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sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Impressionante: embrião superconservado é encontrado dentro de ovo de dinossauro fossilizado


Um embrião encontrado dentro de um ovo de dinossauro fossilizado levou a um novo estudo sobre a ligação entre o comportamento dos pássaros modernos e dos reptilianos dizimados em uma grande extinção em massa



Publicada na edição desta terça-feira (21) da revista científica iScience, a pesquisa descreve a descoberta do embrião, que tem entre 72 e 66 milhões de anos e foi apelidado de Baby Yingliang.


LiveScience

Meet Baby Yingliang, A 70 Million-Year-Old Dinosaur That Never Hatched

Assista ao VÍDEO


Liderada por cientistas da Universidade de Birmingham e da Universidade de Geociências da China, em Pequim, a equipe de pesquisa contou com especialistas de instituições chinesas, britânicas e canadenses.

Encontrado em rochas do Cretáceo Superior localizadas em Ganzhou, no sul da China, o ovo pertence a um dinossauro terópode desdentado, ou oviraptorossauro. Entre os embriões de dinossauros mais completos já encontrados, o fóssil sugere que esses dinossauros desenvolveram posturas de pássaros perto da eclosão.


Postura do embrião é semelhante a de fetos de pássaros modernos

De acordo com os cientistas, a postura do bebê Yingliang é única entre os embriões de dinossauros conhecidos – sua cabeça está posicionada abaixo do corpo, com um pé de cada lado e as costas curvadas ao longo da extremidade cega do ovo. Antes não reconhecida em dinossauros, essa postura é semelhante à dos embriões de pássaros modernos.

Nos pássaros modernos, segundo os pesquisadores, essas posturas estão relacionadas à “dobra” – um comportamento controlado pelo sistema nervoso central e fundamental para o sucesso da incubação. 

Depois de estudar ovo e embrião, os pesquisadores acreditam que esse comportamento de pré-eclosão, antes considerado exclusivo das aves, pode ter se originado entre terópodes não-aviários.

Cientistas fazem animação para simular como seria o embrião com base no fóssil encontrado. Imagem: Masato Hattori, Kohei Tanaka, Lida Xing

Com estimativa de 27 cm de comprimento da cabeça à cauda, ​​a criatura, que está abrigada no Museu de História Natural de Yingliang, encontra-se dentro de um ovo elongatoolitídeo com 17 cm de comprimento.

“Os embriões de dinossauros são alguns dos fósseis mais raros e a maioria deles está incompleta com os ossos deslocados”, disse Fion Waisum Ma, pesquisador Ph.D. da Universidade de Birmingham e primeiro coautor do estudo. “Estamos muito animados com a descoberta de Baby Yingliang – está preservado em ótimas condições e nos ajuda a responder a muitas perguntas sobre o crescimento e reprodução dos dinossauros”.

Para Waisum Ma, “é interessante ver esse embrião de dinossauro e um embrião de galinha posar de maneira semelhante dentro do ovo, o que possivelmente indica comportamentos pré-eclosão parecidos”.


Comportamento considerado exclusivo de pássaros evolui pela primeira vez em dinossauros terópodes

Segundo o pesquisador, o bebê Yingliang foi identificado como um oviraptorossauro com base em seu crânio profundo e arcada sem dentes. Os oviraptorossauros são um grupo de dinossauros terópodes com penas, intimamente relacionados aos pássaros modernos, conhecidos na Ásia e na América do Norte desde o Cretáceo. 

É provável que suas formas variáveis ​​de bico e tamanhos de corpo tenham permitido que adotassem uma ampla variedade de dietas, incluindo herbívora, onívora e carnívora.

As aves são conhecidas por desenvolverem uma série de posturas de encolhimento, nas quais dobram o corpo e colocam a cabeça sob as asas, logo antes de eclodir. Os embriões que não conseguem atingir essas posturas têm uma chance maior de morrer devido à incubação malsucedida.

Ao comparar o bebê Yingliang com embriões de outros terópodes, dinossauros saurópodes de pescoço longo e pássaros, a equipe propôs que o comportamento de dobrar, que era considerado exclusivo dos pássaros, evoluiu pela primeira vez nos dinossauros terópodes há dezenas ou centenas de milhões de anos atrás. 

