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sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Embraer informa que vai demitir 2.500 funcionários nas fábricas do Brasil




A Embraer anunciou nesta quinta-feira (3) que vai demitir 2.500 funcionários que trabalham nas fábricas da empresa no Brasil.

A empresa justifica a medida como uma consequência dos impactos causados pela pandemia da COVID-19 e pelo cancelamento da parceria com a Boeing.

"A pandemia afetou particularmente a aviação comercial da Embraer, que no primeiro semestre de 2020 apresentou redução de 75% das entregas de aeronaves, em comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, a situação se agravou com a duplicação de estruturas para atender a separação da aviação comercial, em preparação à parceria não concretizada por iniciativa da Boeing, e pela falta de expectativa de recuperação do setor de transporte aéreo no curto e médio prazo", alegou a empresa, em nota.

Segundo a Embraer, 1.600 funcionários serão desligados através dos Planos de Demissões Voluntárias, que foram encerrados na quarta-feira (2), e mais 900 serão demitidos por dispensa para ajuste do quadro de colaboradores.

"Desde o início da pandemia, a Embraer adotou uma série de medidas para preservar empregos como férias coletivas, redução de jornada, lay-off, licença remunerada e três Planos de Demissão Voluntária (PDV). Também reduziu o trabalho presencial nas plantas industriais com o objetivo de zelar pela saúde dos colaboradores e garantir a continuidade dos negócios", escreveu.

A Embraer mantinha ao todo cerca de 16 mil funcionários no Brasil, sendo dez mil apenas em São José dos Campos, sede da empresa. A companhia não informou quantos funcionários serão desligados de cada unidade.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos publicou um comunicado criticando a decisão da Embraer e prometeu ir à Justiça para tentar reverter as demissões.

"É um crime o que a Embraer está fazendo com esses trabalhadores. Enquanto mantém altos executivos com salários milionários, demite 2.500 pais e mães de família que dependem de seus empregos para sobreviver. Não aceitaremos essa medida. Vamos buscar todas as formas de luta para reverter as demissões", afirma o diretor do sindicato, Herbert Claros, em nota.

Fonte: Sputnik Brasil


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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

A aviação civil brasileira esta derrubada pela recessão Temer-Meirelles


Aeroporto Internacional de São Paulo Guarulhos

247 - A situação do Brasil no governo de Michel Temer está afundando o setor da aviação civil no país. Nas palavras do diretor para a América da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo), a combinação de uma crise política, econômica e social é responsável pela retração do setor, que amarga 15 meses de queda em sua demanda de passageiros.

As informações são da Folha de S.Paulo.

"Uma tempestade perfeita. Foi assim que o diretor regional para a América da Iata (sigla em inglês para Associação Internacional de Transporte Aéreo) justificou os resultados negativos do setor aéreo no Brasil.

Cerdá aponta para a redução no Brasil de 12% da oferta no mercado doméstico e 4% no mercado de voos internacionais.

"Virtualmente, todas as companhias aéreas [internacionais] reduziram sua frequência ou o tipo de aeronave que serve o país, para evitar a volatilidade da economia [...]", disse ele.

Cerdá aponta que durante os últimos anos, os custos operacionais cresceram 24%, enquanto a receita das empresas no país, cresceram apenas 3,7%.

Enquanto isso, a instabilidade política do último um ano e meio trava discussões de regulações que poderiam alavancar o setor.

Entre as discussões está a mudança do sistema de tarifas sobre o combustível dos aviões. No Brasil, cada um dos Estados determina a tarifa do ICMS sobre o combustível da aviação. A grande variedade dessas tarifas, segundo a Iata, atrapalha o desempenho das companhias aéreas."

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