247 - O Ministério Público Federal afirma que há
fortes indícios do crime de lavagem de dinheiro pelo senador Flávio Bolsonaro
no período em que era deputado estadual no Rio de Janeiro. A investigação do
Ministério Público Federal apurou vários negócios envolvendo Flávio Bolsonaro
em operações de compra e venda de imóveis entre junho de 2005 e maio de 2018 e
analisou 37 transações imobiliárias. Em pelo menos três dessas operações, o
procurador Sérgio Pinel percebeu indícios de irregularidades.
Reportagem do Jornal Nacional da Rede Globo da noite da
terça-feira aponta que a compra de um imóvel no bairro de Laranjeiras, na Zona
Sul do Rio, teve uma das parcelas pagas pelo sargento da Polícia Militar Diego
Sodré de Castro Ambrósio, suspeito de participar do esquema de rachadinha no
gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro.
O procurador observa que o policial teria realizado outras
transações suspeitas, movimentando quantias em espécie, em suas contas
correntes, incompatíveis com o cargo que ocupa. Outros dois imóveis comprados
por Flávio Bolsonaro e a esposa dele no bairro de Copacabana também chamaram a
atenção dos investigadores. Em ambos, os imóveis foram vendidos em pouco mais
de um ano com valorização acima de 200%.
É a primeira vez que o Ministério Público Federal se
manifesta claramente sobre as suspeitas de que Flávio Bolsonaro cometeu crimes
em operações imobiliárias.
No Twitter:
O Ministério Público Federal afirma que há fortes indícios do crime de lavagem de dinheiro cometido pelo senador Flávio Bolsonaro. A investigação apurou vários negócios suspeitos do filho do presidente de compra e venda de imóveis. pic.twitter.com/2Zrziwq1hx— Humberto Costa (@senadorhumberto) June 17, 2020
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