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sábado, 5 de junho de 2021

Vacina da Pfizer tem menor eficácia contra a variante indiana da covid

 

Análises com o sangue de 250 voluntários que receberam a vacina da Pfizer/BioNTech mostraram resposta de defesa mais baixa para a variante Delta do Sars-CoV-2. Cientistas defendem administração rápida da segunda dose e reforço a pacientes vulneráveis, como idosos


Médica aplica dose do imunizante da Pfizer/BioNTech em idosa da Malásia, durante megacampanha de vacinação em Kuala Lumpur - (crédito: Mohd Rasfan/AFP )

Testes feitos com o sangue de pessoas imunizadas com a vacina da empresa norte-americana Pfizer demonstraram uma resposta de defesa mais baixa para a variante Delta do vírus Sars-CoV-2, descoberta pela primeira vez na Índia. As análises laboratoriais foram realizadas por um grupo de cientistas britânicos e envolveram amostras do sangue de mais de 200 pessoas que receberam o fármaco. Os voluntários foram expostos, ainda, a outras quatro cepas do novo coronavírus. O estudo, publicado pela última edição da revista especializada The Lancet, também demonstrou que os níveis de anticorpos neutralizantes — células de defesa do corpo que combatem o patógeno — diminuem com o aumento da idade e com o passar do tempo. Os especialistas defendem mais pesquisas para corroborar os resultados, mas sugerem a aplicação futura de uma dose de reforço do imunizante em pessoas mais vulneráveis, como os idosos.

As variantes testadas pelos cientistas foram fornecidas pelos laboratórios do Sistema Nacional de Saúde (NHS, em inglês), no Reino Unido. Outra empresa britânica que busca avaliar respostas vacinais às variações genéticas sofridas pelo Sars-CoV-2 coletou as amostras sanguíneas dos imunizados. “Utilizamos material colhido em um grupo de 250 pessoas saudáveis que receberam uma ou duas doses da vacina Pfizer-BioNTech contra a covid-19. Todos esses indivíduos são profissionais de saúde e membros de equipes de instituições médicas que têm doado regularmente para os pesquisadores, com o objetivo de rastrear mudanças no risco de infecção e na resposta à imunização”, explicaram os autores da pesquisa.

Ao utilizarem uma técnica de avaliação apurada — chamada de neutralização viral de alto rendimento — desenvolvida pelo próprio grupo de pesquisa, os investigadores testaram a capacidade dos anticorpos de bloquear a entrada do vírus nas células contra cinco variantes diferentes de Sars-CoV-2: a cepa original, descoberta pela primeira vez na cidade de Wuhan, na China; a variante dominante na Europa durante a primeira onda, em abril de 2020, chamada de D614G; a variante descoberta pela primeira vez em Kent, no Reino Unido (Alpha); a cepa que surgiu inicialmente na África do Sul (Beta); e a mais nova variante de “preocupação”, descoberta pela primeira vez na Índia (Delta).


Resultados

Os pesquisadores descobriram que nas pessoas totalmente vacinadas com duas doses da vacina Pfizer-BioNTech, os níveis de anticorpos neutralizantes eram mais de cinco vezes menores contra a variante Delta em comparação com a cepa original do vírus. Eles também viram que em pessoas que receberam apenas uma dose do imunizante a resposta de anticorpos neutralizantes foi ainda mais baixa para três das cepas testadas, em comparação com a variante original do vírus. “Após uma única dose desse imunizante, 79% dos vacinados tiveram uma resposta expressiva de anticorpos neutralizantes contra a cepa original, mas esse número caiu para 50% para a variante Alpha, 32% para a Delta e 25% para a Beta”, ressaltaram. Os especialistas destacam que os níveis de anticorpos diminuíram com a idade contra todas as variantes, porém, nenhuma correlação foi observada com o sexo ou o índice de massa corporal (peso) dos vacinados.

Segundo os cientistas, apenas os níveis de anticorpos não predizem a eficácia da vacina contra o vírus, pois outras células do sistema imunológico agem nessa defesa. Eles creem que diminuir o intervalo entre a administração das duas doses do imunizante americano possa ser uma estratégia positiva para evitar um aumento do contágio da população, além do uso de dose de reforço para pessoas mais vulneráveis que foram imunizadas. “O mais importante é garantir que a proteção da vacina permaneça alta o bastante para manter o maior número possível de pessoas fora do hospital. Nossos resultados sugerem que a melhor maneira de fazer isso é administrar rapidamente uma segunda dose e fornecer um reforço para aqueles cuja imunidade pode não ser alta o suficiente contra essas novas variantes”, explicou Emma Wall, consultora de Doenças Infecciosas do Instituto de Pesquisa Francis Crick, no Reino Unido, e autora do estudo. “Esse vírus provavelmente ainda existirá por algum tempo, então precisamos permanecer ágeis e vigilantes.”


