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domingo, 10 de março de 2024

MAIS “AUTONOMIA” PARA O BANCO CENTRAL?


Ao invés de mais autonomia ao BC, devemos lutar para um novo modelo de política econômica, que privilegie não o Mercado Financeiro, que não produz nada, mas sim a quem produz riqueza no país: o povo.


Auditoria Cidadã da Dívida

Desde o fim do ano passado, tramita no Congresso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 65/2023), que amplia a “autonomia” do Banco Central. Se aprovado o texto, o órgão deixará de ser uma autarquia federal com orçamento vinculado à União e passará a ser uma empresa pública com autonomia financeira e orçamentária. O presidente do BC está cada vez mais ansioso pela PEC, que, na prática, protege ainda mais a atual política monetária, que estabelece juros altíssimos, sob a desculpa de combater uma inflação preços de alimentos e tarifas públicas que não caem com a alta de juros.

Ao invés de dar mais autonomia ao Banco Central, devemos é lutar para um novo modelo de política econômica, que privilegie não o Mercado Financeiro, que não produz nada, mas sim a quem produz riqueza no país e necessita dos recursos governamentais: o povo. Por isso, convidamos você a fazer parte da Campanha “É Hora de Virar o Jogo”!

Conheça e participe!


 

quinta-feira, 11 de março de 2021

Lula sinaliza para possível reestatização de subsidiárias e refinarias da Petrobras vendidas por Bolsonaro


"Esse mercado já conviveu com o PT por 8 anos em um governo meu e mais 6 anos em um governo da Dilma. Do que o mercado tem medo?", disse ainda o ex-presidente


O ex-presidente Lula na Petrobras (Ricardo Stuckert)


Durante discurso histórico realizado no Sindicado dos Metalúrgicos do ABC nesta terça-feira (10), o ex-presidente Lula sinalizou para a possibilidade de reverter o ciclo de desmonte que se abate sobre a Petrobras.


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“Se o mercado quer ganhar dinheiro investindo em coisas produtivas, ele tem que gostar de mim. O mercado quer ganhar vendo o povo ser consumidor… Agora, se o mercado quer ver a entrega da soberania nacional, não votem em mim. Nós não vamos privatizar”, disse o ex-presidente ao ser questionado sobre a reação do mercado à anulação de suas condenações.

“Quem estiver comprando as coisas da Petrobras está correndo risco porque a gente pode mudar muita coisa”, completou.

Nos governos de Michel Temer e de Jair Bolsonaro, a diretoria da estatal petrolífera tem promovido a venda de refinarias e subsidiárias, enfraquecendo a empresa e o papel dela na soberania nacional. Lula disse em outro momento do discurso que o país não encontrou o pré-sal para ficar exportando petróleo cru.


Do que o mercado tem medo?

Lula questionou ainda o “medo” do mercado contra ele. “Eu às vezes fico encabulado e injuriado com algumas coisas que se falam. Por que você acha que o mercado tem medo de mim? Esse mercado já conviveu com o PT por 8 anos em um governo meu e mais 6 anos em um governo da Dilma. Do que o mercado tem medo?”, disse.

O ex-presidente ainda reforçou sua posição contrária à autonomia do Banco Central. “É melhor o Banco Central estar na mão do governo do que na mão do mercado. É muito melhor. A quem interessa essa autonomia? Não é ao trabalhador, não é ao presidente da CUT, é a o mercado financeiro”, declarou.

Fonte: Revista Fórum


Rede TVT

Vender refinarias é "burro" do ponto de vista econômico, diz doutora da Unicamp - 5 de out. de 2020

No dia primeiro de outubro, o Supremo Tribunal Federal aprovou a venda de refinarias pela Petrobras sem a necessidade de autorização do Congresso Nacional. A medida tem causado indignação entre os petroleiros. Para Juliane Furno, doutora em desenvolvimento econômico da Unicamp, uma reação correta, já que desmontar e vender a empresa em partes não trará qualquer benefício à sociedade brasileira ou à economia.

Assista ao VÍDEO


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terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

O MODELO ECONÔMICO ERRADO PRODUZ ESCASSEZ (Semana 8 – “É HORA DE VIRAR O JOGO”)


 Lembra do que falamos antes? O Brasil é riquíssimo e o cenário de escassez é fabricado!


