de tolerância de meio ponto percentual para mais ou para
menos.
A aceleração da inflação no mês foi determinada pelas altas
de 1,37% no grupo Alimentação e bebidas e de 1,44% nos Transportes. Juntos,
esses grupos responderam por 80% do índice do mês. Todos os grupos pesquisados
no IPCA subiram de preço, exceto Comunicação, que com -0,22% foi o único com
deflação.
Na alimentação, o índice foi pressionado pela alta do preços
do tomate (31,84%), batata-inglesa (21,11%), feijão-carioca (12,93%) e pelas
frutas (4,26%).
Segundo o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves, em razão
de problemas na safra e dos estoques baixos, o preço do feijão carioca mais que
dobrou no primeiro trimestre de 2018, a maior alta para o produto desde o Pano
Real para esse período. “São produtos importantes na mesa do brasileiro e que
têm grande peso no índice de inflação”, ressalta Fernando Gonçalves.
Já o grupo Transportes, após deflação de 0,34% em fevereiro,
acelerou 1,44% em março, devido à alta de 3,49% nos combustíveis. O resultado
foi influenciado pelo aumento no preço da gasolina (2,88%) e do etanol (7,02%).
Outras contribuições para a taxa positiva no grupo Transportes vieram do
aumento nos preços nas passagens aéreas (7,29%) e ônibus urbanos (0,90%).
“O índice de março reflete em parte o aumento de 10,82% no
preço da gasolina na refinaria, concedido pela Petrobras entre 27 de fevereiro
e 29 de março, período de coleta do IPCA”, explica Gonçalves.
Um presidente nulo. Um país parado. A inflação e o desemprego explodindo. O Brasil indo para o buraco. Estamos há cem dias sem governo. pic.twitter.com/9zU1E2yIq4