Apontado como entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, Carlos Alexandre de Souza Rocha disse em delação premiada homologada pelo STF na Operação Lava Jato ter levado a quantia no segundo semestre de 2013 a um diretor da UTC no Rio de Janeiro chamado Miranda, que lhe disse que o montante teria como destino o senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG), que foi derrotado na disputa presidencial do ano passado; segundo Rocha, Miranda "estava bastante ansioso" pelos R$ 300 mil, o que lhe causou estranheza; o diretor contou que "não aguentava mais a pessoa" lhe "cobrando tanto"; Rocha teria perguntado quem era e Miranda respondeu Aécio Neves, de acordo com o delator; por meio de sua assessoria, o tucano chamou de "absurda" a citação de Rocha; anteriormente, Aécio já havia sido citado pelo próprio Youssef como responsável por um mensalão em Furnas
Denúncia sobre propina foi manchete do portal do grupo Folha por volta de 6h, mas às 8h já tinha desaparecido misteriosamente; depois que leitores notaram o sumiço da matéria, ela reapareceu na home do site, por volta de 9h; no jornal impresso, reportagem que noticia o recebimento de R$ 300 mil da empreiteira UTC pelo senador tucano mereceu apenas nota de rodapé
O Gabinete Militar de Minas Gerais abriu um inquérito para apurar o desaparecimento de dados das planilhas dos vôos do governo Aécio Neves, entre 2003 e 2010, informa um membro do Ministério Público de MG.
O caso acontece na mesma semana da denúncia do entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, o qual, em delação premiada, afirmou que levou R$ 300 mil a um diretor da UTC em 2013. Esse diretor lhe disse que o montante ia para Aécio Neves.
As viagens foram tema de uma série de reportagens no DCM. As quatro aeronaves de Minas — dois jatos, um Citation e um Learjet, um helicóptero Dauphin e um turboélice King Air — foram utilizadas mais de 1400 vezes naquele período.
Em 198 ocasiões, Aécio não estava presente. Um decreto de 2005, assinado por ele, determina que o uso do equipamento destina-se “ao transporte do governador, vice-governador, secretários de Estado, ao presidente da Assembleia Legislativa e outras autoridades públicas ou agentes públicos, quando integrantes de comitivas dos titulares dos cargos”. Tudo “para desempenho de atividades próprias dos serviços públicos.”
Sem a presença de Aécio, os aviões e o héliceptero serviram para transportar, entre outros, Luciano Huck, FHC, José Wilker, Milton Gonçalves, Boni, Roberto Civita, Ricardo Teixeira, a irmã Andrea Neves, o primo Quedo e outros parentes e amigos.
José Serra e Geraldo Alckmin também passearam. Há na relação “Roberto Marinho”, que andou na companhia de Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB. A advogada de Roberto Irineu Marinho, um dos donos da Globo, afirmou ao DCM que não se trata dele.
A lista foi obtida através da Lei de Acesso à Informação. Em seu primeiro formato, ela fornecia detalhes como ano, data, solicitante, passageiros, origem, destino e custo. Veja abaixo:
Acima, vê-se que Roberto Civita, dono da Abril morto em 2013, foi a Brumadinho com a mulher. Tudo às custas do contribuinte das Gerais. Ali fica localizado o museu de Inhotim.
Segundo a assessoria de Aécio, o empréstimo do Dauphin “atendeu o objetivo de divulgar o Museu de Arte Contemporânea apresentando-o a um dos maiores empresários de comunicação do país”. A “prova” é uma matéria laudatória na Veja. Então tá.
Na nova “formatação” das fichas, sumiram dados como a aeronave usada e quem estava a bordo. Ficaram apenas o “solicitante” (sempre o governador) e o destino.
Ao DCM, a assessoria de imprensa do governo de MG contou que também está apurando o que pode ter acontecido com os relatórios originais.
GOVERNO QUITA 'PEDALADAS' E DEIXA GOLPISMO SEM ARGUMENTO
" E AGORA ARNALDO?!" ririririririririririri.......
ririririririri....
Ministério da Fazenda, comandado por Nelson Barbosa, informou que pagou nesta quarta-feira, 30, R$ 72,375 bilhões em repasses atrasados junto ao Banco do Brasil, BNDES e FGTS, quitando assim o passivo levantado pelo Tribunal de Contas da União sobre as chamadas "pedaladas fiscais"; segundo o ministério, do total, R$ 55,572 bilhões se referem a passivos de 2014 e R$ 16,803 bilhões a obrigações de 2015; o atraso nos repasses para bancos públicos é o principal argumento do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff