Administração do Metrô paulista castigou trabalhadores por simplesmente posar para uma foto com bandeira da Palestina e expressarem solidariedade às vítimas dos bombardeios em Gaza
Uma simples demonstração de solidariedade aos palestinos
vítimas dos bombardeios contra a Faixa de Gaza nos últimos dois meses foi
usada como justificativa para a aplicação de punições contra um grupo de
trabalhadores do Metrô de São Paulo, segundo denúncia do Sindicato dos
Metroviários e Metroviárias de São Paulo.
Um total de dez advertências foram impostas a um grupo de
operadores da Linha 1 Azul que se manifestaram seu apoio posando para uma foto
com a bandeira da Palestina. A iniciativa expressou o posicionamento que foi
aprovado pelo sindicato em recente assembleia da categoria.
Entre os trabalhadores punidos estão dois diretores do
sindicato paulista e uma dirigente da Federação Nacional dos Metroviários
(Fenametro), além de delegadas sindicais recém eleitas.
Reação dos Metroviários
Em comunicado publicado como resposta às advertências, o Sindicato dos Metroviários e Metroviárias acusou o governo estadual paulista, liderado pelo governador de extrema-direita Tarcísio de Freitas, a utilizar “diversas punições arbitrárias e ilegais” como forma de intimidar os trabalhadores.
O sindicato lembra, ademais, que medidas assim também foram utilizadas contra os trabalhadores que participaram da greve realizada no dia 28 de novembro, episódio que rendeu 300 advertências escritas. A paralisação anterior, em 3 de outubro recebeu sanções ainda mais pesadas, com a demissão de oito funcionários, incluindo quatro diretores da entidade sindical e seu vice-presidente, Narciso Soares.
“Isso que demonstra claramente as atitudes anti sindicais (do governo estadual de São Paulo) que ferem o direito constitucional de greve”, afirmam os Metroviários e Metroviárias de São Paulo.
Na ocasião, mais de 300 advertências foram aplicadas contra
aqueles que estiveram presentes na paralização que contou não só com os
metroviários como também com funcionários das empresas CPTM e Sabesp.
Questão palestina
A ofensiva militar de Israel contra a Faixa de Gaza teve
início no dia 7 de outubro e já matou mais de 21 mil civis palestinos,
além de produzir mais de 55 mil pessoas feridas e profundos dados estruturais
no território, com quase a totalidade da sua população desabrigada.
Além das casas, também foram afetados todos os hospitais da
região, que enfrentam escassez de água, medicamentos e eletricidade. Outro
problema enfrentado pela população local é a falta de alimentos e itens de
necessidade básica, cujo abastecimento tem sido racionado pelas forças
militares israelenses.
A crise humanitária na região tem sido um dos temas mais
debatidos no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU), mas seu Conselho de
Segurança não foi capaz de aprovar nenhuma resolução para determinar um
cessar-fogo devido ao poder de veto dos Estados Unidos, que atua como principal
aliado de Israel dentro dessa instância.
A META (Instagram e Facebook) está executando censura sistêmica de conteúdos palestinos - a maior da história.
A @hrw publicou hoje relatório sobre a censura da META de conteúdo pró-Palestina.
Veja 1049 dos 1050 casos analisados eram conteúdos pacíficos (!) - 21 de dez de 2023
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— FEPAL - Federação Árabe Palestina do Brasil (@FepalB) December 22, 2023
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