Auditoria Cidadã da Dívida

O cenário de escassez é produzido pelo modelo econômico aplicado no Brasil e os principais eixos que sustentam esse equivocado modelo são os seguintes:

– Sistema da Dívida, que usa o instrumento de endividamento público como um mecanismo de transferência de recursos públicos para bancos;

– Política monetária suicida praticada pelo Banco Central, que amarra a economia brasileira com a prática de juros altíssimos e falsa escassez de moeda provocada pelas operações compromissadas, que remuneram a sobra de caixa dos bancos;

– Modelo tributário regressivo, que faz com que os mais pobres paguem muitos tributos embutidos em tudo que consomem, enquanto os elevados lucros, fortunas, remessas ao exterior e produtos de luxo fiquem isentos e, em muitos casos, grandes corporações ainda recebem incentivos fiscais;

– Exploração mineral predatória e agronegócio voltado para exportação, garantindo os lucros de grandes corporações e deixando aqui somente o dano ambiental e a exploração da classe trabalhadora.

Entendeu? O cenário de escassez é fabricado por esse modelo econômico errado.

Sendo assim, a tarefa dos movimentos sociais é identificar o que é que está produzindo o cenário de escassez e modificar isso. Temos que nos unir e organizar para isso!

É HORA DE VIRAR O JOGO para alavancar o nosso desenvolvimento socioeconômico com respeito ao ambiente e garantia de vida digna para todas as pessoas! Vamos nos unir!

#ÉHORAdeVIRARoJOGO


Saiba mais:

O SISTEMA DA DÍVIDA PÚBLICA, A CONTRARREFORMA DA PREVIDÊNCIA E O RISCO PARA A SEGURIDADE SOCIAL, POR ANTÔNIO GONÇALVES FILHO, JOSÉ MENEZES GOMES, MARIA LUCIA FATTORELLI, OSMAR GOMES DE ALENCAR JÚNIOR


Auditoria Cidadã da Dívida

Desde o governo de FHC (1994-2002) até os governos de Lula-Dilma (2003-2015), a Previdência com maior ou menor grau é apresentada para a sociedade como deficitária e o Estado como incapaz de mantê-la. Inúmeros estudos demonstraram que este não passa de um discurso ideológico, cujo objetivo central trata de uma aberta privatização da previdência social. O governo Bolsonaro, com bases em falsas notícias, apresenta uma proposta de “reforma” da previdência que coloca em risco o Sistema de Seguridade Social. Além de dificultar o acesso aos benefícios previdenciários dos mais pobres, mantendo os privilégios dos mais ricos, a proposta desestrutura e asfixia financeiramente a seguridade social para alimentar o sistema da dívida pública, que remunera cada vez mais os banqueiros e rentistas nacionais e internacionais. É necessária uma ampla discussão na sociedade, para que se desvelem as verdadeiras intenções por trás da contrarreforma privatista.

Leia conteúdo completo AQUI


Auditoria Cidadã da Dívida

OS QUATRO EIXOS QUE TRAVAM NOSSA ECONOMIA - Vídeo 15#EHORAdeVIRARoJOGO

O modelo econômico errado vem sendo o responsável pela por sucessivas crises econômicas e imenso sacrifício social. Esse modelo é sustentado por quatro eixos. Saiba mais.

Assista ao VÍDEO



Auditoria Cidadã da Dívida

PEC 32 É REFORMA IDEOLÓGICA A MANDO DO BIS - Vídeo 16 #EHORAdeVIRARoJOGO

Você já percebeu a relação entre a CRISE FABRICADA pela política monetária suicida do Banco Central e a Reforma Administrativa? Vamos ver como isso acontece.

Assista ao VÍDEO



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Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida


quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

O Brasil não está quebrado e há muito a ser feito!



Ontem o Presidente Jair Bolsonaro disse: “O Brasil está quebrado. Não consigo fazer nada”.


Quebrado???? Temos quase R$ 5 trilhões na gaveta!  R$ 1,289 TRILHÃO na conta única do Tesouro Nacional¹, R$ 1,836 TRILHÃO em reservas internacionais², R$ 1,393 TRILHÃO de sobra de caixa dos bancos parados no Banco Central rendendo juros somente aos bancos, às custas do povo!³

Além disso, tivemos superávit de mais de US$ 50 bi na balança comercial; temos potencial para arrecadar tributos de ricos que não pagam e várias outras fontes de recursos, pois o Brasil é riquíssimo! 

