Conversas gravadas pelo advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho mostra o juiz Bretas combinando penas
Segundo o advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho, Bretas
está longe de ser um juiz imparcial e “se comporta como policial, promotor e
juiz ao mesmo tempo: negocia penas, orienta advogados, investiga, combina
estratégias com o Ministério Público, direciona acordos, pressiona
investigados, manobra processos e já tentou até influenciar eleições, mas
claro, tudo à margem da lei”.
O advogado Nythalmar afirma que tem provas e que vai
apresentar todas elas e, a principal delas, é a gravação de uma conversa entre
ele, o juiz e um procurador da República encarregado da Lava Jato.
Segundo informações da revista Veja, em 2017 os três
discutiam uma estratégia para convencer o empresário Fernando Cavendish a
confessar seus crimes mediante o oferecimento de algumas vantagens jurídicas.
Léo é o procurador Leonardo Cardoso de Freitas, então
coordenador da Lava Jato do Rio de Janeiro.
“E aí deixa comigo também que eu vu aliviar. Não vou botar
43 anos no cara. O cara tá assustado com os 43 anos”, afirmou o juiz.
Posteriormente à conversa obtida por Veja, de fato Cavendish começou a
confessar os seus crimes e mais tarde assinou um acordo de delação premiada com
o Ministério Público. À época, o empresário revelou que gastou milhões em
propinas para políticos. Com isso, ganhou o direito de responder ao processo em
liberdade.
O advogado afirma que, a partir dos áudios apresentados que
o juiz Marcelo Brettas “demonstra de forma inequívoca que o juiz responsável,
juntamente com os membros da força-tarefa, montou um esquema paraestatal,
ilegal de investigação, acusação e condenação
No anexo II do acordo de colaboração, Nythalmar afirma que,
por volta de maio de 2018k, a pedido do filho de Cabral, procurou Bretas com a
proposta de livrar Adriana. O juiz concordou, ajustou os detalhes com o
procurador Eduardo El Hage, então chefe da Laja Jato no estado, e deu
orientações para que Cabral e a ex-primeira-dama redigissem uma carta de
próprio punho “abrindo mão de todo o patrimônio”.
Preso em Bangu 8, Sérgio Cabral passou a confessar seus
crimes a Bretas em junho de 2018. Em agosto do mesmo ano, o magistrado revogou
a prisão domiciliar de Adriana Ancelmo e autorizou que ela respondesse às
acusações em liberdade.
Por fim, o delator informou que tem guardada uma gravação
que “demonstra a participação, ciência e aquiescência de acordo similar” ao do
ex-governador.
Com informações da revista Veja
Fonte: Revista Fórum
No Twitter
The last remaining Lava Jato investigation, in Rio de Janeiro, is also falling into disgrace as Judge Marcelo Bretas (shown here eating popcorn with disgraced Lava Jato Curitiba judge Sergio Moro) is accused of negotiating sentences and illegal collusion with prosecutors. pic.twitter.com/cLxwGUvB3W
— BrianMier (@BrianMteleSUR) June 4, 2021