Puxada por alta nos alimentos, inflação sobe 0,75% em março
É o pior resultado para o mês desde 2015. Alta nos
combustíveis também ajudou a puxar o índice para cima
Preços do tomate subiram 31,84% em março, aponta o
IPCA
(Reinaldo Canato/VEJA.com)
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VEJA - Influenciada pela alta nos preços dos alimentos e dos transportes, a inflação chegou a 0,75% em março, segundo o Índice Nacional dePreços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quarta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa foi a maior taxa para um mês de março desde 2015,
quando chegou a 1,32%. Com isso, o índice acumula altas de 1,51% no primeiro
trimestre do ano e de 4,58% nos últimos doze meses.
Para 2019, a meta de inflação estipulada pelo governo é de
4,25%. Há uma margem de tolerância de meio ponto percentual para mais ou para
menos.
A aceleração da inflação no mês foi determinada pelas altas
de 1,37% no grupo Alimentação e bebidas e de 1,44% nos Transportes. Juntos,
esses grupos responderam por 80% do índice do mês. Todos os grupos pesquisados
no IPCA subiram de preço, exceto Comunicação, que com -0,22% foi o único com
deflação.
Na alimentação, o índice foi pressionado pela alta do preços
do tomate (31,84%), batata-inglesa (21,11%), feijão-carioca (12,93%) e pelas
frutas (4,26%).
Segundo o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves, em razão
de problemas na safra e dos estoques baixos, o preço do feijão carioca mais que
dobrou no primeiro trimestre de 2018, a maior alta para o produto desde o Pano
Real para esse período. “São produtos importantes na mesa do brasileiro e que
têm grande peso no índice de inflação”, ressalta Fernando Gonçalves.
Já o grupo Transportes, após deflação de 0,34% em fevereiro,
acelerou 1,44% em março, devido à alta de 3,49% nos combustíveis. O resultado
foi influenciado pelo aumento no preço da gasolina (2,88%) e do etanol (7,02%).
Outras contribuições para a taxa positiva no grupo Transportes vieram do
aumento nos preços nas passagens aéreas (7,29%) e ônibus urbanos (0,90%).
“O índice de março reflete em parte o aumento de 10,82% no
preço da gasolina na refinaria, concedido pela Petrobras entre 27 de fevereiro
e 29 de março, período de coleta do IPCA”, explica Gonçalves.
Um presidente nulo. Um país parado. A inflação e o desemprego explodindo. O Brasil indo para o buraco. Estamos há cem dias sem governo. pic.twitter.com/9zU1E2yIq4— Humberto Costa (@senadorhumberto) 10 de abril de 2019
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