Onde está o ralo?

Gastamos R$ 1 tri em 10 anos só em juros para a remuneração ilegal da sobra de caixa dos bancos! Se computarmos o custo dos títulos, esse gasto ilegal sangrou quase R$3 trilhões, conforme artigo recente⁴. Gastamos dezenas de bilhões com a farra do swap a privilegiados sigilosos. Perdemos centenas de bilhões em investimentos por causa da falta de controle de capitais, que, em vez de corrigir, o Congresso Nacional está relaxando ainda mais por meio do Projeto de Lei 5.387/2019. O governo federal gastou R$ 1,383 TRILHÃO em 2020 com despesas financeiras com a chamada dívida pública nunca auditada!⁵

Os dados oficiais mostram que temos muito dinheiro parado e muito gasto equivocado e até ilegal! 

Há muito que fazer, presidente! Aja ou renuncie!


¹  https://www.bcb.gov.br/content/estatisticas/docs_estatisticasfiscais/Notimp3.xlsx – Tabela 4 – Linha 44 – dado de 30/11/2020


² US$ 355,76 bilhões, em 4/1/2021 (valor obtido nas séries temporais do Banco Central – série 13621 – https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries ) , multiplicado por 5,162 (taxa de câmbio de 4/1/2021, disponível em https://www.bcb.gov.br/conversao )


³ Este mecanismo é feito por meio das chamadas “Operações Compromissadas”, cujo estoque pode ser obtido em https://www.bcb.gov.br/content/estatisticas/docs_estatisticasfiscais/Notimp3.xlsx – Tabela 4 – Linha 50 – dado de 30/11/2020.


⁴ https://balanca.economia.gov.br/balanca/mes/2020/BCB002.xlsx


⁵ Auditoria Cidadã da Dívida – Tesouro gastou quase 3 trilhões com o banco central  


⁶ http://www.transparencia.gov.br/despesas – Execução da despesa por Natureza de Despesa. Os analistas neoliberais costumam criticar este dado, com argumentos equivocados. Para conhecer os problemas destes argumentos, ver https://auditoriacidada.org.br/conteudo/mentiras-e-verdades-sobre-a-divida-publica-parte-3/

Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida



Auditoria Cidadã da Dívida

CRISE FABRICADA - Vídeo 12 #EHORAdeVIRARoJOGO

O que explica o cenário de escassez e crise que estamos vivendo, se não tivemos nenhum dos fatores que produzem crise? Maria Lucia Fattorelli explica!

Assista ao VÍDEO




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quinta-feira, 13 de agosto de 2020

É HORA DE VIRAR O JOGO. VAMOS PRECISAR DE TODO MUNDO!



Com muito ânimo, anunciamos o lançamento da campanha É HORADE VIRAR O JOGO, que tem por objetivo mostrar a necessidade de mobilizar a sociedade para modificar o modelo econômico atual, o qual tem produzido escassez, miséria e atraso, que não combinam com a abundância que existe em nosso país.

Esse modelo econômico errado é implementado, na prática, por diversas medidas econômicas como a Emenda Constitucional 95 (estabeleceu teto de gastos e investimentos sociais por 20 anos); as Privatizações; o Sistema da Dívida; as Reformas, como a da Previdência e a Trabalhista, e tende a se agravar face à aprovação da Emenda Constitucional 106 (autoriza o Banco Central gastar trilhões para comprar papel podre dos bancos), o esquema da Securitização (desvia recursos que sequer alcançarão os cofres públicos), e a proposta de independência do Banco Central (que deixa o BC autônomo, acima de tudo e de todos).

Esse modelo econômico tem sido responsável por impedir que a abundância que existe no Brasil esteja presente na vida de todas as pessoas, colocando todos nós, brasileiros e brasileiras, em um cenário de escassez inaceitável, que destoa completamente da imensas riquezas que existem no Brasil.

Esse modelo errado privilegia o setor financeiro nacional e internacional, cuja cabeça é o BIS (banco de regulações internacionais), instituição privada que se diz banco central dos bancos centrais.

Ao longo da campanha, programada para 3 meses, vamos desenvolvendo a conscientização de que é preciso unificar as lutas e construir uma grande mobilização social para construir outro modelo, no qual o Estado Social seja forte e garanta vida digna para todas as pessoas e respeite o ambiente.

