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segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Temor por guerra regional leva países a pedirem que cidadãos deixem o Líbano


Morte de líderes do Hamas e Hezbollah gera apreensão quanto a escalada e possibilidade de um conflito no Oriente Médio


Leo Correa/AP/dpa/picture aliance - Mísseis lançados a partir do Líbano atingem uma área próxima ao Kibutz HaGoshrim, perto da fronteira israelo-libanesa

A medida que cresce o temor de uma escalada nos conflitos no Oriente Médio, países como França, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido, México, Itália e Suíça pediram que seus cidadãos deixem o Líbano. A Suécia foi além e anunciou o fechamento de sua embaixada em Beirute, capital libanesa.

“Encorajamos as pessoas que querem deixar o Líbano a comprar qualquer bilhete disponível, mesmo que o voo não parta imediatamente ou não siga a sua rota preferida”, diz um comunicado da embaixada dos Estados Unidos em Beirute.

Paralelamente, em um contexto de ameaças massivas, as forças de segurança de Israel disseram que estão em alerta máximo e preparados para uma guerra em todas as frentes.



O temor é que além dos grupos Hamas e Hezbollah, outros grupos armados com o apoio de Teerã participem de uma agressão contra Israel, entre eles os Houthis do Iêmen e as milícias leais ao Irã no Iraque e na Síria.

Israel discute possíveis respostas a um ataque concentrado deste tipo. De acordo com a emissora israelense de TV Canal 12, elas incluiriam “a vontade de entrar numa guerra total neste contexto”.

Embora ainda não esteja claro quando estes ataques em grande escala poderiam ocorrer, as declarações de Teerã e do Hezbollah mencionam repetidamente os “próximos dias”.

Caso isso aconteça e Israel seja atacado, poderá contar com o apoio de seu principal aliado: os Estados Unidos, que já se comprometeram a reforçar as suas capacidades de defesa na região. Navios de guerra e caças adicionais seriam enviados para proteger as forças dos EUA e defender Israel, informou o Pentágono.

Na madrugada deste domingo (04/08), Israel foi alvo de mísseis lançados pelo Hezbollah, em uma retaliação a ataques israelenses a aldeias como Kafr Kila e Deir Siriane, no sul do Líbano, nos quais civis ficaram feridos.

De acordo com fontes de segurança libanesas, cerca de 50 foguetes foram disparados contra o norte de Israel a partir do sul do Líbano. Segundo a mídia israelense, muitos foguetes foram interceptados pelo sistema de defesa Domo de Ferro.


Ataques em Teerã e Beirute aumentam tensões

O cenário de uma guerra regional no Oriente Médio eclodiu após a morte de importantes líderes do Hamas e do Hezbollah na semana passada.

Na noite de quarta-feira (31/07), uma explosão em um prédio que pertence ao governo de Teerã, no Irã, matou um dos líderes do Hamas, Ismail Haniyeh. Algumas horas antes, o comandante sênior do Hezbollah, Fouad Shukur, havia sido morto num ataque aéreo em Beirute.

Israel assumiu a responsabilidade pelo ataque a Shukur, mas não reivindicou o ataque que matou Haniyeh. O Irã e o Hamas culpam os israelenses pelos assassinatos.

Israel afirma que Shukur orquestrou o ataque nas Colinas de Golã que matou 12 crianças israelenses no último fim de semana. Shukur também era um veterano do Hezbollah que teve envolvimento nos ataques que provocaram a morte de quase 300 soldados norte-americanos e franceses no Líbano em 1983.

Já Haniyeh é apontado pelo governo israelense como o nome por trás da ofensiva lançada pelo Hamas em 7 de outubro em Israel, no qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas e 250 feitas reféns, e que acabou por desencadear a atual guerra na Faixa de Gaza.


Morte de Haniyeh atrapalham negociações de cessar-fogo

O presidente dos EUA, Joe Biden, e outros membros do governo norte-americano veem como chave para frear a eclosão de um possível conflito regional um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. No entanto, o próprio Biden já disse que a morte de Haniyeh complicou esse cenário.

De acordo com o jornal The New York Times, Biden disse a um jornalista que “isso não ajudou”.

Num telefonema com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o presidente norte-americano comentou que o assassinato de Haniyeh ocorreu num momento inoportuno, noticiou o jornal, citando uma autoridade norte-americana.

A morte ocorreu exatamente no momento em que os EUA esperavam concluir negociações sobre um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Além disso, Biden expressou receios de que a realização da operação em Teerã pudesse desencadear uma guerra regional maior, que ele tentou evitar.

Há meses, as negociações indiretas, que tem EUA, Egito e Catar como mediadores, estão estagnadas. A última rodada de negociações com participantes israelenses no Cairo, neste sábado 903/08), não trouxe nenhum progresso, informou a mídia israelense.


Protestos em Israel

Paralelamente, protestos ocorreram neste sábado em cidades como Tel Aviv, Jerusalém, Haifa. Os manifestantes pressionam por um acordo para libertar os reféns e acusam Netanyahu de bloquear um acordo em Gaza.

Milhares de israelenses marcharam em frente à residência do primeiro-ministro em Jerusalém. “Chegou a hora de um acordo e chegou a hora de eleições [antecipadas]”, gritou o ex-diplomata Eran Etzion à multidão, informou o Times of Israel. Segundo ele, o acordo está em cima da mesa e Netanyahu que o bloquearia “por razões políticas, pessoais e criminais”.

Netanyahu voltou ao poder no final de 2022, em uma coligação com parceiros ultra-religiosos e extremistas de direita que são estritamente contra concessões ao Hamas. A oposição acusa Netanyahu de se apegar aos seus parceiros de coligação para não perder novas eleições o que, se ocorresse, aceleraria o processo de casos de corrupção nos quais o primeiro-ministro estaria implicado.

A guerra na Faixa de Gaza já dura quase dez meses, e Israel empreendeu ações militares massivas na região, que, de acordo com o Ministério da Saúde palestino, já deixaram 39,5 mil mortos.

Redação: Deutsche Welle Bonn

Fonte: Opera Mundi


Times Of India

A vingança estrondosa do Hezbollah abala Israel; 50 ataques consecutivos em Beit Hillel, Alta Galileia

Em uma escalada dramática de tensões, o Hezbollah lançou 50 foguetes Katyusha no norte de Israel após um ataque aéreo israelense no sul do Líbano. O ataque aéreo israelense, que ocorreu em 3 de agosto, teve como alvo e matou o oficial do Hezbollah Ali Nazih Abd Ali, poucos dias após o assassinato do comandante do Hezbollah Fuad Shukr. Shukr, um líder militar sênior e conselheiro de Hassan Nasrallah, foi morto em 30 de julho. A retaliação do Hezbollah incluiu ataques à região de Beit Hillel e ao assentamento da Alta Galileia. Esse aumento na violência destaca o aprofundamento do conflito, com o Hezbollah prometendo severa retaliação pelos recentes assassinatos seletivos de líderes da resistência.




The Cradle

Intercepções sobre assentamentos no norte de Israel depois que o Hezbollah lançou dezenas de foguetes contra Kiryat Shmona.



Guerra 01

Guerra 02


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