Cansada, com problemas de saúde e ameaçada de morte, a estrela mais vistosa entre os evangélicos da gestão já avisou ao presidente que quer sair
Veja - A ministra Damares Alves é a estrela mais vistosa da
constelação de evangélicos do universo político. Há alguns dias, ela se reuniu
com o presidente Jair Bolsonaro para discutir seu futuro. Depois de fazer um
balanço das atividades do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos, Damares comunicou que vai deixar o cargo. Alega que está cansada e
precisa cuidar da saúde, que anda debilitada.
Desde que assumiu o comando da Pasta, há quatro meses, a
ministra enfrenta uma rotina estressante — mas com um ingrediente incomum:
Damares recebe ameaças de morte. Com isso, ela abandonou sua residência, em
Brasília, e passou a morar num hotel, cujo endereço é mantido em segredo. Por
recomendação do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República
(GSI), Damares também não costuma antecipar a agenda, circula pela cidade
escoltada e um segurança fica postado na entrada de sua sala durante todo o
expediente.
As informações estão em reportagem da edição de VEJA desta
semana. Na manhã desta sexta-feira, 3, após a publicação da matéria, a ministra
divulgou a seguinte nota: “Informo que não pretendo sair do governo”.
Conforme registra a reportagem, Damares informou a Bolsonaro
que deixará o ministério apenas quando tiver concluído a revisão dos principais
programas da Pasta. A ministra explicou ao presidente que não tem mais
condições físicas e emocionais para suportar por muito mais tempo as demandas
que o cargo impõe. Bolsonaro, ao ouvir as queixas, desdenhou: “Você vai sair,
mas daqui a quatro anos”. A ministra avisou que permanecerá no cargo, no
máximo, até dezembro deste ano.
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