Agradecemos às entidades que já estão participando dessa iniciativa (apoiadores) e convidamos todas as demais, que ainda não aderiram, pois para virar o jogo vamos precisar de todo mundo!


LANÇAMENTO DA CAMPANHA



POR QUE PRECISAMOS VIRAR O JOGO?











VÍDEOS INTRODUTÓRIOS

Nesse vídeo, a coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli, fala da necessidade de unificação das lutas contra desmontes do governo: privatizações, flexibilização de leis, independência do Banco central, plano mais brasil para os banqueiros, securitização de créditos, entre outros. Todos são parte de um só jogo, que penaliza a sociedade, amarra a economia e favorece os bancos.



Coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli, fala da importância do conhecimento dos fatos para o fortalecimento da participação cidadã e mobilização social no fortalecimento da luta pelos direitos sociais




LANÇAMENTO COLETIVO DA CAMPANHA COM PARTICIPAÇÃO DE APOIADORES E NÚCLEOS


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quinta-feira, 7 de março de 2019

Maria Lúcia Fattorelli diz que, "bancos são responsáveis pela crise"




Brasil de Fato: Fundadora da Auditoria Cidadã da Dívida critica o discurso que legitima proposta de reforma da Previdência de Bolsonaro

O cenário de crise econômica que se alastra pelo país nos últimos anos toma fôlego com a política monetária do Banco Central, ponta de lança do processo que vem provocando a quebra da economia e os altos índices dedesemprego em cadeia nacional. A leitura é da auditora fiscal Maria Lucia Fattorelli, fundadora e coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, movimento que atua em prol da transparência nas finanças públicas.



Em entrevista ao Brasil de Fato, a auditora destaca a preocupação com a supremacia dos bancos ao longo de diferentes governos, critica o discurso oficial de defesa da reforma da Previdência e sustenta: “Querem deixar o nosso povo acreditando nas sombras. A gente tem que sair da caverna e enxergar nossas potencialidades”. 


Confira a seguir os principais trechos da entrevista.


Brasil de Fato: dando um panorama da crise econômica atual, quais fatores teriam sido primordiais pra colocar o país nesse caminho?

Maria Lucia Fattorelli: Na nossa opinião, foi a política monetária do Banco Central (BC). A partir de 2013, ele começou a subir as taxas de juros em todas as reuniões até chegar em 14,25%, que é um absurdo, uma taxa extremamente alta e, quando chegou nesse valor, ficou nesse patamar por mais de um ano. Em março de 2013, estava 7,25%; em abril, foi pra 7,50%; em maio, pra 8%; em julho, pra 8,50%; em agosto, pra 9%; em novembro pra 10%; em abril de 2014, 11%; em janeiro de 2015, já estava em 12,25%; abril, 13,25%; e julho, 14,25% [novamente]. Veja bem, ficou em 14,25% até outubro de 2016.



Demorou muito pra cair também, então, ao mesmo tempo em que o BC começou a acelerar a taxa básica, ele aumentou as compromissadas [modalidade de operação de investimento em que o BC vende ou compra títulos públicos com a responsabilidade de recomprá-los ou revendê-los em uma data futura], o que é, na prática, a remuneração da sobra de caixa dos bancos, em que ele enxuga moeda e entrega título da dívida.

As compromissadas atingiram R$ 1 trilhão no início de 2016, então, uma coisa combinada com a outra significou uma escassez de moeda brutal no mercado. E qual a consequência disso? Os bancos, com toda a sobra que têm pra emprestar, em vez de emprestarem pras indústrias, para o comércio, pras pessoas, para a atividade econômica do país, preferiram colocar no BC, porque a taxa de juros estava alta demais e no BC eles não perdem um dia. Então, eles preferiram pôr essa montanha de dinheiro no BC do que remunerar diariamente, e a indústria, o comércio, todas as empresas, que precisam de crédito, começaram a quebrar porque o crédito ficou alto demais.

Os juros de mercado foram pra mais de 220%, 300% ao ano, e aí a quebradeira de indústria, de estabelecimentos comerciais jogou o povo no desemprego. Em 2015, tivemos um desemprego recorde. E aí o governo, pra não enfrentar a benesse do mercado financeiro, a política monetária do BC, ainda veio com as desonerações [incentivos fiscais para produtos ou operações], aindano tempo da Dilma. Isso aí agravou mais porque diminui mais ainda a arrecadação e não resolveu o problema das empresas porque elas precisavam de crédito pra financiar sua atividade. A desoneração beneficiou só algumas que já estavam no ponto de vender e distribuir seus produtos.

