Jair e Michelle Bolsonaro - Foto: Carolina Antunes/PR
Nota da Secom, que diz que partiu da própria Marfrig
procurar o Pátria Voluntária, contraria informações da empresa, que diz ter
sido orientada pela Casa Civil a destinar o dinheiro para programa de Michelle
Bolsonaro
Em nota divulgada na noite desta quinta-feira (2), a
Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto (Secom) afirma que o repasse de R$ 7,5 milhões doados pelo frigorífico Marfrig ao
programa Pátria Voluntária, presidido por Michelle Bolsonaro, se deu porque
o Ministério da Saúde não precisava, em maio, de mais de testes para detectar
os infectados pela Covid-19.
“A empresa Marfrig teve a intenção de doar para o Ministério
da Saúde R$ 7,5 (sete e meio milhões de reais) para compra de testes rápidos
para a Covid-19, em março do corrente ano. A legislação em vigor impede que o
referido ministério receba recursos privados e, em maio, o órgão declinou da
doação porque não precisava mais dos equipamentos”, diz a nota.
Segundo a Secom, partiu da própria Marfrig a iniciativa de
procurar “o Pátria Voluntária e optou por repassar a doação ao programa para
atender às necessidades de entidades sociais a elas vinculadas”.
Reportagem desta sexta-feira (2) da Folha de S.Paulo, diz, no entanto, que em nota a Marfrig
afirma que no dia 20 de maio, dois meses após o anúncio de sua doação para os
testes de Covid-19, a Casa Civil enviou “comunicação oficial” com detalhes
sobre o programa de voluntariado e informando que os valores doados deveriam
ser depositados numa conta da Fundação do Banco do Brasil, gestora dos recursos
do Pátria, “com fim específico de aquisição e aplicação de testes de Covid-19”.
“Dias depois, a Marfrig realizou a transferência bancária do
valor proposto, de acordo com as orientações da Casa Civil”, relatou a empresa
à Folha, contrariando a nota da Secom.
Fonte: Revista Fórum
Além de repasses de Queiroz na conta pessoa física, Michelle
Bolsonaro pessoa jurídica recebeu R$ 7,5 milhões para usar através do programa
Pátria Voluntária. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, a quantia
repassada por Bolsonaro à primeira dama foi doada, em março, pelo frigorífico
Marfrig para compra de 100 mil testes da Covid. Entretanto, em julho, o
presidente teria consultado a empresa sobre o uso do dinheiro em outras ações e
despachado a verba para o projeto Arrecadação Solidária, vinculado ao Pátria
Voluntária, que já repassou cerca de R$ 240 mil
à instituições missionárias
evangélicas aliadas da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares
Alves. Os repasses de doações privadas foram realizados sem edital de
concorrência.
Mesmo pressionado pela descoberta de cheques no valor de R$
89 mil de Fabrício Queiroz nas contas Michelle, Bolsonaro omite explicações.
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terá também a participação da correspondente do Fórum em Nova Iorque, Heloisa
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