AstraZeneca para maiores de 45 anos

Ontem, o Ministério da Saúde do Chile informou que, depois de um caso de trombose de um homem de 31 anos, decidiu aplicar a vacina contra covid-19 da empresa AstraZeneca apenas em pessoas com mais de 45 anos. De acordo com o órgão, o homem apresentou o problema de saúde após receber a primeira dose do imunizante. No entanto, não há comprovação de que a vacina seja a responsável pela enfermidade. “Como medida preventiva, decidiu-se alterar a idade de administração da vacina até a obtenção dos resultados da investigação”, informou o ministério.


Confiança em alta

Uma pesquisa britânica com voluntários de mais de 15 países revelou alta confiança da população nas vacinas contra covid-19. A investigação também mostrou níveis consideráveis de preocupação quanto aos possíveis efeitos colaterais dos imunizantes. Os especialistas chegaram aos resultados depois de entrevistarem mais de 60 mil pessoas entre os meses de março e maio deste ano, por meio de plataformas virtuais.

No trabalho, os especialistas pediram que os mais de 68 mil avaliados respondessem a uma série de perguntas relacionadas à vacinação contra o novo coronavírus. Os resultados mostraram uma variação entre as nações avaliadas, mas, no geral, a confiança é alta, com mais de 50% dos entrevistados dizendo que confiam nas vacinas contra o coronavírus, exceto na Coreia do Sul e no Japão (47%). Os cidadãos do Reino Unido lideraram o ranking, com quase 9 em cada 10 afirmando que acreditam nas vacinas (87%), seguidos pelos israelenses (83%).

Ao serem perguntados sobre as marcas de imunizantes que “preferem”, os avaliados que ainda não tinham sido vacinados responderam, em sua maioria, que a vacina da empresa Pfizer era a que eles mais confiavam (em 9 dos 15 países participantes). Em relação às respostas de desconfiança dos imunizantes, os especialistas observaram que os motivos mais comuns citados pelos entrevistados foram a falta de confiança nos testes e os riscos de efeitos colaterais.

Os especialistas acreditam que os dados possam ser usados em campanhas de incentivo à imunização. “É vital que os líderes ouçam essas preocupações e tratem delas com urgência, para que mais pessoas estejam dispostas a aceitar essas vacinas que salvam vidas”, declarou Ara Darzi, codiretor do Instituto de Inovação em Saúde Global, no Reino Unido, e um dos autores do estudo, feito em parceria com Imperial College London.

Fonte: Correio Braziliense 


RIT Notícias

Vacina da Pfizer tem eficácia "levemente menor" contra variante indiana

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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Acreditem: postos do DF já cobram R$ 5,199 pelo litro da gasolina


Os donos de postos jogam a culpa dos recentes aumentos da gasolina nos impostos e na Petrobras, que vem corrigindo os valores nas refinarias, mas é certo que alguns empresários estão passando dos limites. Há gasolina sendo vendida a R$ 5,199 o litro, como na 314 Norte, em Brasília.




Quando se deparam com esses preços, muitos motoristas estão dando meia-volta e procurando postos onde a gasolina esteja sendo comercializada a valores mais acessíveis. Infelizmente, não dá para fugir muito, pois os combustíveis ficaram mais caros em todo o Distrito Federal.

“Está uma loucura”, diz o motorista de transportes por aplicativos Mário Gomes, 41 anos. “Estou trabalhando no limite. Rodo com o tanque quase vazio, sempre procurando preços menores para abastecer”, ressalta. “É questão de sobrevivência. Gasolina acima de R$ 5 o litro é inaceitável.”

Gomes diz que, nas suas andanças, pode perceber que alguns postos de Águas Claras, às marges da Estrada Parque Taguatinga Guará (EPTG), e do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), decidiram fazer promoções no fim de semana.

Assim, o litro da gasolina, que, nesses postos, estava sendo vendido por R$ 4,959, pode ser encontrado por R$ 4,659. “Estamos falando de uma diferença de R$ 0,30 por litro. No meu caso, que rodo mundo, é uma economia e tanto”, afirma.