Então, o que provocou a crise aqui no Brasil foi essa política monetária, e ninguém olha pra ela. Ela não é ensinada nas escolas. Enquanto estavam todos os jornais todo dia dando notícias de Lava Jato, de impeachment da Dilma, o BC estava fazendo essa política, que transferiu um valor brutal de recursos pro setor financeiro.

Além desses fatores que você mencionou, tem alguma outra coisa que ajuda a mover a engrenagem da crise econômica?

Isso daí é o principal. A partir daí, vai desorganizando. Um outro fator é o modelo tributário no Brasil, que penaliza muito a classetrabalhadora, as classes média e baixa, e são as pessoas que tudo que ganham volta pra economia. O salário aqui no Brasil é tão baixo que classes média e baixa têm muito pouca capacidade de fazer poupança. E como que é o nosso modelo tributário? Ele não tributa as grandes rendas, as grandes faixas de renda, e aí isso desorganiza mais ainda a economia, abre mão de uma arrecadação enorme, de arrecadação dos tributos que poderiam incidir sobre o lucro distribuído, sobre as heranças, as fortunas, e isso também desorganiza muito a economia.

Por que o Brasil, que é conhecido mundialmente como um país de grandes riquezas, amarga esta crise econômica atual? Que tipo de ideologia econômica nos trouxe a esse processo? 

Olha, está acima das ideologias conhecidas, acima de qualquer coisa. É uma ganância do mercado financeiro. Isso está acima dos governos, de partidos. Nós temos que ver em que fase da história estamos vivendo, que é a do capitalismo financeirizado. O grande capital está entrando aqui no Brasil de uma forma que há anos domina os diferentes governos que vivemos. Você vê que, no governo do PT, quem dirigia o BC? O Meirelles [Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e atual secretário da Fazenda do Estado de São Paulo], banqueiro.

Então, não mudou nada. Isso está acima de ideologia e é um domínio, um poder mundial. E, infelizmente, aqui no Brasil as forças políticas não prestam a devida atenção nisso. Você vê, por exemplo, a pouca atenção que tem a demanda por uma auditoria cidadã da dívida, que é a ferramenta que poderia mostrar, por exemplo, esse escândalo das compromissadas, porque isso daí tem a dívida por trás.

Essa pouca visão, esse turvamento da visão em relação às finanças está fazendo esse domínio financeiro chegar num ponto em que agora [eles afirmam que] a dívida justifica a contrarreforma da Previdência, justifica a entrega da Casa da Moeda, da Eletrobras, da Petrobras, e querem entregar até Banco do Brasil e Caixa Econômica, criando outro mecanismo, o da securitização de créditos, em que os bancos já vão se apoderar diretamente da arrecadação tributária, que nem vai alcançar o orçamento público. Então, ou a população acorda ou não vai ter jeito. Estamos perdendo o país.

A economia nacional iniciou este ano de 2019 sem fôlego e alguns atores sustentam que uma alavancagem só seria possível com a reforma da Previdência. O que tem de armadilha nesse discurso? 

A reforma da Previdência vai fazer o contrário. Quando o governo fala em fazer uma economia de R$ 1 trilhão – que os analistas já falaram que não é isso, e sim R$ 700 bilhões –, que economia é essa? É dinheiro que vai deixar de chegar às mãos da classe trabalhadora através de aposentadorias e benefícios assistenciais. O que acontece quando a população tem menos recursos em suas mãos? Ela não tem recursos pra consumir nem pra comprar alimento direito e aumenta até o [nível de] adoecimento. Então, é um tiro no pé, e mais de 70% dos municípios brasileiros têm a sua economia movimentada pelos recursos da Seguridade Social…

Você mencionou aqui o fato de a população não ter conhecimento sobre o que realmente acontece com a economia do país. Uma educação mais voltada para esse tipo de esclarecimento poderia ser o caminho pra tirar o Brasil desta situação?

