Em post no Facebook, Jair Bolsonaro ironizou a Globo e
cobrou que a emissora divulgue em sua atração de domingo a delação do doleiro
que disse que entregava cerca de US$ 300 mil mensais aos donos da Globo
247 – Enquanto a Globo noticia em seus
telejornais o esquema de corrupção do clã Bolsonaro, conhecido como "rachadinha",
que consiste no desvio de salários de servidores da Alerj e do Congresso
Nacional para despesas pessoais do clã presidencial, Jair Bolsonaro usou seu facebook, neste sábado, para cobrar da Globo uma
reportagem do Fantástico sobre a delação de Dario Messer, que disse que
entregava cerca de US$ 300 mil mensais aos donos da Globo. "Aguardando
reportagem do Fantástico", postou Bolsonaro nesta tarde.
No acordo de delação premiada homologado pela Justiça
Federal do Rio de Janeiro, Dario Messer, conhecido como o "doleiros dos
doleiros" contou ao Ministério Público Federal do Rio que fez entregas
regulares de dólares em espécie para a família Marinho, dona da Rede Globo.
De acordo com reportagem da revista Veja, publicada nesta
sexta-feira (14), Messer disse aos procuradores que a entrega dos pacotes de
dinheiro acontecia dentro da sede da Rede Globo, no Jardim Botânico.
"Messer diz que um funcionário de sua equipe entregava de duas a três
vezes por mês quantias que oscilavam entre 50 000 e 300 000 dólares", diz
a revista.
Ao MPF-RJ, o doleiro não apresentou provas das acusações.
Ele disse que as operações com a família Marinho se iniciaram nos 1990 e eram
feitos por intermédio de Celso Barizon, supostamente gerente da conta da
família no banco Safra de Nova York.
Pelo acordo de delação premiada, Dario Messer se comprometeu
a devolver aos cofres públicos cerca de R$ 1 bilhão. Ele ficará ainda com R$ 3
milhões e um apartamento no Leblon, no Rio de Janeiro.
De acordo com o delator, a pessoa que recebia o dinheiro na
Globo era um funcionário identificado por ele como José Aleixo. "O doleiro
sustenta em depoimento que os destinatários do dinheiro seriam os irmãos
Roberto Irineu (Presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo) e João
Roberto Marinho (vice-presidente do Grupo Globo)", diz a Veja.
Em nota à revista, a Rede Globo negou que Roberto Irineu e
João Roberto Marinho nunca tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras
no exterior e nunca realizaram operações de câmbio não declaradas às
autoridades.
Delação premiada homologada de doleiro Dario Masser afirma que entregava dólares aos Marinhos, donos da Rede Globo, operação que começou na década de 90, com valores variando de 50 mil a 300 mil por mês.— POLITZ (@PolitzOficial) August 14, 2020
Em nota, os irmãos Marinho negaram as acusações.https://t.co/HlfCNsBVoP
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