A Embraer anunciou nesta quinta-feira (3) que vai demitir
2.500 funcionários que trabalham nas fábricas da empresa no Brasil.
A empresa justifica a medida como uma consequência dos
impactos causados pela pandemia da COVID-19 e pelo cancelamento
da parceria com a Boeing.
"A pandemia afetou particularmente a aviação comercial
da Embraer, que no primeiro semestre de 2020 apresentou redução de 75% das
entregas de aeronaves, em comparação com o mesmo período do ano passado. Além
disso, a situação se agravou com a duplicação de estruturas para atender a
separação da aviação comercial, em preparação à parceria não concretizada por
iniciativa da Boeing, e pela falta de expectativa de recuperação do setor de
transporte aéreo no curto e médio prazo", alegou a empresa, em nota.
Segundo a Embraer, 1.600 funcionários serão desligados
através dos Planos de Demissões Voluntárias, que foram encerrados na
quarta-feira (2), e mais 900 serão demitidos por dispensa para ajuste
do quadro de colaboradores.
"Desde o início da pandemia, a Embraer adotou uma série
de medidas para preservar empregos como férias coletivas, redução de jornada,
lay-off, licença remunerada e três Planos de Demissão Voluntária (PDV). Também
reduziu o trabalho presencial nas plantas industriais com o objetivo de zelar
pela saúde dos colaboradores e garantir a continuidade dos negócios",
escreveu.
A Embraer mantinha ao todo cerca de 16 mil funcionários no
Brasil, sendo dez mil apenas em São José dos Campos, sede
da empresa. A companhia não informou quantos funcionários serão desligados
de cada unidade.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos publicou um comunicado criticando a decisão da Embraer
e prometeu ir à Justiça para tentar reverter as demissões.
"É um crime o que a Embraer está fazendo com esses
trabalhadores. Enquanto mantém altos executivos com salários milionários,
demite 2.500 pais e mães de família que dependem de seus empregos para
sobreviver. Não aceitaremos essa medida. Vamos buscar todas as formas de luta
para reverter as demissões", afirma o diretor do sindicato, Herbert
Claros, em nota.
Fonte: Sputnik Brasil
Fonte: Sputnik Brasil
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A Embraer, que nos governos do PT era uma empresa próspera em busca de mercado internacional, anunciou hoje a demissão de 2,5 mil de seus 16 mil funcionários. É mais uma prova de que Bolsonaro e Guedes não têm projeto de desenvolvimento para o país. #ForaBolsonaro— Lindbergh Farias (@lindberghfarias) September 3, 2020
Obrigado, Janot. Boeing já tem o precisa, após o DoJ colocar espião dentro da empresa, com autorização tua e dos heróis da lava jato.— Blog Olho na Mira (@BlogOlhoNaMira) September 3, 2020
Embraer vai demitir 2,5 mil funcionários nas fábricas do Brasil | Vale do Paraíba e Região | G1 https://t.co/nLUKFqcxx6