Sim, e esse tem sido, inclusive, o esforço da Auditoria Cidadã da Dívida ao longo dos anos, popularizando o conhecimento sobre a realidade financeira porque, veja bem, essa propaganda de que o Brasil está quebrado, de que o país não tem saída, junto com esse menosprezo pelo povo brasileiro, com essas piadinhas de mau gosto de chamar o nosso povo de ‘povinho’, colocando no chão a autoestima [nacional], essa coisa de não valorizarmos a nossas lideranças que existem no Brasil, de que só sai notícia de corrupção, tudo isso tem uma estratégia por trás de reduzir a autoestima das pessoas, e quem está com autoestima baixa está humilhado, desencorajado e aceita entregar tudo.

A gente tem que fazer o contrário. As pessoas nem sabem o quanto o Brasil é rico, nem sabem das nossas potencialidades, da nossa história, de quanta luta já teve, de quantas pessoas foram desprezadas e moralizadas ao longo da história porque traziam essas informações [de esclarecimento]. Querem deixar o nosso povo dentro da caverna, acreditando nas sombras. A gente tem que sair da caverna e enxergar o nosso país, enxergar as nossas potencialidades. Eu espero que esse ataque agora, esse roubo da Previdência social que representa essa PEC 6/2019 [Proposta de reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro] sirva pra sacudir as pessoas.

Ver Gráficos   Explicação   Mentiras e Verdades











Sem Censura 🎭🎨

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

A aviação civil brasileira esta derrubada pela recessão Temer-Meirelles


Aeroporto Internacional de São Paulo Guarulhos

247 - A situação do Brasil no governo de Michel Temer está afundando o setor da aviação civil no país. Nas palavras do diretor para a América da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo), a combinação de uma crise política, econômica e social é responsável pela retração do setor, que amarga 15 meses de queda em sua demanda de passageiros.

As informações são da Folha de S.Paulo.

"Uma tempestade perfeita. Foi assim que o diretor regional para a América da Iata (sigla em inglês para Associação Internacional de Transporte Aéreo) justificou os resultados negativos do setor aéreo no Brasil.

Cerdá aponta para a redução no Brasil de 12% da oferta no mercado doméstico e 4% no mercado de voos internacionais.

"Virtualmente, todas as companhias aéreas [internacionais] reduziram sua frequência ou o tipo de aeronave que serve o país, para evitar a volatilidade da economia [...]", disse ele.

Cerdá aponta que durante os últimos anos, os custos operacionais cresceram 24%, enquanto a receita das empresas no país, cresceram apenas 3,7%.

Enquanto isso, a instabilidade política do último um ano e meio trava discussões de regulações que poderiam alavancar o setor.

Entre as discussões está a mudança do sistema de tarifas sobre o combustível dos aviões. No Brasil, cada um dos Estados determina a tarifa do ICMS sobre o combustível da aviação. A grande variedade dessas tarifas, segundo a Iata, atrapalha o desempenho das companhias aéreas."

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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

ASSIM CAMINHA O BRASIL, DEFICIENTE DE IMPRENSA POLÍTICA E JUSTIÇA




Daqui pra frente, caso não tenham percebido, as coisas só tendem a piorar, por vários motivos que poderíamos discutir por horas (ou dias).

Falando de apenas alguns deles:

– Briga fratricida entre os próprios golpistas

– Briga dos golpistas com quem pagou o golpe (FIESP, etc).

– Briga "de foice" entre o Judiciário e o Legislativo (não digo que o Executivo esteja na briga, porque atualmente ele não existe).

Isso enquanto o “povo” (na verdade, alguma “fração” de povo que fique mais revoltada e se organize) vai só assistir.

Pelo menos nos próximos 30 dias.

Falando na Economia. Será que só vai piorar?

Não é uma afirmação ainda.

Mas poderia citar apenas 3 motivos:

– A “Teoria das Expectativas Racionais”, que deu o Prêmio Nobel a Robert Lucas.

– A “Teoria dos jogos não cooperativos”, que deu o Prêmio Nobel a John Nash.

– A Teoria de Keynes, que não precisa explicar, né: o investimento precede ao emprego. Se não tem investimento….

(Tem outros elementos: falei desses para resumir).

Falando da Política, da qual todos sabem (acredito) que a economia dependa — por causa (basicamente) das três teorias citadas…

Vejam o caso do Ministro Marco Aurélio ter concedido liminar para determinar a retirada de Renan da presidência do Senado.

Renan, todos sabemos desde 1990, é um completo safado, um ladrão da pior espécie.

Não muito diferente de outros senadores e deputados.

Apenas mais esperto.

Já foi Sarney, já foi "Collorido", já apoiou FHC, já apoiou o PT, etc….

