O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli disse que os inquéritos que investigam fake news e manifestações contra a Corte e o Congresso Nacional apontaram que as ações foram financiadas com verba internacional.
A afirmação foi feita em entrevista concedida na noite desse
domingo (21.fev.2021) ao Canal Livre,
da TV Bandeirantes. Toffoli não detalhou quem são os responsáveis
pelo financiamento e como os pagamentos foram feitos.
“Esse inquérito que combate as fake news e os
atos antidemocráticos já identificou financiamento estrangeiro internacional a
atores que usam as redes sociais para fazer campanhas contra as instituições,
em especial o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional”, disse.
O ministro afirmou que a prática serve para “desestabilizar
a democracia” no Brasil. Segundo ele, os crimes não foram cometidos
por um “grupo de malucos”.
“Há uma organização por trás disso, que ataca inclusive a
imprensa tradicional e séria”, disse.
“A história do país mostrou ao que isso levou no passado.
Financiamento a grupos radicais, seja de extrema direita, seja de extrema
esquerda, para criar o caos e desestabilizar a democracia em nosso país”,
afirmou Toffoli.
PF NÃO SUGERE INDICIAMENTO POR ATOS
A Polícia Federal disse, em janeiro, que não encontrou elementos suficientes para indiciar pessoas pelo
financiamento ou pela participação nas manifestações contra o Congresso e o STF no 1º
semestre de 2020.
A corporação enviou o relatório com as diligências do
inquérito ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que conduz o caso, e à PGR
(Procuradoria Geral da República).
O trabalho da PF no inquérito incluiu a intimação do ex-ministro Sergio Moro e depoimentos de 2 filhos do presidente Jair Bolsonaro: o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ)
e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
A corporação também cumpriu mandados de busca e apreensão
contra deputados bolsonaristas, blogueiros e militantes, como Sara
Giromini, conhecida como Sara Winter, presa em uma ação dentro do mesmo
inquérito.
Em um dos atos, em 19 de abril de 2020, o presidente Jair
Bolsonaro participou –e discursou por 2 minutos e 30 segundos.
A manifestação teve como uma das pautas a defesa do AI-5 (Ato
Institucional 5), de 1968, uma das medidas mais drásticas da ditadura
militar.
INQUÉRITO DAS FAKE NEWS FOI ABERTO POR
TOFFOLI
O processo que apura a disseminação de conteúdo falso na
internet e ameaças a magistrados foi aberto de ofício (iniciativa própria) por Toffoli.
A decisão unilateral motivou questionamentos, já que na
maior parte das vezes o Judiciário só age quando provocado por alguém
competente ou pela PGR (Procuradoria Geral da República). O plenário,
entretanto, validou o inquérito.
As investigações atingem aliados do presidente Jair
Bolsonaro. Em 27 de maio, a Polícia Federal cumpriu dezenas de mandados de busca e apreensão em
endereços de empresários, congressistas e influenciadores ligados ao
bolsonarismo em vários Estados. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre
de Moraes. Foi a principal diligência do inquérito.
Fonte: Poder360
Band Jornalismo
STF identifica financiamento internacional
Convidado do Canal Livre que foi ao ar neste domingo, o
Ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli deu em primeira mão para a
Band uma importante notícia sobre o inquérito das fake news.
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