Ninguém, no entanto, espera um alívio maior e imediato nos preços da gasolina a curto prazo. A Petrobras já avisou que, enquanto o dólar e as cotações do petróleo no mercado internacional continuarem subindo, repassará esse custo extra aos consumidores.

Fonte: Correio Brasiliense / Blog do Vicente


Emanuel Cancella


Caminhoneiros dia 1º vão parar contra os aumentos do diesel. Quem vai lutar pela gasolina, gás?

 

domingo, 30 de junho de 2019

Procurador confirma autenticidade de mensagens sobre Moro



Sérgio Moro e Dallagnol questionam os diálogos publicados pelo The Intercept.

  • Procuradores teriam demonstrado preocupação com o fato de Moro marcar encontros com Bolsonaro após o resultado das eleições

Em nota divulgada no final da tarde deste sábado (29/6), a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) "alerta a sociedade sobre a impossibilidade de considerar como verdadeiras" mensagens divulgadas pelo site The Intercept em que procuradores da República fazem críticas ao ministro Sérgio Moro. Ouvido pelo Correio Braziliense, um procurador, porém, confirma, que as mensagens sobre Moro são verdadeiras.

Integrantes da força-tarefa da Lava-Jato revelam preocupações com a possibilidade de que o então juiz Sérgio Moro aceitasse convite para compor a equipe de ministros do presidente Jair Bolsonaro.

Nas mensagens publicadas, a procuradora Monique Cheker critica a condução dos processos da Lava-Jato pelo ministro na época em que ele era juiz no Paraná. "Moro viola sempre o sistema acusatório e é tolerado por seus resultados", teria dito Monique. Em um grupo no aplicativo Telegram, os procuradores teriam demonstrado preocupação com o fato de Moro marcar encontros com o presidente Jair Bolsonaro após o resultado das eleições do ano passado.

Um dos que participam do diálogo é o procurador Alan Mansur, coordenador da Lava-Jato no Pará. Ele revela temor com a ida de Moro para o Ministério da Justiça. "Tem toda a técnica e conhecimento para ser um excelente ministro da Justiça. E tentar colocar em prática tudo que ele acredita. Porém, o fato de ter aceitado, neste momento, entrar na política e desta forma, é muito ruim pra imagem de imparcialidade do sistema de justiça e MP em geral”, disse.

Minutos antes da reportagem entrar no ar, o jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept, apresentou a reprodução de uma conversa, citando o procurador Ângelo Goulart Villela. A matéria publicada, porém, citou na verdade Ângelo Augusto Costa, um homônimo. Pelo Twitter, Sérgio Moro afirmou que as controvérsias da publicação revelam que as mensagens não ocorreram. "Isso só reforça que as mensagens não são autênticas e que são passíveis de adulteração. O que se tem é um balão vazio, cheio de nada. Até quando a honra e a privacidade de agentes da lei vão ser violadas com o propósito de anular condenações e impedir investigações contra corrupção?", disse.

No posicionamento divulgado, a ANPR ressaltou a "preocupação quanto à divulgação de mensagens atribuídas a integrantes do Ministério Publico Federal com indícios de terem sido adulteradas e de serem oriundas de crime cibernético". A entidade destacou ainda que se "manterá implacável na defesa das prerrogativas funcionais dos procuradores da República, garantidas pela Constituição para que eles possam defender, com independência e autonomia, a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses sociais e individuais indisponíveis".


Veracidade


Ao Correio, um dos procuradores que estava no grupo em que ocorreram as conversas, disse, sob a condição de anonimato, que os trechos divulgados são verdadeiros. “Me recordo dos diálogos com os procuradores apontados pelo site. O grupo não existe mais. No entanto, me lembro do debate em torno do resultado das eleições e da expectativa sobre a ida de Moro para o Ministério da Justiça", disse.

O integrante do Ministério Público Federal (MPF) também declarou que conseguiu recuperar parte do conteúdo. "Consegui recuperar alguns arquivos no celular. Percebi que os trechos divulgados não são de diálogos completos. Tem mensagens anteriores e posteriores às que foram publicadas. No entanto, realmente ocorreram. Não posso atestar que tudo que foi publicado até agora é real e não sofreu alterações. No entanto, aquelas mensagens que foram publicadas ontem (sexta) são autênticas”, completou.


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