Embarcou no golpe junto com tucanos, com Cunha, com Sarney, Collor, etc…


O Renan pode recorrer da decisão, mas isso na prática talvez seja indiferente, porque, de qualquer maneira, o pleno do tribunal tem de julgar o mérito da causa.

Assim, a defesa acabará por dar-se no julgamento do pleno.

Entretanto, o STF é autônomo para marcar o julgamento do pleno.

Depende em teoria só da Carmen Lúcia. "Que tem a sensibilidade política de um chimpanzé".

Ela pode marcar para esses dias. Ou não.

Ela é tucana, de Montes Claros, mas não há evidências de que ela já tenha sido ‘testada” recebendo telefonemas de “certas pessoas”.

Não no STF.

De todo modo, para mim, o Renan vai perder de 9 X 1 ou 10 X 0 no pleno.

O que também não faria diferença enquanto cargo de presidente da casa, porque o mandato dele termina daqui uns 15 dias, no fim do ano.

Mas tem outro problema: faria diferença se o Temer renunciar até 30/12, porque aí o Senador Jorge Viana assumiria a Presidência da República no dia seguinte, de modo automático. A vacância é imediata.

Tem gente que acha que existem “elementos suficientes” para “derrubar” o Temer.

Além de quem acha que o impeachment foi golpe, tem muitos que não acham pensando em chutar o Temer.

Por vários motivos.

Uns são econômicos.

Outros não…
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Exemplo: vendo a "merda onde se meteram", gente como Meireles (Fazenda) é Goldfajn (BC) podem pedir o boné e irem embora antes que a à bomba explora no colo deles…
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Bem…

Renunciar o Temer não vai — pelo menos agora — a não ser que exista um novo “acordo” para o “golpe dentro do golpe” envolvendo a FIESP, os tucanos e a TV Globo.


Isso porque, obviamente, os tucanos preferem que o Temer saia após 01/01/2017, para ter a famosa “eleição indireta”

Para eleger FHC.

Que nem coxinhas estão querendo mais.

Sobre uns — sejam do “povo” ou da política acharem que existem “elementos” suficientes para tentarem descartar o Temer.

Isso qualquer imbecil sabe que tem.

A Dilma foi retirada (o motivo “legal”, não o “verdadeiro”) por muito menos que um “Geddel” ou um “Padilha” fazem.

Só que o afastamento do Temer, se a mesma Constituição valer do mesmo jeito que valia em maio, tem de ser por julgamento de um pedido de impeachment, que, como tristemente sabemos, tem prazos regimentais que duram pelo menos 130 dias.

E só pode começar na Câmara, não no Senado.

Não sei se a Janaina Paschoal toparia fazer outro pedido por apenas $45 mil.

É provável que Hélio Bicudo se esconda em algum sítio em Suzano ou equivalente para não ser chamado a assinar de novo.

Mas também podem pedir ao Diogo Mainardi, ao Lobão, etc...  para assinarem.

Esses e mais dúzias assinaram para aparecer — não por saberem ler uma peça jurídica, claro.

O Aécio sabe (embora pretenda ficar escondido no Leblon até o Carnaval) que o mandato do Renan termina (em termos práticos) daqui uns 15 dias, no fim do ano legislativo.

(Em termos teóricos, o mandato vai até 31/01/2017. Mas depois de 21/12, não tem mais sessões).

Assim, uma renúncia de Temer agora não agradaria a ele.

Como dito, se o Temer renunciar até 30/12, pela constituição (sempre ela…) o Viana assumiria a Presidência da República no dia 31/12, de modo automático.



Assim, até depois da decisão da Copa do Brasil neste dia 07/12, qualquer emoção seria apenas o Jorge Viana retirar a PEC55 da pauta.

É duvidoso que ele queira arriscar a ter a FIESP e a Globo atrás dele por isso.

Assim, na verdade, primeira (e até agora única) consequência até dia 07/12, é que o Viana é o Presidente do Senado, e é o 1º na linha de sucessão — apenas até 31/12, lembrando…

O STF, como sabemos, tem vários golpistas. Mas lembrem-se que o fato de Renan ter sido afastado deve-se a uma ação impetrada pelo Rede. Há várias semanas.

E isso não estava no script nem dos golpistas nem dos outros que mandam no país agora – Globo e Fiesp, no caso.

