Mostrando postagens com marcador Rosa Weber. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Rosa Weber. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 2 de julho de 2021

PGR abre inquérito no STF para investigar Bolsonaro por prevaricação no caso Covaxin


Pedido da Procuradoria-Geral da República foi enviado ao Supremo Tribunal Federal a partir de notícia-crime de senadores. Pazuello, é denunciado pelo MPF por improbidade administrativa na gestão da pandemia


O presidente Jair Bolsonaro, em cerimônia no Palácio do Planalto em 29 de junho.ADRIANO MACHADO / REUTERS

 A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a instauração de inquérito para apurar o suposto crime de prevaricação cometido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no caso da compra da vacina indiana Covaxin. Na semana passada, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmou em depoimento à CPI da Pandemia que Bolsonaro foi informado sobre irregularidades na compra do imunizante. A investigação busca apurar se o presidente de fato soube do ocorrido e se não agiu, cometendo assim o crime de prevaricação.

O pedido da PGR foi protocolado nesta sexta-feira, depois que a ministra do Supremo, Rosa Weber, cobrou uma posição da Procuradoria sobre a notícia-crime apresentada ao STF pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano Contarato (Rede-ES) e Jorge Kajuru (Podemos-GO). No documento, os autores atribuem a Bolsonaro a prática de prevaricação. Previsto no código penal, o crime pune o servidor público acusado de “retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”.

Ao ser cobrada pela ministra, a PGR pediu para esperar pelo desfecho da CPI, que deve ser prorrogada por mais 90 dias. Rosa Weber, no entanto, afirmou que a apuração da CPI da Pandemia não impede a atuação da Procuradoria.

Segundo o deputado Luis Miranda, ele e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, foram pessoalmente informar Bolsonaro sobre as irregularidades na compra da vacina indiana. O servidor Luis Ricardo disse que sofreu “pressão” para fechar contrato com a Precisa Medicamentos, intermediadora dos negócios entre o Brasil e a Índia. Segundo os irmãos, o presidente chegou a afirmar que acionaria a Polícia Federal para apurar o caso, o que não ocorreu.

No pedido da PGR, assinado pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, pede que “se esclareça o que foi feito após o referido encontro em termos de adoção de providências”. Ele também solicita informações à Controladoria-Geral da União, ao Tribunal de Contas da União, à Procuradoria da República no Distrito Federal, e em especial à CPI da Pandemia com o compartilhamento de provas. E sugere o prazo de 90 dias para as providências solicitadas.

Sobre as acusações, Bolsonaro diz apenas que não desembolsou “nem um centavo” para a compra do imunizante indiano. Mas nesta semana, o Ministério da Saúde e a Controladoria-Geral da União anunciaram a suspensão do contrato a Precisa Medicamentos até que os fatos sejam apurados.


Pazuello é alvo do MPF

O Ministério Público Federal (MPF) enviou à Justiça uma ação contra o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que responderá por danos ao patrimônio público e violação aos princípios da Administração na gestão da pandemia. De acordo com reportagem publicada pelo portal UOL, a ação, que tramita provisoriamente em segredo de justiça por conter documentos protegidos por sigilo legal, aponta quase 122 milhões de reais de dano aos órgãos de administração pública. O MPF pede o ressarcimento integral do prejuízo mais pagamento de multa de até duas vezes o valor do dano.

Além da devolução dos valores e da multa, o MPF pede que Pazuello perca a função pública, os direitos políticos por até oito anos e a proibição de contratar com o Poder Público. Embora tenha deixado o comando do Ministério da Saúde, Pazuello ocupa atualmente o cargo de Estudos Estratégicos da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

Fonte: EL PAÍS Brasil


UOL

A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu hoje ao STF (Supremo Tribunal Federal) a instauração de um inquérito para apurar se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prevaricou no processo de compra da vacina Covaxin. O presidente foi alvo de uma notícia-crime apresentada por senadores. Leonardo Sakamoto, colunista de política do UOL, e Wallace Corbo, professor de Direito da FGV-Rio, explicaram os impactos do pedido no governo federal e na conjuntura econômica.

Assista ao VÍDEO



No Twitter


 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

STF envia notícia-crime contra Bolsonaro à PGR por indicar cloroquina


Documento foi enviado à ministra pelo PDT, que acusa o presidente de praticar crimes ao incentivar uso de cloroquina



A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo incentivo e a compra de cloroquina para tratamento contra Covid-19. O documento foi enviado à PGR na última semana.

O documento foi elaborado pelo PDT, partido da oposição, e acusa Bolsonaro de praticar crimes ao indicar excessivamente o uso do medicamento e usar dinheiro público para produzir o remédio, mesmo sem comprovação científica sobre a eficácia do medicamento.

A ação cita dois crimes do Código Penal Brasileiro. O primeiro deles está descrito no art.132: “expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente”, com detenção de 3 meses a 1 ano prevista.


  • “Ao prescrever medicamento sem indicação científica para a doença, o senhor Jair Messias Bolsonaro pôs em perigo a vida dos brasileiros que ingeriram uma droga contraindicada em diversos casos clínicos”, afirmou o partido.

O documento também cita a “má utilização dos recursos públicos nos gastos com a produção da cloroquina” pelo Exército Brasileiro. De acordo com o partido, a situação é crime e está descrita no artigo 315 do Código Penal: “dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei”. Para esses casos, a legislação brasileira prevê detenção de 1 a 3 meses ou multa.

“Trata-se de petição por meio da qual o Partido Democrático Trabalhista noticia o cometimento, em tese, pelo presidente da República, dos crimes capitulados nos artigos 132 e 315 do Código Penal e no artigo 89 da Lei nº 8.666/1993. Determino a abertura de vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, a quem cabe a formação da opinio delicti em feitos de competência desta Suprema Corte, para manifestação no prazo regimental. Com o parecer ministerial, voltem conclusos. Brasília, 11 de fevereiro de 2021, disse Weber no documento.

Agora, o procurador-geral da República, Augusto Aras, deve decidir se pede abertura de inquérito no STF para apurar os fatos, se utiliza o documento em outras investigações sobre o uso da cloroquina ou se arquiva a acusação.


Compra de cloroquina

No documento, o PDT afirma que o governo federal usou diversos órgãos da Administração Pública para incentivar o uso do remédio. A ação cita que o Ministério da Saúde publicou um guia com orientações para o uso, compra e distribuição do medicamento.

A sigla também ressalta que o Ministério da Economia reduziu a zero o imposto de importação em remessas aéreas de até R$ 55 mil (U$ 10 mil) e articulou outras ações para baixar o custo de importação do remédio.

Órgãos como os ministérios das Relações Exteriores; da Defesa; e da Ciência, Tecnologia e Inovações também aparecem na lista de pastas que elaboraram ações de incentivo e facilitação da distribuição do remédio.

Até janeiro de 2021, os gastos da União com cloroquina, ivermectina, azitromicina e outros medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19 somavam R$ 89,5 milhões, conforme mostra levantamento da BBC Brasil.

Além disso, a compra de insumos para a produção de cloroquina pelo Exército brasileiro é investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Em maio de 2020, as Forças Armadas compraram o produto por um valor 167% mais caro do que havia adquirido nos dois meses anteriores.

Mesmo com o aumento no valor do produto, o governo não buscou outras empresas para realizar orçamentos, e decidiu seguir com a compra na empresa.

Fonte: Metrópoles


CNN Brasil

STF envia notícia-crime contra Bolsonaro à PGR por indicar cloroquina

Assista ao VÍDEO


Comentários Facebook