Fonte: Sputnik Brasil
Riam Dalati, produtor da rede de comunicações britânica BBC, afirmou nesta quarta-feira, 13, que o vídeo apresentando vítimas do suposto ataque químico na cidade síria de Douma, em abril de 2018, foi encenado.
Rússia declara que ataque químico na Síria foi encenação debritânicos | SBT Brasil
Em declarações no seu Twitter, o jornalista explicou que realmente houve um ataque na região, mas que nenhum composto sarin teria sido usado e seria preciso esperar a conclusão de investigações levadas a cabo pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) para saber se o cloro ou outra substância estaria presente. Segundo ele, todo o restante em torno desse evento teria sido "fabricado" para obter um "máximo efeito" de propaganda.
Truth is @James__Harkin got the basics right in terms of #Douma's "propaganda" value.— Riam Dalati (@Dalatrm) 13 de fevereiro de 2019
The ATTACK DID HAPPEN, Sarin wasn't used, but we'll have to wait for @OPCW to prove Chlorine or otherwise.
However, everything else around the attack was manufactured for maximum effect. https://t.co/abRvSIMV1L
"Depois de quase 6 meses de investigações, eu posso provar sem qualquer dúvida que a cena do Hospital de Douma foi encenada. Nenhuma fatalidade ocorreu no hospital", disse ele. "Todos dos Capacetes Brancos, ativistas e pessoas com as quais eu falei estão ou em áreas de Idlib ou do Escudo de Eufrates. Apenas uma pessoa estava em Damasco."
O polêmico vídeo em questão foi publicado pelo grupo conhecido como Capacetes Brancos, fundado pelo mercenário britânico James Le Mesurier, pouco depois do ataque em Douma, nos arredores de Damasco. A filmagem mostra adultos e crianças, supostos moradores da região, sendo tratados em um hospital local. Segundo Dalati, um dos responsáveis pela gravação seria o médico Abu Bakr Hanan, filiado ao grupo rebelde Jaysh Al-Islam.
"A narrativa era de que 'não havia médicos suficientes', mas havia um filmando e não participando dos esforços de resgate."
#Russia and at least one #NATO country knew about what happened in the hospital. Documents were sent.— Riam Dalati (@Dalatrm) 13 de fevereiro de 2019
However, no 1 knew what really happened at the flats apart from activists manipulating the scene there.
This is why #Russia focused solely on discrediting the hospital scene
"A Rússia e pelo menos um país da OTAN sabiam o que tinha acontecido no hospital. Documentos foram enviados. No entanto, ninguém sabia o que realmente acontecia nos apartamentos além dos ativistas que manipulavam a cena. Por isso, a Rússia se focou apenas em desacreditar a cena do hospital."
Os relatos sobre o ataque e a publicação das filmagens pelos Capacetes Brancos foram seguidos de ataques com mísseis realizados por França, Reino Unido e Estados Unidos, contra supostas instalações de produção de armas químicas em Damasco, embora o governo sírio tenha negado inúmeras vezes qualquer participação no incidente em Douma.
Para o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, as alegações sobre o suposto uso de produtos químicos tóxicos pelo governo sírio teriam como objetivo justificar a ação militar externa contra Damasco. Além disso, antes do incidente em Douma, as Forças Armadas russas já haviam alertado sobre uma provocação que estaria sendo preparada na cidade síria por militantes extremistas.
Netanyahu confirma recente ataque de Israel contra a Síria
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu confirmou que Israel lançou um ataque contra a Síria em 11 de fevereiro.
- "Operamos todos os dias, inclusive ontem [11 de fevereiro] contra o Irã e seus intentos de se entrincheirar na região", afirmou Netanyahu.
O Irã "está lançando ameaças contra nós. No 40º aniversário de sua revolução ameaçou destruir Tel Aviv e Haifa. Disse que não conseguiriam e que, se o tentarem, será o último aniversário que celebram", afirmou o primeiro-ministro israelense.
Irã precisa de 'menos de 12 minutos' para assumir controledo Oriente Médio, diz general
A mídia estatal síria informou na segunda-feira (11) de que os mísseis lançados por tanques israelenses alcançaram um hospital demolido e um posto de observação na província de Quneitra, no sul da Síria, perto da fronteira com Israel.
- "Estamos operando constantemente de acordo com as nossas avaliações e precisamos de evitar que o Irã e seus satélites posicionem bases perto da nossa fronteira norte ou na nossa zona. Fazemos o que é necessário", assinalou Netanyahu na base naval em Haifa.
O ataque de segunda-feira foi dirigido, segundo a mídia israelense, contra as forças do Hezbollah, movimento libanês considerado terrorista por Israel, para o afastar da fronteira israelense.
Se referindo ao Irã, Netanyahu declarou que Israel está "operando através de muitos meios e elementos diferentes contra seus intentos de obter armas nucleares e mísseis balísticos" e de "se entrincheirar na Síria".
Segundo ele, as relações de Israel com outros países do Oriente Médio "são muito boas", exceto com a Síria.
Israel ataca periodicamente a Síria. A última vez foi em janeiro do ano corrente, quando a parte israelense comunicou ter lançado ataques contra armazéns iranianos na Síria e vários sistemas de defesa antiaérea, que abriram fogo contra os aviões que participaram do bombardeio. A ação, a mais devastadora desde maio do ano passado, foi considerada pelos militares israelenses como resposta a uma tentativa registrada na véspera de lançar foguetes contra as colinas de Golã.
Síria: encontrar arsenal de fabricação israelense eamericano com terroristas
O Exército Árabe Sírio encontrou armas da OTAN em um depósito de abandonado pelo Estado Islâmico (EI) na cidade de Mayadin, no leste do país
Donald Trump, In the Flesh, Live from The Wall (Pink Floyd,The Wall Parody)
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