Descobertas adicionais de fósseis de embriões seriam inestimáveis ​​para testar ainda mais essa hipótese.

Segundo a professora Lida Xing, da Universidade de Geociências da China, coautora do estudo, esse embrião de dinossauro foi adquirido pelo diretor do Grupo Yingliang, Liang Liu, como fósseis de ovos suspeitos por volta de 2000. “Durante a construção do Museu de História Natural de Yingliang, em 2010, a equipe do museu selecionou o armazenamento e descobriu os espécimes”, disse Lida.

“Esses espécimes foram identificados como fósseis de ovo de dinossauro. A preparação de fósseis foi conduzida e, eventualmente, revelou o embrião escondido dentro do ovo. Foi assim que Baby Yingliang foi trazida à luz”, revelou a professora.

“Esse embrião de dinossauro dentro de seu ovo é um dos mais belos fósseis que já vi”, declarou o professor Steve Brusatte, da Universidade de Edimburgo, membro da equipe de pesquisa. “Esse pequeno dinossauro pré-natal se parece com um filhote de pássaro enrolado em seu ovo, o que é mais uma evidência de que muitas características dos pássaros de hoje evoluíram pela primeira vez em seus ancestrais dinossauros”.

Fonte: Olhar Digital


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domingo, 5 de dezembro de 2021

Único eclipse solar total de 2021 é capturado pela NASA na Antártida


O único eclipse solar total de 2021 aconteceu na madrugada deste sábado (4), mas foi visível apenas na Antártida, continente com escasso povoamento humano. A fase parcial do fenômeno começou às 4h da manhã (horário de Brasília) e durou menos de dois minutos em sua etapa completa, às 4h44, de acordo com a Nasa, encerrando-se às 5h06.




 A agência americana transmitiu imagens ao vivo do eclipse, testemunhadas pelos cientistas Theo Boris e Christian Lockwood, da expedição JM Pasachoff. A dupla se encontrava em um ponto de observação na geleira Union, localizada nos montes Ellsworth, na Antártida.

NASA

Weather permitting, NASA TV will air a view of the Dec. 4, 2021, total solar eclipse from Union Glacier, Antarctica. The stream will start at 1:30 a.m. EST (06:30 UTC) and end at 3:37 a.m. EST (08:47 UTC). Totality begins at 2:44 a.m. EST (07:44 UTC).

Assista ao VÍDEO


O eclipse solar acontece quando a Lua passa na frente do Sol e tampa a projeção da estrela. Por conta disso, apenas uma porção da Terra ficou na posição onde é viável ver a sombra projetada. O eclipse total foi visto pela Estação Palmer, da National Science Foundation, com 40 pesquisadores, e na fase parcial, pela Estação McMurdo, que possui cerca de 1.200 pessoas — ambas no continente gelado.



 De acordo com a Forbes, dois voos panorâmicos pela região também estavam programados: um saindo de Santiago, no Chile, e outro de Melbourne, na Austrália. Os preços variavam entre US$ 6.500 (cerca de R$ 36.720 na cotação atual) e US$ 9.100 (R$ 51.415) a fila (com três assentos).


Imagem: Steven McInnerney/Davis Research Station

Próximos eclipses

O eclipse na Antártida foi o último em 2021. O eclipse na Antártida foi o último em 2021. Antes disso, houve um eclipse solar “anular” no Hemisfério Norte, visto em várias cidades da América do Norte.

O próximo eclipse solar acontecerá no dia 30 de abril de 2022 e ficará visível na parte sudeste do Oceano Pacífico e trechos da América do Sul. Outro acontecerá no dia 25 de outubro do mesmo ano e será visível em partes da Europa, nordeste da África, Ásia ocidental e Oriente Médio.

Estes dois, porém, serão eclipses solares parciais, isto é, em que apenas uma parte do Sol é encoberta pela Lua. O próximo eclipse solar total, de fato, é esperado apenas em 2023, cruzando partes da América do Norte e América Central.

Via Space

Imagem: Theo Boris & Christian Lockwood/JM Pasachoff/NASA TV

Fonte: Olhar Digital


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