O STF não podia nem pode negar a decretar o afastamento, desde que ele fosse pedido, porque a decisão anterior que foi dada para afastar o Cunha (depois do golpe) agora tem força de lei.

E o STF, embora lá vários queiram, agora é o único que não poderia descumprir a lei que ele mesmo criou ao decidir o caso do Cunha — que eles não queriam decidir antes do Cunha colocar o impeachment em pauta.

O Senado poderia descumprir, lógico.

Mas o STF não….

Portanto, o futuro após 07/12 é completamente imprevisível e sombrio.

Brasil, mostra tua cara

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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Temer Apresentará Pacote de Medidas Para Combater a Crise




Michel Temer nem escondeu que faz de Jorge Bastos Moreno, de O Globo, seu porta-voz informal.

Nada contra Moreno, que está na dele e não vai recusar o que Temer quer lhe dar, com exclusividade.


Porque o “minipacote econômico”, de medidas “microeconômicas”, com que pretende reagir às pressões do PSDB pela degola de Henrique Meirelles e sua substituição – certamente por alguém mais atucanado – serão próprias do “micropresidente” que temos.

Não se tem ideia do que seria isso, senão medidas analgésicas, porque aquilo que se poderia ter de eficiente – a queda das taxas de juros – se tornou um dilema maior diante da eleição de Donald Trump e os sinais unanimemente reconhecido de que os juros norte-americanos vão subir. Certo que, mesmo com isso, haveria gordura nos juros brasileiros, mas os que se alimentam deles tão mais que acostumados a dietas gordas.

Como Temer diz que ouviu de um dos tucanos, o senador paulista José Aníbal, o conselho de que “cabe ao dono cuidar da padaria”, o pão que tem a oferecer ao mercado é a reforma da previdência, e dura, acelerada num Congresso que – as ruas mostraram ontem – está no subsolo da representatividade.

E vai ficar ainda mais afundado, à medida em que começarem a vazar a delação comprada à Odebrecht, com as previsões de que deve alcançar perto de uma centena de parlamentares e vários auxilares do Planalto.

É pão amargo para os trabalhadores, mas certamente não é doce o suficiente para o mercado, porque os resultados certamente demoram, a não se que se parta para loucuras que só serviriam para desgastar mais o governo, pois não seriam aprovadas no Congresso.

Depois de dois anos de deterioração econômica, até para um governo legítimo seria difícil pedir sacrifícios para a população. Sacrificada ela vem sendo, o poço só se aprofunda e o alfange ensandecido da casta judiciária retira qualquer possibilidade de que se levante a cabeça.

As bicadas e as mordidas entre os que se alimentam dos despojos do Brasil só vão aumentar enquanto a carniça minguar.

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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Banestado ignorado pela "grande mídia," enterrado pelo MP e, mais sujo que a lava jato.




O juiz Sergio Moro arbitra uma operação que investiga um extenso esquema de corrupção e evasão de divisas intermediadas por doleiros que atuam especialmente no Paraná. Uma força-tarefa é montada e procuradores da República propõem ações penais contra 631 acusados. Surgem provas contra grandes construtoras e grupos empresariais, além de políticos.

Delações premiadas e acordos de cooperação internacional são celebrados em série. Lava Jato? Não! Trata-se do escândalo do Banestado, um esquema de evasão de divisas descoberto no fim dos anos 90 e enterrado de forma acintosa na transição do governo Fernando Henrique Cardoso para o de Lula.

Ao contrário de agora, os malfeitos no banco paranaense não resultaram em longas prisões preventivas. Muitos envolvidos beneficiaram-se das prescrições e apenas personagens menores chegaram a cumprir pena.

Essas constatações tornam-se mais assustadoras quando se relembram as cifras envolvidas. As remessas ilegais para o exterior via Banestado aproximaram-se dos 134 bilhões de dólares. Ou mais de meio trilhão de reais em valor presente. Para ser exato, 520 bilhões.

De acordo com os peritos que analisaram as provas, 90% dessas remessas foram ilegais e parte tinha origem em ações criminosas. A cifra astronômica foi mapeada graças ao incansável e inicialmente solitário trabalho do procurador Celso Três, posteriormente aprofundado pelo delegado federal José Castilho. Alguém se lembra deles? Tornaram-se heróis do noticiário? Leia na íntegra: ( Carta Capital ).


Justiça anula punição a réus do escândalo do Banestado





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